segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Muito Chefe e Pouco Índio! Um texto sobre Gestão

 

Muito chefe e pouco índio! Um texto sobre gestão

“Conta a estória que houve uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão. 
Logo no início da competição, a equipe japonesa se distanciou e completou o percurso trinta minutos antes que a brasileira.
 
De volta ao Brasil, o Comitê Executivo de Remo se reuniu para avaliar o fracasso e concluiu:
A equipe japonesa era formada por um Chefe de Equipe e 10 remadores. 
A equipe brasileira era formada por um remador e dez chefes. 

A decisão passou para a esfera do Planejamento Estratégico, visando a reestruturação da equipe para o ano seguinte.
 
No ano seguinte, novamente o Japão venceu e desta vez a equipe brasileira chegou com uma hora de atraso. 

Nova análise foi feita do fracasso e mostrou o seguinte:

1) A equipe japonesa continuava com um chefe e 10 remadores;
2) A equipe brasileira,
 
Após as mudanças do Planejamento Estratégico era formada por:
a) Um chefe de equipe;
b) Dois assistentes de chefia;
c) Sete chefes de departamento;
d) Um remador.
 
A conclusão do Comitê que analisou as causas do novo fracasso foi unânime: 

O remador é incompetente!

Em uma nova competição. 

O Departamento de Tecnologia e Negócios colocou um plano para vencermos os japoneses, baseados nas mais modernas técnicas de gestão. 

Os brasileiros, desta vez, iriam humilhar os japoneses!
 
O resultado foi catastrófico! 
O Brasil chegou com 3 horas de atraso!
 
As conclusões do comitê desta vez revelaram o seguinte:

1) A equipe japonesa continuava com um Chefe de Equipe e 10 remadores;

2) A equipe brasileira utilizou a seguinte composição vanguardista:
a) Um chefe de equipe;
b) Dois auditores de Qualidade Total;
c) Um assessor de empowerment;
d) Um supervisor de downsizing;
e) Um analista de não-conformidades e procedimentos;
f) Um analista de sistemas;
g) Um controller;
h) Um chefe de departamento;
i) Um controlador de tempo;
j) Um remador.
 
Depois de vários dias de análise, o Comitê resolveu castigar o remador e para isso aboliu “todos os benefícios e incentivos em função do fracasso”. 

Depois decidiu trocar de remador, mas utilizando um terceirizado, para não terem mais despesas com pessoal porque o projeto estava ficando num custo abusivo de caro e não estava dando os resultados esperados....”

Fonte: Carta Capital - 
https://www.linkedin.com/in/tknovak/

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