"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que,
com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."
William Shakespeare
Os Medos Sociais são antigos:Timidez, Insegurança, Medo
de Falar em Público, de Iniciar uma Conversa, de Lidar com Estranhos,
etc.
No entanto, será que todos possuem um elemento em comum?
O Medo de
não ser aceito ou medo da exclusão seria o pai de todos os
medos?
Você tem algum medo?
Descubra como se livrar dele.
Você foi convidado por um amigo para ir a um evento social,
quando chega lá percebe que o amigo não foi e que você não conhece ninguém ali. Parece
que você está sobrando e não sabe o que fazer para interagir com os demais?
Você
passou mais de um semestre preparando o seu trabalho de conclusão de curso e
sabe que fez uma excelente pesquisa. Porém, está quase morrendo diante da
perspectiva de encarar os colegas (que estiveram com você por mais de quatro
anos na mesma sala) na apresentação do mesmo?
Você convive com uma pessoa
sobre a qual tem interesse, mas nunca consegue se expressar de modo
interessante para causar uma boa impressão?
Você está numa reunião de
trabalho e as pessoas falam e dão opiniões. Você pensa em tudo que poderia
dizer, mas se cala com medo de que alguém, principalmente o chefe, o ache
inadequado, bobo ou inconveniente?
- Você pode estar com medo.
- O que causa sensação tão intensa?
- O que é o medo?
Medo: Perturbação resultante da ideia de um
perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa
estranha ou perigosa; pavor, susto, terror.
Apreensão. Receio de ofender, de causar
algum mal, de ser desagradável. Gestos ou visagens que causam susto.
Fobia: Nome
genérico das várias espécies de medo mórbido. Aversão a alguma coisa.
(Dicionário Michaelis).
Do ponto de vista da evolução podemos imaginar que
aqueles organismos que souberam lidar melhor com a sensação de medo e
as situações que a provocam, perpetuaram suas proles e, desses organismos, aqui
estamos nós, seres humanos, lidando bem ou mal com nossos medos.
O sentimento perturbador diante de algo novo, o famoso frio
na barriga, é normal e benéfico ao ser humano. Caso não fosse assim não
desenvolveríamos novas habilidades e nem evoluiríamos como indivíduos e
espécie. O problema é quando algum erro em nosso sistema interno generaliza as
sensações de medo e o nosso comportamento passa a ser utilizado contra nós. Por
mais que saibamos o quão aquilo é inadequado, não sabemos lidar com ele. Isto é
o medo nos tornando reféns de nós mesmos.
Por outro lado, ouvimos falar que o medo é da natureza
humana e que temos que conviver com ele. Isto não é verdade. Se assim o
fosse todas as pessoas agiriam da mesma maneira e se você olhar à sua volta não
é esta a realidade. Muita gente se enturma facilmente, outros adoram falar em
público e muitos são tidos como arrebatadores de corações e há, no mundo do
trabalho, aqueles que se dão bem mais por suas habilidades de comunicação do
que propriamente por suas qualificações técnicas. Qual o segredo então?
As pessoas bem sucedidas, nos contextos mencionados, fazem
isso naturalmente. Os traumas são exemplos de como o cérebro
aprende. A Programação Neurolinguística-PNL estudou estes processos
naturais de aprendizagem neurológica e desenvolveu técnicas eficientes para
lidar com omedo e com a insegurança. Este conhecimento permite
aos profissionais da PNL, os PeNeListas, manejem as técnicas que
são sempre eficazes, por serem selecionadas e aplicadas
adequadamente.
Estas técnicas são processos de aprendizagem reversa, cuja
função é levar o cérebro a desaprender a reação exagerada à uma situação, para
depois aprender a nova maneira de se comportar adequadamente naquele contexto.
A técnica em si é só o instrumento que deve ser aliado à experiência e
capacidade do profissional em promover mudanças seguras e eficientes.
Fundamentação Neurocientífica
A Neurociência do Comportamento estuda como o sistema
nervoso produz o comportamento e como este mesmo sistema nervoso é
influenciado pelo comportamento.
O cérebro é um equipamento que só funciona através
das informações que processa. A maioria das informações que o seu cérebro
processa veio de sua interação com o meio e dos significados que você deu para
elas, consciente ou inconscientemente. Sendo assim a sua mente é um disparador
importante para as reações que seu cérebro processa.
O medo é uma reação que começa com um estímulo sensorial
real (algo que você vê, sente, ouve ou o conjunto disso tudo), mas pode ser
algo quesua mente cria ou resgata de uma memória, uma lembrança
sua. Areação acontece através de uma cadeia de estímulos sensoriais e
eletroquímicos que contribuem para a liberação de substâncias químicas –neurotransmissores –
que provocam o aumento da sua respiração, dosbatimentos cardíacos, geram tensão
muscular e, nalgumas situações, pode desencadear reações viscerais.
O estímulo
pode ser aquela pessoa de seus sonhos, uma festa cheia de estranhos, um
auditório lotado de pessoas ávidas pelo que você falaria ou seu chefe esperando
a sugestão salvadora.
Apesar de a coisa não ser tão simples assim, tendo como base
o que leu acima, veja nas imagens abaixo como o cérebro participa na geração do
medo:
Tálamo: funciona como área de triagem dos sentidos,
somente o olfato não passa pelo tálamo. Após receber os sinais dos sentidos ele
decide para que parte do cérebro os dados serão enviados.
Córtex sensorial: é a parte superior do cérebro, a
casca que veríamos se abríssemos seu crânio. É nesta área que são interpretados
os dados sensoriais. O córtex possui uma área para cada sentido, córtex visual,
olfatório, etc. (Por isso o Visual, Auditivo e Cinestésico – Tato, Olfato,
Paladar e Propriocepcia, da PNL).
Hipocampo: está envolvido no registro e resgate de
memórias importantes de sua vida, além de integrar os estímulos para
estabelecer um contexto relacionado a eles.
Amígdala: gerencia emoções, especificamente as ligadas
à aversão, distingue ameaças e armazena as memórias do medo.
Hipotálamo: Utiliza a combinação do sistema nervoso
vegetativo com o sistema adrenocortical. O primeiro prepara o corpo e o
segundo irriga a corrente sanguínea com as substâncias necessárias para a
situação de luta ou fuga.
Como sua sobrevivência é o objetivo a reação não depende de
suas decisões conscientes. Elas tendem a levar você a lutar ou a fugir.
(Por isso aquilo tudo que você pensa depois de uma situação limitante não
funciona no contexto. As dicas bem intencionadas do comportamento adequado
morrem aqui. Por isso elas não funcionam).
Simplificadamente poderemos dizer que o seu cérebro busca
sempre garantir a sua sobrevivência e dotar você das condições evolutivas que
perpetuarão a sua linhagem. Fugir, no contexto aqui abordado, pode parecer
melhor do que lutar. Para você se sentir bem nos contextos que deseja,
substituir o medo pelas habilidades comportamentais e enfrentar o desafio,
seria mais apropriado. Enfrentar aqui não é sinônimo de luta de sobrevivência
no nível cerebral rudimentar (tronco encefálico – cérebro reptiliano), mas sim
a integração comportamental dos níveis cerebrais superiores (emocional e
intelectual – sistema límbico e córtex) para você evoluir e se sobressair nesses
contextos.
Mas seu cérebro não sabe disso. Ele apenas acessa suas memórias e
dispara processos anteriormente condicionados pela sua história evolutiva e por
suas experiências de vida. O elegante é que você possui a explicação
neurocientífica, para compreender os processos neurobiológicas do comportamento
e dispõe da PNL para fazer os ajustes comportamentais necessários a seus
objetivos contextuais.
Veja abaixo um esquema mais detalhado. Se tiver
curiosidade pesquise sobre cada parte deste esquema e aprenda mais sobre seu
cérebro.
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