terça-feira, 9 de agosto de 2011

A meritocracia é boa para empresas e funcionários?

Vivemos, nos dias atuais, na sociedade do conhecimento e da hiperconcorrência! E um dos maiores desafios para as empresas e trabalhadores, daqui por diante, é desenvolver formas de convivência harmoniosa que possibilitem a permanência e retenção dos profissionais.
Entre os sistemas utilizados há muitos anos pelas empresas para avaliação, aperfeiçoamento e premiação dos seus funcionários, está a meritocracia: um modelo e sistema de avaliação, reconhecimento e compensação das pessoas, onde o mérito pessoal e profissional, fundamentado num conjunto de habilidades, determina a hierarquia e o grau de responsabilidade nas organizações de tal forma que os mais aptos são escolhidos e promovidos conforme o desempenho e realizações.
Atuo como headhunter há mais de 25 anos e posso afirmar: estamos migrando de modelo uma sociedade industrial, onde havia hierarquias e lideranças definidas e preestabelecidas, para um novo modelo de sociedade que se comporta e age na forma de uma enorme teia de informações, distribuída e conectada em rede. Há propósito, vale a pena conhecer o ensaio sobre Da Sociedade Industrial à Sociedade em Rede no link: http://www.slideshare.net/MaristelaMoura/da-sociedade-industrial-sociedade-em-rede-8538889

Sociedade do conhecimento cria nova geração de trabalhadores
Uma das questões que as empresas estão debatendo são os novos talentos formados pela geração denominada Y, que vêm substituindo os diversos níveis de trabalhadores, e que trazem perspectivas e expectativas totalmente diversas daquelas que até então eram comuns às empresas. Segundo o Wikipedia “A Geração Y, também chamada geração do milénio ou geração da Internet é um conceito em Sociologia que se refere aos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z. Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica”.

Geração mal acostumada e bem-sucedida
Os pais, não querendo repetir o abandono das gerações anteriores, encheram-nos de presentes, atenções e atividades, fomentando a autoestima de seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo. Uma de suas características atuais é a utilização de aparelhos de alta tecnologia, como telefones celulares de última geração, os chamados "smartphones", para muitas outras finalidades além de apenas fazer e receber ligações como é característico das gerações anteriores.

Empatia é vital para boa meritocracia
Segundo estudiosos, uma das premissas para a uma boa aplicação da meritocracia é a capacidade de se colocar no outro, ou seja, a empatia. Questiona-se a capacidade da geração Y de se colocar no lugar do outro, exercício fundamental não apenas no mundo corporativo. Esses novos executivos são extremamente talentosos e inquietos, têm comportamento atípico no ambiente de trabalho. Não conseguem se manter subordinados a qualquer forma de comando que lhes exija atitudes de rotina. São extremamente ávidos por novos conhecimentos (que também são descartados mais rapidamente ainda).

Grandes corporações adotam a meritocracia.
A meritocracia é um sistema usado, com maior frequência por grandes empresas, em geral multinacionais, na gestão do capital humano ou talentos. É recomendável que a empresa tenha um plano estratégico e desdobramento claro de metas com indicadores de desempenho a médio prazo, pelo menos. As competências e o alinhamento cultural são indispensáveis no tema meritocracia.

Periodicamente ou rotineiramente, isso deve ser avaliado. Um sistema de avaliação eficiente e critérios muito transparentes são a chave da meritocracia.

Fortalecimento de políticas de governança e transparência.
 
 Há quem afirme que a meritocracia é precária na sociedade brasileira e nós somos omissos em relação a ela. É como se a geração Y não gostasse de hierarquia, seria muito difícil que ela não seja adepta da meritocracia. As nossas recomendações, especialmente quando atuamos como Consultores em Capital Humano, é a de fortalecimento de políticas de governança corporativa e transparência mediante a adoção ética dos princípios. Acredita-se, pela primeira vez na história das organizações, é o talento que vai definir as novas relações com a empresa. E isso é uma revolução: daí estudiosos acreditarem que meritocracia não é um estado, mas um ideal que deve ser perseguido constantemente. 

Fonte: Bem Paraná - Curitiba/PR- Portal www.cmconsultoria.com.br

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