terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Fundamentos de Avaliação

O sucesso de qualquer empresa depende de seu processo decisório. Diante de um cenário econômico com riscos cada vez maiores, onde há um desequilíbrio nas taxas de juros, o mercado apresenta-se desajustado e as regras da economia em constante oscilação, há uma exigência maior na capacidade de análise na hora de tomar decisões na empresa.
A falta de conhecimento por parte dos administradores acerca da dinâmica do Mercado Financeiro tem dificultado na hora do fechamento de negócios. Avaliar se um investimento é viável ou não requer conhecimento sobre taxa de juros, entender as medidas estatísticas para mensurar o risco de um ativo, e dentre muitos outros aspectos relevantes na hora da tomada de decisão, podem amenizar e até mesmo sanar um problema existente.
Por entender que um dos objetos de estudo da Administração é a tomada de decisão, viabilizadas por dados e informações fornecidos pela contabilidade, é que serão explanados somente como análise, assuntos sobre diferentes tipos de taxas de juros, medidas estatísticas adotadas na avaliação de ativos e o estudo do risco do Mercado Financeiro.
Todos os assuntos abordados neste trabalho serão definidos conceitualmente e suas aplicabilidades serão contextualizadas em diversas situações práticas no comportamento do Mercado Financeiro.

1. FUNDAMENTOS DE AVALIAÇÃO
1.1 MEDIDAS ESTATÍSTICAS DE AVALIAÇÃO E RISCO

A medida estatística, de acordo com Assaf (2013, p. 96), é um método científico que permite que seus usuários tomem as melhores decisões mediante condições de incerteza.
Atualmente, diante de um cenário econômico inconstante e com riscos cada vez mais latentes, avaliar o retorno de um investimento, tornou-se um desafio para os profissionais desta área. Podemos citar como vilões de risco no mercado financeiro, a inflação e as taxas do governo.

Portanto, é necessário além de um amplo conhecimento de mercado, o uso do método estatístico na avaliação de seus instrumentos financeiros.
A técnica utilizada para descrever analiticamente as variáveis de uma amostra é chamada estatística descritiva. Ela visa, mediante quantificação de dados que compõem a amostra, reunir informações importantes para que a tomada de decisão seja a mais precisa possível.

1.1.1 Medidas de posição – tendência central
Segundo a professora Cecília Rokembach, do departamento de estatística da PUC1,2 medidas de posição são medidas que servem para representar uma série de dados e para permitir a comparação entre duas ou mais séries ou conjuntos de observações. Dentre tais medidas pode-se salientar a média, a mediana e a moda.

1.1.2 Medidas de dispersão
Medidas de dispersão são estratégias usadas na estatística para verificar se os valores de um conjunto de dados estão dispersos ou não. As medidas mais aplicadas na prática de avaliação de risco são o desvio-padrão, a variância e o coeficiente de variação.

1.1.2.1 Desvio-padrão e variância
Segundo Amanda Ribeiro, graduada em matemática, escrevendo seu arquivo no portal Brasil Escola, expõe que O desvio padrão é capaz de identificar o "erro" em um conjunto de dados, caso quiséssemos substituir um dos valores coletados pela média aritmética. Este aparece junto à média aritmética, informando o quão "confiável" é esse valor. 

1.1.2.2 Coeficiente de variação – CV
O coeficiente de variação, geralmente expresso em %, é o instrumento que mede o grau de dispersão relativa, ou seja, o risco por unidade. Enquanto que o desvio-padrão e a variância mede o grau de dispersão absoluto. O Coeficiente de Variação é útil para compararmos a variabilidade (dispersão) de dois conjuntos de dados de ordem de grandezas diferentes.

2. PROBABILIDADES
Probabilidade, normalmente expressa em porcentagem, refere-se à possibilidade de um determinado evento ocorrer. Diante da tomada de decisões de investimentos, na prática, esse conceito vai muito além de uma possibilidade de um único resultado esperado, mas a diversos valores possíveis a ocorre.
A probabilidade definida em um evento ou em um conjunto de eventos de incerteza pode ser dividida em dois termos: objetivos ou subjetivos.

