sexta-feira, 17 de abril de 2020

Mar Calmo Nunca Fez Bom Marinheiro


Sabe aquele velho ditado de que mar calmo nunca fez bom marinheiro? 
Pois é, é em meio às ondas gigantes que aprendemos, de fato, a navegar. 
Isso serve tanto para os dias de mar agitado ou para os dias em que a vida insiste em nos balançar na travessia. 
De repente, de um dia para o outro, o caos se estabelece. Nossas certezas vão por água abaixo, levando, por vezes, nossa confiança e estabilidade.
Sucumbimos. Desesperamos. Entristecemos. Diante de alguns problemas, parece que o achado de “terra à vista” jamais irá acontecer. 
A sensação é de estarmos condenados ao mar de águas turbulentas, buscando, incansavelmente por um porto seguro. 
Mas aí, enquanto estamos tentando resistir a tanta instabilidade, acabamos por descobrir um novo jeito de navegar.

Resgatamos forças que nem imaginávamos ter. Recebemos o apoio de quem não imaginávamos poder contar. 
E, sobretudo, descobrimos em nós mesmos, uma capacidade de resiliência que parecia inexistir. 
Em algum momento, passamos a nos adaptar às mudanças, entender os problemas e correr atrás para modificá-los.
Parece simples e fácil, mas está longe de ser. Antes de nos tornamos bons marinheiros, aprendendo a navegar apesar das circunstâncias, nós quase nos afogamos. 
O barco enverga, a ponto de quase afundar, engolimos muita água e, por fim, saímos exaustos. 
É uma luta não apenas contra os problemas, mas, principalmente, contra nós mesmos. Uma batalha interior difícil e desafiadora.
No entanto, é preciso descobrir o nosso próprio jeito de sair de cada situação. O meu, o seu, cada um à sua maneira. 
Alguns sofrem mais, levam mais tempo para encontrar as saídas. Porém, não importa como, o importante é não desistir. Não abandonar o leme e continuar sempre navegando. 

Afinal, depois da ressaca, vem o mar calmo e tranquilo. 
Mesmo que demore, mesmo que machuque, chegaremos a ilha mais próxima, ao porto seguro, ainda mais fortes.
Por Isabela Nicastro – Sem Travas no Coração

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