As constelações sistêmicas organizacionais tratam destes assuntos de forma prática e não acadêmica. Os primeiros estudos foram feitos por um missionário de ordem católica que, anos mais tarde, tornou-se professor e psicanalista. Seu nome - Bert Hellinger.
Iniciou seus estudos como missionário em contatos com tribos africanas. Durante vários anos desenvolveu pesquisas que o levaram à conclusão de que membros de um sistema familiar ficam inexoravelmente implicados e podem gerar questões a serem examinadas pelas nas Constelações Sistêmicas Familiares, trazendo à luz influências sobre gerações futuras. Autor de muitos livros sobre o assunto, Hellinger tratou também dos mesmos sistemas em organizações.
Entre seus seguidores tivemos Gunthard Weber e Mathias Varga Von-Kibed, que trouxeram novos modelos e estímulos para empregar essa abordagem no contexto das empresas. Hoje existem muitos praticantes e centros de treinamento pelo mundo inclusive no Brasil.
Um sistema tem elementos interdependentes que equilibram a organização dentro de uma dinâmica.
Vejamos os três princípios a considerar:
a) Compensação: trata-se do equilíbrio entre dar e tomar, isto é as pessoas, nas organizações dão seu trabalho e recebem o justo pagamento. Sempre que alguém recebe mais ou menos que o devido, aparece uma dificuldade que reclama o retorno ao equilíbrio. Sempre que se dá gratuitamente algo, o sistema encara dificuldades, afetando a dignidade de quem recebe.
b) Pertencimento: por estar vinculado constitutivamente à existência da organização, todos que pertencem a ela estão ligados ao seu nome, seus valores e objetivos. Trata-se do pertencimento a um grupo. Assim, se um empregado é demitido sem causa justa, todos na empresa sentirão a injustiça e o sistema desequilibra. É necessário que a causa e o efeito sejam esclarecidos para que o sistema volte ao normal.
c) Ordem: há sempre uma hierarquia a respeitar. O fundador, o presidente, diretores, gerentes e funcionários mais antigos. Reconhecer contribuições passadas não significa volta ao passado, mas reconhecer que elas existiram em outra época e devem ser honradas abrindo espaço para novas abordagens.
As Constelações Sistêmicas Organizacionais são desenvolvidas para atender às questões apresentadas por empresários e executivos. O termo “constelar” significa participar de uma seção que envolve representantes (pessoas) que agem num contexto especial, representando situações concretas atuais.
A questão é apresentada ao facilitador (a) que dirigirá os trabalhos. O grupo é posicionado pelo cliente e forma um “campo de força” que, por fim e ao cabo, demonstra a real situação apontando caminhos que levem às soluções.
A física quântica explica a formação do campo de força que inclui movimentos e processos inter-relacionados. As Constelações Sistêmicas Organizacionais são, atualmente, mais uma forma para complementar a boa gestão empresarial.
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