quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Estratégia e Tática


“Quando o estrategista erra o soldado morre”. (A. Lincoln)

Um dos primeiros usos do conceito “estratégia” ocorreu aproximadamente no século IV a. C. pelo estrategista chinês Sun Tzu (A Arte da Guerra), que afirmava que “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.


O vocábulo teve sua origem na Grécia Antiga, significando inicialmente, “arte do general” (STEINER e MINER,1981), adquirindo posteriormente uma conotação voltada para a guerra, denotando “General” (estratego) – “a arte e a ciência de conduzir um exército por um caminho”. (MEIRELLES, 1995)


“Poucas palavras são objeto de tantos abusos no léxico das empresas, são tão mal definidas na literatura gerencial e estão tão expostas a diferentes significados quanto a palavra estratégia”. FAHEY (1999)


No dicionário, um dos significados sem conotação militar é “arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos” (Dic. Houaiss).


Algumas definições (em Administração) clássicas do vocábulo:

- “Medidas que visem diretamente modificar o poderio da organização em relação à concorrência”. (Konichi Omae)

- Orientações que possibilitem melhor posicionamento da organização no ambiente.

- “Conjunto de decisões que determinam o comportamento a ser exigido em um determinado espaço de tempo”. (Simon)

- “Forma de pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de resultados”. (Mintzberg)


Se analisarmos os conceitos acima notaremos um primeiro traço comum: medidas, orientações, decisões, forma de pensar no futuro, termos que no contexto das respectivas frases nos dão a idéia de ‘intenção’, ‘ação futura’.


Continuando a análise observamos a alusão a uma condição: poderio, posicionamento, comportamento. Uma terceira observação é quanto ao referencial: concorrência, ambiente, sugerindo a participação de outros atores. 


Decompondo o conceito:

Objeto (o quê) – intenções, medidas, orientações, decisões.

Objetivo (para que) – obter poderio, vantagem, supremacia.

Condição (como) – alterar posicionamento, melhorar a atuação.

Referência (a fim de) – concorrência, ambiente externo.


A(s) estratégia(s) pressupõe um conjunto de medidas (plano) abrangentes que num tempo futuro visam a vantagem competitiva da organização. Uma somatória de esforços empreendidos no intento de desenvolver ou potencializar competências centrais (essenciais) tornando-as competências de vanguarda.


E quanto à tática? Ela assume características mais visíveis, pontuais, circunscritas a áreas específicas da organização. (“...podem ver as táticas pelas quais conquisto...” Sun Tzu). Uma das acepções do termo Tática: “método ou habilidade para saír-se bem em empreendimentos, disputas, situações de vida, relativo a arranjo, organização, alinhamento, manobra hábil”. (Dic. Houaiss)


Alguns exemplos de táticas: uma nova tecnologia (equipamentos computadorizados), implementação de metodologia (sistema ISO), racionalização de produtos (pesquisa), modificação de portfólio (inovação), melhoria de competência (treinamento)... A estratégia se completa pela adoção de medidas táticas, que por sua vez, viabilizam-se através de medidas operacionais levadas a termo nos nichos funcionais da empresa formando a cadeia de resultados: ações operacionais -> ações táticas -> ações estratégicas, orientadas na dimensão temporal do curto ao longo prazo.


As ações operacionais (curto prazo), as ações táticas (médio prazo) e as ações estratégicas (longo prazo) orientadas, seqüenciadas, articuladas e formalizadas compõem o conjunto de medidas que estruturam o planejamento estratégico.
           
Copiado: http://wagnerherrera.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário