Conhecimento, liderança e capacidade de negociação são características essenciais para se destacar no mercado. Mas, segundo especialistas em recursos humanos, trabalhar o nome como se fosse uma marca também pode ajudar o profissional a elevar sua reputação. Uma das dicas é o funcionário observar como costuma ser lembrado com maior facilidade por recrutadores e outros profissionais.
Para o coach de executivos Sílvio Celestino, o ideal é testar qual nome apresenta maior sonoridade e impacto no momento de se apresentar. É recomendável evitar usar nomes do meio, que são de difícil memorização:
- Deve-se utilizar o nome que for mais forte, para ser lembrado pelas pessoas de sua área de atuação. Na maioria das vezes, ele acaba sendo escolhido pelo próprio mercado. Há muitas alternativas: desde a pessoa ser identificada pelo nome e sobrenome, pelo nome e a empresa em que trabalha ou até por aquele utilizado em e-mails ou redes sociais.
Apelidos e abreviaturas, no entanto, não são adequados para relações profissionais, afirma Celestino. Embora conheça executivos altamente qualificados que são conhecidos por seus apelidos, o especialista aconselha que sejam evitados:
- Embora não haja uma regra, é importante que a ""marca"" escolhida funcione de forma favorável à carreira do profissional.
Fátima Sanchez, gestora do Instituto Personal Service, por sua vez, acha que nomes no diminutivo são ruins, pois acabam diminuindo a pessoa, transmitindo uma imagem fragilizada. E completa:
- É aconselhável criar uma marca única e utilizá-la em todos os meios, como cartão de visitas e assinatura de e-mail, entre outros.
Já a iniciativa de vincular o nome ao da empresa gera opiniões divergentes. Fátima, por exemplo, acha melhor não fazê-lo, já que o profissional pode mudar de trabalho a qualquer momento.
- Além disso, qualquer problema com a empresa poderá denegrir o nome do funcionário - diz.
Celestino, por sua vez, não vê grandes problemas de atrelar o nome ao da empresa, desde que não haja exageros e que a pessoa tenha consciência de que isso é temporário:
- A pior coisa que pode ocorrer a alguém é achar que, pelo fato de ter um cargo elevado ou trabalhar em uma empresa respeitada, adquire direitos sobre a organização e as pessoas que nela atuam.
Mas todos concordam que a melhor forma de o profissional gerir com sucesso o seu nome é frequentar eventos que agreguem conhecimento e ampliem a sua rede de contatos, bem como participar de grupos e fóruns de discussão sobre a sua área de atuação. São esses os momentos para emitir opiniões e análises bem fundamentadas:
- Deste modo, seu nome será identificado no setor em que atua e, mesmo que mude de cargo ou empresa, manterá sua visibilidade - completa o coach.
Gerente executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Priscilla Telles afirma que, além de se preocupar diretamente com o nome, os profissionais também devem conduzir suas carreiras como se estivessem administrando o próprio negócio. Ou seja, de maneira estratégica e visando o desenvolvimento e o aumento de participação no mercado por meio de realizações e méritos:
- Essa conduta leva ao reconhecimento que, associado a um bom networking, aumenta a empregabilidade.
Mais do que ter um cargo importante, dinheiro ou trabalhar em uma empresa respeitada, é essencial o profissional ter uma boa reputação, completa Celestino:
- O ideal é se preocupar em gerir seu nome no mercado "on" e "off-line", de modo a ter credibilidade e uma boa reputação ao longo do tempo. E, caso cometa algum erro, conserte e peça desculpas. O segredo é ser humilde e íntegro.
Fonte: O Globo on line
Nenhum comentário:
Postar um comentário