Não estamos na Itália e muito
menos em Nova York dos anos 40, palco onde nos levou a genialidade do escritor
Mario Puzo, autor de nada mais, nada menos do que “O Poderoso
Chefão”, criação de 1969. Mário
era descendente de uma família de sicilianos que residia num bairro violento de NY.
Sob a
lúdica luz de tal obra literária, que além de outros pontos, descrevia a prática do apadrinhamento de
várias pessoas, assim fazia Don Corleone protagonista da história aqui descrita, visando à troca de
favores futuros, justamente como ainda acontece em algumas Organizações.
Os gangsteres já se foram há
muito, mais deixaram um legado que com algumas adaptações formaram um grupo de poderosos
aprendizes, que sob outro enfoque de negócio se encarregam diariamente em detonar com as
possibilidades de progresso de pessoas que estão interessadas em construir possibilidades de
crescimento para si e terem as condições ideais de oferecerem mais conforto e segurança para suas
famílias.
Essas pessoas poderosas as quais
a pouco me referi, dentro das modernas organizações
produtoras de bens ou serviços,
publicas, privadas ou de economia mista, exercitam seu potencial criminoso perseguindo, oprimindo
e isolando profissionais que demonstram ter condições de desenvolverem processos e
projetos que os farão ser percebidos e, consequentemente, elevando o seu “status cor” e isto pode
incomodar a um determinado grupo de influência, incomoda muito, por fazer despertar forte
desconforto numa zona até então compreendida como segura.
Na romântica e movimentada era da
Máfia siciliana em N.Y., os chefões eram assessorados por um de seus asseclas a ele
mais próximo. Hoje em dia, podemos compará-los a certo número de “puxa sacos” que dedicam seu
tempo em tomar conta da vida dos outros. Se ficam sabendo de alguma novidade, de preferência
algo que seja constrangedor ou comprometedor e lá vão eles correndo para contar para os seus
Gerentes, sem se dar conta de que estão sendo usados para isto, cujo comportamento lhes
recompensará, apenas, com a falta de confiança de seus superiores. O máximo que vão conseguir é o
desprezo dos seus colegas de trabalho.
Uma característica bastante
interessante e intrigante que vale citar é que as organizações
criminosas dos anos 40 eram
extremamente machistas. As esposas e filhas dos líderes não
participavam do processo e muito
menos tomavam conhecimento de nada a sua volta. Talvez por isto, a mulher tenha sofrido
tanta discriminação nos ambientes empresariais. Sempre com lugares reservados aos postos de menor
expressão, muitas vezes faziam as mesmas coisas que os homens no entanto, ganhavam menos que
eles.
A ascensão do movimento feminista na França na década de 70, também conhecido como “A
terceira onda”, foi o marco de profundas mudanças que tiveram início no século passado e que
não há mais como parar, graças a Deus.
As mulheres vêm ocupando os
principais postos de trabalho nos governos assim como nas
empresas, isto não só no Brasil,
mas em vários países percebendo remunerações equiparadas aos demais executivos. Isto é um
exemplo clássico de como se deve fazer justiça. Não quero dizer com isto que as mulheres sejam mais
ou menos competentes que os homens, deixo claro, assim, que tal qual aos “Santos Anjos”,
capacidade de realização não tem sexo.
Ao longo da história do Mundo
assistimos a ascensão e queda de diversos modelos e modismos. A quebra das fronteiras
possibilitada pela tecnologia da informação tornaram o mercado mais agressivo,
diversificado e amplo, exigindo respostas mais rápidas e precisas das Organizações que desejam
prosperar neste contexto. Talvez não seja um processo natural ou até mesmo o ensaio de uma política
que esteja sendo construída para aniquilar profissionais que não estejam realmente capacitados
para produzirem resultados. Vejo com otimismo e certa dose de ansiedade que as sanguessugas
corporativas finalmente sejam eliminadas dos grupos de influência que ainda resistem como bactérias
aos antibióticos, mas que cedo ou tarde também serão relegados a algum lugar da
história que algum escritor ousado decida contar.
A experiência me ensinou que a
esperança é a única coisa da qual o ser humano jamais
deve abrir mão, portanto, com
trabalho, esforço, criatividade e perseverança, conseguiremos ser vistos pelos sucessores da
prática nociva destacada no início deste artigo.
Quero crer que as escolas de
Administração brasileiras sejam capazes de formar uma nova geração de profissionais que,
embora não tenham vivenciado os fenômenos de mudanças aqui impressos, ao menos ao tomar
conhecimento desses fatos ajudem a construir uma nova proposta liderada por uma ciência
comprometida com a igualdade e com a justiça. Desejo fazer parte desse novo grupo de influência docente
e estou me preparando para isto, unindo minha experiência profissional e acadêmica de
longos anos, numa aliança enviesada pelo ingresso em 2014 no Mestrado. Se você tem um sonho,
construa alicerces fortes para sustentá-lo. As paredes do castelo de um profissional não são feitas
de pedras e sim de conhecimento! Se você está insatisfeito com algo que esteja acontecendo na
sua vida, mude de vida, mude de atitude perante a vida!
O mundo avança, as empresas se
renovam, e o mercado de trabalho torna-se cada vez mais dinâmico. Espero em Deus que minha
voz seja ouvida, ainda que pelo contato estreito com minhas reais intenções que estas linhas
aqui impressas pretensionam passar.
Aos profissionais da
Administração que estejam lecionando nos cursos de graduação ou Pós-Graduação, peço que ao terem
contato com o presente texto, divulguem-no ao seu alunato, fazendo com que o meu esforço em
trabalhar em prol de uma educação que produza a possibilidade de encontrarmos a
felicidade também no trabalho, arregimente seguidores que se estabeleçam como elos dessa corrente
que deverá ser fortalecida à medida que os mafiosos corporativos saírem de cena.
Por: Adm. José Mauro Alvim Machado - http://www.crase.org.br/
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