Uma andorinha sozinha não faz verão. (Ditado popular)
Atualmente atribui-se grande importância às redes de relacionamentos (networks), posto que se possa medir a aptidão de inter-relacionamentos de uma pessoa pela abrangência, intensidade e quantidade de suas relações, refletindo a capacidade afetiva deste ser humano - sua sociabilidade.
1. Relacionamentos calcados em interesses:
Neste grupo encontram-se ligações construídas nos interesses desenvolvidos em função das dependências a que nos sujeita o cotidiano, os interesses convergentes. Este é o conceito que Karl Marx denominou de – fetiche de consumo – determinado pelas necessidades e interesses de uma comunidade econômica (fornecedores e clientes).
Relacionamo-nos com os atendentes da padaria, da quitanda, o cabeleireiro, o motorista do transporte coletivo, mecânicos, caixas do mercado, farmácia, enfim, pessoas que nos servem e a quem servimos, dos quais geralmente, nem conhecemos os nomes e outras qualificações.
2. Relacionamentos sociais:
Aceitações em função da boa convivência e decorrentes de convívio nas inúmeras comunidades que o indivíduo participa de forma espontânea.
Incluem-se aqui os relacionamentos da escola, trabalho, clube, comunidade (vizinhos), entidades filantrópicas, religiosas, culturais, etc., os quais se denominam genericamente de colegas, companheiros.
3. Parentescos:
Estas ligações são determinadas no nascimento pelos laços familiares.
Constitui-se uma particularidade por serem decorrentes e que se tem que aceitar pela vida toda, uma vez que mesmo rompidas, não adquirem a condição de “ex” (exceto para cônjuge).
4. Amizades:
Este grupo caracteriza-se pelas escolhas baseadas em identidades (afinidades), Construídas nas várias fases da vida da pessoa, os relacionamentos motivados por afetividade são perenes, pois “a amizade que acaba nunca principiou” (Siro).
O tamanho de uma rede pessoal depende exclusivamente da socialização e da competência na manutenção dos relacionamentos, pois alguns acabam sendo desfeitas pelo distanciamento físico, temporal ou ainda, motivadas por alterações na natureza social, intelectual, religiosa, políticas, financeiras e outras.
Igualmente importante é a rede de relacionamento de pessoas jurídicas, o que já afirmava F. Taylor há um século: “Devemos recordar sempre que o mais importante em qualquer negócio são as boas relações”. Esta rede é construída junto à comunidade, fornecedores, clientes, entidades de classe, sindicatos, políticos, imprensa, órgãos normativos e fiscalizadores, etc., com atitudes responsáveis nos meios sociais, educacionais, políticos e ambientais de seu entorno.
São de alta relevância os relacionamentos empresariais, tanto que já teci comentários sobre o tema no artigo – Relacionamentos... O que é isto? – publicado neste sítio anteriormente.
Atualmente, os meios de comunicação (Internet, telefonia móvel) têm facilitado sobremaneira os relacionamentos, permitindo a presença (virtual) mesmo que a grandes distâncias através de imagens, sons e textos, contrariando o velho ditado: ‘quem não é visto, não é lembrado’.
Copiado: http://wagnerherrera.blogspot.com.br/
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