Entre os indicativos econômicos relacionados ao mundo dos negócios, talvez o retorno sobre investimento (em inglês, return on investment ou ROI) esteja entre os mais importantes.
Ele é um termo bastante comum na análise de investimentos, sendo usado principalmente para identificar retornos financeiros, tanto potenciais como passados. A métrica do ROI mostra, por meio de uma taxa de retorno, quanto um investidor ganhou (ou perdeu) em relação ao valor aplicado em um determinado investimento, dando ao mesmo tempo uma análise sobre o que aconteceu e uma perspectiva sobre o futuro do mesmo.
O ROI é um parâmetro que serve para analisar o retorno sobre qualquer tipo de investimento – seja um projeto de pesquisa tecnológica, uma campanha de marketing, a compra de uma nova máquina ou a aquisição de um novo título de renda fixa para sua carteira de investimentos.
É para o ROI de uma atividade que os investidores costumam olhar ao avaliar a possibilidade de seguir adiante com o processo de investimento. Pois do ponto de vista do proprietário do capital, é essencial saber quanto ele ganhará em rendimentos para cobrir tudo aquilo que foi investido.
Analisando de forma mais direta, calcular o ROI é necessário porque com ele é possível:
- Avaliar como iniciativas e investimentos diversos contribuem para a obtenção de resultados;
- Planejar objetivos e metas com base em resultados atingíveis;
- Identificar o prazo de retorno dos investimentos, bem como a curva de resposta específica de cada um;
- Viabilizar um processo mais objetivo de tomada de decisões, fundamentado em números;
- Proporcionar um potencial aumento nos retornos e nos lucros.
Como calcular ROI?
O cálculo do ROI é simples. Inicialmente subtrai-se o ganho obtido com o investimento pelo próprio valor investido, e, em seguida, divide-se esse resultado por esse mesmo valor de investimento. Com isso, a fórmula fica da seguinte maneira:
- ROI = (Ganho obtido – Investimento) / Investimento
Logo, se uma aplicação rende um ganho de $200.000 e o investimento inicial foi de $40.000, temos que:
(200.000 – 40.000) / 40.000 = 4
Isso significa que o retorno sobre o investimento foi de quatro vezes o valor aplicado inicialmente. Como o ROI normalmente é expresso em forma de porcentagem, multiplica-se tal resultado por 100. Com isso, no exemplo acima, o ROI foi de 400%.
É importante ressaltar que o valor investido inicialmente deve incluir absolutamente todo o dinheiro empregado durante o processo, assim como todo o valor recebido. Se o objetivo é ter um resultado preciso, toda despesa, por menor que seja, deve ser incluída no cálculo, assim como toda receita.
Observações:
– Unidade de Medida do ROI – Como o retorno sobre investimento se trata de uma relação, ao se dividir um valor por outro valor o resultado não possuirá uma medida específica. Porém, quando se multiplica o valor por cem, passamos considerar essa medida em percentual.
– Como o denominado “ganho obtido” pode variar entre um número positivo e um número negativo, o intervalo esperado de um ROI será algo entre -100% até infinito.
– Um resultado positivo, como ROI = 24%, significa que os retornos superaram os custos e o investimento é considerado um lucrativo.
– Já um resultado negativo, como ROI = -12%, significa que os custos superam os retornos eo investimento é visto como uma perda líquida.
– Ou seja, quando diferentes investimentos são comparados e quando os riscos e outros fatores são iguais, o investimento com o maior ROI é visto como o melhor investimento.
Sendo assim, podemos comparar o retorno do investimento de um ativo como o papel de uma empresa com outros retornos, como por exemplo, um título sem risco, pois o ROI é um parâmetro relativo e não absoluto. Porém é importante lembrar que, para efeitos de comparação, os dois valores precisam na mesma base temporal e monetária: ao usar o ROI com o lucro operacional de um trimestre, por exemplo, deve se compara-lo com retorno obtido trimestralmente.
Os resultados fornecidos pelo ROI podem ser bastante úteis quando ambos os ganhos e os custos envolvidos são conhecidos com clareza e resultam de uma ação específica, e não de múltiplas causas. A fórmula de retorno sobre o investimento parece ser simples, mas o cálculo nem sempre é tão fácil quanto parece. O desafio em encontrar o ROI para qualquer investimento está em determinar quais os custos e quais ganhos devem entrar no cálculo.
Por isso, em ambientes de negócios mais complexos, nem sempre é fácil empregar a análise por meio do ROI, pois encontrar a relação entre retornos específicos (como aumento de lucros) com os diversos investimentos realizados (como valores investidos na compra de equipamentos para uma empresa, por exemplo) pode ser complicado. Isso pode fazer com que o ROI se torne menos recomendável em diversas situações e não sirva como um guia confiável para analisar cenários e apoiar futuras decisões.
