A luta pelo respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero é de TODAS AS IDADES e em TODO O TEMPO. Não apenas no mês de junho.
Quando falamos de #idadismo, sabemos
que é um preconceito que atinge mais frequentemente as pessoas mais velhas, e -
com ainda mais força - mulheres e a população LGBTQIA+.
Quando falamos de idosos homossexuais, a
discriminação pode ser agravada por alguns fatores:
- Falta de suporte familiar -
- Menor rede de apoio e proteção -
- Preconceito entre pares da mesma faixa etária -
- Pressão na autoestima -
- Imagine você ter que ficar se provando, lutando por reconhecimento, pertencimento, e, - principalmente -, respeito, ao longo da vida?
- Imagine você sofrer duplo preconceito (às vezes triplo ou quádruplo, se pensarmos em raça, gênero, PcD...)?
Sofrer preconceito,
ser reprimido, hostilizado, e muitas vezes agredido, pode ser devastador em
vários aspectos, seja na realização de objetivos, como não conseguir um
emprego, na saúde mental, no emocional e no social.
Um estudo científico de 2008 (por Anderson, 2008) revelou que idosos homossexuais eram mais propensos a viver sozinhos no ciclo final da vida.
Eram 4 vezes menos propensos a pensar em ter filhos e menos propensos
a pedir ajuda de familiares do que heterossexuais da mesma idade.
Algumas ações já apontam o despertar para essas questões.
Em maio de 2021, foi realizada uma audiência pública na comissão dos
Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados sobre a necessidade de
políticas para garantir um envelhecimento com qualidade para a população
LGBTQIA+.
Outras vertentes chamam a atenção para o poder de consumo desse público e a necessidade de investimentos voltados tanto para produtos como para serviços.
Um movimento de mais de R$ 10,9 bilhões por ano no Brasil. O grupo não somente gasta mais, mas consome no comércio online e offline com maior frequência do que os heterossexuais.
Segundo esse estudo da Rainbow Homes, da NielsenIQ, as famílias arco-íris, - com pelo menos um integrante da comunidade -, representam 5,5% no consumo brasileiro e têm um gasto 14% maior do que os demais lares. Mais do que isso, 30% estão dispostos a gastar mais com marcas que conversam com a diversidade.
Atenção, marcas e mercado!
"Envelhecer com qualidade de vida é um desafio cercado de muitas dificuldades. O envelhecimento da população influencia o consumo, a transferência de capital e propriedades, impostos, pensões, o mercado de trabalho, a saúde e assistência médica, a composição e organização das famílias. É um processo normal, inevitável, irreversível e não uma doença. Portanto, não deve ser tratado apenas com soluções médicas, mas também por intervenções sociais, econômicas e ambientais." (Simone Alex de Oliveira - CEUB/2009).
Atenção, poder
público!
Porém, se a bandeira contra o #etarismo está só começando a ser empunhada, ela não pode ser solitária ou apenas de um grupo.
A luta contra os preconceitos tem que ser MÚLTIPLA e INTERSECCIONAL.
São
camadas que se sobrepõem e todo o tipo de discriminação deve ser removido das
relações de trabalho, familiar ou social.
Atenção, sociedade!
Somente
juntos, juntas e juntes, construiremos um mundo mais justo, respeitoso e
acolhedor das diferenças.
Por: Marcia Monteiro - jornalista, fundadora da #Geraçãoilimitada®️
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