Muito se tem falado sobre o período de retração da atividade econômica experimentada nos últimos dois anos no País. Neste cenário, é fundamental que a cultura organizacional e a gestão de pessoas da empresa trabalhem de maneira conjunta a fim de engajar os talentos na superação de cenários desafiadores e na rápida e eficiente alavancagem das operações quando essa fase passar.
É importante que, principalmente, as lideranças da empresa se posicionem de maneira positiva e transparente com relação aos desafios e iniciativas que devem ser colocadas em prática em momentos como esse. É preciso ter em mente que a crise é passageira e o estágio posterior – de retomada da atividade econômica – deve ser bem planejado. Ou seja, o pensamento a curto prazo não pode determinar os rumos do trabalho ao longo do período.
A visão a curto prazo é mais no sentido de adequar a organização ao cenário que está em volta. Mas a empresa não pode deixar de olhar para o médio e longo prazo, pois, muitas vezes, ela “corta músculo ao invés de cortar gordura”.
Outro fator importante a ser levado em conta, principalmente, pela grande empresa, é o investimento em tecnologia, que faz com que ela esteja mais preparada para responder às necessidades dos clientes e para se reinventar, inovar. Muitas vezes, as empresas não investem em tecnologia, achando que, assim, reduzirão em muito os custos totais. Esta é uma visão “míope”, porque, em um contexto de diminuição de custos, aportar tecnologia pode deslocar os esforços de um trabalho mais operacional e adicionar mais inteligência, trazendo eficácia e eficiência.
Falando um pouco sobre as PMEs, neste momento, para a sustentabilidade nos negócios, com um quadro de funcionários mais enxuto, a empresa de menor porte precisa estar bem próxima das pessoas ou buscar essa proximidade e ter um turnover mais reduzido. É essencial, neste sentido, trabalharem na retenção dos colaboradores, principalmente daqueles que possuem maior conhecimento do negócio e reconhecer as competências individuais.
Aos líderes corporativos, fundamentalmente, aos gestores de talentos é preciso, acima de tudo, acreditar na retomada econômica. Uma má fase é, em maior parte, passageira. As empresas que estiverem visualizando, apenas, crise e cortes, como um todo, terão problemas futuros na hora de retomarem aos patamares anteriores em que havia condições de crescimento mais favoráveis.
Por: Marineide Peres - http://www.administradores.com.br
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