Eu saí da Globo. Porque eu quis.
Há, sim, um quê de loucura na minha decisão.
Li outro dia, aqui mesmo, no LinkedIn, numa pesquisa da Cia de Talentos, que a Globo está em terceiro lugar no ranking das empresas mais desejadas para se trabalhar.
Li isso dias depois de assinar a minha demissão.
E ninguém precisa me explicar o resultado da pesquisa.
Estive dezenove anos lá dentro, cresci lá dentro.
A Globo me formou como profissional.
Eu trabalhei quase duas décadas na maior empresa de comunicação do país, com os melhores recursos técnicos e os profissionais mais qualificados que o mercado poderia me oferecer.
Fiz amigos para a vida toda, entrevistei gente relevante, fui a Copa e Olimpíada, apresentei jornais de rede.
Tive sucesso no sonho da menina de 8 anos que queria ser jornalista quando crescesse.
E tive dificuldade na hora de sair, porque essa menina segue em mim e não é acostumada a desistir.
Acontece que, no final, a minha experiência já não era sonho.
Ninguém abre mão de uma relação tão longa quando ela é mais boa que ruim.
Minha história na Globo tem um saldo ultra-mega-hiper positivo.
Chegar para trabalhar sem a alegria de sempre era desrespeitoso comigo.
Precisei de tempo para aceitar a ruptura, entender que renovação não é desistência.
Pelo contrário: abrir mão do que não estava bom era não desistir de mim mesma.
No centro da minha vida profissional havia uma empresa.
Hoje, eu estou ali. Com toda a minha capacidade produtiva e um prioritário senso de autocuidado.
Venci o medo. E garanto: tem coragem na fórmula da felicidade.
A única pessoa no mundo corporativo que tem como prioridade fazer você feliz é você mesmo.
Você está preparado para essa missão?
Copiado:https://www.linkedin.com/in/lizandratrindade/
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