terça-feira, 16 de maio de 2023

A REVOLUÇÃO DA MATURIDADE DE RITA LEE


Recentemente, uma jornalista me perguntou:

"Em suas pesquisas sobre envelhecimento e felicidade, qual a mulher que melhor representa a Revolução da Bela Velhice?"

Respondi sem titubear: 

“Rita Lee!”.

Rita Lee, da juventude à maturidade, contestou os valores da moral e da estética dominantes, por meio de um comportamento sexual livre, de uma linguagem irreverente e sem censuras, da criação de novos padrões estéticos e ruptura dos tabus sociais.

Rita representou a imagem da mulher livre, irreverente e feliz: 

Sua maneira de exibir o corpo, seu uso da linguagem, sua conduta sexual, suas escolhas de amigos e parceiros amorosos estão inteiramente presentes em sua ética e estética de vida.

A roqueira irreverente foi uma mulher à frente do seu tempo: 

Criou um estilo próprio e marcou uma diferença, tornando-se um modelo de transgressão e inspiração de novos modelos femininos. 

Ela exerceu, da juventude à maturidade, o seu tesão pela vida, sem medo dos preconceitos, estigmas e patrulhas. 

Resistiu corajosamente à ditadura da juventude e provocou uma verdadeira revolução nos discursos, comportamentos e valores das mulheres da minha geração.

Uma das inúmeras menções que faço a Rita Lee no meu novo livro “A Arte de Gozar”:

Demonstra que ela se se tornou um símbolo da revolução das mulheres na juventude dos anos 1960, e, na maturidade, acabou se transformando em um ícone da Revolução da Bela Velhice.



“Após a revolução sexual das mulheres, será que é possível rotular e aprisionar as escolhas femininas? 

Por que tanta dificuldade para aceitar que, como disse Rita Lee, ‘velho não quer trepar’, ou melhor, que nem todos querem? 

Será uma nova revolução das mulheres ter a coragem de dizer não — e dizer sim, se quiserem — para o sexo?”

No livro “A Arte de Gozar”, mostro que Rita descobriu novos prazeres na velhice. 



Ela, que “trepou a vida inteira”, passou a ter vontade de ler mais, aprender coisas novas, pintar, lavar louça, arrumar a cama e outras tarefas que considerava “fantásticas”. 

“Aos 73 anos, por exemplo, tenho meus cabelos brancos. 

Já transei para caramba e, agora, tenho mais tesão na alma”.

Será que Toda Mulher é Meio Rita Lee?

Tamo juntas?

Copiado: https://www.linkedin.com/in/mirian-goldenberg-

Nenhum comentário:

Postar um comentário