Todo ano a gente faz tudo igual, renovamos nossas promessas para o Ano Novo: ser bem sucedido na profissão, mudar de emprego, encontrar um amor, ter filhos. Parar de fumar, perder uns quilinhos. Ganhar dinheiro, viajar, conhecer lugares. Engajar-se numa causa social ou ecológica. Trabalhar pela comunidade. Mudar o mundo. Ter uma vida melhor. Ser feliz.
Mas não basta sonhar. O maior desafio é transformá-los em realidade. Todos nós temos sonhos ou já tivemos um dia, antes de sermos consumidos pela rotina, sufocados pelo peso dos afazeres diários. E o que aconteceu?
O aumento das responsabilidades e as dificuldades encontradas no decorrer dos anos nos impuseram uma trajetória que pode ter nos distanciado daqueles sonhos.
Quantos de nós hoje mora onde não quer, faz o que não gosta, aturam um chefe insuportável, não se relacionam bem com o companheiro (ou companheira), convivem pouco com os filhos, equilibram-se numa corda bamba...
Outros tantos talvez tenham cultivado sonhos que viraram pesadelos. Estão decepcionados com o trabalho, afundados em prestações estimuladas pelo consumismo e desgastados com a ginástica no orçamento para manter as aparências, acuados com a violência na vizinhança.
Mergulhadas no ópio da rotina, acabamos negligenciando nossos sonhos e vamos pouco a pouco perdendo a capacidade de sonhar. Muitos acabam levando suas vidas sem direção, sobrecarregadas e insatisfeitas, escravas de suas construções burocráticas, na fantasia de que um dia tudo mude se ganhar na loteria, se Deus mandar bom tempo, se a esposa ou marido tomar tal atitude, se o chefe enxergar suas capacidades, se o governo mudar tal lei, se, se e se...
Você já imaginou como será sua vida dentro de alguns anos? Sairá de casa para trabalhar onde deseja? Estará fazendo o que gosta? Morando onde quer? Convivendo com os amigos que deseja?
Se não houver ações claras e direcionadas da sua parte, não se iluda: tudo pode continuar exatamente do jeito que está. E daqui a exatamente um ano, estará de novo fazendo as mesmas promessas. E amargando as mesmas frustrações.
O mundo é movido a sonhos. Mas precisamos nos transformar em um país de realizadores de sonhos em vez de nos perpetuar como apenas um “país de sonhadores”.
Empreender sonhos não é obra do acaso. Requer gestos conscientes. Lute pelos seus sonhos para não ser mero coadjuvante dos sonhos de outros. Feliz Ano Novo com Sonhos Novos!
César Souza (Presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de autor e palestrante. / HSM Online
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