A probabilidade objetiva é proveniente de situações passadas que se
repetiram inúmeras vezes, das quais não se há dúvidas de sua ocorrência. Por
exemplo, a probabilidade de que um produto saia defeituoso no processo produtivo
atual, pode ser obtida através de análises passadas desta mesma produção em
períodos diferentes.

A probabilidade subjetiva é decorrente de novos eventos dos quais não se
tem experiências passadas relevantes. Neste caso de incerteza, a unidade decisória
da empresa precisa atribuir subjetivamente probabilidade aos resultados esperados.
Por exemplo, a probabilidade de que um novo produto a ser lançado no mercado
seja aceito pelo consumidor, será obtida através de análise subjetiva baseada em
pesquisa de mercado, projeções de demanda, intuição da equipe administrativa e de
produção, experiência profissional e etc.

2.1 Medidas estatísticas aplicadas ao estudo do risco
Ao analisar um investimento, o administrador precisa compreender qual o
grau de risco que este está associado, bem como avaliar as formas e quantidade de
retorno futuro.

2.2 Distribuição normal
Apesar de uma variável ser classificada como discreta ou contínua, o objeto de estudo deste capítulo será a variável contínua também conhecida como probabilidade normal.
A distribuição de probabilidade normal é uma variável amplamente usada no estudo de estatística por assumir valores infinitos, portanto mais difíceis de mensurar somente através dos cálculos da média.
Sua importância ainda é descrita também na área de avaliação de investimentos, principalmente por apresentar uma aproximação à curva normal dos retornos esperados e também em outros eventos financeiros.

2.3 Covariância
A covariância é um tipo de valor usado na Estatística para identificar a inter-relação entre determinados valores. A covariância entre duas variáveis X e Y é igual a média de uma variável aleatória Z que por sua vez é o produto dos desvios de cada uma das duas variáveis X e Y em relação as suas respectivas médias.
2.4 Correlação
A correlação, segundo Assaf, (2013, p.105) visa explicar o grau de relacionamento verificado no comportamento de duas ou mais variáveis. A quantificação desse relacionamento é obtida estatisticamente por meio do coeficiente de correlação, que pode variar de +1 a –1. Quando o coeficiente de correlação for igual a -1, diz-se que as variáveis são inversamente correlacionadas, isto é, quando a variável Y diminui, a variável X tende a elevar-se. Caso contrário, se for exatamente igual a +1, diz-se que as variáveis são diretamente correlacionadas, isto é, variações de Y determinam alterações paralelas e no mesmo sentido na variável X.
2.5 Regressão linear
A regressão linear é uma ferramenta estatística usada para prever futuros valores a partir de valores passados.
A análise de regressão linear se dá a partir do estudo de um conjunto de valores X e Y, onde (Y) representa a variável dependente em função de uma variável independente (X), seu objetivo é conhecer o quanto variações de X podem afetar Y.

 CONCLUSÃO
É sabido que, para um administrador na atual conjuntura, tomar decisões sobre como e quando investir em novos projetos tem sido um desafio constante, visto que o cenário econômico está cada vez mais propenso às incertezas.
Ao conhecer diferentes tipos de taxas de juros e medidas estatísticas adotadas na hora de avaliar ativos e seus riscos no mercado financeiro, pôde-se numa abordagem mais prática, sanar dúvidas que, não são apenas dos acadêmicos, mas também de muitos profissionais experientes no mercado, que tem feito confusão, na tomada de decisão, por não dominar a aplicabilidade dessas ferramentas.
Portanto, faz-se necessário, a correta avaliação dos riscos, sendo que este é um fator que vai determinar o sucesso ou fracasso das decisões tomadas diante de um investimento.
O estudo sobre fundamentos de avaliação foi de suma importância para a formação profissional dos estudantes envolvidos no desenvolvimento deste trabalho; uma vez que agregou conhecimento sobre assuntos relevante para um futuro administrador sobressair-se com propriedade na dinâmica de suas atividades dentro de uma empresa.

Por  - http://www.artigonal.com/financas

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