"Meritocracia é o sistema de recompensa ou promoção fundamentado no mérito pessoal. Tem mérito aquele que é mais trabalhador, mais inteligente, mais criativo, e assim por diante. Esse mérito lhe rende mais poder, privilégios ou prêmios." São com essas palavras de Içami Tiba, em seu livro Família de Alta Performance, que começo a escrever este texto.
Antes de voltar a citar Içami, peço a paciência do leitor para fazer referência a outro autor muito conhecido no mundo corporativo. Há algum tempo atrás, venho lendo alguns comentários de autores que citavam a meritocracia que essa pessoa implantou em sua organização, porém, apenas recentemente tive acesso ao seu livro Paixão por Vencer, no qual pude me deparar com um capítulo que trata exclusivamente sobre o tema. Você já deve saber de quem estou falando, acertou quem pensou em Jack Welch, o lendário ex-CEO da GE.
Separei um trecho em que o autor fala sobre como ele abordou o fator diferenciação dentro de sua empresa, em suas palavras, "as empresas ganham quando os gerentes estabelecem distinções claras e inequívocas entre os negócios e as pessoas de alto e baixo desempenho, quando cultivam os fortes e extirpam os fracos. As empresas sofrem quando todos os negócios e pessoas são tratadas da mesma maneira".
Segundo o autor, as empresas hoje, dispõem de uma quantidade limitada de dinheiro e de tempo. Os lideres vencedores devem investir onde o retorno é maior, ou seja, em quem realmente trará retorno para a organização. E quanto aos funcionários inferiores, Jack não mede suas palavras.... "é preciso extirpá-los". (Recomendo a leitura do livro para conhecer e entender o método que ele chama de 20-70-10).
E para quem acha que a meritocracia é aconselhada somente para o mundo dos negócios, está enganado. Voltando a citar Içami Tiba, a meritocracia deve ser utilizada dentro de casa desde muito cedo, afinal, "essa é a realidade fora de casa. Nenhum profissional consegue vencer a concorrência fazendo birras ou gritando. Portanto, pais que mantém os privilégios dos filhos que não os merece, esta na contramão da educação saudável. Premiar quem não merece desmerece quem tem mérito."
Após ler essas palavras, não é difícil fazer a ligação de exemplos dentro de casa ou dentro de alguma empresa não é mesmo? Vamos supor que você, chefe de família ou gerente de uma empresa, tem sobre sua responsabilidade dois filhos, ou dois funcionários. O primeiro, sempre cumpre com suas obrigações e horários, o segundo, nunca respeitou seus colegas/superiores/família e vive em uma completa desordem. Ao premia-los, vamos supor que seja com um extra em seu salário no final do mês (no caso dos funcionários), ou liberar os filhos para uma festa que eles tanto desejavam, você acaba por premiar os dois de forma igual, sem distinção alguma. Agindo assim, o que você acha mais fácil de acontecer futuramente, o filho/funcionário exemplar se sentir injustiçado e começar a ter um rendimento abaixo do esperado, ou o filho/funcionário indisciplinado entender que foi premiado injustamente e começar a se esforçar mais? Eu já presenciei diversas vezes este exemplo, e não tenho dúvidas quanto a resposta.
Ao ler obras como essas, me torno ainda mais fã do uso da meritocracia. Como todo método, tem suas vantagens e desvantagens, porém quando bem implantada, e isso leva tempo advertem os autores, não há duvidas que as vantagens superam em muito suas desvantagens. Para quem, assim como eu, gosta do tema, aconselho a ler o livro Paixão por Vencer do Jack Welch para um melhor entendimento, nele o autor responde a diversas perguntas que costuma receber de pessoas que querem colocar a prova a meritocracia.
Artigo originalmente publico no Blog: Diego Andreasi
Nenhum comentário:
Postar um comentário