sexta-feira, 29 de julho de 2011

Gestão do Conhecimento

 Atualmente, em um mercado competitivo, as empresas buscam a todo tempo, maneiras de sobreviver a este cenário mercadológico como também de se diferenciar em seus serviços e/ou produtos oferecidos. Passam então, a articular novas propostas de gestão, dentre elas a gestão do conhecimento e a gestão da informação.
O conceito de gestão de conhecimento e de gestão da informação é visto sob óticas diferenciadas, como podemos observar nas colocações dos autores a seguir.
Segundo Davenport (1998), a gestão do conhecimento pode ser vista como uma série de ações gerenciais constantes e sistemáticas que facilitam os processos de criação, registro e compartilhamento do conhecimento nas organizações. Para Alvarenga Neto (2005), gestão do conhecimento deve ser entendida como gestão da organização na era do conhecimento. Na concepção do autor, as empresas não gerenciam o conhecimento; este se encontra incorporado em cada pessoa e na fronteira periférica existente entre as mentes de várias pessoas que atuam dentro de uma mesma organização. O que as empresas fazem é gerenciar as condições ambientais necessárias à criação e troca de conhecimento novo, favorecendo o processo de inovação, necessário à sua sustentabilidade. A idéia de que não se gerencia o conhecimento na concepção estrita da palavra se aproxima da visão de Albrecht (2004), quando diz que o conhecimento não deve ser disciplinado. Aqui, toma-se emprestada a opinião de Von Krogh; Ichijo; Nonaka (2001), quando dizem que não se gerencia conhecimento, apenas capacita-se para o conhecimento, facilitando-se os relacionamentos, as conversas e o compartilhamento do conhecimento localizado em toda a organização, independentemente de suas fronteiras geográficas e culturais.
Em relação à gestão da informação, conforme defende Alvarenga Neto (2005), ela é considerada como um dos componentes da gestão do conhecimento. Para o autor, a gestão da informação deve ser vista como o ponto de partida para qualquer iniciativa relativa à gestão do conhecimento. No entanto, ela não tem a preocupação com a criação, uso e compartilhamento de conhecimentos, o que faz a gestão do conhecimento ir muito além da gestão da informação.
Não se nega que a gestão da informação é apontada como uma ferramenta essencial à gestão do conhecimento. As empresas, sem dúvida, podem ser mais inteligentes promovendo o entendimento do seu business entre todos os empregados, fazendo a informação “girar”. Mas, para tanto, precisam transformar seus dados em informação e depois em inteligência ou conhecimento, conforme processo a seguir.
  • DADO: reflete as operações diárias da organização; são “brutos”.
  • INFORMAÇÃO: são os dados processados e consolidados.
  • INTELIGÊNCIA OU CONHECIMENTO: entendimento dos dados processados.
Entretanto, para que a gestão do conhecimento seja considerada um marco estratégico, torna-se necessário investir na geração e disseminação do conhecimento por meio de pesquisas, estudos, artigos, palestras e aulas, que tornam uma instituição reconhecida como geradora de conhecimento próprio. Desta maneira, a instituição estaria trabalhando de forma proativa, dinâmica e engajada ao objetivo – Gestão do Conhecimento.
Alguns pontos podem ser considerados no intuito de reconhecer se uma instituição tem mesmo uma gestão voltada para o conhecimento. São eles:
estabelecimento de uma visão estratégica para o uso da informação e do conhecimento;
• aquisição, criação e transferência de conhecimentos tácitos e explícitos;
• promoção da criatividade, da inovação, da aprendizagem e educação contínua;
• promoção de um contexto organizacional adequado.
Apoiando nas idéias de Carvalho e Tavares (2001:62), “para implementar um estado de gestão do conhecimento uma organização precisa:
• saber identificar e disseminar o conhecimento já existente, o seu capital intelectual;
• saber utilizar esse conhecimento já existente, aplicando-o com eficácia em seu negócio;
• saber estimular a produção de novos conhecimentos;
• saber identificar o momento em que os novos conhecimentos são produzidos;
• saber utilizar o novo conhecimento, direcionando-o para o seu negócio, tornando-o essencial para o mesmo”.

Alvarenga Neto (2005) propõe que a Gestão do Conhecimento deve ser compreendida como:
O conjunto de atividades voltadas para a promoção do conhecimento organizacional, possibilitando que as organizações e seus colaboradores possam sempre se utilizar das melhores informações e dos melhores conhecimentos disponíveis, com vistas ao alcance dos objetivos organizacionais e maximização da competitividade (ALVARENGA NETO, 2005:18).
Neste sentido, vale ressaltar a importância do benchmark em instituições que já têm a excelência da gestão do conhecimento, considerando que as informações levantadas poderão vir a ser excelentes instrumentos de comparação, além de efervescente fonte de novas idéias. Desta forma, espera-se a proximidade de boa parte dos movimentos e dos ambientes nos quais se produzem a criação, a retenção, o compartilhamento e a disseminação dos conhecimentos, movimentos estes que dão suporte à implementação de um estado de gestão do conhecimento na organização.

Luciana Horta é Psicóloga, Especialista em Gestão de Pessoas (RH) e em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas,

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que é taxa SELIC?

T A X A S E L I C
Sistema Especial de Liquidação e Custódia
A taxa SELIC é divulgada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM). Ela tem vital importância na economia, pois as taxas de juros cobradas pelo mercado são balizadas pela mesma.
A taxa overnight do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), expressa na forma anual, é a taxa média ponderada pelo volume das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas no SELIC, na forma de operações compromissadas. É a taxa básica utilizada como referência pela política monetária. 
A metodologia usada no cálculo da taxa overnight Over/SELIC pode ser encontrada nas normas publicadas pelo Banco Central, disponíveis na Internet no endereço: http://www.bcb.gov.br.
As séries são divulgadas em base mensal (a taxa overnight acumulada e a taxa mensal) para os dados do ano atual e anterior, e em base anual para os três anos anteriores. As seguintes taxas são também divulgadas: CDI (certificados de depósito interbancário), TR (taxa referencial) e TBF (taxa básica financeira). 
Os dados abrangem os títulos do governo federal de curto, médio, e longo prazo emitidos pelo Tesouro ou pelo Banco Central, negociados e registrados no SELIC.
A taxa SELIC é dada pela média diária ponderada pelo volume das operações, de acordo com a seguinte fórmula:



 
onde:
µ = taxa média apurada;
DIi = Taxa da i-ésima operação;
VEi  = Valor de emissão da i-ésima operação;
n = número de operações na amostra.


Transcrito do: http://blogdohamiltonsilva.blogspot.com

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dicas para se comportar nas redes sociais

7 recomendações para construir uma imagem positiva na internet e atrair os recrutadores.
Fonte:Empregos.com.br
Como se comportar nas redes sociaisJá se imaginava, mas agora é certo. Os recrutadores olham sim o perfil online dos profissionais   que buscam emprego. E é bom tomar cuidado. Pesquisa realizada pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado, revelou que segundo 44% dos recrutadores brasileiros aspectos negativos nas redes sociais seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo de seleção.
“O entrevistador não se pauta por algo isolado, mas une diversas informações a respeito do candidato. A rede é um espaço público”, lembra Marisa Silva, consultora da Career Center. Ao   Empregos.com.br a consultora elencou sete pontos fundamentais para você construir uma imagem positiva no ambiente digital e chamar a atenção dos recrutadores. Confira!

1. Em redes profissionais, fale de assuntos profissionais
Se você possui conta em uma rede social voltada a profissionais, como o Linkedin, o relacionamento entre os contatos deve ser pautado pela formalidade.
“Não fale de sua vida pessoal”, dispara Marisa. Nesse caso, até a imagem de perfil deve ser adequada ao formato da rede.

2. Coloque fotos ‘saudáveis’
As imagens publicadas nos perfis podem revelar hábitos saudáveis ou reprováveis.
Segundo Marisa, é interessante publicar fotos de viagens, festas ou de momentos com a família. Mas evite imagens de cunho jocoso, como fotografias de poses sensuais. Pega mal.

