terça-feira, 1 de junho de 2021

6 Principais Desafios da Gestão Hospitalar em Tempos de Coronavírus

 


O ano de 2020 será marcado em todo o mundo por conta da pandemia do coronavírus. A situação, que surgiu no final de 2019 na China, rapidamente se espalhou para os outros países em todos os continentes. Problemas econômicos, sociais e de saúde em todo o planeta se intensificaram. Tudo isso sem contar os novos desafios da gestão hospitalar, que de uma hora para outra precisou se adequar à pandemia.

Um dos papeis do gestor na área da saúde é estar atento a questões como essa do coronavírus, que se espalham facilmente e demandam respostas rápidas. Numa situação de pandemia, é preciso criar um sistema eficiente para triagem de pacientes, estabelecer novos protocolos de segurança, tanto para os pacientes quanto para os profissionais, entre outras ações para diminuir os riscos de contaminação.

E para você entender melhor sobre o assunto, abaixo explicamos quais são os maiores desafios da gestão hospitalar para enfrentar a pandemia do COVID-19. Confira!

1. Atendimento de pacientes com sintomas

Uma das principais dúvidas da população em geral é sobre a necessidade de ir ou não ao hospital em caso de suspeita de contaminação pelo coronavírus. Ou seja, é uma situação que pode causar congestionamento nas filas dos hospitais, colocar pessoas saudáveis em riscos, além de impactar na agilidade do atendimento nos centros de saúde.

Então, para minimizar esses problemas é fundamental que os hospitais e demais espaços de atendimento de saúde se comuniquem de maneira clara e eficaz com seus potenciais pacientes. Cartazes, informes nos jornais e comunicados nas redes sociais são algumas das estratégias que podem ser usadas para dizer à população sobre o que deve ser feito.

Como alguns dos sintomas do coronavírus são parecidos com os da gripe, é natural que as pessoas fiquem sem saber o que fazer. Os gestores da área da saúde devem usar todas as formas de comunicação possíveis para orientar a população, principalmente na divulgação de informações-chave como as seguintes:

  • caso tenha sintomas suspeitos como coriza e tosse, o ideal é ficar em casa isolado por 14 dias;
  • o isolamento também deve ser feito pelos demais moradores da mesma residência do suspeito;
  • caso o quadro se agrave com sintomas como febre persistente e problemas para respirar, deve-se procurar atendimento médico.

2. Critérios para a realização de testes

Ainda relacionado à detecção do vírus, muitas pessoas têm dúvidas sobre quando fazer ou não o teste. Levando em consideração que nenhum país tem condições de testar toda a população, os hospitais devem seguir critérios estabelecidos pelos órgãos competentes, como o Ministério da Saúde.

Novamente, a grande aliada dos hospitais para orientar a população e evitar que filas desnecessárias sejam formadas à espera de atendimento médico é a comunicação eficiente. No Brasil, os testes estão sendo feitos em pacientes com quadros agravados, justamente pela quantidade limitada dos kits para testes.

3. Rotina hospitalar sobrecarregada

Pouco a pouco, os hospitais em todo o país estão ficando sobrecarregados, o que significa um problema não apenas para garantir os cuidados aos pacientes infectados pelo vírus, mas para aqueles acometidos por outras enfermidades também.

Diante do problema, os gestores precisam criar um planejamento para deixar os atendimentos mais eficientes, mesmo com um maior número de pacientes visitando os hospitais todos os dias. Uma das primeiras medidas a serem tomadas é avaliar o fluxo dos pacientes, assim será mais fácil traçar estratégias de enfrentamento mais eficientes.

Nessa avaliação será possível observar onde o problema da superlotação está concentrado, que pode ser na triagem e tempo de espera, por exemplo. Claro que em situações de crise nem sempre é possível fazer investimentos. Mas, caso a realidade do hospital permita expandir o número de leitos, também é uma boa solução, de acordo com as necessidades identificadas na análise do fluxograma.

E não podemos nos esquecer de citar a importância de contar com um corpo clínico capacitado. Quando os profissionais são bem preparados e com experiência, o atendimento será mais ágil, eficiente e com a qualidade que todos os pacientes merecem.


4. Falta de leitos e equipamentos

Em muitos países, o coronavírus causou alguns dos problemas mais graves que um hospital pode enfrentar, que são a falta de leitos e equipamentos. Inclusive, a insistência das autoridades da área da saúde para que as pessoas fiquem em isolamento é, justamente, para evitar o colapso da rede de saúde, ou seja, para diminuir as chances da necessidade de se construir novos leitos em caráter emergencial.

Até porque o problema não é apenas o investimento em novos leitos, mas quase nenhuma economia estava preparada para esse tipo de investimento no momento. Nos casos agravados da doença causada pelo coronavírus, o paciente precisa ser internado em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), além de necessitar de equipamentos específicos, que é o caso dos respiradores.

5. Riscos de contaminação

Apesar de ainda existirem poucos estudos sobre o coronavírus, já se sabe que ele é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. Ou seja, imagine os riscos de uma pessoa já infectada ir a um hospital onde há pacientes com outras enfermidades que comprometem a imunidade, como o câncer, por exemplo.

Por isso, a fácil transmissibilidade é mais um desafio que os hospitais precisam lidar diariamente. Novamente, orientar profissionais e compartilhar informações confiáveis com a população sobre as formas de transmissão, período de incubação e transmissibilidade do corona é essencial.

6. Profissionais infectados

Infelizmente, outro dado negativo é o número de profissionais da área da saúde que foram infectados pelo coronavírus, inclusive com casos fatais. Isso acontece porque todos os dias eles estão expostos a uma alta carga viral, ou seja, uma grande quantidade de vírus faz parte da rotina dessas pessoas.

Como já não bastasse o aumento no número de pessoas nos hospitais, lidar com a falta de profissionais, impedidos de trabalhar por conta dos afastamentos, torna a situação nos hospitais ainda mais caótica.

Então, é preciso reforçar os treinamentos para que cada colaborador aprenda como se proteger usando os equipamentos de segurança necessários e seguindo as precauções recomendadas, além de garantir que eles tenham acesso aos produtos necessários, como máscaras apropriadas.

A situação é nova e a cada dia os gestores podem ter à disposição novas ferramentas e métodos para combaterem a pandemia da forma mais eficiente possível.


A metodologia Lean, inspirada nos processos de gestão da empresa Toyota, é um exemplo de como as empresas podem melhorar seus processos, ao mesmo tempo em que conseguem economizar, tudo isso seguindo alguns processos que mapeiam os objetivos da organização, criando um fluxo de trabalho e melhorias contínuas.

Existem inúmeras metodologias de gestão e cada uma tem suas particularidades e vantagens. Cabe a cada gestor identificar as necessidades de sua empresa e usar os métodos que mais serão eficientes para a sua realidade.

Copiado: https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/

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