“A miséria do mundo, em que prevalece o devorar para não ser devorado, não deve ser medida em termos de estatística de renda. É uma catástrofe moral.... Não trabalhamos apenas para ter uma renda, mas para encontrar sentido em nossas vidas. O que fazemos é parte de quem somos. Ver-nos apenas como um meio para lucros colhidos pelos outros é uma afronta à nossa auto-estima”. (Alan Ryan, Professor de Princeton).
A globalização é um fenômeno do mundo dos negócios, imprevisível e irresistível, gostemos dela ou não, o profissional do futuro tem ficar conectado 24 horas, ou seja, o profissional deste século que quer ter uma carreira brilhante e de sucesso precisa estudar muito, participar de eventos, workshop, etc. para empreender neste mercado global.
Cada vez que o mundo dos negócios fica suficientemente complexo, volátil e insondável a ponto de um gênio financeiro como o bilionário George Soros perder 600 milhões de dólares em um único dia, concluímos que essa é a maneira de Deus dizer a simples mortais como nós que o mundo dos negócios incontestavelmente mudou e está se tornando um lugar bem amedrontador e for a de controle.
Deus ajuda a quem cedo...
A raiz do problema é que, enquanto o mundo dos negócios virou completamente de cabeça para baixo, a maioria das pessoas que o conduz ainda opera com base em concepções e formulas que foram elaboradas para lidar com uma era completamente diferentes. Isso é perfeitamente compreensível; a maioria dos “lideres” empresariais de hoje teve toda a educação formal e maior parte de suas experiências empresariais em um mundo que , deixou de existir. Em meados dos anos 90, o cenário dos negócios está cheio de combatentes de guerras frias, lutando batalhas de ontem e usando o arsenal gerencial e conceitual de anteontem.
“AS EMPRESAS VÃO SER DELES” (Por David Cohen)
Uma pesquisa exclusiva revela quais são as aspirações, as idéias, os valores e as angústias da nova geração de executivos brasileiros.
O que podemos esperar dos futuros líderes das empresas brasileiras? Quais os comportamentos comuns, em que valores se baseiam, como lidar com as questões do dia-a-dia? Perguntas difíceis. Para respondê-las, recorremos a vários especialistas: homens de negócios, headhunters, psicólogos, acadêmicos. Em seguida, navegamos o mar de estereótipos que já se produziu sobre o assunto: pesquisas de mercado, artigos, livros e reportagens.
• O jovem executivo fará parte da primeira geração verdadeiramente preocupada com a qualidade de vida e quer mais equilíbrio no tempo que dedica à profissão, mas também exige desafios cada vez maiores no trabalho – em geral, acompanhados de mais pressão.
• Ele quer segurança, e sabe que a segurança vem da criatividade e do arrojo: numa palavra, a segurança vem do risco.
• Ele não se incomoda de ficar no escritório 10, 12, 14 horas por dia, mas não aceita passar um minuto sequer em atividades improdutivas.
• Ele gosta do poder, mas não considera legítima nenhuma autoridade que não venha do mérito e do consenso. E trata igual o faxineiro ao presidente da firma.
• A lealdade à empresa está morta. Em compensação, ele trabalha como ninguém pelo sucesso da companhia, porque este como o melhor caminho para o seu próprio sucesso.
• Ele não trabalha mais com a velha perspectiva de uma carreira de 35 anos. Seu cálculo é de 10 anos de sacrifício e dedicação, para depois colher os frutos do trabalho.
• Ele não admite ficar muito tempo fazendo o mesmo trabalho. Mas que ficar tempo suficiente para imprimir sua marca pessoal.
• Ele se reconhece o tubarão no mar corporativo e sabe que, como os tubarões, se parar de nadar não consegue respirar. Quer formação contínua, quer aprender e ensinar. Acredita que terá de competir em breve com gente ainda mais bem preparada, mas incentiva o crescimento dos rivais porque vê neles o sustento para o seu próprio crescimento.
• Ele endossa os rumos que país está tomando, mas desconfia do ritmo e da competência do governo.