3. Ao abordar o ‘amigo’ tenha bom senso
Apresente-se antes de enviar convites para se conectar com outras pessoas. É de   bom tom explicar de onde conhece o contato ou quem o indicou. Jamais peça emprego. Aproveite o espaço para trocar informações sobre sua carreira e o mercado de trabalho.

4. Dê opiniões construtivas
Interaja e posicione-se sobre os temas discutidos entre os seus contatos, propondo sugestões para a problemática. Mas evite participar de grupos polêmicos, que aludam à discriminação ou violência. “É preciso tomar cuidado com opiniões muito radicais”, sinaliza a consultora Marisa Silva.

5. Preserve-se
Não precisa falar sobre todos os seus passos nas redes sociais. Ficar a todo o momento no Twitter, Orkut ou Facebook descrevendo a sua rotina é desinteressante e pouco criativo. Se isso for inevitável para você, selecione o nível de privacidade desejado em seu perfil.

6. Crie a sua identidade online
Fale de coisas que interessem a você e possam interessar aos outros. Isso aumenta as chances de interação entre os contatos e proporciona a troca de informações. “Se você gosta de vinho divulgue notícias sobre vinhos. Essa postura poderá influenciar as pessoas positivamente”, sublinha Marisa.

7. Não fale mal de pessoas ou empresas
Falar mal do ex-chefe, colega de trabalho ou das empresas nas quais atuou é pecado mortal. Muito provavelmente mina a sua continuidade em um processo seletivo – caso o recrutador flagre essa conduta. Além disso, é uma atitude antiética. O melhor a fazer é ceder à tentação.

Por Rômulo Martins - http://www.artigos.etc.br/

A ESTRATÉGIA E OBJETIVOS DA FORÇA DE VENDAS


Em meio às diversas transformações que impactam as empresas , a tecnologia está criando alguns novos desafios . o livre fluxo de informações na internet bem como o estabelecimento de novas formas de se fazer negócio faz com que uma das mais tradicionais atividades de mercado como a administração de vendas assuma importância cada vez maior. O marketing tem como objetivo gerar no consumidor a propensão ao consumo analisando as ameaças e oportunidades do macroambiente e tem sua concretização efetivada através das atividades de venda que irão operacionalizar suas decisões e dar retorno obtendo informações do mercado . É através do plano de vendas que planejamos ,direcionamos e controlamos as atividades de vendas de uma organização. Para organizar de forma pró-ativa seus esforços de venda a atingir suas metas de venda, os gerentes ou vice-presidente de marketing e vendas devem levar em consideração a ciência da elaboração de cenários como abaixo recomendamos :
  1. Identifique as incertezas (econômicas ,sociais ,demográficas , políticas);
  2. Determine os fatores que podem ocorrer para mudar a demanda do setor ? (tecnologias em desenvolvimento , agressividade dos novos palyers ,etc...);
  3. Determine pressuposto a cada fator causal ;
  4. Trabalhe com pressuposições : Pessimista / otimista / realista ;
  5. Analise como a estrutura da empresa será impactada por cada pressuposição ;
  6. Estabeleça o curso para se beneficiar mais de cada situação ;
  7. Preveja os resultados de cada cenário .
Para garantir um mercado cada vez maior para seus produtos , as empresas devem organizar as forças de vendas e definir seus objetivos. Os objetivos da força de venda devem ser pautados dentro da realidade e características dos mercados-alvos em que atuam e na posição almejada dentro dos mesmos. A visão tradicional que norteia ainda as forças de vendas de grande parte das organizações é a da preocupação com o volume de vendas gerado, cabendo ao departamento de marketing a tarefa de apurar a estratégia e rentabilidade .Entretanto ,uma outra visão mais atual vem ganhando espaço dentro de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo. É a visão focada na satisfação do cliente e no lucro da empresa. Hoje os fornecedores de bens e serviços estão vendo o conteúdo informativo de suas ofertas como maior fonte de valor agregado e fator determinante de margens de lucro mais elevadas. Dessa forma cabe à força de venda analisar os dados de venda , medir o tamanho do mercado , orientar os planos de marketing. Neste contexto não podemos desconsiderar o papel da venda pessoal que funciona como um elo de ligação entre a empresa e o cliente .A venda pessoal é o elemento interpessoal do composto de promoção .Todo o sistema funciona em torno do conceito de vendas de solução , onde o valor agregado está na percepção dos clientes e na sua utilização. Os vendedores devem estudar os clientes para conhecer melhor suas necessidades , customizar a oferta fazendo constantes alterações em seu mix de merchandising , e acima de tudo empregar os argumentos adequados à efetivação da venda . É comum no ambiente de vendas encontrarmos dificuldade dos quadros de vendedores/ consultores em entenderem a diferença conceitual sobre benefícios e vantagens , sendo a primeira alguma característica que meu produto tem e está ligada a necessidade do cliente ;e o segundo , aquilo que meu produto tem e o concorrente não lembrando que uma vantagem pode ser copiada rapidamente pelos nossos concorrentes (p.e. preço ,prazo de entrega e pagamento ,etc. . .). É importante considerarmos cuidadosamente a preparação e utilização das equipes de venda pessoal , pois na verdade quando estamos vendendo um produto , a imagem da empresa é imediatamente associada a seu desempenho e comportamento . Vale notar , que igualmente , a escolha da natureza da abordagem de venda a saber – estímulo /resposta ; análise de necessidades e soluções de problemas são fundamentais para o êxito dos planos de venda haja vista que o custo médio por visita até o fechamento de uma venda é alto e relevante nas margens e resultados esperados.
Por fim ,é de se ressaltar que as empresas estabelecem diferentes objetivos de venda para suas forças de venda , algumas destinando maior tempo à base de clientes atuais , outras para novos produtos , e há ainda modelos de funções diferentes tais como assistência a clientes insatisfeitos e orientação de produtos .
CLÁUDIO GOLDBERG - CONSULTOR DO INSTITUTO MVC – M. VIANNA COSTACURTA ESTRATÉGIA E HUMANISMO

terça-feira, 26 de julho de 2011

CINCO PORCENTO

“Sou apenas um, mas ainda sou pelo menos um. Eu não posso fazer tudo, mas ainda posso fazer algo. E só porque não posso fazer tudo, não recusarei fazer o que posso fazer”. Edward Everett
Você conhece cinco bons garçons? Cinco excelentes contadores? Conhece cinco administradores realmente admiráveis trabalhando em uma mesma empresa? Já teve a oportunidade de contar cinco excelentes atendentes ou vendedores?

Pois bem, já percebeu que existem milhares de profissionais que não se destacam.
Já notou que existe uma massa de pessoas que se acotovelam em filas imensas procurando um emprego, gente que fica dois, três ou mais anos sem conseguir um único local para trabalhar.
É incrível a quantidade de gente que aceita receber bem menos do que a função paga por absoluta necessidade. O mais interessante é que essas pessoas abrem um precedente e prejudicam a si e também aos demais profissionais da mesma área, pois não terão nem a paixão e nem a dedicação necessária brilharem.
A quantidade de pessoas sem distinção é tão grande que é possível começar a entender os motivos que levam os salários a se achatarem, as exigências para contratação maiores e a calamidade no trato com os clientes.
Recentemente, lendo o jornal vi o seguinte anúncio:
“Procura-se profissional com curso superior em secretariado executivo ou equivalente, bilíngüe, experiência mínima de três anos na função, com capacidade de liderança, inter-relacionamento pessoal, comunicativo e com ambição. Carga horária semanal de 40 horas, auxílio alimentação e passe de ônibus. Salário líquido final R$ 480,00”.
Fiquei curioso e alguns dias depois liguei para a empresa para saber quantas pessoas tinham aparecido para a entrevista de seleção. Pasmem: 117 pessoas.
Todas dispostas a ocupar essa “maravilhosa” vaga. Aproveitei e perguntei quantas outras tinham subido de cargo ocupando essa mesma função, e a pessoa me respondeu que nenhuma, o cargo era apenas esse.
95% ou mais das pessoas nunca terão distinção. Esse número chega a ser cruel. Mas quer ver como são verdadeiros:
- Juscelino Kubitschek deixou seu nome gravado na história do país. Mas para tanto contou com a ajuda de muita gente.Você já ouviu falar de alguns deles?
- Pelé foi um dos maiores esportistas que o mundo já viu. Fez fama e fortuna. Você sabe quais foram os outros jogadores que o apoiaram dentro de campo principalmente no início de carreira?
- Quais os nomes dos principais generais de Napoleão mesmo?
- Você já passou ou conhece alguém que tenha passado pela situação de realizar algo que tenha gerado resultados em uma empresa, mas quem ficou com os créditos foi o chefe?
Pois é, o mundo não é necessariamente justo e bom para todos. Mas isso não é motivo para se lamentar. Afinal, reclamar é fácil, difícil é ter força e coragem para reverter situações difíceis.
Perceba que destacar-se exige entrega, paixão, dedicação, conhecimento e, sobretudo visão. Ah, uma pitada de sorte também ajuda.
E que infelizmente até chegarmos ao ponto de nos destacarmos leva-se muito tempo trilhando um caminho difícil, isso quando não há um espertinho que toma para si os créditos daquilo que realizamos.
No entanto, nem todos chegam aos cargos clamorosos, nem todos chegam a ser donos de empresas de sucesso. Sendo assim é possível entender que existe algum tipo de “escravidão branca, negra, vermelha e amarela” que coloca milhares de pessoas em empregos medíocres, cubículos apertados, com intermináveis horas realizando serviços burocráticos, destinadas a cumprirem religiosamente uma rotina dura e sacrificante. E que na maioria dos casos essas pessoas passam a vida distantes léguas da vida que desejavam e no final acabam dependendo de uma mísera aposentadoria, muitos sequer tem uma velhice digna.
O que mais incomoda é que essa pessoa no final da vida pode ser você ou eu. E definitivamente nenhum de nós quer acabar dessa maneira.
Acredito que a maioria dos cargos em todos os setores são ocupados por pessoas que tem como prioridade não passarem fome, preocupadas em pagar o financiamento da casa própria, a conta de água, luz, prestações de alguma coisa e assim por diante. O sonho termina quando a companhia de energia corta sua luz. O desespero bate ao perceber que o poder aquisitivo diminui e a gasolina aumentou de novo.
Somente esforço, dedicação e horas e mais horas de empenho não são mais suficientes para destacar alguém.
Quer ver: Imagine dois alunos de colégio público. Ambos necessitam de média sete para passarem de ano. O primeiro tira sete no primeiro bimestre e sete no segundo. Média final sete. O aluno está aprovado. O segundo tira quatro no primeiro bimestre e dez no segundo. Média final sete. Também está aprovado. Dos dois qual chamou mais atenção? O que foi regular ou o que saiu de uma situação desfavorável e reverteu o jogo a seu favor?
Só se destaca aquele que chama a atenção. O que faz diferente ou ainda o que é capaz de agregar algum valor a alguém, surpreender.

Aqui vão algumas dicas, apesar de serem gratuitas pense com carinho a respeito:
· Ao menos uma vez por semana pense em algo que poderia mudar ou fazer melhor;
· Se dedique a analisar a qualidade do que os outros fazem, não para criticar, mas para aprender algo novo;
· Visite site e leia sobre coisas que nunca imaginou fazer por não serem do seu ramo;

· Ao menos uma vez por mês conheça a história de alguém que deu certo ou que fracassou, mas aprenda uma lição com essa pessoa;

· Também pelo menos uma vez por mês pesquise vagas de emprego e veja se você teria condições de ocupar algum dos cargos;

· Leia a biografia de alguém de sucesso e aprenda algo com ela;

· Visite ao menos uma vez por mês um asilo e imagine como se sentiria morando lá;

· Imagine de vez em quando uma vida completamente diferente da que tem.


São pequenos exercícios sem nenhuma comprovação científica (os teóricos podem querer minha cabeça por essas dicas), mas que podem de repente mudar sua vida para melhor.
O homem não nasce pequeno, se deixa diminuir pelas dificuldades da vida.

Fábio Violin,
Mestre em Estratégias e Organizações - UFPR

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Susto Catalisador

A vida dos seres humanos é condicionada aos próximos passos.
Não estudei a origem disso, mas os bichos não tem uma condição como propulsor da vida. Eles acordam, comem, correm por ai, procriam por instinto e se preocupam em manter-se vivos até o dia de amanhã. E só.
O ser humano funciona por objetivos que ele mesmo cria (ou a sociedade).
Perder peso. Trocar de emprego. Ter uma casa própria.
Carro do ano. Visitar a Europa. Arrumar namorada.
E outras infinitas possibilidades.
Se por um lado isso nos move, por outro acaba nos amarrando e causando a sensação de rotina e tempo perdido.
Mais um ano vai passar, o que você fez?
Valorizamos coisas condicionadas e muitas vezes esquecemos que a felicidade realmente está nos detalhes. Nas emoções de cada dia.
Fiz um trabalho sobre “universo 4x4” e o maior insight foi que o legal não era cruzar a linha de chegada, e sim colocar o carro no maior número de emboscadas e buracos possíveis. Viver aquilo.
Não existe um fim, existe o caminho.
Normalmente o ser humano se dá conta disso quando passa por um susto. Sustos como a perda de um amigo/parente querido, um revés profissional ou um fim de casamento fazem a gente acordar para a vida. Sempre há tempo.
Já que o Planejamento procura constantemente o seu papel, pensei em colocarmos no nosso job description o papel de sermos o tal “susto catalisador” dentro de um job, uma agencia e uma marca.
Pode ser interessante. Nunca é tarde para começar uma nova atitude.
Ou pelo menos uma nova visão de como as coisas já são.
Para completar esse assunto, acho incrível o depoimento de Ric Elias ao TED. Tem tudo a ver com uma experiência que te faz ver o quanto rasos são os seus condicionamentos e maneira como encara sua vida.
Ric Elias tinha um assento na primeira fila no vôo 1549, o avião que pousou no rio Hudson, em Nova York em janeiro de 2009. O que passou pela sua mente quando o avião desceu desgovernado? Ele conta sua história ao público pela primeira vez.

Por: 
andre_foresti -.http://www.chmkt.com.br/2011/07/o-susto-catalisador.html

sábado, 23 de julho de 2011

Amar

Amar é sentir na felicidade do outro a própria felicidade.
- Gottfried Wilhelm von Leibnitz

Seis formas de gerar e turbinar negócios na internet

Conheça as principais ferramentas de marketing digital para explorar o mercado de internet no Brasil, que já ultrapassa 80 milhões de pessoas

O mercado de internet no Brasil já ultrapassa 80 milhões de pessoas, o equivalente à população inteira da Alemanha ou duas vezes a da Argentina. E, pelas expectativas da nossa economia, tudo leva a crer que esse número irá aumentar ainda mais este ano. Independentemente do porte ou área de atuação da sua empresa, ser bem sucedido nesse mercado requer cada vez mais conhecimento sobre marketing digital. Ou seja, escolher a ferramenta mais apropriada às finalidades envolvidas, que podem ser vendas, propaganda ou relacionamento com clientes.

Para auxiliar nesta questão, seguem abaixo seis ferramentas essenciais de marketing digital e suas vantagens. Elas podem ser usadas juntas ou individualmente, dependendo dos seus objetivos e verbas, mas é fundamental que façam parte de um planejamento prévio envolvendo também público-alvo e expectativa de resultados.

1. Site com "usabilidade": Usabilidade significa facilidade de uso. Quanto maior a usabilidade em um website, maior a rapidez do usuário em aprender a utilizá-lo e a encontrar o que procura. Isso aumenta a satisfação das pessoas que visitam o site e as chances de um contato efetivo.

2. Otimização/SEO: É uma série de técnicas para estruturar as principais informações sobre a sua empresa, produtos ou serviços contidos no site de forma que sejam facilmente localizadas pelos buscadores. A base desta organização são as palavras-chave, frases e títulos dos conteúdos do site, que devem ser específicas, constantemente atualizadas e estar diretamente relacionadas ao negócio.

