A rotina exacerbada a qual o ser humano é submetido cria hábitos, que muitas vezes, o afasta da sua condição de ser social e de transformar ambientes que poderiam ser amistosos em ambientes hostis. E, geralmente ele entra nesta roda-viva e não se dá conta disso. Começa a agir por impulso, se condiciona e pronto: esse passa a ser um novo padrão de comportamento.
Quer um exemplo? Qual a sua opinião sobre a pessoa que reclama quando percebe que alguém não está fazendo um atendimento que não está de acordo com o regulamentado ou com as suas expectativas? É certo ela reclamar? Claro que sim. Desde que ela saiba como fazer isso.
Ok. Até aí, tudo certo. Mas quando essa mesma pessoa percebe (será mesmo que percebe?) que está sendo bem atendidas em todas as suas solicitações? Será que ela agradece? Muito provavelmente não! É a cultura do “ele não está fazendo mais que a sua obrigação”...!
E isso acontece não apenas no meio familiar, mas também no meio profissional. Reflita: quantas e quantas vezes você pede algo a alguém, é atendido e não agradece? Ah, sei você esquece de agradecer... entendo. Mas quando acontece o contrário. Ou seja, quando você faz algo para alguém e não recebe um agradecimento, você também “esquece” de perceber que a pessoa não agradeceu? Muito provavelmente não. Por falar nisso, você já agradeceu àquela pessoa que respondeu a pergunta que você fez por e-mail? Ela está esperando o seu agradecimento.
E o que dizer daquele candidato que participou do processo seletivo e até hoje aguarda uma resposta sua? Você já agradeceu a participação dele?
Reflita: Que exemplo você esta dando para as outras pessoas?
Evite passar por uma pessoa mal educada: agradeça. Não custa nada e vai ter um valor enorme para quem recebe.
Não sei se você sabe, mas, tempos atrás, grupos de trabalhadores se reuniam para agradecer a Deus pela colheita e por outros bons acontecimentos que aconteceram em mais um ciclo que estava se fechando. Foi assim que surgiu o Thanksgiving Day (ou o Dia de ação de graças). Isso não aconteceu no Brasil, mas poderia ter acontecido aqui ou em qualquer lugar do mundo. Afinal, o ato de agradecer é universal e independe de ideologia política, religião, orientação sexual ou de qualquer outro fator que segregue.
Aliás aqui no Brasil há o movimento de resgate do Dia Nacional de Ação de Graças, onde o lema é “Digamos sempre obrigado pois não conquistamos nada sozinhos”. Você pode conhecê-lo melhor e ver as ações que são realizadas se acessar o site www.acaodegracas.com.br. Recomendo.
Que tal elaborar uma versão miniatura deste movimento na sua empresa? Tenha certeza que, no mínimo, haverá um impacto positivo no clima organizacional.
Tenha certeza também que todos tem algo a agradecer. Ajude a quebrar o paradigma da invisibilidade dos gestos e das pessoas quando o interesse é não agradecer, inventando desculpas.
No inicio deste artigo, discutimos sobre a capacidade que temos de começar a agir por impulso, se condicionar e, a partir daí, assumir um novo padrão de comportamento.
Então convido você a mudar seus paradigmas. Descobrir não apenas uma, mas várias razões para mudar a sua maneira de agir, de pensar e de entender o mundo e agradecer. Agradecer ao seu Deus, ao motorista do ônibus, ao gari e a quem mais fizer, de qualquer forma, o bem para você.
Agradeça a sua família, por ela dar o suporte necessário a sua existência.Combata a cultura do “esquecimento” de agradecer. E lembre-se de que um agradecimento não tem custo, mas tem um valor inacreditável.
Eu agradeço, a você, entre outras coisas, por ler esta minha reflexão.
Fonte: Odilon Medeiros - http://www.qualidadebrasil.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário