O Brasil conta hoje com milhões de trabalhadores que não conseguem um emprego devido à falta de qualificação profissional para ocupá-los, isto é, não detém os conhecimentos e habilidades necessários às vagas que estão abertas. Um problema maior ainda quando se constata que geralmente a empresa contratante não possui tempo para qualificá-lo nem mesmo disposição para tanto.
Todavia, para quem já está empregado e possui qualificação, a busca deve ser pela competência. E o que é ser competente? É efetivamente entregar à empresa todo o seu potencial que acaba sendo decisivo para o alcance de resultados excepcionais no próprio trabalho. É exceder, fazer aquilo que poucos poderiam realizar.
E posso afirmar com segurança que a mola propulsora da competência está diretamente relacionada aos comportamentos e atitudes do profissional em seu cotidiano de trabalho. É por isto que existe muita gente com uma sólida formação, mas carreiras medíocres. Geralmente estas pessoas têm vícios comportamentais que prejudicam seu desenvolvimento e o pior é que nem conseguem perceber isto, como é o caso de quem deseja atuar como gestor e desconhece o que é ser proativo ou ter senso de urgência.
Ao conduzir um processo de seleção, o recrutador consegue detectar de maneira fácil os conhecimentos e habilidades do profissional avaliado (portanto, sua qualificação) que estão expressos no currículo e também foi objeto da entrevista, mas só depois de empregar esta pessoa e vê-la trabalhando é que poderá saber se as suas atitudes e comportamentos revelam alguém competente ou não. Aliás, isto explica o porquê do contrato de experiência.
Pensando nisto, uma saída encontrada pelas empresas que precisam contratar tem sido estimular seus colaboradores a fazerem indicações de pessoas que conhecem e poderiam trabalhar por lá. É que ao indicar alguém o profissional referenda e assina embaixo que aquele trabalhador não possui desvios de conduta, por exemplo – ou pelo menos não deveria tê-los. Sendo assim, tenha o cuidado de indicar pessoas que são competentes e não apenas os amigos próximos que se encontram desempregados.
Também vale destacar que há situações nas quais as companhias contratam pessoas com grande capacidade comportamental, mas pouco qualificadas para o cargo que passarão a ocupar. É que nestes casos a empresa sabe que o custo de treiná-lo é muito menor do que o de encontrar alguém tão criativo, perspicaz, com espírito de liderança, foco em resultados e tudo mais que já possui em seu menu e não precisará ser desenvolvido.
Concordo que para muitos cargos operacionais basta a qualificação e os profissionais se mantém empregáveis exatamente porque detém aquilo que elas, as empresas, necessitam. Todavia, em ocupações de nível tático e estratégico este raciocínio não é válido.
Os conhecimentos e habilidades ajudam alguém a ser contratado, enquanto que os comportamentos e atitudes o tornam um alpinista organizacional. Comece a notar a partir de hoje: geralmente as pessoas são demitidas ou promovidas por seus comportamentos.
Mapeamento de Competências
É fazer, por meio das pessoas, com que a empresa cumpra na plenitude sua Estratégia, justificando sua missão e alcançando a visão determinada.
Pilares da Competência
Etapas do trabalho:
- Sensibilização e conscientização
- Definição das competências organizacionais
- Definição das competências funcionais (técnicas e comportamentais)
- Identificação das competências dos colaboradores (gap’s)
- Plano de Desenvolvimento
- Acompanhamento
Benefícios para a Organização
- Alinhamento das competências individuais com as estratégias da organização
- Visão de futuro traduzida em ações das pessoas
- Aproveitamento e reconhecimento dos talentos internos
- Colaborador preparado para assumir funções futuras
Benefícios para o Colaborador
- Transparência nos critérios de provimento, seleção, sucessão e gestão do desempenho
- Planejamento de seu desenvolvimento, apoiado pelo gestor
- Desenvolvimento de competências que agreguem valor profissional e reconhecimento
- Maior apoio da organização para o autodesenvolvimento
- Melhor preparo para desenvolver suas funções atuais ou futuras.
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