    Radu Razvan/ iStockPhoto    
       
     O mercado de internet no Brasil já ultrapassa 80 milhões de pessoas     


3. Links Patrocinados: são os novos classificados da internet, em que você pode vincular os seus anúncios para aparecer ao lado dos principais resultados de pesquisas nos sites de busca. Por exemplo, se você possui uma loja de câmeras fotográficas, seu anúncio vai aparecer ao lado dos resultados de pesquisas de assuntos relacionados à fotografia. Além de vincular a oferta do seu produto ao público interessado, outras vantagens é que você pode gerenciar a campanha por meio de vários recursos e só paga pelos anúncios que forem clicados.

4. Programa de Afiliados: É uma modalidade que vem crescendo no Brasil e vincula o anúncio diretamente ao conteúdo. Utilizando o mesmo exemplo da fotografia, seu anúncio vai aparecer associado a um site, blog ou reportagem sobre o assunto. Já existem várias empresas oferecendo esse tipo de publicidade e a mais conhecida é o AdSense, do Google.

5. Redes Sociais: Redes sociais como Orkut, Facebook e MySpace, assim como as mídias sociais (Twitter, Flickr e Slideshare) são a grande sensação do momento. Não há como contestar sua importância como canais de comunicação direta entre a empresa e seus clientes. Mas antes é preciso entender como funcionam, como seu público-alvo interage e, com base nestas informações, definir a melhor estratégia.

6. E-Mail Marketing: Um e-mail marketing pode ter diferentes propósitos: transmitir informações relevantes para o receptor (caso das newsletters), oferecer uma promoção, destacar os diferenciais de seus produtos e serviços ou ser uma ferramenta de relacionamento. O retorno nesse investimento vai depender da definição desse foco e da qualidade do mailing no qual é direcionado.

Silvio Tanabe - é consultor de marketing digital da Magoweb e autor do blog Clínica Marketing Digital. - 
http://www.administradores.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

JORGENCA: Estratégia e Tática - 02

JORGENCA: Estratégia e Tática - 02: "Repito a frase usada no dito artigo por enfatizar nosso propósito: - Um dos primeiros usos do conceito ‘estratégia’ ocorreu há aproximadam..."

Estratégia e Tática - 02

Repito a frase usada no dito artigo por enfatizar nosso propósito: - Um dos primeiros usos do conceito ‘estratégia’ ocorreu há aproximadamente 3.000 anos pelo estrategista chinês Sun Tzuo (Mintzberg 1998 – pág 24) que afirmava que “Todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.

Entendimento do conceito: estratégia(s) pressupõe um conjunto de medidas (planos) abrangentes que num tempo futuro visem a vantagem competitiva. Uma somatória de esforços empreendidos no intento de influenciar, encantar, seduzir, conquistar, subjugar, impactar, transformar, iludir... o ‘ser ou objeto de interesse’, sem ações de contato direto, imediatistas ou contundentes.
  •  No âmbito militar: subjuga-se o adversário para conquistar seus bens, pois as guerras, preponderantemente têm interesses econômicos!
  •  No campo pessoal: influencia-se, encanta-se para conquistar a pessoa desejada!
  •  No aspecto mercadológico, o cliente é o ente de disputa. Empreendem-se estratégias para alterar sua percepção em favor do próprio negócio.
  •  Na conjuntura político-econômico-social: o governo tem inimigos intangíveis (corrupção, inflação, sonegação, criminalidade, epidemias, analfabetismo – a lista é longa), variáveis sobre as quais não tem governança e que necessita combater para satisfazer sua clientela – a sociedade.
Poderíamos relacionar outros aspectos, porém o objetivo aqui é o entendimento e não o mapeamento das inúmeras conjunturas e contextos! Estratégias são utilizadas para obtenção de propósitos fora do escopo da governança, senão bastaria usar o poder, a força, a autoridades, a liderança, sendo desnecessário medidas sutis e engenhosas.

E quanto à tática? Ela assume características visíveis, pontuais, circunscritas a áreas ou situações específicas. (“...podem ver as táticas pelas quais conquisto...”. Sun Tzuo):
  •  No âmbito militar, são exemplos de táticas: sitiar o inimigo, ataque surpresa, etc.
  •  No campo pessoal: bem, aqui as táticas são muito pessoais! Cada um tem as suas.
  •  No aspecto mercadológico: melhorias na qualidade (processos), excelência no atendimento (vendas, AT), pronta disponibilidade de bens (logística), etc.Na conjuntura político-econômico-social: política tributária justa, serviços de saúde eficiente, programa de educação efetivo, atuação proficiente, etc.
Alguns exemplos de medidas operacionais de ordem tática: internalizarão de nova tecnologia (equipamentos computadorizados), implementação de metodologia (sistema ISO, qualidade contínua), racionalização de produtos (P&D), modificação de portfólio (inovação), melhoria das competências (D&T).
A estratégia se locupleta pela adoção de medidas táticas que por sua vez, viabilizam-se através de ações operacionais levadas a termo nos nichos funcionais da empresa formando a cadeia de resultados: ações operacionais -> ações táticas -> ações estratégicas, orientadas na dimensão temporal do curto ao longo prazo.
As ações operacionais (curto prazo) que compõem as táticas (médio prazo), que por sua vez viabilizam as estratégicas (longo prazo) quando orientadas, seqüenciadas, articuladas, formalizadas e sistematizadas estruturam o conjunto de medidas que formam o planejamento estratégico.
Exemplos de desenvolvimento de estratégicas exclusivamente para a compreensão do conceito:

Caso I (política pública) – Melhorar as condições de saúde da sociedade.
  • Estratégia: melhorar o ar que respiramos deteriorado pelo trânsito. (medidas de impacto, transformação)
  • Tática A - diminuir a emissão de gases poluentes.
  • Ações operacionais:  
  1. Implementar um programa de troca de combustíveis atualmente usados pelos menos poluentes (gás, álcool) na rede de transporte publico;
  2. Incentivos (financiamentos, subvenções...) aos proprietários de táxis e alternativos para adaptação ou compra e de veículos bicombustíveis e estendida aos particulares;
  3. Incentivos à pesquisa e desenvolvimento de filtros mais eficazes na contenção da poluição e intensificação da fiscalização;
  4. Rodízio no uso diário da frota de caros particulares
  • Tática B - melhorar e baratear o transporte público para massificar a utilização do mesmo.
  • Ações operacionais:
  1. criar mais terminais onde se possa fazer conexões de linhas de ônibus sem pagar nova passagem, barateando o transporte 
  2. veículos mais confortáveis e rotas mais rápidas.
Assim, para minimizar um grande problema nas grandes cidades, atacaríamos o grande inimigo que é a poluição do ar pela redução na emissão de gases no trânsito a partir de duas táticas e várias ações operacionais respectivas.

Caso II (política empresarial) – Melhorar a participação da empresa no mercado. (medidas ‘influenciadoras’ para promoção do crescimento, sustentabilidade)
  • Tática A - encantar o cliente pelo atendimento diferenciado.
Ações operacionais:
  1. treinamento e doutrinação do corpo de vendas;
  2. implementar um ambiente agradável e acolhedor
  3. melhorias na infra-estrutura interna do ponto de vendas (conveniências).
  • Tática B - melhorar os serviços pós-vendas:
  • Ações operacionais:
  1.   entregas no prazo (logística), instalação do produto, assistência técnica...
  2.   criar uma ouvidoria para atender sugestões e reclamações...
No exposto acima, os exemplos de escopo e interações não pretendem resolver nem esgotar soluções de problemas semelhantes e sim, mostrar o encadeamento de ações para a implementação de estratégias.