Fórmula de Cálculo Alternativo
Uma forma de enriquecer e melhorar ainda mais a análise do ROI é usar expressões de cálculo mais expandidas e que englobem situações mais complexas, como o investimento em atividades produtivas e negócios. A principal delas é:
- ROI = Margem Operacional x Giro do Ativo
Ela representa a relação entre a lucratividade de um negócio e o giro de seus estoques. Utilizada pra calcular os retornos obtidos em operações de produção e venda.
Como a Margem operacional é igual ao Lucro Líquido sobre a Receita de Vendas e o Giro de Ativo é igual a Receita de Venda sobre o investimento líquido em estoques, podemos concluir que, nesse caso, o investidor pode aumentar seu ROI de duas jeitos: ou gerando vendo mais para cada quantidade de estoque comprado ou aumentando a taxa de lucro sobre o valor praticado nas vendas.
Prazo do Retorno de Investimento
O cálculo do Prazo de Retorno de Investimento (PRI ou payback) é um indicador análogo ao ROI e mensura a atratividade do negócio ao mostrar qual é período necessário para que o investidor atinja o breakeven e recupere todo o capital o que investiu.
O Prazo de Retorno do Investimento (PRI) é calculado de forma absoluta, por meio de uma unidade de tempo e consiste, basicamente, numa modalidade de análise inversa à da rentabilidade.
O seu cálculo é simples: para encontrar o período de retorno de determinado investimento basta somar os valores dos rendimentos acumulados, período após período, até que o valor total se iguale a quantia do investimento inicial.
A fórmula de cálculo para o PRI é dada por:
- PRI = Investimento Total / Lucro Líquido
Supondo que um investimento renda R$ 18.000 ao ano e que o valor do capital aplicado seja de R$ 45.000,00, temos que:
PRI = (45000 / 18000) = 2,5.
Ou seja, se um investimento tem um PRI de 2,5, significa que em dois anos e seis meses após a aplicação de capital o investidor terá recuperado, sob a forma de retornos, tudo o que investiu no ativo.
A característica principal desse tipo de análise é mostrar que quanto mais tempo o investidor precisar esperar para recuperar o investimento, menos atrativo ele fica e maior é possibilidade de prejuízo. É um método que fornece a medida de risco do investimento, pois o período de retorno será proporcional a liquidez do investimento e, consequentemente, ao seu risco. Logo, se o período de retorno for menor que o tempo máximo tolerável de recuperação do capital, o investimento é viável. Se o período de retorno for maior que o tempo máximo tolerável de recuperação de recuperação do capital, o investimento não é recomendável.
Vantagens e desvantagens do ROI
Vantagens
- É o melhor indicador de lucratividade
O ROI relaciona-se o lucro líquido dos investimentos de forma relativa, dando uma melhor medida de lucratividade por situação. Com isso, os investidores conseguem saber e comparar exatmente como está sua performance em cada uma de suas aplicações, os incentivando ao longo do tempo a serem melhore. O ROI é um instrumento importante para medir a eficiência em decisões e alocação de recursos.
Assim, pode se dizer o foco principal do ROI está em mostrar que em um determinado perído de tempo, haverá um nível ótimo de investimento em cada ativo que ajuda a maximizar o lucro para qualquer tipo de aplicação. Uma análise de custo-benefício desse tipo ajuda os investidores a descobrirem a taxa de retorno que pode ser esperada de diferentes opções de investimento. Isto permite escolher um investimento que irá melhorar o desempenho de suas carteiras, bem como permitir a utilização eficaz dos investimentos existentes.
- Torna a análise comparativa mais fácil
O ROI ajuda a fazer a comparação entre diferentes tipos de investimento, em termos de rentabilidade e utilização de ativos. Ele pode ser usado para servir como base para se classificar diferentes aplicações, desde que as mesmas sejam do mesmo tipo e possuam o tamanho semelhante. Logo o ROI possibilita que o custo relativo do capital de cada um seja comparado facilmente, permitindo a identificação das melhores oportunidades de investimento.
- Facilidade no cálculo
O ROI é totalmente baseado nos dados financeiros já largamente utilizados pela contabilidade. Ou seja, não é necessária a coleta de novos números ou métricas para gerar informações para o seu cálculo. Todos os números necessários para o se realizar o estudo de um ROI já estão facilmente disponíveis nas demonstrações financeiras convencionais. Ajustes em algumas informações existentes podem vir a ser necessários, mas isto não representa qualquer problema para se calcular o ROI.
Desvantagens
- Dificuldade de definir conceitos-chave
O ROI trabalha, respectivamente, com os conceitos de “lucro” e “investimento”. Porém, muitas vezes é difícil definir de forma correta o que são esses termos, bem como localiza-los de forma satisfatória. O lucro, por exemplo, pode ser diversas coisas: lucro bruto, lucro operacional, lucro antes de juros e impostos, o lucro financeiro, o lucro após a dedução de todos os custos. Da mesma forma, o investimento em longo prazo pode ter diferentes conotações, como valor bruto, valor líquido, custo histórico dos ativos, o custo atual de bens materiais, incluindo ou excluindo ativos intangíveis.
