Existe um consenso entre aqueles que atuam na indústria que um novo processo no desenvolvimento industrial está em pleno andamento. Ou, como alguns classificam, uma nova Revolução Industrial está em andamento, fomentada pelo avanço do conceito de Internet das Coisas (Internet of Things, ou IoT, na definição em inglês).
Para começar, não se pode falar de Logística 4.0 sem se falar do termo Industry 4.0, adotado inicialmente na Alemanha e que aborda a formação de “redes inteligentes” incorporadas às cadeias de suprimentos e ambientes de manufatura, ou seja, sistemas com capacidade de autodiagnostico, autoconfiguração e auto otimização.
Todo esse conceito pode ser entrelaçado com o desenvolvimento de aplicativos para a IoT, em um sinal de que a complexidade das redes que ligam fornecedores, manufatura e os clientes está avançando de forma considerável. Porém, acredita-se que tal conceito será ampliado para os limites da cadeia de suprimentos, instituindo assim uma Integração Total.
Em uma análise aplicada à logística, o conceito de logística 4.0 representa a interconexão de processos e a junção do movimento que acontece fisicamente ao seu registro digital, ultrapassando limitações de sistemas e em tempo real.
Até mesmo o uso de drones (veículos aéreos não tripulados ou remotamente pilotados) para a entrega é estudado pelas empresas – a Amazon já anunciou um serviço chamado Amazon Prime Air, em que pretende entregar os pedidos dos clientes (pacotes de até cinco quilos) via drones em até 30 minutos. Segundo a companhia, ainda existem alguns desafios para que isso aconteça, como a adequação do serviço aos padrões da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).
O principal objetivo da logística 4.0 é aliar diferentes sistemas, que falam diferentes linguagens, mas que ainda não se tornaram padrão no mercado. A adoção de tecnologia, e o desenvolvimento de profissionais com visão analítica, potencializam os resultados apurados com conceitos de Big Data e Cloud Computing, e quem dominar isso antes vai sair na frente na disputa de mercado e adoção de melhores práticas.
Isso pode ser visto de forma prática no sistema de navegação dentro do armazém, por exemplo. O equipamento – uma empilhadeira, por exemplo – pode se aproximar do seu alvo de forma semi-automática. No conceito de Intralogística 4.0 adotado pela Jungheinrich, é possível utilizar um software desenvolvido especificamente para unir essa tecnologia a qualquer tipo de Sistema de Gestão de Armazém (WMS, na sigla em inglês), permitindo que essa tecnologia seja usada pelo operador.
A utilização de armazéns e centros de distribuição mais inteligentes pode trazer benefícios a quaisquer segmentos. Entretanto, aquele que decidir pela adoção do sistema precisa ter algum nível de tecnologia da informação dentro do seu sistema de administração. Não existe espaço para processos digitais sem que exista, ao menos, um gerenciamento de armazém básico ou sistema de WiFi/LAN em funcionamento. Empresas como a Jungheinrich estão trabalhando com o uso da Interface Logística, e tem procurado padrões abertos onde seja possível adotá-los – como na implantação de uma interface de dados para a construção de um sistema básico de frota.
Copiado: http://www.tudosobrelogistica.com.br
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