Por Karla Santana Mamona, InfoMoney
Profissional, ao se deparar com algo que não o agrade ou que não concorde, deve procurar o chefe para pedir mais informações sobre a atividade, diz especialista
Ao longo da carreira, é comum que profissionais sejam surpreendidos pelos seus chefes para cumprir uma tarefa com a qual não concordam, seja na forma de executá-la, no prazo de entrega estabelecido ou, até mesmo, por considerá-la desagradável. Nesse momento, o que deve ser feito? Como escapar dessa "saia justa"?
Segundo o sócio diretor da Compassa Desenvolvimento Humano e Empresarial, Wilson Roberto Lourenço, o profissional, ao se deparar com algo que não o agrade ou que não concorde, deve procurar o chefe para pedir mais informações sobre a atividade, sugerir outra maneira de fazer, e expor sua opinião sobre o que foi pedido.
“É muito importante esse canal de comunicação. Mas isso depende da abertura que existe entre líder e liderado. Os profissionais têm de se colocar, emitir a sua opinião. Mas não é indicado que ele bata de frente com o chefe. A conversa sempre é o melhor caminho” disse.
Assertivo
Lourenço afirma ainda que a situação torna-se mais complicada se o chefe não está disponível para conversa ou se o profissional não tem o hábito de se posicionar em relação ao trabalho. “Ser assertivo no mercado de trabalho é fundamental”.
Mas, para emitir opiniões, os profissionais devem ter um bom relacionamento com o líder. Se a comunicação for um problema, o especialista aconselha que a pessoa busque conversar com os colegas que conseguem falar mais abertamente com o chefe para pedir dicas. Outra maneira é procurar o departamento de RH (Recursos Humanos).
“O RH não foi feito para ouvir reclamação. Ir conversar e não acrescentar nenhuma sugestão ao profissional daquela área não mudará a situação. O RH não resolverá seu problema, mas poderá apoiá-lo de outra maneira”, esclarece Lourenço.
Pedido anti-ético
A situação pode se agravar ainda mais quando o pedido feito pelo líder for considerado anti-ético pelo profissional.
“Quando envolve valores morais, a situação é extrema. Das duas uma: ou o profissional cumpre a tarefa e depois fica se questionando, se culpando e arrependido de ter feito, ou conversa com o chefe e avisa que não irá fazer porque considerada aquele pedido anti-ético”, afirma Lourenço.
Lourenço alerta ainda que, depois, a pessoa terá de arcar com as conseqüências, como uma demissão ou ser transferido de setor. “O profissional deve seguir seus valores. É a sua imagem e seu nome que podem ficar sujos no mercado de trabalho”, finaliza.
Acredito que, o funcionário antes de negar um pedido do chefe, deve ponderar a tarefa para qual é designado. Por mais que esteja ocupado e com uma demanda grande de trabalho, é necessário analisar as possibilidades ou alternativas para a situação, além de saber como se expressar para não ter uma atitude impulsiva e negativa.Isso vale tanto para novos projetos e produtos quanto para atividades do dia a dia.
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