sexta-feira, 2 de setembro de 2022

O QUE É A 'DEMISSÃO SILENCIOSA' (Quiet Quitting) E O QUE ELA PODE CAUSAR?

 


Um novo movimento tem chamado a atenção nas últimas semanas: demissão silenciosa. 

E foi nas redes sociais onde postagens de usuários que defendiam a ideia de fazer apenas o necessário no trabalho, ou melhor: cumprir as obrigações, sem ir além com jornadas fora do horário ou aos finais de semana gerou debate.

Polêmico, o assunto gerou perplexidade e mesmo um maior questionamento se realmente se trata de uma nova tendência. 

Indo além da discussão sobre salários e benefícios, mostra um dos reflexos do mundo pós-quarentena, pois não se trata da primeira manifestação que se popularizou e que analisa qual papel o trabalho tem desempenhado na vida das pessoas.

Busca por propósito e melhores condições de trabalho

Já colocada em prática antes mesmo de se apresentar por este nome, a demissão silenciosa tem sido aplaudida por alguns e vista com certo descrédito por pessoas que desempenham funções que exigem mais e que não enxergam como tal mentalidade poderia ser o caminho para obter melhores condições de trabalho. 

O debate levanta a necessidade de ir além das expectativas e a busca por não ter no ofício um empecilho para estudar ou ter tempo e disposição para se dedicar a outras tarefas no âmbito pessoal.

Relatos de jornadas abusivas, acúmulo de funções e mesmo a impossibilidade de trabalhar em home office ou num regime híbrido após o retorno das atividades presenciais se tornaram mais frequentes em redes como Twitter e LinkedIn nos últimos meses, alimentando um fenômeno conhecido como "A Grande Resignação".

A Grande Resignação no Brasil

As demissões voluntárias que se espalharam ao redor do mundo, com destaque nos Estados Unidos e Reino Unido, também chegaram ao Brasil, onde 2,9 milhões de trabalhadores se desligaram. 

O número corresponde a 34% dos pedidos de demissão realizados pelos profissionais entre janeiro e maio de 2022, segundo dados da Firjan.

As ocupações que elencam o topo da lista de demissões estão ligadas à área da tecnologia da informação, como engenharia da computação, análise de sistemas e programação.


Desejo de mudanças 

Por trás tanto da demissão silenciosa quanto da grande resignação também estão os relatos sobre o estresse, ansiedade e Burnout estarem cada vez mais presentes na vida das pessoas. 

O Brasil, atualmente, figura como o país mais ansioso do mundo, segundo dados da OMS. 

Mesmo os benefícios oferecidos pelas empresas se tornaram menos atraentes diante das queixas e questionamentos levantados.

A discussão confere um novo caráter à busca por melhores condições de trabalho e possibilita tanto que as pessoas avaliem seus propósitos e como desejam seguir em suas carreiras como dá as empresas uma oportunidade de rever seus modelos de trabalho e de desenvolver uma relação mais equilibrada com seus colaboradores.

Copiado: https://www.megacurioso.com.br/ 

Um comentário:

  1. Muito sério esse momento que estamos vivendo, a escolha da profissão deve levar em consideração o prazer em executar as tarefas. Porque será a perda do entusiasmo pelas coisas da vida? Que estamos todos adoecendo?

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