• Ele é consumista, mas planeja antes de comprar. Tem preocupações sociais, mas não se apto a atuar fora do seu mundo privado.
• Ele quer uma vida independente e como parte disso exige um trabalho que o satisfaça. Acaba trabalhando mais e tendo menos vida independente.
• Ele pratica esportes, não fuma ou fuma pouco e preza a liberdade de costumes, mas identifica um certo retorno aos valores mais perenes e moderados de espiritualidade e família.
• Ele vive num mundo globalizado. Preza as viagens internacionais como forma de manter-se atualizado e aprender e como oportunidade para unir vida pessoal e vida profissional.
• Ele quer dinheiro, é claro. Mas não só isso. Ele quer realização no trabalho, quer autonomia, quer enxergar as perspectivas de ascensão rápida. Ele quer tudo, ao mesmo tempo, agora.
E tem gás para isso. Pensar na carreira em primeiro lugar é uma reação natural, e até saudável. Nos últimos 10 anos, o mundo passou por transformações excepcionais, e o Brasil se abriu a elas. Computadores e Internet, fortalecimento de blocos, internacionalização do trabalho, livre migração de capitais, fim da Guerra Fria e da lógicabipolar que dividia o mundo em duas áreas de influência, downsizing e reengenharia, ênfase na produtividade. A tudo isso essa geração terá que reagir.
Entendemos que o administrador do século XXI é o profissional de hoje que pensa e utiliza as idéias do futuro. Este é um sujeito que:
• Faz com que as pessoas sob seu comando gostem de executar o que ele quer;
• Consegue que subordinados queiram ajudá-lo e se sintam realizados com isso;
• Não tem subordinados. Tem seguidores. Ele não dá ordens, mas todo mundo faz o que ele deseja;
• Consegue fazer com que as pessoas acreditem que o interesse delas e o dele é o mesmo;
• Transmite segurança, confiança. Ele inspira lealdade. É confidente, faz com que as pessoas se sintam à vontade para falar a verdade;
• Transmite senso de justiça. Ele toma decisões justas, não protege um ou outro. Todas as suas decisões e atitudes são transparentes;
• Dá o exemplo. Se o expediente começa às oito horas , ele chega às oito horas. Numa campanha de corte de custos, não promove festas nem troca de carro;
• Não precisa ser infalível. Mas precisa ter mais acertos do que erros;
• Faz com que pessoas sigam na direção da companhia. Ele faz com que essa direção seja transparente, justa e clara;
Sabe que não consegue fazer tudo sozinho. Mas não comanda pelo medo. As pessoas o seguem por que acreditam na sua visão.
O atendimento ótimo ao cliente é um dos fatores que serão decisivos para o sucesso do administrador do século XXI. Este cliente pode ser tanto o interno com o externo.
Eis alguns aspectos que ajudarão neste atendimento ótimo ao cliente:
Melhore a sua autoconfiança. Muita gente não atende bem seus clientes porque, realmente, acha que não conseguirá atendê-los.
Crie situações ganha-ganha. Quando ficar claro que você não conseguirá atender aquele pedido, ajude o cliente a encontrar uma solução alternativa.
Entregue o que você prometeu – e mais. Esse mais fará você ser lembrado. (Alternativa: prometa menos do que você sabe que pode entregar com um esforço extra.)
Antecipe-se aos pedidos. A idéia básica é: se alguém pede à secretária que compre uma passagem de avião, ela deveria reservar o hotel também.
Ofereça ajuda espontaneamente. Não espere que te peçam, aja. Não se restrinja à postura de fazer apenas o seu trabalho.
Apresente soluções ou peça ajuda para achar soluções. Não seja mais um provedor de problemas na face da Terra. Tente ser um provedor de meios para resolvê-los. Não reclame da situação. Assuma responsabilidades para melhorá-la.
Faça aquilo de que você gosta e não apenas o que você sabe. Quem faz aquilo de que gosta dedica-se mais. Se você tiver sorte, as duas coisas serão uma só, mas nem sempre é o caso.
Por: Paulo Barreto dos Santos - Analista da Divisão de Compras/Contratos da Prodesp,
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