segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Coolhunting: a ciência do “descolado” em favor da inovação


O mundo avança cada vez mais rápido e hoje em dia não apenas pessoas, mas também empresas e corporações têm de estar “antenadas”. O marketing inova e avança para acompanhar a velocidade cada vez maior das tendências e para muitas vezes antecipá-las.
E quando a ordem é antecipar, o coolhunting surge como mais uma ferramenta de apoio à inovação. Sua metodologia difere de tradicionais pesquisas de mercado, como afirma Daniela Klaiman, professora da ESPM.
“Estudamos pessoas e o movimentos globais. A tendência sempre surge com um grupo de “innovators” (pessoas muito criativas e com um repertório muito vasto que são movidas pelo desejo de serem diferentes)”, explica.
Daniela ainda comenta que além de percepções de formadores de opinião, são estudados fatores políticos, econômicos, movimentos sociais e semiótica. Toda essa informação unida gera análises onde é possível perceber para onde o comportamento do consumidor está caminhando.
Embora o termo tenha sido cunhado por profissionais da área de marketing, mostra-se cada vez mais presente como objeto de partida para desenvolvimento de produtos, serviços e estratégias inovadoras. Mais do que modismos, o coolhunting de hoje avalia tendências de consumo e comportamento, fatores decisivos para qualquer experiência inovadora.
Como ferramenta, o método tem como objetivo “facilitar o trabalho das marcas e empresas a trilhar um caminho mais certeiro e estar sempre inovando, sempre com o objetivo maior de manter uma marca “cool” pelo maior tempo possível. ‘Cool’ é o que vende”, afirma Daniela.
Mídias sociais: mais uma ferramenta
A delimitação de tendências fornece a empresas inovadoras ferramentas para a criação de novos produtos e serviços, que atendam de modo mais imediato e certeiro tendências de consumo e utilização. Nesse aspecto, as mídias sociais surgem como mais uma ferramenta no processo.
“O coolhunting é uma ferramenta anterior às redes sociais. Rede social é mais uma forma de mídia”, argumenta a professora. Segundo ela, o coolhunting deve ser aplicado no momento do planejamento anual de uma empresa e seu resultado é fazer com que essa empresa esteja adiantada em no mínimo um ano em relação aos movimentos do mercado e possa programar seus passos para sempre estar à frente da concorrência.
O site TrendHunter lança mão das comunidades online para fornecer às empresas e empreendedores ideias e linhas de tendência que levam à inovação. Apesar de simples, o conceito se vale das opiniões da massa, filtrando ideias para chegar a tendências mais claras e objetivas. O site filtra mais de 120 mil ideias e opiniões em grupos de tendências, posteriormente estabelecendo notas e pontuações para cada um desses grupos.
Macrotendências
Daniela Klaiman ainda explica que muitas das “macrotendências” apontadas pelo coolhunting têm alcance mundial e cita exemplos de algumas delas, identificadas há cerca de três anos, e atualmente ingressando em solo brasileiro:
  • Novo luxo – o consumidor não deseja mais possuir e sim experimentar. Melhor do que ter uma Ferrari é ganhar um cupom para pilotar uma Ferrari por um dia. Daniela cita como exemplos de tendência no mercado pacotes vendidos pelo SmartBox, bem como cursos de barista e sommelier para leigos.
  • Ecostyle – evolução da macrotendência “green”, representa a fuga da vida agitada da cidade grande, relações mais próximas com a comunidade e retorno do “homemade”. Na internet, há exemplos de sites que intermedeiam trocas e empréstimos entre vizinhos, como o www.neighborgoods.net .
Copiado do Site: http://www.hsm.com.br/blog/

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