Sabe aquele velho ditado de que mar calmo nunca fez bom marinheiro?
Pois é, é em meio às ondas gigantes que aprendemos, de fato, a navegar.
Isso serve tanto para os dias de mar agitado ou para os dias em que a vida insiste em nos balançar na travessia.
De repente, de um dia para o outro, o caos se estabelece. Nossas certezas vão por água abaixo, levando, por vezes, nossa confiança e estabilidade.
Sucumbimos. Desesperamos. Entristecemos. Diante de alguns problemas, parece que o achado de “terra à vista” jamais irá acontecer.
A sensação é de estarmos condenados ao mar de águas turbulentas, buscando, incansavelmente por um porto seguro.
Mas aí, enquanto estamos tentando resistir a tanta instabilidade, acabamos por descobrir um novo jeito de navegar.
Resgatamos forças que nem imaginávamos ter. Recebemos o apoio de quem não imaginávamos poder contar.
E, sobretudo, descobrimos em nós mesmos, uma capacidade de resiliência que parecia inexistir.
Em algum momento, passamos a nos adaptar às mudanças, entender os problemas e correr atrás para modificá-los.
Parece simples e fácil, mas está longe de ser. Antes de nos tornamos bons marinheiros, aprendendo a navegar apesar das circunstâncias, nós quase nos afogamos.
O barco enverga, a ponto de quase afundar, engolimos muita água e, por fim, saímos exaustos.
É uma luta não apenas contra os problemas, mas, principalmente, contra nós mesmos. Uma batalha interior difícil e desafiadora.
No entanto, é preciso descobrir o nosso próprio jeito de sair de cada situação. O meu, o seu, cada um à sua maneira.
Alguns sofrem mais, levam mais tempo para encontrar as saídas. Porém, não importa como, o importante é não desistir. Não abandonar o leme e continuar sempre navegando.
Afinal, depois da ressaca, vem o mar calmo e tranquilo.
Mesmo que demore, mesmo que machuque, chegaremos a ilha mais próxima, ao porto seguro, ainda mais fortes.
Por Isabela Nicastro – Sem Travas no Coração
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