Wagner Herrera: Graduado em Ciência da Computação e Engenharia de Producao na Universidade Mackenzie (SP)

Estratégia e Tática - 01

Um dos primeiros usos do conceito “estratégia” ocorreu há aproximadamente 3.000 anos pelo estrategista chinês Sun Tzuo (A Arte da Guerra), que afirmava que “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.
O vocábulo teve sua origem na Grécia Antiga, significando inicialmente, “arte do general” (STEINER e MINER,1981), adquirindo posteriormente uma conotação voltada para a guerra, denotando “General” (estratego) – “a arte e a ciência de conduzir um exército por um caminho”. (MEIRELLES, 1995)
“Poucas palavras são objeto de tantos abusos no léxico das empresas, são tão mal definidas na literatura gerencial e estão tão expostas a diferentes significados quanto a palavra estratégia”. FAHEY (1999)
Gosto particularmente de uma definição para o conceito: “intenção sutil e engenhosa ...” (principalmente quando não quero entrar em detalhes) por ser assertiva, sem firulas. Porém nem todas ações sutis e engenhosas são estratégicas, o que deixa a definição incompleta! O que está faltando? No dicionário, um dos significados sem conotação militar é “arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos” (Houaiss), porém considero incompleta também!
Vamos listar algumas definições (em Administração) clássicas do vocábulo:
  •  “Medidas que visem diretamente modificar o poderio da organização em relação à concorrência”. (Konichi Omae)
  •  Orientações que possibilitem melhor posicionamento da organização no ambiente.
  •  “Conjunto de decisões que determinam o comportamento a ser exigido em um determinado espaço de tempo”. Simon)
  •  “Forma de pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de resultados”. (Mintzberg)
Se analisarmos os conceitos acima notaremos um primeiro traço comum: medidas, orientações, decisões, forma de pensar no futuro, termos que no contexto das respectivas frases nos dão a idéia de “intenção” e “ação futura”.
Continuando a análise observamos a alusão à uma condição: poderio, posicionamento, comportamento (exceção à Mintzberg).
Uma terceira observação é quanto ao referencial: concorrência, ambiente, (excluindo Simon e Minzberg) sugerindo a participação de outros atores.


Decompondo o conceito:
  • Objeto (o quê) – intenção, ação futura.
  • Objetivo (para que) –obter poderio, vantagem, supremacia
  • Condição (como) – alterar posicionamento, comportamento
  • Referência (a fim de) – concorrência, ambiente externo.
A(s) estratégia(s) pressupõe um conjunto de medidas (plano) abrangentes que num tempo futuro visam a vantagem competitiva da organização. Uma somatória de esforços empreendidos no intento de desenvolver ou potencializar competências centrais (essenciais) tornando-as competências de vanguarda.
E quanto à tática? Ela assume características mais visíveis, pontuais, circunscritas à áreas específicas da organização. (“...podem ver as táticas pelas quais conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”. Sun Tzuo). Uma das acepções do termo Tática: “método ou habilidade para sair-se bem em empreendimentos, disputas, situações de vida, relativo a arranjo, organização, alinhamento, manobra hábil”. (Houaiss)
Alguns exemplos de táticas: uma nova tecnologia (equipamentos computadorizados), implementação de metodologia (sistema ISO), racionalização de produtos (pesquisa), modificação de portfólio (inovação), melhoria de competência (treinamento) ...
A estratégia se locupleta pela adoção de medidas táticas que por sua vez, viabilizam-se através de medidas operacionais levadas à termo nos nichos funcionais da empresa formando a cadeia de resultados: ações operacionais -> ações táticas -> ações estratégicas, orientadas na dimensão temporal do curto ao longo prazo.
Imagino que o leitores tem agora, plena condição de completar a definição que iniciamos no quarto parágrafo! (a da definição sem autor, que construí – sem pretensão!).
As ações operacionais (curto prazo), as ações táticas (médio prazo) e as ações estratégicas (longo prazo) orientadas, seqüenciadas, articuladas e formalizadas compõe o conjunto de medidas que estruturam o planejamento estratégico.
 
Wagner Herrera: Graduado em Ciência da Computação e Engenharia de Producao na Universidade Mackenzie (SP)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Competitividade: sua empresa reúne as condições necessárias para competir no mercado?

Competitividade é o conjunto de qualidades e competências que nos habilitam a competir. Assim, se você não conhece as regras do basquete e não praticou seus fundamentos não está em condições de competir, mesmo que em ambiente amador!
Muitos empresários arriscam seu capital, tempo e saúde sem observar com maior rigor as regras dinâmicas (em constante mudança) de um mundo dos negócios altamente competitivo, e sem praticar os fundamentos básicos de uma boa gestão.
Isso explica, por exemplo, o insucesso de muitos negócios, cujos empresários esquecem-se da importância da informação, do conhecimento e da experiência frente ao mercado. Carecendo das ferramentas mínimas de gestão e administração, estas pessoas correm riscos quando deveriam assumir riscos, o que um bom administrador optaria por fazer. O mesmo ocorre em diversos setores da economia envolvendo a indústria, comércio e serviços, tanto com empreendedores individuais como com profissionais liberais.
A falta de conhecimento da dinâmica do mercado e das ferramentas de gestão e administração comprometem o sucesso de centenas de milhares de negócios em todo o país.
Este desconhecimento condena estas empresas a estarem entre as últimas em produtividade e lucratividade, inviabilizando sua possibilidade de inovação, competitividade e sustentabilidade. Estas empresas lançam-se ao mercado como cordeiros frente a leões, e quando devorados perguntam-se: "Onde foi que eu errei?"
Ser o último em negócios não significa criar sua empresa em mercado ou segmento já liderado por outras, ou lançar seu produto após o da concorrência – significa não estar em condições de competir!
Vivemos em uma era de alta velocidade de informação e muitas empresas ainda se permitem ao custo de serem lentas!
Em uma era onde os consumidores demandam por produtos e serviços 24/7 (vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana) milhares de empresas ainda se permitem trabalhar no horário de conveniência delas e não no de seus clientes.
Em uma era onde precisamos reduzir os custos ao mesmo tempo em que precisamos aumentar o valor percebido por nossos clientes, muitas empresas acreditam que podem triunfar aplicando somente uma destas estratégias.
É incrível, mas em plena Economia da Experiência, ainda encontramos empresas que não se dedicam a encantar seus clientes fornecendo-lhes as experiências memoráveis e fidelizando-os.
No centro da Era da Convergência, onde o mercado demanda por soluções integradas e não isoladas, ainda encontramos empresas despreparadas para associar serviços aos seus produtos.
Falamos de sustentabilidade e muitas empresas esperam por uma legislação punitiva para tomarem as medidas mais simples de respeito ao meio ambiente.
Estamos cansados de ouvir os empregadores dizendo que as pessoas são o maior capital das empresas, mas estas mesmas pessoas continuam a não ser reconhecidas e remuneradas de acordo com sua importância.
Nossos melhores cientistas são requisitados pela Europa e Estados Unidos para lá realizarem suas pesquisas e descobertas; nossos melhores jogadores de futebol estão continuamente jogando fora do Brasil. E nós? Quais cientistas importamos para o Brasil, para aqui fazerem suas pesquisas e descobertas? Quais os grandes jogadores que contratamos para jogar no país na última década?
Há um problema comum em todas as questões que atingem empresas públicas e privadas no Brasil, falta de gestão estratégica. Observem que não é falta de planejamento estratégico, mas falta de gestão. Gestão inclui execução. Muitas empresas possuem o seu planejamento estratégico, seu plano de negócios, mas quantas, efetivamente, o executam com excelência?
Ainda há excesso de discurso e prática insuficiente, ainda somos muito retóricos.
Vencida a era da informação, instalou-se a era do conhecimento. Se antes o mercado era um lugar desafiador para todo e qualquer empreendedor, hoje ele é ainda mais seletivo. Se antes era possível vencer em função de existirem poucos concorrentes, hoje, em uma economia global com demandas atendidas por múltiplos canais de venda, incluindo o e-business, estamos concorrendo com todo mundo e com o mundo todo!
Empresas e profissionais brasileiros precisam acordar para o fato inequívoco de que no mundo dos negócios, os últimos serão sempre os últimos!
A sustentabilidade do nosso modelo de negócios está na ordem do dia. Reveja seus conceitos, mude suas atitudes e construa a melhor versão do futuro.

Carlos Hilsdorf: economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano

Qual é a idade de um empreendedor?

Embora a migração de executivos para "start-ups" venha sendo lenta, ela será inevitável nos próximos anos.
COM A vinda de um grande número de investidores estrangeiros de venture capital para o Brasil, tenho notado que muitos deles buscam empresas nacionais com fundadores semelhantes àqueles típicos das "start-ups" de tecnologia do Vale do Silício - jovens com menos de 27 anos, garra e inteligência incomuns, em sua maioria com pouca experiência de trabalho, mas com uma vontade de revolucionar o mundo.
Fora do Brasil, a preferência pelos jovens empreendedores é clara. Investidores sabem que estes têm um apetite por grandes riscos que pode levá-los a desenvolver um produto revolucionário (que vai gerar, por consequência, grandes retornos financeiros).
Diferentemente de executivos com mais experiência e idade, esses jovens ainda não têm famílias formadas e podem dedicar 110% do seu tempo ao empreendimento. A falta de conhecimento e maturidade muitas vezes pode ser "emprestada" por mentores ou "comprada" por meio da contratação de executivos, ambos disponíveis em abundância no fértil ecossistema existente no Vale do Silício.
Já no Brasil, embora tenhamos alguns casos de sucesso de jovens empreendedores, como Romero Rodrigues, do Buscapé, e Marco Gomes, da Boo-Box, acredito que o modelo atingirá uma escala relevante seguindo um paradigma diferente. Hoje, o ensino superior brasileiro na área de tecnologia é centrado em aspectos teóricos e possui uma estrutura bastante rígida.
Formamos profissionais capacitados para as demandas atuais e já existentes do mercado de tecnologia -aptos a trabalhar, por exemplo, em consultorias, bancos e no setor público-, mas não para inovar. Essa ausência de experiências práticas durante o ensino superior e de oportunidades mais amplas para criação deve limitar o numero de jovens empreendedores que despontarão nos próximos anos em nosso mercado.
Por outro lado, temos no Brasil de hoje uma enorme gama de oportunidade para novos negócios. Quem preencherá essa lacuna temporária no empreendedorismo nacional? Entendo que executivos experientes do mercado de tecnologia brasileira. Sim, aqueles mesmos que são superados por jovens empreendedores e suas "start-ups" do Vale do Silício (e que, a meu ver, um dia também serão superados pelos jovens empreendedores brasileiros).
Atualmente, temos excelentes profissionais que passaram boa parte da última década em grandes empresas de e-commerce, provedores de acesso à internet e portais de conteúdo. Sobreviveram à bolha e tiveram uma experiência de "start-ups" que gerou conhecimento de mercado e de tecnologia que os capacitou para estruturar as grandes empreitadas dos próximos cinco anos. Mas por que ainda estamos vendo relativamente poucas empresas lançadas por executivos experientes do mercado de tecnologia?
Entendo que ainda estamos em fase de transição, na qual o risco percebido em começar uma "start-up" continua grande em comparação ao benefício do status quo.
Com a franca expansão da nossa economia, e do varejo on-line, esses executivos experientes têm se tornado profissionais cada vez mais escassos e ainda mais cobiçados pelo mercado, levando-os a chegar a níveis de remuneração nunca antes vistos (e quase o dobro de seus pares no exterior). Para o executivo, deixar uma situação vantajosa por um futuro incerto no mundo das "start-ups" é um tanto difícil, e isso gera um processo de transição lento, que tem retido uma migração em massa e mais acelerada.
Mas, embora a transição venha sendo lenta em razão de fatores criados pelo nosso concorrido mercado de trabalho, ela será inevitável nos próximos anos. O risco percebido em fazer a transição para uma "start-up" é muito maior do que o risco real. A oportunidade que há hoje na internet no Brasil é tanta, que a chance de sucesso de um profissional qualificado é enorme. À medida que mais casos de sucesso fiquem em evidência, mais desses profissionais apostarão em si mesmos e mergulharão de cabeça em novas oportunidades, criando a massa crítica de "start-ups" que fará o mercado brasileiro decolar.
Por outro lado, os que esperarem demais vão perder uma oportunidade única criada por esse período de transição que vivemos hoje.

JULIO VASCONCELLOS:  economista, presidente-executivo do site de compra coletiva Peixe Urbano.  - 
Portal www.cmconsultoria.com.br

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Negligência com a competição cria a concorrência...

O automóvel substituiu o cavalo, ainda que na época algumas pessoas não acreditassem que o faria. Acha estranho?
Contam que o Presidente do Michigan Savings Bank , em 1903, recomendou que Horace Rackham, advogado de Henry Ford, não investisse na Ford Motor.
Teria dito: “O automóvel não passa de uma moda passageira, o cavalo veio para ficar.”
Rackham ignorou o conselho, comprou 5.000 dólares de ações que vendeu, anos depois, por 12,5 milhões de dólares.


Quando a TV surgiu, o rádio já fazia enorme sucesso. Muitos diziam que as pessoas não se interessariam por aquele produto, afinal quem quisesse ver imagens sairia às ruas. Você já sabe o resultado.
Quem imaginaria a máquina de escrever como peça de museu? Há algum tempo poucos, não?
Apenas o filho de um amigo quando a viu achou a última invenção.
Com menos de cinco anos, acostumado a mexer nos computadores do pai, um dia ao entrar no escritório do avô o viu datilografando um documento. Correu para perguntar à mãe se tinha visto o computador do avô que imprimia assim que este digitava!
A velocidade em datilografia, exaltada no passado, pouco importa hoje se não tivermos conhecimentos de informática, não é verdade?
Onde estão produtos como o carburador, o telex, o fax, o mimeógrafo, as gelatinas usadas nos livros contábeis, discos flexíveis para computador, aparelhos de TV preto e branco, toca-fitas de carros e tantos outros? A lista é imensa.
O surgimento de alguns produtos provocou enorme impacto no mercado, deixando fábricas inteiras obsoletas e uma multidão de pessoas sem qualificação para novas atividades.
Nasceram do dia para a noite? Claro que não, mas muitos cresceram no espaço deixado pelo descrédito.
Ainda que antenados no mercado, um pequeno descuido pode nos trazer grandes estragos.
Nesse sentido, vale a pena ler os relatos de Andy Grove, co-fundador e ex-CEO da Intel, na tumultuada jornada para construção da que seria a maior fábrica de chips do mundo.
Em 1985, enquanto se debatiam para encontrar soluções para os problemas que estavam destruindo a organização, Grove perguntou à Moore, então CEO: “Se nos chutassem e o conselho colocasse outro CEO no comando, o que ele faria?”
Gordon disparou: “Acabaria com o negócio de memórias.”
Grove, ainda perplexo, lhe disse: “Por que você e eu não saímos por aquela porta, voltamos e fazemos isso por nossa conta?“
Naquele momento os japoneses não apenas competiam, mas concorriam de forma tão intensa que iriam tirá-los dos negócios.
Foi o que fizeram, partindo para a fabricação de microprocessadores.
Suas reflexões sobre liderança estão em seu livro “Só os paranóicos sobrevivem”.
Todos os dias, em algum lugar, algum produto ou empresa, é superado pela falta de atenção de seus gestores.
Como diz Vitor Orlandi: “Cheguei onde ninguém acreditava, permaneci onde alguns nunca foram, estou indo para um lugar onde poucos conhecerão.”
A prevenção é obtida quando o cliente é o foco e não o produto. Veja o que diz Michael Dell, da Dell computadores:
“Desde o início, toda nossa empresa, desde a criação, passando pela produção, até as vendas, foi orientada para a atenção ao cliente”.
Isso basta? Digo que não!
A organização precisa aprender para reagir. Desta linha de raciocínio vem a lição de Jack Welch, na oportunidade CEO da GE:
“Nosso comportamento é guiado por uma crença básica fundamental: o desejo e a capacidade de uma organização para aprender continuamente com qualquer um, em qualquer lugar, e converter rapidamente tais ensinamentos em ação, para obter vantagem competitiva máxima”.
Aprendamos então com o conselho de Marcelo de Souza Bastos:

“Aproveite as idéias que as pessoas te apresentam, pois até mesmo um relógio parado está certo duas vezes por dia”.

* Ivan Postigo - Diretor de Gestão Empresarial - Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Programa 5S e os hábitos

O Programa 5S’s é uma ferramenta da qualidade que visa à mudança de hábitos pessoais, em prol da melhoria do ambiente de trabalho e da saúde física e mental das pessoas.

O Programa 5S's é uma ferramenta da qualidade que visa à mudança de hábitos pessoais, em prol da melhoria do ambiente de trabalho e da saúde física e mental das pessoas. Para entender como o Programa funciona, é preciso, além de entender e vivenciar cada um dos seus cinco "S", saber um pouco mais sobre o que são os hábitos.
É comum ouvirmos frases como "Fulano tem o hábito de..." ou "Isso é questão de hábito.". Mas o que vem a ser, afinal, "hábito"? O termo "hábito", do latim "habitus", está associado ao comportamento que aprendemos e repetimos, sem que para isso tenhamos que pensar para realizá-lo. Ele é composto por nossos costumes, nossa maneira de viver, nos comportar e agir.
É graças ao hábito que não precisamos pensar toda vez que damos um passo para andar, pois ele faz com que determinadas ações sejam automáticas. Sem ele, teríamos sempre que aprender a falar, andar e trabalhar, por exemplo. Até mesmo nossas preferências alimentícias são questões de hábitos. A criança que durante a infância é incentivada pelos pais a comer verduras, legumes e frutas, será um adulto consumidor desses alimentos. Aquelas que não tiveram esse incentivo, dificilmente serão apreciadoras desses tipos de alimentos. É tudo uma questão de hábito.
E, se tudo é questão de hábito, como, então, os adquirimos? A criação de hábitos está associada a alguns fatores como a repetição, a atração, o interesse, a conformidade com a natureza, aos intervalos, a maturação e aos testes e erros.
A repetição é uma forma de treinamento, em que o maior ou menor grau de perfeição de um ato dependerá da frequência em que o praticamos. A repetição faz com uma ação persista e seja mais facilmente executada, tornando-se um hábito.
O fator da atenção é de extrema importância para a aquisição de um hábito. Além de repetirmos uma ação, temos que ter atenção para selecionar os movimentos que nos serão úteis, organizá-los e intensificar o nosso interesse.
O interesse será o nosso combustível para nos habituarmos mais rapidamente a uma situação ou ação. Motivação, desejo e ambição são fundamentais para que possamos adquirir os hábitos desejados.
A conformidade com a natureza garante que o hábito desejado esteja em acordo com as nossas exigências naturais. Podemos, por exemplo, ficar horas sem beber água, mas não conseguimos criar o hábito de viver sem água, pois ela é fundamental para mantermos uma boa saúde e qualidade de vida.
O fator dos intervalos determina que devemos realizar atividades com intervalos programados para melhor aprendermos ou adquirirmos um hábito. Para nos habituarmos a frequentar a academia, por exemplo, começamos com exercícios mais leves e com intervalos determinados entre uma atividade e outra. Só depois de nos habituarmos e melhorarmos o nosso condicionamento físico, é que os exercícios aumentam e o intervalo entre eles é modificado.
A tentativa e o erro são características que fazem parte de nossa vida desde que éramos bebê. É comum criarmos hipóteses e testá-las. O erro nos permitirá crescer, pois teremos que pensar em uma nova hipótese e testá-la novamente, até que ela esteja correta. Diante do acerto, vamos criando pequenos hábitos até que haja a fixação do hábito. Por exemplo, o recém-nascido não sabe falar, para conseguir o que deseja ele testa hipóteses até que o seu desejo seja atendido. O choro é uma dessas hipóteses que deu certo, já que diante dele há a presença de um adulto, geralmente a mãe ou o pai, que verifica a necessidade da criança.
O fator maturação é o tempo adequado para adquirir um hábito. Antes ou depois desse tempo é difícil que consigamos adquirir um novo hábito. Quando falamos que uma pessoa é "cabeça dura" ou que ela nunca muda é por causa desse tempo de maturação. Seus hábitos já estão enraizados, dificilmente ela os mudará ou irá adquirir novos.
Depois que adquirimos uma série de hábitos, eles podem ser enquadrados em algumas categorias. Temos os hábitos orgânicos, que garantem a nossa adaptação a novos ambientes; os hábitos motores, que estão relacionados a nossa personalidade, a nossa forma de agir, falar, andar e escrever, por exemplo, e até aos nossos tiques nervosos; e os hábitos mentais, determinam a nossa forma de pensar e de sentir, como os hábitos de agir com ética e de sempre cumprimentar um conhecido.
Bom, não se esqueça de algo importante: os hábitos podem ser mudados. Novas situações podem exigir novos hábitos e atitudes. Sem falar nos hábitos desagradáveis e prejudiciais que precisam ser mudados para que possamos ter um convívio melhor com as pessoas que nos cercam.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora.

FRANERE sempre FRANERE

Tive o desprazer de me tornar cliente da FRANERE, é que só tive dissabores até agora....para minha surpresa o acabamento do apartamento não foi o combinado e tive que retornar 03 (Três) vezes para que as reclamações fossem ajustadas...e para não ter mais raiva...assinei o “o OK“ , para ver se podia receber logo o “AP”.
Assinei o contrato de financiamento com o Banco ITAU, indicado pela FRANERE e somente agora....com muita insistência junto ao BANCO, consegui a “Carta de Crédito Imobiliário ITAU” ....até aí tudo bem... só que para receber o Imóvel...novamente tive que ir ao Escritório da FRANERE...pra falar com “Dr HUGO” pois somente ele tem poderes para resolver os problemas na FRANERE...e para surpresa minha tem que ser marcada um “Audiência” com o “BENDITO DR HUGO”, só que a sua Secretária não orienta os pobres mortais “clientes FRANERE” que há necessidade de marcar a tal audiência....resultado...só fui atendido ... DEPOIS DA SEGUNDA IDA...porque esperei o mesmo sair do escritório, para que pudesse ao menos me dar uma “orientação”... pois caso contrário ...quando é que o mesmo teria agenda para me receber ???? e o mesmo me disse que naquele momento estaria indo para uma reunião com Diretores para ver as “Orientações” de como poderia fazer para entregar os apartamentos...para aqueles que somente possuem “Carta de Credito Imobiliário ITAÚ”... pois só poderia entregar quando da vinda do original do Contrato, que deve demorar um tempo (não soube precisar que tempo é esse)...

Pergunto aos DIRETORES da FRANERE....
• Somente o Dr.Hugo tem poderes para liberar os apartamentos????
• Não está faltando treinamentos para as secretarias ...na orientações aos Clientes????
• Qual o conceito de Qualidade para a FRANERE???? É o padrão de entrega que me foi mostrado no imóvel...????
• Porque não foi cumprido o cronograma de entrega...?????
• Se o meu contrato tá assinado... porquê tenho que aguardar tanto tempo????

Poderia ficar mais tempo indicando a minha “INSATIFAÇÂO”... mas como sou daqueles em que dar créditos de confiança as pessoas... ainda é um virtude... fico no aguardo de alguma manifestação da FRANERE...

Jorge Cavalcante (Cliente Infeliz)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

HAVAIANAS: Reposicionamento de uma Marca...

Minha vida é pular de hotel em hotel, cada dia em uma cidade diferente. No escritório já tomaram conta da minha mesa, já que por lá apareço pouco. E nessas idas e vindas minhas Havaianas não saem da mala. E as minhas são as tradicionais, feias, desgastadas, porém muito confortáveis. São as mesmas da época do “Não deforma, não tem cheiro e não solta as tiras”. Sinceramente não entendi o “não tem cheiro do slogan”, de qualquer forma não me separo desses chinelos. Aproveito para relembrar outros slogans: “As legítimas”, “Isto é amor antigo” e o atual “Todo mundo usa”. Realmente, somente no ano passado foram vendidos 184 milhões de pares em todo o planeta.
Essas frases refletem bem as transformações pelas quais “a Havaianas” passou ao longo dos anos. Os autores Al Ries e Jack Trout dizem que o posicionamento é a maneira como o produto é percebido pelo consumidor. O principal diferencial competitivo, segundo eles, é se posicionar na mente do cliente. Até há alguns anos a marca estava posicionada na mente do consumidor como um produto barato, prático e confortável, ou seja era um produto popular. Não gosto muito dessas divisões de classes mas Havaianas eram sandálias para as classes “C”, “D” e outras mais em direção ao final do alfabeto. Nesta época o principal garoto propaganda era o humorista Chico Anísio, que ficou tão conhecido, que alguns pensavam que ele era o dono da marca. O humor sempre foi a tônica das mídias das sandálias. Fechando a questão de maneira objetiva, quem usava era pobre. Eu, como tal, desde essa época já era consumidor, como já usei Congas, Kichutes e similares que talvez você nem se lembre.
A sandália surgiu no início da década de 60, inspirada em um modelo japonês feito de tiras em tecido e solado de palha de arroz, por isso na parte interna dos chinelos, os grãos de arroz na textura tornam o produto inconfundível. Mas o que mudou dessa época para hoje nas Havaianas? Mudou a percepção da marca. Houve um reposicionamento, de maneira que hoje Havaianas são sinônimo de qualidade, beleza e conforto, inclusive para os públicos mais exigentes. Atribui-se a Gisele Bundchen a abertura de mercado internacional para a marca através de divulgação espontânea ao utilizar o produto despretensiosamente, mesmo que depois ela tenha feito uma campanha para a concorrente Ipanema. Na TV, Luiz Fernando Guimarães, Malu Mader, Lázaro Ramos, Fernanda Lima dentre outros artistas anunciaram o produto nessa nova era. Vieram novas cores e modelos sazonais, como os dos países da Copa do Mundo por exemplo. No início de 2000 o mundo descobriu Havaianas, inicialmente Havaí, Austrália, França e hoje é consumido em mais de 60 países.
Fazendo parte desse processo de reposicionamento, a marca lançou chinelos mais delicados, especialmente desenvolvidos para o público feminino, rapidamente caíram no gosto das mulheres. Algumas outras ações tiveram grande impacto no crescimento da marca: desde 2003 Havaianas participam do Oscar presenteando os homenageados com modelos exclusivos, e no ano seguinte lançou uma edição especial com acabamento em ouro e diamantes em parceria com a marca H.Stern. Evidente que não encontrei um modelo desses na visita que fiz a uma loja própria da marca recentemente, diga-se de passagem, um espaço bonito, colorido, com atendentes simpáticas e atenciosas, condizente com o que a marca representa no mercado. Mas Havaianas deixou de ser sinônimo somente de chinelos. Vi bolsas, pingentes, toalhas e até meias, especiais para serem usadas com o chinelo. E se mesmo assim você não ficar convencido de que andar de chinelo pode ser chique ou elegante, pode calçar os tênis Havaianas, só não dá pra dizer que são discretos. Coloridos e vistosos seguem a mesma linha alegre e vibrante preconizada pela marca. No meu caso, continuo usando as mesmas, desgastadas e velhas, no banho ou no máximo no hall do hotel.

Reginaldo Rodrigues Feed do Autor

COISA

     Não sei quem é o autor dessa coisa, mas só sei que  é uma coisa boa de ler...
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma..
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à  toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas". 

 ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?
 
Colaboração: Elisa Lago

domingo, 17 de julho de 2011

Amor....Paixao...Saudades....

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.·
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar

sábado, 16 de julho de 2011

Administração da Produção

A Administração da Produção e Operações é o estudo de técnicas e conceitos aplicáveis à tomada de decisões nas funções de produção (empresas industriais) e operações (empresas de serviços)”. (Daniel Moreira)


Num artigo anterior conceituamos genericamente Administração. Hoje damos seguimento ao tema sob um foco mais restrito. Em dois artigos escritos anteriormente neste sítio: “Pensando a Estrutura Organizacional” e “Processos” introduzimos premissas que serão necessárias no acompanhamento do presente trabalho.

Embora “Produção” seja uma funcionalidade da organização, vamos tomá-la como a responsável pelo processo de transformação* e, recordando: processos de transformação* são os responsáveis pela geração de bens (produtos e serviços) e entendê-lo como a seqüência de atividades que formam a cadeia de operações finalísticas.

Essa cadeia inicia com a atividade de recebimento de materiais que maioria das empresas pertence à gestão de suprimentos apoiada pela função de logística que provê as entradas em almoxarifados e o controle de qualidade.

O segundo elo da cadeia pertence à produção propriamente dita, as transformações dos materiais ou operações dos serviços. 
Seguindo pela cadeia temos as atividades da qualidade, a armazenagem do produtos, a expedição, o faturamento, a logística de saída e distribuição para os clientes.

Olhando-se para o organograma da maioria das organizações temos alguns departamentos com seus respectivos responsáveis participantes do processo em questão, a saber: Suprimentos, Produção, Logística, Controladoria (PCP), Vendas, Suporte ao Cliente etc. assim, no conceito de Administração da Produção da maioria das organizações, temo-la restrita ao processo de transformação ou operações. 

Com tantos “caciques” atuando, de quem cobrar os índices de eficiência e eficácia da produção industrial? Até quando vamos conviver com a herança de Fayol, Ford, Sloan, etc. que grandes contribuições prestaram à ciência da administração na primeira metade do século passado?

Michael Porter em sua terceira estratégia de mercado sugere que a cadeia de valor de uma empresa que pretenda conseguir a vantagem competitiva deve iniciar na logística de entrada (recebimentos) e continuar com operações, logística externa (distribuição), marketing e vendas e suporte ao cliente (Assistência. Técnica) – ensinando-nos que devemos orientar o processo pelos fins a que se destinam, quais sejam: processos de fabricação e de negócios. Embora discorde da inclusão do marketing na cadeia, visto para mim ser uma função de inteligência empresarial e não, de negócios.

Algumas empresas resolvem o problema pela adoção da estrutura matricial estabelecendo responsáveis pelo processo como um todo, porque todos os responsáveis acima citados não são suficientes para garantir a eficácia.

A “Produção” como administradora do processo de transformação deve consagrar-se à todas as atividades pertinentes à consecução dos resultados,
 a saber:

- qualidade do material a ser usado,

- movimentações e estocagem (logística de entrada), 

- suprimento da linha de montagem (logística interna),

- manufatura,

- acompanhamento do processo (auto controle),

- qualidade de semi acabados e produtos,

- armazenagem final (logística de saída).


Com isso, sua responsabilidade vai da entrada de material à disponibilidade dos bens, incutindo um senso de completude ao trabalho de equipe e atribuições concernentes, pois muito se vê na organização a caça ao “bode expiatório”, posto que alguém precisa expiar pela incompetência.

As empresas orientais (e algumas em nosso país) resolveram em grande parte o problema pela adoção da filosofia Kaizen (melhoria contínua) que impregna as equipes com o sentido de responsabilidade pela completude das ações, algo como “faça você mesmo e bem feito, não delegue nem culpe outrem”. O Kaizen facilita ainda o downsizing** pela dispensa de algumas funções necessárias nas estruturas clássicas.


A Administração da Produção, macro atividade que se encontra no centro da Cadeia de Valores no seu caminho crítico. As ações nesta área são relevantes sob todos os aspectos, para o sucesso do empreendimento, visto ser a principal responsável pelo índice de eficiência e, embora não tenha contato direto com o cliente final, participa preponderantemente das variáveis que compõem o índice de eficácia.

As atividades listadas a seguir são desejáveis que estejam sob o “guarda-chuva” do responsável pelo conjunto de atividades finalísticas:
- aperfeiçoamento contínuo da mão de obra,

- a programação dos eventos produtivos,

- a manutenção do parque de equipamentos,

- a maximização da produtividade,

- algumas atribuições de gestão de pessoal,

- controle de inoperâncias...

pois a tática é fornecer as condições necessárias e suficientes para a obtenção dos resultados e assim, cobrar competência de uma só pessoa.


Este, não é um trabalho fácil na cultura das empresas ocidentais, posto estar fortemente arraigado no conceito da estrutura funcional na maioria das empresas. Seria salutar uma motivação de aprendizagem organizacional na instituição como um todo e na alta administração em particular. 


* Usarei o termo “transformação” em vez de “fabricação” por ter uma maior abrangência, se aplicando aos serviços também. 
* Downsizing – “enxugamento” dos níveis intermediários da estrutura como supervisores, apontadores, etc.


wagherrera@yahoo.com.br