Quem
Eram os Mestres em Gestão Empresarial no Início do Século 20?
Que
Modelos Eram Seguidos?
Que Empresas Contribuíram Para a Gestão
Empresarial?
No início do século XX os grandes fabricantes de automóveis da Europa como a Renault, a Citroën e a Peugeot cultivavam o fordismo como “modelo de produção”.
As cadeias de produção fordista também foram empregadas na indústria aeronáutica, ferroviária, na construção elétrica e no setor alimentício.
No
início de 1920 a cidade de Paris recebeu o congresso da Organização
Científica do Trabalho e a Du Pont – fabricante de fertilizantes e
produtos de consumo – acabou destronando a Ford Motors do pódio das
empresas modernas.
Pela primeira vez as funções da sede
de uma empresa foram separadas das funções dos departamentos e, a
partir desse momento, a direção das organizações passou a fixar os
objetivos para os outros setores.
Além
disso, a direção das empresas também passou a coordenar as atividades
dos demais departamentos e a servir de árbitro entre eles. As filiais obtiveram maior responsabilidade operacional e passaram a gozar de grande autonomia.
- Porém, em 1923 os americanos reagiram ao predomínio europeu, quando Henri Ford lançou seu primeiro livro nos ensinando a reduzir o preço, estender as operações industriais e a melhorar o produto final.
- Por volta de 1930 Dale Carnegie – considerado o pai dos guias de autodesenvolvimento – também lançou seu livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, o qual vendeu 15 milhões de cópias à época.
Levada
pelo turbilhão da Du Pont, a General Motors – segundo fabricante
americano de automóveis – foi reestruturada com o mesmo esquema; ou
seja, 95% das decisões passaram a pertencer aos diretores das divisões.
O
presidente da GM – Alfred Sloan – observou o fosso existente entre uma
sociedade com gostos diversificados e um produto de massa e, dessa
forma, surpreendeu a Henry Ford segmentando o mercado e propondo um
modelo para cada consumidor, “de acordo com os seus meios e
necessidades” – dizia ele.
A
produção, a distribuição, os preços e a publicidade se adaptaram a esta
estratégia voltada para o cliente, que deixou fora de moda o “carro de
uniforme preto” fabricado pela Ford.
Dessa
forma, Sloan venceu jogando com a “procura”, enquanto Ford liderava uma
política de “oferta”. Constatava-se mais tarde que o automóvel seria o
berço das grandes inovações da Gestão Empresarial do século e, de certa
forma, a mãe de todas as indústrias — até chegar à informática, com a
sua nova visão do mundo.
Em meados dos anos 30, o processo de produção taylorista
começou a ser contestado, pois a cadeia de produção favorecia somente à
produtividade e, além de não ser flexível, ignorava o homem, abatendo
cada vez mais a moral dos operários.
Elton Mayo – psicólogo e professor em Harvard – conduziu uma série de experiências científicas que o levaram a esta conclusão: - “o simples fato de se interessarem por eles dá aos trabalhadores certa motivação”.
Elton Mayo – psicólogo e professor em Harvard – conduziu uma série de experiências científicas que o levaram a esta conclusão: - “o simples fato de se interessarem por eles dá aos trabalhadores certa motivação”.
À
“lógica do sentimento” passou a se opor à “lógica dos custos e da
eficácia” e a corrente das “relações humanas no trabalho” passou a ter a
sua fonte ilustrada também por outros estudiosos do “comportamento
humano no trabalho”.
As
teorias das relações humanas no trabalho – desenvolvidas por estudiosos
como Abraham Maslow, Chris Argyris e Douglas McGregor – passaram a
contestar o taylorismo, embora durante a II Guerra Mundial quando era imprescindível produzir rapidamente armas ou veículos o taylorismo ainda era o sistema triunfador, por exemplo, com os “liberty ships”.
Os “liberty ships”
eram navios cargueiros fabricados em cadeia a partir de 1942 (um navio a
cada 15 horas) e que iriam garantir a logística no desembarque aliado
na Normandia.
Graças a
eles, a operação do dia D não apenas derrubou Hitler, mas demonstrou
também aos europeus – até então considerados os “mestres” na Gestão
Empresarial – a superioridade da organização americana.
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