quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Desafio do Administrador do Futuro

“A miséria do mundo, em que prevalece o devorar para não ser devorado, não deve ser medida em termos de estatística de renda. É uma catástrofe moral.... Não trabalhamos apenas para ter uma renda, mas para encontrar sentido em nossas vidas. O que fazemos é parte de quem somos. Ver-nos apenas como um meio para lucros colhidos pelos outros é uma afronta à nossa auto-estima”. (Alan Ryan, Professor de Princeton).

A globalização é um fenômeno do mundo dos negócios, imprevisível e irresistível, gostemos dela ou não, o profissional do futuro tem ficar conectado 24 horas, ou seja, o profissional deste século que quer ter uma carreira brilhante e de sucesso precisa estudar muito, participar de eventos, workshop, etc. para empreender neste mercado global.


Todos nós sabemos que para ter sucesso neste mercado global, precisamos abrir as janelas do futuro, Winston Churchill, ex - primeiro ministro da Grã-Bretanha, dizia na década de 50 que os impérios do futuro seriam os impérios do conhecimento, da informação e da tecnologia. Essa afirmação nunca foi tão verdadeira. As grandes complexidades das empresas, das organizações e do mercado de trabalho global exigem um comprometimento com o estudo sistêmico permanente e a disposição para o aprendizado de novas habilidades. 


Cada vez que o mundo dos negócios fica suficientemente complexo, volátil e insondável a ponto de um gênio financeiro como o bilionário George Soros perder 600 milhões de dólares em um único dia, concluímos que essa é a maneira de Deus dizer a simples mortais como nós que o mundo dos negócios incontestavelmente mudou e está se tornando um lugar bem amedrontador e for a de controle.


Deus ajuda a quem cedo... 


Esse novo e intrépido mundo corporativo será virtualmente irreconhecível e exigirá habilidades de sobrevivência totalmente diferentes.

A raiz do problema é que, enquanto o mundo dos negócios virou completamente de cabeça para baixo, a maioria das pessoas que o conduz ainda opera com base em concepções e formulas que foram elaboradas para lidar com uma era completamente diferentes. Isso é perfeitamente compreensível; a maioria dos “lideres” empresariais de hoje teve toda a educação formal e maior parte de suas experiências empresariais em um mundo que , deixou de existir. Em meados dos anos 90, o cenário dos negócios está cheio de combatentes de guerras frias, lutando batalhas de ontem e usando o arsenal gerencial e conceitual de anteontem.


“AS EMPRESAS VÃO SER DELES” (Por David Cohen)


Uma pesquisa exclusiva revela quais são as aspirações, as idéias, os valores e as angústias da nova geração de executivos brasileiros.

O que podemos esperar dos futuros líderes das empresas brasileiras? Quais os comportamentos comuns, em que valores se baseiam, como lidar com as questões do dia-a-dia? Perguntas difíceis. Para respondê-las, recorremos a vários especialistas: homens de negócios, headhunters, psicólogos, acadêmicos. Em seguida, navegamos o mar de estereótipos que já se produziu sobre o assunto: pesquisas de mercado, artigos, livros e reportagens.


Desse emaranhado de informações, estudos, análises, e opiniões surge um perfil cuja principal característica é o paradoxo, em diversos níveis, da ligeira contradição até a total impossibilidade de conciliação. Nada de muito estranho nisso, já que essa geração está se formando no tempo da instabilidade, na era do Tao – tudo que é, ao mesmo tempo não é. Eis algumas conclusões:


• O jovem executivo fará parte da primeira geração verdadeiramente preocupada com a qualidade de vida e quer mais equilíbrio no tempo que dedica à profissão, mas também exige desafios cada vez maiores no trabalho – em geral, acompanhados de mais pressão.

• Ele quer segurança, e sabe que a segurança vem da criatividade e do arrojo: numa palavra, a segurança vem do risco.

• Ele não se incomoda de ficar no escritório 10, 12, 14 horas por dia, mas não aceita passar um minuto sequer em atividades improdutivas.

• Ele gosta do poder, mas não considera legítima nenhuma autoridade que não venha do mérito e do consenso. E trata igual o faxineiro ao presidente da firma.

• A lealdade à empresa está morta. Em compensação, ele trabalha como ninguém pelo sucesso da companhia, porque este como o melhor caminho para o seu próprio sucesso.

• Ele não trabalha mais com a velha perspectiva de uma carreira de 35 anos. Seu cálculo é de 10 anos de sacrifício e dedicação, para depois colher os frutos do trabalho.

• Ele não admite ficar muito tempo fazendo o mesmo trabalho. Mas que ficar tempo suficiente para imprimir sua marca pessoal.

• Ele se reconhece o tubarão no mar corporativo e sabe que, como os tubarões, se parar de nadar não consegue respirar. Quer formação contínua, quer aprender e ensinar. Acredita que terá de competir em breve com gente ainda mais bem preparada, mas incentiva o crescimento dos rivais porque vê neles o sustento para o seu próprio crescimento.

• Ele endossa os rumos que país está tomando, mas desconfia do ritmo e da competência do governo.

