Professor, lousa, giz, apagador e tela de projeção. Esse conjunto, até há bem pouco tempo, era o mais indicado para que o processo ensino-aprendizagem ocorresse. Apesar de a figura do professor ainda ser de vital importância para o ensino, hoje a necessidade de ele estar fisicamente no local onde seus alunos se encontram pode não ser necessária. E, também, o número de alunos não está restrito às quatro paredes de uma única sala de aula.
Com o desenvolvimento tecnológico, aprimoramento de sistemas e de softwares de gerenciamento de informações, mais acessibilidade e mobilidade, é possível promover encontros em tempo real com um número ilimitado de pessoas e em qualquer parte do globo. Assim, a figura do professor se assemelha mais a de um facilitador ou mediador do conhecimento por meio de veículos e recursos digitais integrados e inovadores.
Está claro que, para atingir os objetivos, não basta a simples existência da tecnologia ou o uso de ferramentas e recursos tecnológicos. É necessário um trabalho cuidadoso de uma equipe que, além de desenvolver os conteúdos específicos de cada curso, também esteja atenta aos aspectos pedagógicos necessários. Deve haver sintonia entre os membros dessa equipe, que podemos chamar de multidisciplinar, já que é composta por profissionais das áreas de informática, eletrônica, comunicação e pedagogia, para que o processo de ensino a distância seja atrativo e ao mesmo tempo enriquecedor.
O e-learning ─ ou ensino realizado por intermédio de meios eletrônicos e digitais ─ vem ganhando espaço nas mais diversas instituições de ensino do país e também nas grandes empresas. O interessante é que o investimento para poder se integrar a essa modalidade de gerenciamento da informação e do conhecimento não requer gastos astronômicos. Nas instituições de ensino, os cursos são desenvolvidos em módulos e exigem uma parte presencial e outra virtual. Já nas grandes empresas, visando principalmente à redução de custos, programas de implementação de projetos e/ou apresentação de produtos são realizados inteiramente por meio eletrônico. Os recursos mais empregados vão desde e-mails e textos digitalizados até links diversos, vídeos, objetos de aprendizagem, animações interativas e videoconferências.
Textos digitalizados, chamados de e-books, ganham força em relação aos livros produzidos em papel. Além disso, com os lançamentos dos tablets e suas funcionalidades cada vez melhores, teremos uma explosão de e-books nos próximos três anos, o que permitirá uma aplicabilidade gigantesca na área educacional. É o que aponta o relatório da Horizon Report 2010, que analisa as tecnologias emergentes e seus impactos nos diversos segmentos da sociedade, inclusive na educação.
Analistas apontam que o e-learning vem crescendo ano a ano e a tendência é que mais empresas o utilizem para criar diferenciais frente aos seus concorrentes, com custos razoavelmente reduzidos. É aguardar e conferir.
Antônio Sérgio Martins de Castro - Coordenador Pedagógico do Ético Sistema de Ensino da Editora Saraiva - www.cmconsultoria.com.br
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