Existem diversas ferramentas ligadas à gestão da qualidade. Elas são utilizadas para mensurar, aplicar e demonstrar com facilidade os gargalos detectados nos processos produtivos ou de serviços, e aumentar o foco na qualidade.
Tais ferramentas utilizam medidas e figuras estatísticas que demonstram os níveis da qualidade, são de fácil identificação e contribuem para o envolvimento de todos os colaboradores.
Cada uma conta com diferentes modelos de identificação de problemas, sendo capazes de definir os caminhos para se alcançar a qualidade. As principais são:
1. Análise SWOT
A análise SWOT é uma ótima maneira de garantir que o desenvolvimento de futuros projetos para melhoria de desempenho esteja ligado aos objetivos estratégicos da empresa. Ou seja, essa ferramenta administrativa auxilia os gestores a enxergarem os elos e riscos que podem comprometer o negócio em médio ou longo prazo.
A sigla SWOT corresponde à abreviação dos termos em inglês Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats. Traduzidos para o português, significam Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.
Por isso, também é conhecida como FOFA.
A análise SWOT identifica os seguintes pontos:
- Forças: pontos nos quais a organização tem vantagens competitivas em relação à concorrência;
- Fraquezas: pontos nos quais a empresa apresenta falhas ou fragilidades que podem afetar seu desempenho diante dos concorrentes;
- Oportunidades: aspectos internos e externos que podem proporcionar melhorias;
- Ameaças: tendências do mercado que representam riscos para o negócio, por exemplo, o lançamento de novo produto.
2. Diagrama de Pareto
O Diagrama de Pareto é uma ferramenta em forma de gráfico utilizada para definir a principal causa dos problemas, determinando a sua frequência no processo e possibilitando a sua contenção de forma rápida e eficaz, para garantir um resultado mais consistente.
Ele facilita a visualização e comparação de uma série de dados, ordenando os problemas dos maiores para os menores.
Além disso, mensura o impacto das mudanças no processo, distinguindo as causas genéricas das causas específicas.
O princípio de Pareto diz que 80% dos resultados provêm de 20% das causas. Assim, essa ferramenta ajuda a direcionar os esforços a fim de se obter mais qualidade nos produtos, processos ou sistemas.
3. Diagrama de Ishikawa
Também conhecida como Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Espinha de Peixe, essa ferramenta é bastante utilizada para a identificação das causas de problemas específicos.
Para que o levantamento seja feito de forma segmentada, é utilizada a técnica dos 6Ms (método, matéria-prima, máquina, mão de obra, medida e meio ambiente), facilitando a identificação das causas.
O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta de gestão de qualidade muito eficiente, pois permite um ponto de vista simples e objetivo de um determinado problema, tornando bem mais fácil encontrar a solução.
4. Ciclo PDCA
O Ciclo PDCA é muito simples, se adapta a qualquer segmento de atuação e consiste em quatro etapas:
- Plan (planejamento): definir as metas e objetivos;
- Do (execução): executar o planejamento;
- Check (verificação): analisar os resultados alcançados;
- Act (ação): avaliar as causas dos desvios de qualidade e aplicar as ações corretivas.
Ele ajuda na elaboração, execução, monitoramento e aprimoramento contínuo de um processo.
5. Fluxograma
O fluxograma permite uma visão global do processo por onde passa o produto. Ele é uma ilustração do passo a passo de todas as etapas pertinentes ao processo, demonstrando como deve ser a execução.
Nele, são utilizados símbolos, figuras geométricas e setas indicativas, que podem ser facilmente reconhecidos e compreendidos por toda a equipe na demonstração dos diferentes tipos de operações e ferramentas de um processo e seus respectivos responsáveis, tornando toda a operação muito mais produtiva.
6. Folhas de verificação
As folhas de verificação são documentos simples, práticos e de fácil entendimento, como planilhas e tabelas, utilizadas para agilizar a coleta de dados, sendo necessário definir previamente quais informações serão analisadas.
Essa ferramenta permite uma rápida percepção da realidade e interpretação facilitada da situação.
Com ela, a empresa pode acompanhar o andamento da produção, otimizar o tempo e evitar retrabalhos.
7. Histograma
O histograma é uma ferramenta gráfica de barras que representa a frequência dos problemas encontrados.
Ele permite verificar quantas vezes algo ocorreu ao longo de um processo, ou seja, identifica uma evolução histórica de um determinado processo, facilitando a solução dos problemas.
8. Diagrama de dispersão
O diagrama de dispersão é um gráfico utilizado para analisar diferentes causas de problemas.
Ele retrata dois eixos numéricos (quantitativos), isto é, a correlação entre duas variáveis.
Com ele, é possível medir variáveis como quantidade, custo, volume, tempo e espaço, entre outras, relacionando os eventos para se chegar a resultados matemáticos.
9. Cartas de controle
As cartas de controle são gráficos utilizados para acompanhar o quanto um processo é realizado com qualidade em um determinado período de tempo.
O objetivo desse método é evidenciar alterações no processo normal de produção, identificando falhas e variáveis que necessitam de atenção gerencial, ou seja, verificando se o processo está sob controle.
10. Método 5W2H
O método 5W2H tem como finalidade fornecer um compacto dos pontos de vista inevitáveis para administrar um plano de ações.
O termo é uma abreviação dos seguintes termos, em inglês:
- What: o que será feito?
- Why: por quê?
- Where: onde?
- When: quando?
- Who: quem será o responsável?
- How: como será feito?
- How Much: quanto custará?
Essa ferramenta é muito utilizada para organizar as ideias e criar estratégias para resolver problemas, promovendo o ganho de eficiência no desenvolvimento das atividades, reduzindo o retrabalho e conferindo mais competitividade no mercado.
Quando devidamente aplicadas, todas essas ferramentas elevam os níveis de qualidade dos produtos, bens e serviços.
Ademais, é muito importante contar com recursos de inteligência operacional para conferir ainda agilidade e efetividade aos processos.
A sobrevivência das organizações depende da gestão da qualidade, pois permite o desenvolvimento e crescimento eficiente e eficaz, assim como a obtenção do objetivo principal, que é a satisfação total e a melhoria da qualidade de vida dos clientes internos e externos.
Ela precisa ser entendida como uma nova maneira de pensar, antes mesmo de agir.
Portanto, a efetiva implantação da gestão da qualidade requer uma mudança de postura gerencial e uma nova forma de produzir o sucesso.
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