terça-feira, 27 de setembro de 2022

“VAI SER AVÓ DO PRÓPRIO FILHO”

 


“VAI SER AVÓ DO PRÓPRIO FILHO”

A gente precisa falar e tratar do etarismo com a seriedade que o tema exige.

Esta semana, Cláudia Raia, atriz brasileira, revelou ao público que está grávida pela terceira vez.

O que deveria ser um momento apenas de celebração, abriu margem para comentários extremamente preconceituosos e desrespeitosos.

O motivo? 
A idade da atriz, que tem 55 anos.

Essa prática tem nome: etarismo!

Caso você não saiba, etarismo é toda e qualquer discriminação que tem como base a idade de uma pessoa.

Pode atingir desde o indivíduo até grupos e, uma vez que se baseia na idade, ele não é exclusivo de uma faixa etária.

Mas apesar de não se restringir à faixa etária, são as pessoas consideradas “velhas” pela sociedade as mais atingidas pelo etarismo.

O caso de Cláudia Raia é um exemplo disso.

Em um dos muitos ataques feitos nas redes sociais da artista, uma pessoa disse:

“Velha ridícula. Está na hora é de ser avó. Sempre foi ridícula, vai ser sempre ridícula”.


O etarismo reforça o imaginário social de que, a partir de certa idade, a pessoa torna-se “descartável”.

Não pode trabalhar, ter relações afetivas, mudar o visual, começar uma nova carreira ou mesmo ser mãe/pai.

Tudo isso, teria prazo de validade.

Discutir as premissas e impactos do etarismo faz parte das ações de diversidade e inclusão.

E nós, enquanto sociedade, precisamos desnaturalizar esse processo de descartabilidade com base na idade.

Afinal de contas, todos nós, assim desejamos, vamos envelhecer. 

Faz parte do ciclo da vida.

Mas envelhecer não significa tornar-se descartável.


Cláudia Raia, assim como qualquer outra pessoa, tem todo o direito de ser mãe e desbravar novas possibilidades em todos os campos possíveis da vida.

Não é a idade que limita as pessoas, mas sim os pensamentos e atitudes retrógrados.

Copiado:https://www.linkedin.com/in/fernandes-nathalia/

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