É verdade que, para abrir uma empresa, não é necessário possuir diploma em administração. No entanto, isso não quer dizer que o empreendedor deva ignorar os fundamentos e os conceitos da disciplina.
Poucos são os gestores que realmente se preocupam em aprimorar suas habilidades e conhecimentos por meio da teoria, o que acaba por limitar o escopo do planejamento, do controle, da departamentalização e da direção de toda a organização. O resultado, muitas vezes, é a perda do potencial do negócio.
1 - Lean Production – O segredo da eficiência nipônica
Nos anos 70, as fabricantes japonesas Toyota e Matsushita desenvolveram uma nova forma de administrar suas indústrias, garantindo, dessa forma, a redução de custos de produção e aumento de produtividade. Esse modelo de administração foi nomeado de Lean Production, após um estudo desenvolvido pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) sobre a indústria de automóveis.
2 - Benchmarking – Aprendizado pela observação
O conceito de Benchmarking é extremamente simples, mas isso não quer dizer que não seja importante. Basicamente, é um processo de melhoria contínua que tem como fundamento a observação e a comparação entre a situação atual da empresa — análise dos seus processos internos, produtos e serviços — e as melhores práticas do mercado (principalmente dos processos, produtos e serviços explorados pelos grandes players). Seu objetivo é a melhoria do desempenho da organização mediante a adaptação desses modelos.
3 - Análise estrutural das indústrias – As 5 forças de Porter
Michael Porter, importante teórico dos estudos da administração, identificou durante seus estudos e pesquisas que toda indústria enfrenta não só desafios internos, como também percebe ameaças e oportunidades externas. Somando esses dois ambientes (interno e externo), Porter indicou que existem 5 forças que podem influenciar o rumo e o planejamento estratégico de uma indústria. São elas:
- Ameaça de novas entradas - O desenvolvimento do planejamento da empresa deve levar em conta se existe a possibilidade de entrada de novos players no mercado.
- Rivalidade entre os concorrentes - Quanto maior for a concorrência, maiores serão os conflitos de cunho externo, como a guerra de preços, a publicidade etc. Essa variável também deve ser observada durante o planejamento.
- Produtos substitutos - Basicamente, essa é uma ameaça de obsolescência. Um produto ou serviço ofertado pela empresa pode facilmente ficar obsoleto nos próximos anos. Quanto antes o problema for identificado, mais rápido será desenvolvido o curso de ação a ser tomado.
- Poder de negociação de clientes - É o poder que os clientes têm de afetar a precificação dos produtos da empresa. O poder de negociação pode variar de acordo com a quantidade de concorrentes no mercado, o índice de insatisfação, dentre outros.
- Poder de negociação de fornecedores - Além dos clientes, os fornecedores também têm o poder de influenciar na precificação de produtos da empresa. Quanto mais exclusivo for um fornecedor, maiores serão os preços, por exemplo.
4 - Just-in-time – Gestão eficiente de estoques
Também introduzido pelos japoneses, o Just-in-time é o conceito que garantiu à Toyota a implementação da Lean Production. Basicamente, essa é uma técnica de gestão e controle de mercadorias e matérias-primas que procura minimizar o nível de estoques nos armazéns da indústria.
A ideia é que os estoques devem ser comprados sob medida, evitando perdas por depreciação, danificação ou, ainda, que não consigam atender as demandas dos clientes. Cada etapa do ciclo de produção só deve solicitar novas encomendas quando realmente precisar delas, por exemplo. Para isso, os japoneses criaram sistemas de controle de inventário, reduziram o número de fornecedores e trabalharam com projeções baseadas nas experiências anteriores da empresa, bem como nas perspectivas de mercado para os próximos anos.
- Você já conhecia esses conceitos de administração?
- Já utiliza algum deles em sua empresa?
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