Há poucos empreendedores no mundo que dão tanto valor à estratégia de longo-prazo como Jeff Bezos.
Começando pela famosa carta aos investidores (onde ele tentou convencer os investidores a pensar no longo prazo para o futuro da Amazon) até o lançamento do Kindle e suas versões que não cobriam nem o custo de produção do dispositivo, Bezos sempre olhou anos a sua frente, dane-se o balanço financeiro do final do ano.
E foi assim que ele construiu a maior loja virtual do mundo, à base de atendimento espetacular, produtos baratos e pequenas inovações poderosas.
Jeff Bezos tem um jeito diferente de conduzir a sua empresa, não apenas pelo demasiado foco no longo prazo, mas também na forma que obtém boas ideias.
A Amazon é uma empresa muito mais inovadora do que parece, ela inseriu uma porção de boas ideias como análises de clientes, patenteou a compra com 1-clique, sugestões de produtos similares, e-mails personalizados, etc.
Novas ideias estão sempre sendo testadas na companhia.
Para assegurar que elas continuem fluindo e se concretizando, Jeff Bezos instituiu o conceito que ele chamou de “Equipes 2 pizzas”.
Muito simples: se uma equipe que não pode ser alimentada por 2 pizzas, ela é grande demais para discutir ideias.
Para entender o porquê disso, vamos analisar o que acontece quando uma equipe muito grande se reúne para falar sobre ideias.
- Poucas ideias novas
- Excesso de opiniões sobre as ideias existentes
- Poucas críticas construtivas
- Muitos “não gostei” ou “não vai dar certo”
- Consenso extremamente difícil
- Nem todos contribuem o que podem (críticas e equipes grandes inibem certas pessoas)
Há uma frase que diz que o camelo é um cavalo projetado por um comitê, de tanto as pessoas (do comitê) darem opiniões, ele ficou feio daquele jeito.
Há vários artigos na internet falando sobre isso, porque é uma analogia realmente interessante, e acontece todos os dias em milhares de empresas e situações no mundo todo (e não apenas com os publicitários, ouviram?).
Uma versão mais curta se tornou mais popular e você pode começar a usar nos happy hours da vida.
Se seu projeto inicial teve muitas alterações, diga que foi “criado por um comitê”.
A Amazon não possui comitês.
As equipes de criação/inovação são enxutas o bastante para todo mundo contribuir democraticamente, sem freios, sem preconceitos, do tamanho de 2 pizzas.
Isso significa o quê, cinco, seis, sete pessoas?
O número não importa tanto quanto o conceito: tenha equipes pequenas!
Estudos sugerem que entre 5 e 9, é o número ideal de pessoas para equipes produtivas.
Menos do que isso, não há volume de conhecimento e experiência bom o bastante para criar e filtrar boas ideias; e com mais de 9 pessoas na equipe, bem, problemas acontecem.
Um desses problemas é o chamado “pensamento de grupo”, em que as pessoas tendem a se posicionar junto da ideia que está tendo a maior aceitação no grupo, e deixam de lutar pela sua.
Isso dificilmente acontece em grupos pequenos, onde cada um defende suas próprias ideias com unhas e dentes, e às vezes pizza.
Ao longo da história, a criatividade sempre trabalhou sozinha, artistas não pegavam uma segunda opinião, quiçá terceiras e quartas.
É algo relativamente novo essa história de “trabalho em equipe”, e embora funcione extraordinariamente bem em atividades físicas (veja os esportes) e lógicas; costuma ser uma má ideia no mundo criativo.
No entanto, trabalho em equipe é uma coisa — reuniões de brainstorming podem ser realmente produtivas se conduzidas da maneira correta –, comitê é outra.
Enquanto num há um tipo de compatibilidade que interliga os integrantes, mesmo nas divergências, o segundo é barulhento, populoso e independente.
Seria como comparar um restaurante a kilo da praça de alimentação de um shopping com uma cantina italiana de lugares reservados.
Qual você prefere?
Copiado: http://financiafidc.com.br/
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