Ser paciente
nunca foi uma tarefa fácil, mas certamente hoje, é muito mais difícil do que em
qualquer outra época da história. Vivemos em uma era onde a tecnologia
possibilita a troca de mensagens e a mistura de culturas pelo mundo, onde os
consumidores adquiriram maior poder de influência sobre o processo de
fabricação e compra de produtos.
Os tempos
modernos acabaram nos tornando seres imediatistas, dependentes de soluções e
ações rápidas, práticas. E, dificilmente, nestas situações, agimos com calma
e paciência para resolver os conflitos que surgem.
Independente da
frequência, ser impaciente pode ser prejudicial de diversas formas. Esse
sentimento está associado à frustração, irritação e raiva, anseios estes que
podem levar ao aumento do nível de estresse e prejudicar a saúde. Entre os
pontos mais críticos, a impaciência pode resultar em graves consequências para uma pessoa,
como:
Obesidade
Uma
publicação de três economistas no Economic Journal, em 2015, trouxe
uma afirmação preocupante: “pessoas mais impacientes são mais afetadas pelo
acesso fácil a alimentos rápidos e de baixa qualidade, como os fast foods”.
Desta forma, o índice de obesidade em grupos que tem o ‘pavio curto’ é alto,
traduzindo em problemas mais graves de saúde no futuro.
Hipertensão
Esse é um
dos quadros mais comuns em quem é impaciente. Segundo a Associação Médica
Americana (JAMA), a impaciência é um dos principais fatores na causa do
problema em jovens adultos. O estresse do dia a dia e a correria das tarefas na
rotina transformam muitas pessoas em impacientes, estreitando os vasos
sanguíneos e aumentando a pressão arterial, causando o problema.
Envelhecimento
Um estudo de
diversas universidades pelo mundo revelado na publicação Proceeding of
the National Academy of Science apontou que ser impaciente também
afeta no envelhecimento. Segundo especialistas, quem desenvolve a impaciência
degrada mais rapidamente os telômeros (partes extremas dos cromossomos do DNA
responsável pela longevidade). Uma das conclusões é que, quanto maior a
impaciência, mais rápido perdemos essas partes e estamos expostos ao risco de
envelhecer de forma acelerada.
Além disso,
de acordo com um estudo feito pelo Centro de Pesquisas de Política Econômica de
Londres, foi constatado que pessoas impacientes têm uma tendência a procrastinação crônica. Estes são alguns
dados que constatam o quanto a impaciência pode prejudicar uma pessoa.
Como
manter a paciência?
Independente
do ambiente em que você se encontra, profissional ou familiar, manter a
paciência pode ser tornar uma tarefa um pouco difícil, mas não impossível.
Saiba que é
possível gerenciar a sua paciência! Existem algumas situações no nosso
dia-a-dia que podem ajudar você a exercitar, como, enfrentar a fila mais longa
no supermercado, tentar dirigir sem tanta pressa, sair antes do horário
combinado, ouvir uma música relaxante.
Basicamente
a paciência é autocontrole, uma característica que pode e deve ser aprendida
por todos, pois se você não se controla, não pode controlar as pessoas ao
seu redor. Em nosso meio, sempre existirão coisas que estarão
alheias à nossa vontade, e, para não ter um ataque de nervos, é importante
saber diferenciá-las.
Ser paciente
não é o mesmo que ser passivo, ser paciente é saber gerenciar a si mesmo e isso
requer atenção aos seus pensamentos, atos e palavras. Em momentos difíceis,
procure respirar fundo, esvaziar sua mente e manter o pensamento no positivo.
Preste atenção no seu inspirar e expirar, isso vai ajudá-lo a se manter calmo.
Trabalhe
também onde manter o foco. Por vezes, focamos em um grande acontecimento ou em
um momento de expectativa, o que nos deixa mais agitados. Tente pensar
diferente, reflita sobre sua jornada, no que já conquistou e deixe o ponto de
ansiedade para quando chegar a hora de fato. Isso evita focar em algo que trará
impaciência.
Outra boa
forma de se acalmar é fazer uma caminhada, que não precisa ser longa. O
objetivo é ter um tempo para si, e fazer uma reflexão, tirar do pensamento
aquilo que está incomodando. Nesse sentido, procure prestar atenção no caminho
que está fazendo, nas pessoas e natureza ao seu redor, dedique-se a encontrar
algo que te inspire. Distrair-se com outras coisas é fundamental para não gerar
impaciência e aliviar o estresse. Saia mais vezes, faça passeios diferentes
(museus, parques, exposições), procure cursos fora de sua área para gerar novos
conhecimentos. Esse tipo de atitude é benéfico não só para a impaciência, mas
também para toda nossa saúde mental e até corporal. As coisas acontecem no seu
tempo e, enquanto elas não se realizam, não fique só esperando!
A pessoa
impaciente costuma apresentar um comportamento que é bastante prejudicial:
guarda suas angústias e frustrações, que acumulam e se transformam nessa carga
negativa. Sem abusar muito dos amigos (ninguém deve ser seu “muro das
lamentações”), procure alguém para dividir os problemas, pedir conselhos.
Livre-se um pouco dessa carga que pode ser muito pesada, gerando ansiedade,
estresse e, claro, impaciência. Quando estamos mais leves, vemos a vida de
outra forma e sabemos conduzir os problemas com mais tranquilidade.
Sempre que
você se encontrar em uma situação de estresse e impaciência, reserve um tempo
para analisar o que te incomodou e como você pode lidar da melhor forma nestes
casos. Encontre soluções para os problemas, identifique três pontos positivos e
o que você aprendeu com tudo isso. Trabalhar dessa forma te ajudará aos poucos
a encontrar seu ponto de equilíbrio e assim, manter a paciência em situações
adversas.
Lembre-se
sempre de ir em pequenos passos. O exercício de controle da paciência é gradual
e você passará por momentos onde quer extravasar. Segure, respire, pense em
algo diferente e tente manter o controle. Ao dar esse passo rumo à mudança de
atitude, você ganhará em diversos setores da sua vida. Seja mais compreensivo,
tolerante, comemore as pequenas conquistas, reflita e sorria sempre! Esses são
alguns dos pontos mais marcantes em uma pessoa paciente.
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