• Ele é consumista, mas planeja antes de comprar. Tem preocupações sociais, mas não se apto a atuar fora do seu mundo privado.

• Ele quer uma vida independente e como parte disso exige um trabalho que o satisfaça. Acaba trabalhando mais e tendo menos vida independente.
• Ele pratica esportes, não fuma ou fuma pouco e preza a liberdade de costumes, mas identifica um certo retorno aos valores mais perenes e moderados de espiritualidade e família.
• Ele vive num mundo globalizado. Preza as viagens internacionais como forma de manter-se atualizado e aprender e como oportunidade para unir vida pessoal e vida profissional.
• Ele quer dinheiro, é claro. Mas não só isso. Ele quer realização no trabalho, quer autonomia, quer enxergar as perspectivas de ascensão rápida. Ele quer tudo, ao mesmo tempo, agora.

E tem gás para isso. Pensar na carreira em primeiro lugar é uma reação natural, e até saudável. Nos últimos 10 anos, o mundo passou por transformações excepcionais, e o Brasil se abriu a elas. Computadores e Internet, fortalecimento de blocos, internacionalização do trabalho, livre migração de capitais, fim da Guerra Fria e da lógicabipolar que dividia o mundo em duas áreas de influência, downsizing e reengenharia, ênfase na produtividade. A tudo isso essa geração terá que reagir. 


Entendemos que o administrador do século XXI é o profissional de hoje que pensa e utiliza as idéias do futuro. Este é um sujeito que:



• Faz com que as pessoas sob seu comando gostem de executar o que ele quer;

• Consegue que subordinados queiram ajudá-lo e se sintam realizados com isso;

• Não tem subordinados. Tem seguidores. Ele não dá ordens, mas todo mundo faz o que ele deseja;

• Consegue fazer com que as pessoas acreditem que o interesse delas e o dele é o mesmo;

• Transmite segurança, confiança. Ele inspira lealdade. É confidente, faz com que as pessoas se sintam à vontade para falar a verdade;

• Transmite senso de justiça. Ele toma decisões justas, não protege um ou outro. Todas as suas decisões e atitudes são transparentes;

• Dá o exemplo. Se o expediente começa às oito horas , ele chega às oito horas. Numa campanha de corte de custos, não promove festas nem troca de carro;

• Não precisa ser infalível. Mas precisa ter mais acertos do que erros;

• Faz com que pessoas sigam na direção da companhia. Ele faz com que essa direção seja transparente, justa e clara;

Sabe que não consegue fazer tudo sozinho. Mas não comanda pelo medo. As pessoas o seguem por que acreditam na sua visão.

O atendimento ótimo ao cliente é um dos fatores que serão decisivos para o sucesso do administrador do século XXI. Este cliente pode ser tanto o interno com o externo. 
Eis alguns aspectos que ajudarão neste atendimento ótimo ao cliente:
Melhore a sua autoconfiança. Muita gente não atende bem seus clientes porque, realmente, acha que não conseguirá atendê-los.

Crie situações ganha-ganha. Quando ficar claro que você não conseguirá atender aquele pedido, ajude o cliente a encontrar uma solução alternativa.
Entregue o que você prometeu – e mais. Esse mais fará você ser lembrado. (Alternativa: prometa menos do que você sabe que pode entregar com um esforço extra.)
Antecipe-se aos pedidos. A idéia básica é: se alguém pede à secretária que compre uma passagem de avião, ela deveria reservar o hotel também.

Ofereça ajuda espontaneamente. Não espere que te peçam, aja. Não se restrinja à postura de fazer apenas o seu trabalho.
Apresente soluções ou peça ajuda para achar soluções. Não seja mais um provedor de problemas na face da Terra. Tente ser um provedor de meios para resolvê-los. Não reclame da situação. Assuma responsabilidades para melhorá-la.
Faça aquilo de que você gosta e não apenas o que você sabe. Quem faz aquilo de que gosta dedica-se mais. Se você tiver sorte, as duas coisas serão uma só, mas nem sempre é o caso. 


Consequentemente, quem ambiciona uma carreira global de sucesso haverão de manter os livros sempre abertos e as mentes inquisitivas e criativas. Pelo estudo, temos a possibilidade de abrir nossa mentes, de superar os limites mais ou menos estreitos de nossos bairrismos, de enriquecer-nos, humanamente, por meio de conhecimentos mais apurados sobre o mundo e sobre nós mesmos. Sem aprendizado contínuo, qualquer que seja o know-how aprendido, ele ficará obsoleto em seis meses ou menos. Como dizia Catão, célebre por suas convicções no senado romano, “sem aprendizado contínuo, a vida é apenas uma imagem da morte”.


“Cada fracasso ensina ao homem algo que ele necessitava aprender” Charles Dickens (1812-1870), escritor inglês que retratou a miséria dos primeiros tempos da Revolução Industrial.


“Existe na vida algo pior que o fracasso: não haver tentado nada.” Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), presidente dos Estados Unidos entre 1933 e 1945, responsável pelo programa de recuperação econômica com New Deal.

Por:  Paulo Barreto dos Santos - Analista da Divisão de Compras/Contratos da Prodesp, 

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