- Incompatibilidade em analisar de investimentos diferentes
Ao se analisar juntamente o ROI de ativos diferentes, é necessário que o investidor se esforce para usar dados compatíveis e similares entre si. Normalmente tipos de investimentos diferentes possuem métricas e cálculos de lucratividade próprios, o que dificulta que eles sejam colocados um ao lado do outro para serem comparados.
- Desfavorecimento de investimentos em longo prazo
O ROI fornece uma analise mais centrada na rentabilidade de curto prazo, ignorando investimentos de longo prazo e rentabilidade mais passiva. Isso acontece porque o ROI considera apenas as receitas e custos do período corrente e não inclui em seu cálculo como esses gastos e investimentos podem afetar a rentabilidade do ativo em longo prazo.
O ROI pode influenciar o investidor a selecionar apenas investimentos com altas taxas de retorno (ou seja, as taxas que estão na média ou acima do ROI usado como base). Isso pode fazer com que outros investimentos que possivelmente reduzam ROI da carteira, mas que por outro lado poderiam aumentar o valor no longo prazo, correm o risco de serem rejeitados. Esse tipo de decisão acaba por se revelar ineficiente com o tempo, e pode distorcer a alocação ótima de recursos, motivando o investidor a fazer um investimento apenas para preservar o seu ROI existente.
Essas decisões podem impactar a rentabilidade da carteira negativamente no futuro, e por isso, é aconselhável que o ROI seja usado apenas como apenas mais um parâmetro de avaliação para decidir a aceitação/rejeição do novo investimento, e não como o indicador principal.
Quando e onde o ROI deve ser usado
O ROI é indicado para:
Avaliar situações de investimento simples, que possuem apenas uma entrada (investimento) e uma saída (retorno), como a aplicação em um título de renda fixa.
Analisar cenários de negócio mais complexos, onde existem vários eventos entrada/saída de caixa durante toda a vida útil do investimento, como investir para montar uma empresa, por exemplo.
- Investimentos simples de dois eventos:
Para cenários de investimento direto, onde existe apenas um fluxo de saída (rendimento) e um de entrada (investimento), os dados para se calcular o ROI são simples: (1) O valor de entrada de caixa e (2) o valor de saída de caixa.
Como exemplo, considere a questão:
Qual é o ROI em aposta vencedora de um jogador em uma corrida de cavalos?
Neste caso, imediatamente antes da corrida, o apostador coloca uma aposta de $10 no cavalo 4 e, em seguida, o cavalo 4 termina a corrida em primeiro lugar. A recompensa para uma aposta vencedora depende, naturalmente, sobre as “odds” em vigor quando o período de apostas fechar, mas suponha que neste caso a aposta vencedora pague $24. Logo, para este investimento simples:
ROI = (24-10) / 10 = 140%
Há uma saída de caixa (a aposta de $10) e uma entrada de caixa ($ 24 de recompensa). Ambos os eventos são causados diretamente pela ação de investimento (a aposta), tornando assim a aplicação ROI válida. O cálculo do ROI aqui não está preocupado com a duração do período de tempo entre a saída e entrada, tão pouco com os riscos de investimento ou a conveniência de fazer tal investimento.
O modelo de ROI de dois eventos também pode ser aplicado a outras tipos de investimento de fluxo simples, tais como compra de títulos do mercado financeiro, bens, imóveis, obras de arte, entre outros.
- Investimentos complexos de múltiplos eventos
A métrica do ROI é também é frequentemente usada em negócios para avaliar questões sobre a viabilidade de ações vistas como investimentos. O fato desse tipo de investimento envolver ter várias entradas e saídas de caixa por um longo período de tempo que pode se estendem por muitos anos torna o seu cálculo mais abrangente. Nesse caso, os dados necessários para encontrar o ROI são a soma dos custos de investimento durante todo o período de investimento total, e a soma dos retornos de investimento desse mesmo período.
Para o caso de uma padaria, por exemplo, onde o investimento inicial mais os aportes de capital durante 5 anos somam $100.000, e a soma do seu faturamento durante esse mesmo período é de US $ 215.000, o ROI é calculado por:
ROI = (215-100) / 100 = 21,5%
Logo, o valor de 21,5% de deve ser descrito como o “ROI de 5 anos” para o investimento em uma padaria. É necessário designar o período de investimento neste caso, porque estavam também é possível calcular o ROI para outros períodos de investimento, como, por exemplo, o ROI de 3 anos.
