Um novo movimento tem chamado a atenção nas últimas
semanas: a demissão silenciosa. E foi nas redes sociais onde
postagens de usuários que defendiam a ideia de fazer apenas o necessário no
trabalho, ou melhor: cumprir as obrigações, sem ir além com jornadas fora do
horário ou aos finais de semana gerou debate.
Polêmico, o assunto gerou perplexidade e mesmo um maior questionamento se
realmente se trata de uma nova tendência.
Indo além da discussão sobre salários
e benefícios, mostra um dos reflexos do mundo pós-quarentena, pois não se trata
da primeira manifestação que se popularizou e que analisa qual papel o trabalho
tem desempenhado na vida das pessoas.
Busca
por propósito e melhores condições de trabalho
Já colocada em prática antes mesmo de se apresentar
por este nome, a demissão silenciosa tem sido aplaudida por alguns e vista com
certo descrédito por pessoas que desempenham funções que exigem mais e que não
enxergam como tal mentalidade poderia ser o caminho para obter melhores
condições de trabalho.
O debate levanta a necessidade de ir além das
expectativas e a busca por não ter no ofício um empecilho para estudar ou ter
tempo e disposição para se dedicar a outras tarefas no âmbito pessoal.
Relatos de jornadas abusivas, acúmulo de funções e mesmo a impossibilidade de
trabalhar em home office ou num regime híbrido após o retorno
das atividades presenciais se tornaram mais frequentes em redes como Twitter e
LinkedIn nos últimos meses, alimentando um fenômeno conhecido como "A
Grande Resignação".
A
Grande Resignação no Brasil
As demissões voluntárias que se espalharam ao redor
do mundo, com destaque nos Estados Unidos e Reino Unido, também chegaram ao
Brasil, onde 2,9 milhões de trabalhadores se desligaram.
O número corresponde a
34% dos pedidos de demissão realizados pelos profissionais entre janeiro e maio
de 2022, segundo dados da Firjan.
As ocupações que elencam o topo da lista de
demissões estão ligadas à área da tecnologia da informação, como engenharia da
computação, análise de sistemas e programação.
Desejo
de mudanças
Por trás tanto da demissão silenciosa quanto
da grande resignação também estão os relatos sobre o
estresse, ansiedade e Burnout
estarem cada vez mais presentes na vida das pessoas.
O Brasil, atualmente,
figura como o país mais ansioso do mundo, segundo dados da OMS.
Mesmo os
benefícios oferecidos pelas empresas se tornaram menos atraentes diante das
queixas e questionamentos levantados.
A discussão confere um novo caráter à busca por melhores condições de trabalho
e possibilita tanto que as pessoas avaliem seus propósitos e como desejam
seguir em suas carreiras como dá as empresas uma oportunidade de rever seus
modelos de trabalho e de desenvolver uma relação mais equilibrada com seus
colaboradores.
Copiado: https://www.megacurioso.com.br/
Muito sério esse momento que estamos vivendo, a escolha da profissão deve levar em consideração o prazer em executar as tarefas. Porque será a perda do entusiasmo pelas coisas da vida? Que estamos todos adoecendo?
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