sexta-feira, 10 de maio de 2013

Um Marketing Contra o Consumo? Como Assim?


Imagine que daqui a uma década, as propagandas que você lê nos jornais e revistas sejam essas:
  • “Pense bem antes de comprar, você realmente precisa desse sapato?”
  • “Sua geladeira quebrou? Aproveite e faça um ventilador com ela!”
  • “Para que ter um carro, pagar impostos, seguros e estacionamento se você pode alugar um na esquina?”
Um anti-marketing? 
  • Uma propaganda que incentive o “não consumo”, uma consciência ambiental, de reciclagem, reaproveitamento, cuidado com o meio ambiente. 

É bem provável que sim, mensagens como essas sejam o foco dos marqueteiros em um futuro próximo. Cada vez mais, com a exigência da sociedade por atitudes mais consistentes de preservação do meio ambiente, e também pelo próprio limite de recursos naturais do planeta, sejam elaboradas, a exemplo da Lei de Compensação Ambiental, uma Lei de Compensação Ideológica.
A ideia, de Daniel Menin, do Marketing da VAGAS, é fazer com que as empresas invistam o mesmo valor gasto em campanhas publicitárias milionárias para vender produtos e serviços que comprometam o meio ambiente, para campanhas educativas que levem à consciência e educação ambiental.
  • “Significaria ainda termos todo um novo setor de comunicação (profissionais, agências e produtoras) que hoje se vendem ao consumo sendo pagas para pensar em comunicação de sustentabilidade e educação de consumo mais consciente”, argumenta Menin, espeleólogo quando está fora do ambiente corporativo.

O “Car Sharing”, um novo negócio que ganha força especialmente na Europa, até em consequência da crise econômica da União Europeia, já ganhando milhares de adeptos todos os dias. Carros muito pequenos, que utilizam pouco espaço para estacionamento e funcionam com energia elétrica, já parecem ser um excelente sintoma de uma nova postura frente aos problemas ambientais que o planeta apresenta.
As indústrias também têm se preocupado com certificações em seus produtos para mostrar mais respeito com a economia de energia e recursos alternativos. Não fica difícil imaginar que em breve os marqueteiros estarão frequentando cursos para terem maior consciência sobre as ciências que permeiam a gestão do meio ambiente e assim fazer outro tipo de campanha, com um impacto muito mais positivo na vida das pessoas, além de se proteger dos problemas causados por um marketing ambientalmente incorreto!
Ao longo dos séculos as novas tecnologias modificaram profissões, trouxeram benefícios científicos e longevidade para milhares de pessoas em determinados momentos, mas a curva do gráfico “do progresso” tem se mostrado em decadência. As mudanças climáticas e suas consequências, como por exemplo, grandes perdas de safras de alimentos, doenças crônicas, não podem ser mais ignoradas. A tecnologia só traz avanço quando está sintonizada com práticas mais sustentáveis: ambientalmente, economicamente e socialmente.
Que venham os novos marqueteiros. E que tenham a mesma competência para reverter o cenário que vivemos. O futuro pode estar muito mais próximo do que imaginamos!
Por Fabíola Lago - http://www2.vagas.com.br/

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