Percebe-se que resultado ROI para todo o período de 5 anos não está preocupado com o momento das entradas e saídas dentro do período de investimento designado. Isso contrasta com outras métricas de avaliação de investimentos, como o VPL, TIR e o payback, que levam em conta o tempo de fluxo de caixa dentro do período de investimento durante vários anos.
O cálculo retorno sobre de investimento deste tipo podem abordar uma gama muito ampla de investimentos, tais como: investimentos em negócios, em desenvolvimento de tecnologias, em programas de marketing, em formação profissional, entre outros.
Quando não usar o ROI?
O método de análise de investimentos sobre métrica ROI não deve ser usado nos seguintes casos:
- Para comparar investimentos em situações e épocas diferentes
Um ROI de quatro anos para um investimento não deve ser comparado com um ROI de sete anos para um outro investimento. O cálculo do ROI demanda condições iguais para que exista uma comparação entre dois ativos, portanto não teria sentido colocar investimentos de natureza e período diferente na mesma avaliação. Nesse caso, a melhor escolha é optar por outros métodos de análise, como valor presente líquido, payback e taxa de retorno interna.
- Quando não há garantia de que retornos são causados diretamente pelo investimento, e não o resultado de múltiplas causas
Esta questão torna-se especialmente importante quando se utiliza ROI para avaliar situações de investimentos mais elaboradas, como em empresas, comércios e unidades produtivas. Por exemplo, qual seria o ROI para um programa de marketing? Pode ser relativamente fácil saber quais foram os custos de uma determinada ação de marketing. Mas como saber exatamente o quanto esse investimento impactou financeiramente no negócio? Pela complexidade das atividades de uma empresa muitas vezes fica difícil saber exatamente como se dão as entradas de dinheiro em seu caixa, já que uma venda pode ocorrer por centenas de motivos diferentes. Logo, se a situação não permite que os resultados sejam mensurados de forma exata, é melhor buscar outra alternativa para analisar determinado investimento.
ROI nos investimentos feitos no mercado financeiro
Em CDBs, fundos e ativos de renda fixa simplificados, pode ser avaliado considerando o valor resgatado e o valor aplicado pura e simplesmente.
Já uma debênture ou um título público que paga cupom de juros periodicamente, deve considerar tanto o valor resgatado ao final do prazo, como o valor aplicado e tudo o que foi recebido durante o período em que o investidor permaneceu investido.
Em fundos imobiliários, além das diferenças de cotação entre o valor de compra e o valor de venda, há também os dividendos periódicos e eventuais amortizações do fundo.
Nos investimentos em ações, por exemplo, para obter o ROI, um investidor deveria incluir o valor aplicado como “custo”, adicionando todos os custos operacionais (corretagens, emolumentos e outras taxas) e tudo o que for recebido, incluindo além da própria valorização do preço da ação, todos os eventos durante um período, tais como recebimento de dividendos, juros sobre capital próprio, bônus de subscrição e etc.
Conclusão
Ao contrário de outras métricas para análise de investimentos como a taxa interna de retorno, payback ou o valor presente líquido, o ROI traz uma “visão de Investimento” mais ampla sobre o ativo ou ação a ser estudada. Cada uma dessas métricas compara retornos esperados com os custos de uma forma absoluta. Já o ROI compara apresenta os rendimentos obtidos por meio de uma taxa, sobrepondo os ganhos líquidos do investimento divididos por seus custos, apresentando assim uma relação entre os dois.
Porém, deve-se lembrar que o ROI por si só não é uma base suficiente para definir se um investimento é bom ou não, pois o simples cálculo de seu valor não diz nada sobre a probabilidade dos retornos esperados realmente acontecerem como o previsto. Ou seja, o ROI não diz nada sobre a incerteza ou risco. Ele simplesmente mostra como retornos presentes vão se relacionar com os custos envolvidos, mediante uma situação já observada.
Por esse motivo, é prudente também estimar as probabilidades de diferentes resultados de ROI e considerar, no processo de tomada de decisão, tanto a magnitude da métrica e os riscos que vão com ele. Além disso, as decisões sobre negócios e investimentos importantes não devem ser feitas com base em apenas uma métrica financeira. Para responder à pergunta, “Qual é a melhor decisão de investimento?” o analista deverá examinar seus dados e resultados juntamente com vários outros indicadores financeiros, inclusive o risco, já que nada garante que um ROI anterior vá se repetir num período subsequente.
O importante é entender que para se chegar a uma métrica de ROI que seja eficiente, é fundamental que o investidor entenda o que isso significa e como afeta os seus objetivos. A taxa de retorno pode variar de forma significativa durante pequenos períodos, muito por causa de efeitos da sazonalidade. Por isso, é recomendável sempre acompanhar o índice com atenção, para não se correr o risco de ser surpreendido. Traçar metas realistas e monitorá-las de forma constante é mais do que essencial.
Copiado: https://andrebona.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário