O período entre 2015 e 2020 vai redefinir como vamos viver, trabalhar e fazer negócios nos próximos anos. É claro que não dá para adivinhar o que vai acontecer, mas a gente pode ver a nossa volta alguns indicadores que mostram que a forma como vamos fazer negócios no futuro será certamente diferente de como fazemos hoje...
Para alguns tipos de trabalho, as mudanças vão ser radicais. Alguns negócios e algumas profissões simplesmente não irão mais existir.
Teremos um mundo ainda mais volátil, incerto, complexo e ambíguo que exigirá dos profissionais uma capacidade de se adaptar, de desaprender e, principalmente, redefinir o seu modelo mental.
Vamos todos precisar reaprender – e rápido! Isso não é fácil e vai demandar um esforço extraordinário por parte de quem está habituado a trabalhar da mesma forma há muitos anos.
E quais os impactos desta aceleração das mudanças nos negócios? Algumas forças já emergem para nos dar algumas pistas... Veja:
1) Foco na experiência dos clientes
Um dos maiores desafios das organizações será a crescente necessidade de se diferenciar de seus concorrentes. Com produtos e serviços cada vez mais semelhantes, uma das principais mudanças ocorrerá na forma com que as empresas se relacionarão com seus clientes. Até o momento, a preocupação de grande parte das organizações era criar produtos e serviços para atender a demanda de um determinado segmento de clientes. O que ocorrerá no futuro?
A transição deste modelo produto-serviço para um modelo focado nas experiências dos clientes. O fator que irá diferenciar uma empresa de outra será a qualidade destas experiências em cada interação que o cliente tenha com a sua empresa. Produtos e serviços espetaculares não serão suficientes. Aquelas empresas que tenham um propósito e uma cultura forte aliados a experiências espetaculares e genuínas de seus clientes serão aquelas que irão vencer nos próximos anos.
Se antes a guerra por talentos se dava entre as grandes empresas, prepare-se: as novas gerações que chegam ao mercado de trabalho irão além. Eles chegarão com um viés ainda mais empreendedor que as gerações anteriores. É uma geração que questiona se precisam comprar carros - ou se vão utilizar o Uber ou suas bicicletas... Antes de procurarem uma empresa, eles vão buscar oportunidades em que possam criar e desenvolver seus próprios projetos. Amplamente conectados já em seus video-games e redes sociais, é possível que já criem uma empresa global com apenas 20 anos de idade. Por isso, vê-los trabalhar em uma empresa onde eles não se divirtam e não estejam conectados ao seu propósito estará fora de cogitação.
A mudança ocorrerá também nas demais gerações. Nos próximos 5 anos, a geração X já será minoria em boa parte das empresas. E a geração Y, além de representar o maior número de colaboradores da sua organização, também ocupará a maior parte das posições de liderança. E pressionará a empresa para realizar transformações. Líderes precisarão, enfim, liderar. O trabalho precisará ter significado e propósito. A empresa precisará vivenciar na prática seus valores.
Richard Branson (Fundador e CEO da Virgin) escreveu recentemente um artigo aqui no Linkedin ressaltando que você não consegue mentir sobre propósito, paixão e personalidade (se quiser saber mais, clique aqui). Essa será a demanda destas gerações nos próximos anos. Por isso, Cultura Organizacional será algo cada vez mais importante para a sustentabilidade de um negócio. Aquelas organizações que não se adaptarem irão perder a guerra pelos talentos. A contribuição real de cada um nos projetos será o ativo mais valorizado - e não o tempo que você passa no escritório. Será a era do trabalho colaborativo! A sua organização está preparada para esta mudança?
3) Extrema personalização
Talvez o maior exemplo hoje que reflita esta personalização (porém ainda bem distante de uma experiência) seja quando compramos algo no site da Amazon. Logo após navegar um pouquinho no site, começamos a receber dicas do próprio site baseado em nossos cliques. Se busquei por um livro de liderança, o site vai buscar recomendações na mesma linha para mim ("se você gostou deste livro, também vai gostar desses...").
Essa imensa quantidade de dados baseada nas interações que cada cliente tem com a sua organização será utilizada para otimizar a oferta de produtos, serviços e soluções específicas para cada cliente. A personalização das experiências será possível mesmo em um mercado de massa. A Amazon e outras empresas já começam a praticar este conceito, mas as oportunidades à frente são imensas e vão muito além do e-commerce.
4) Transparência e reputação das organizações
Com tanta informação à disposição, não haverá outro caminho para as marcas e empresas: os consumidores irão desejar informações sobre o que estão comprando, se causa algum tipo de impacto para a sua família e para a sociedade. Em um mundo onde a marca é um ativo fundamental para o crescimento e sustentabilidade de um negócio, crescerá, assim, a preocupação com a reputação. E os clientes irão premiar as empresas com valores e princípios semelhantes aos deles. E vão ser fiéis principalmente aquelas que conseguirem demonstrar, de forma tangível, a consistência entre seu discurso e a prática.
"Nossa, quando essas mudanças vão parar?”
“Não aguento mais estas mudanças!”
“Quando a gente vai ter tempo pra respirar e começar a trabalhar?”
Você já deve ter ouvido algumas destas frases. Ou, quem sabe, até mesmo ter falado algo semelhante... Bom, se a ficha ainda não caiu, a verdade é a seguinte: as mudanças não vão mais parar!
Como já estamos sentindo na pele hoje (e as tendências para o futuro só comprovam esta tese), as mudanças tendem a ser cada vez mais frequentes, intensas e elas tendem a ser também quase ininterruptas.
E você? Está preparado?
Qual a SUA estratégia para sobreviver às mudanças no trabalho e ter sucesso na sua carreira nos próximos anos?
Por: André Souza - https://www.linkedin.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário