Inovar é sempre preciso.
- Você está contente com a sua evolução profissional?
- Está satisfeito com o desempenho da sua organização?
- Tem notado empresas crescendo enquanto outras definham?
- Tem acompanhado nações que evoluem mais que as outras?
- Por que e como será que essas coisas acontecem?
Recentemente, tive que
renovar o meu visto de entrada nos Estados Unidos. Não sei a razão, mas eles
pediram para eu relacionar todos os países que eu visitei nos últimos dez anos.
Dai percebi que havia uma ótima oportunidade para eu ir um pouco além e descobrir
quantas visitas ao exterior eu fiz e refletir sobre o que isso contribuiu para
a minha formação.
“As pessoas eficazes não vivem voltadas para os problemas, elas vivem voltadas para as oportunidades. Elas alimentam oportunidades, e deixam os problemas ‘morrerem de fome’”.
Peter Druker
A reflexão revelou alguns
aspectos que eu não havia dado conta.
Por exemplo, desde 1982, só pra os Estados Unidos, fiz mais de 30
viagens. Mas por que achei esse dado relevante?
A maior parte das viagens que fiz foi a trabalho e eu sempre admirei a capacidade de criação, inovação e implementação do povo norte-americano.
Chama atenção como eles são práticos e valorizam os pequenos
detalhes que em médio e longo prazo se transformam em grandes realizações.
Quase sempre faço vôo noturno
para chegar bem cedinho na terra do Tio Sam, onde quase sempre, chego antes das
seis horas.
Dai a primeira coisa que faço é ir à toalete do aeroporto para
cuidar de minha higiene pessoal.
Aquele banheiro de avião mais parece lugar para passarinho tomar
banho.
Normalmente, encontro novidades: a saboneteira que mudou o
formato, a torneira com uma nova função, o secador de mãos que a gente fica sem
saber como usar, o sistema hidráulico cada dia mais sofisticado etc.
Dessa vez, eu cheguei a comentar com uma cara que estava meio sem
graça por não ter encontrado, de pronto, o funcionamento da torneira.
Os fabricantes desses apetrechos parecem disputar para ver quem
cria algo mais complicado só para “fazer pegadinha” com a gente.
“Aquilo que insistimos em fazer torna-se fácil – não que a natureza da tarefa tenha se modificado, mas nossa habilidade para realizá-la aumentou”
Emerson
Esse é apenas um exemplo.
Quando você adentra no país e aluga um apartamento e um carro, como costumo
fazer, visita uma loja ou mesmo um shopping center, vai logo descobrindo que
muitos pequenos implementos fazem uma enorme diferença.
Os automóveis, por exemplo, apesar de serem fabricados por empresas globais por aqui, sempre têm algo a mais, como a empunhadura do volante mais confortável, um alarme que soa quando o carro se próxima de algum objeto, acabamento mais cuidadoso e por ai vai.
E, se você volta um ano depois,
vai comprovar que algo mudou.
É fato que todas essas e outras pequenas novidades somadas farão
uma enorme diferença ao final de cinco anos.
É mais ou menos como tentar
comer um cordeiro assado de uma só vez. É provável que vamos descobrir que é
muito difícil.
Mas se colocarmos ele aos pedacinhos no palito acompanhado com
cerveja gelada em dia de lazer e calor extremo a história pode ser outra, não é
mesmo?
“Tudo que somos é resultado do que pensamos”
Buda (562 a.C – 483 A.C)
É verdade que quem inova normalmente o faz aos poucos, não se importando muito com a visão do todo.
As
coisas vão acontecendo step by step.
É como se pagássemos um carro para dirigir à noite do Rio para São Paulo.
Sabemos para onde vamos, mas somente conseguimos enxergar o que o farol é capaz de iluminar.
Ou seja, uns trinta metros à frente.
O suficiente que precisamos ver.
Assim, de trecho em trecho, percorreremos a distância que quisermos. Porém, muita gente acredita que precisa enxergar o percurso por inteiro.
Competitividade talvez seja uma boa resposta.
É preciso inovar na
produção, no marketing e na prestação de serviços para garantir o lucro.
A lógica do modelo de gestão empresarial norte-americana, por
exemplo, parte do princípio de que a margem deve ser minimizada enquanto o
volume maximizado.
A um observador menos atento poderia parecer ao contrário: que as inovações proporcionariam margens maiores - o que não seria nenhum absurdo.
Será mesmo que há alguma relação entre inovação, desenvolvimento e lucro?
Se recorrermos ao magnífico livro “A Riqueza das Nações” de Adam
Smith, vamos constatar que: “ao contrário de aluguéis e salários, o nível de
lucro não sobe com a prosperidade nem cai com as depressões da sociedade. Ao
contrário – ele é naturalmente baixo em países ricos e alto em países pobres, e
é sempre mais alto nos países dirigindo-se rapidamente para a ruína”.
Até aqui, essa parece ser a
receita que está funcionando... mas inovar é sempre preciso.
Pense nisso e ótima semana.
Por: Evaldo Costa :-
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