"As abelhas" nos
dão um grande exemplo de DESAPEGO.
Após construírem a colmeia, elas abandonam-na.
E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento.
Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado. Batem asas para a
próxima morada sem olhar para trás.
Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir.
Simplesmente, o soltam sem preocupação se vai para outro.
Deixam o melhor que têm, seja pra quem for – o que é muito diferente de doar o
que não tem valor ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.
Se queremos ser livres, parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos,
devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar.
Assim, quando alguém ou
algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda.
O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém.
O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém.
O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o
ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar.
Se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?"
Há
muito tempo penso numa frase que diz pouco e muito ao mesmo tempo: Somente podemos
dar aquilo que transbordamos.
Não
conseguimos dar aos outros aquilo que realmente somos, mas sim, aquilo que
somos tanto, que temos de sobra.
No
campo profissional esta realidade não é diferente.
Pessoas
agressivas, mandonas, que buscam pisar em cima de outras, são arrogantes,
estúpidas e até violentas – posto que violência física é só um tipo de
violência: Elas estão demonstrando aquilo que tem de sobra.
Ao
mesmo tempo que isto existe, temos de outro lado pessoas passivas, que ficam
esperando tudo cair do céu: Não tem nada para oferecer a não ser silêncio.
Somos
o que somos diria alguém. Podemos ser o que quisermos, digo eu.
E
você, transborda o quê?
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