segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DEPRESSÃO

É uma doença física como outra qualquer, só que desorganiza as reações emocionais.

A depressão é muito complexa e difícil de ser diagnosticada, pois um dos seus principais sintomas pode ser confundido com tristeza, apatia, preguiça, irresponsabilidade e em casos crônicos como fraqueza ou falha de caráter. 

É muito comum ouvir as pessoas dizer que estão “deprês” ou deprimidas, quando apenas estão chateadas, estressadas ou porque se desentenderam com alguém. 

Independente do estado de espírito, até o ser mais iluminado perderia a paciência ou se chatearia numa briga de trânsito, invertida profissional, falta de grana, doença na família, perda de um ente querido, desemprego, crise conjugal e etc... Isto é comum na vida das pessoas, oscilamos o nosso humor diariamente. Só que depois de um curto período de tempo voltamos ao normal, sem grandes dramas, correndo atrás do prejuízo. 

Já a pessoa deprimida ou com predisposição, às vezes com uma chateação corriqueira, pode ser nocauteada e cair num abismo sem fim ou então, ser mais resistente, mas numa crise brava também vai pro abismo. Por que é assim mesmo que se sente um deprimido. Uma pessoa sem perspectiva de vida, sem amor próprio, pessimista, desanimada que não vê graça em nada a não ser no seu isolamento e luto em vida. 

Na realidade este desânimo perante a vida não é falta de atitude e sim um mau funcionamento cerebral. Porque embora muitas pessoas acham que depressão é frescura, ela é uma doença, um desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores (mensageiros químicos do impulso nervoso) responsáveis pelo controle do estado de humor.

A dopamina e serotonina são neurotransmissores que estão muito associados ao estado afetivo das pessoas. A serotonina está ligada a sentimentos de bem estar ou mal estar. Ela regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo cardíaco, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. A dopamina está associada à sensação de euforia, entusiasmo e prazer. Esta regula o controle do movimento, da percepção e da motivação. 

Na depressão a dopamina, serotonia e outras substâncias químicas como a noradrenalina, ácido gama-aminobutírico e aceticolina ficam alterados, desorganizando o estado de humor, as emoções, capacidade mental e o bem estar geral do organismo. 


SINTOMAS: 

Após um período de tristeza, a pessoa esmorece e fica “isolada do mundo”. Não sente vontade de reagir, não acha graça em nada, se sente angustiada, sem energia, chora à toa, tem dificuldade para começar uma tarefa, dificuldade em terminar o que começou, persistência de pensamentos negativos e um mal-estar generalizado: indisposição, dores pelo corpo, insônia ou sonolência, alterações no apetite, falta de memória, concentração, vulnerabilidade, fraqueza, taquicardia, dores de cabeça, suores ou outros sintomas físicos que joga a pessoa pra baixo. 

CAUSAS: 

A classe médica acredita que a depressão é um fator genético, pois aparecem em algumas famílias e em gêmeos também. Por isso é importante investigar se há casos de depressão na família do doente, pois as chances genéticas são grandes. 

A depressão também pode ocorrer depois de uma situação estressante ou de perda. É comum sentir-se triste, desesperado numa crise financeira, separação ou morte de um ente querido. Também é normal se sentir fragilizado após uma situação estressante como um assalto, estupro ou seqüestro. Esta tristeza e medo tende a passar depois de um período de duas semanas a seis meses, depois disto a vida vai entrando nos eixos. Só que às vezes a pessoa não consegue reagir e esta tristeza se transforma em depressão, principalmente nas pessoas com predisposição à doença. 

Existem também algumas doenças físicas que podem causar depressão: esclerose múltipla, derrame, hepatite, hipotireoidismo, apnéia do sono, hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes. Além das doenças terminais como câncer e Aids.
Alguns medicamentos e drogas também levam á depressão como: cortisona, anfetaminas, pílulas anticoncepcionais, quimioterapia, álcool, crack, ecstasy, maconha entre outros.


TRATAMENTO: 

Como qualquer outra doença física, o tratamento da depressão será feito após uma avaliação física e psíquica por um médico psiquiatra. O tratamento inclui o aconselhamento psiquiátrico e os remédios antidepressivos, que regulam a química cerebral.

Ás vezes a medicação precisa de ajustes, ou tem um efeito colateral incômodo. Por isso é importante a visita periódica para a avaliação médica e o ajuste ou troca do medicamento. Os antidepressivos demoram de duas a quatro semanas para atuar efetivamente na doença. Uma vez restaurada a química cerebral a depressão tende a melhorar e fica mais fácil erguer a cabeça e tomar uma atitude perante a vida. 

Mas é importante ressaltar que apesar da melhora o tratamento ainda vai continuar por um prazo indeterminado, sob a avaliação do psiquiatra.

Além da medicação é importante a psicoterapia, a força de vontade do paciente de correr atrás dos seus sonhos (objetivo), o auxílio da família, dos amigos e de um grupo de ajuda. Quanto mais amparado o paciente estiver, melhor será o processo de cura.


TIPOS DE DEPRESSÃO:


Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente
Os sintomas depressivos (tristeza, choro fácil e/ou frequente, apatia, sentimento de falta de sentimento, sentimento de tédio, irritabilidade aumentada, desespero, desesperança, culpabilidade, transtorno de sono e apetite) devem estar presentes em pelo menos duas semanas, e não mais do que dois anos, sem interrupção. Os episódios, geralmente, têm duração média de seis meses e variam no minimo de três e máximo de 12 meses.
Pode ser classificado de acordo com a intensidade [leve, moderado, grave] e com a importância clínica dos sintomas. Quando o paciente apresenta vários episódios depressivos, com ausência de episódios maníacos, disgnostica-se, portanto, transtorno depressivo recorrente. 

Distimia
Considerada uma depressão crônica, de intensidade leve na maioria das vezes mas, com longos períodos de duração [vários anos], sem interrupção e por, no mínimo, dois anos. Os sintomas mais comuns são diminuição da auto-estima, dificuldade em tomar decisões ou de concentração, mau humor crônico, irritabilidade. 

Depressão Atípica
Além dos sintomas depressivos comuns, são somados aumento de apetite (doces), hipersonia (aumento em média de duas horas a mais do que o normal), sensação de corpo pesado, humor alterado (vai de um extremo ao outro com muita facilidade). 

Depressão Tipo Melancólica
É um tipo de depressão que está mais associada a fatores neurológicos, cujos principais sintomas envolve uma tristeza sentida no corpo, falta de interesse, lentidão psicomotora, ideação de culpa e a intensidade da depressão diminui conforme o passar do dia. 

Depressão Psicótica
É um tipo de depressão grave em que um ou mais sintomas psicóticos estão associados como delírios de culpa e alucinações com conteúdos depressivos. 

Depressão Pós-Parto
A Depressão Pós-Parto, geralmente, tem início 4 semanas após o parto, com sintomas gerais de depressão, sem grandes variações, podendo incluir variações intensas de humor e de preocupações com o bebê que pode ser exagerada ou até mesmo delirante. 
Esse tipo de depressão pode estar associada à características psicóticas, cujo maior fator associado é o infanticído, no qual a mãe tem alucinações e recebe comandos para matar o bebê ou delírios de que este tenha algo de ruim que justifique sua morte.
Geralmente, mulheres com depressão pós-parto desenvolvem ansiedade grave e ataques de pânico. Suas atitudes em relação ao bebê podem variar desde excesso de cuidado, a ponto de não deixar o bebê um segundo sequer, ao desinteresse completo, deixando de amamentar e/ou cuidar da higiene da criança.
É importante ressaltar que a deprssão pós-parto não está associada àquela tristeza inicial, em que a mãe se deprime nos primeiros 10 dias após o parto, pois é uma tristeza passageira e não afeta os comportamentos da mãe em relação ao cuidado do bebê, nem sua noção de realidade.
O pós-parto é um período extremamente importante, tanto na vida da mãe, quanto do bebê, em que alterações biológicas [tanto na estrutura do corpo da mulher, como nos hormônios e neutrotransmissões associados], psicológicas e sociais são delicadas e devem ser acompanhadas e apoiadas por familiares, amigos, pelos médicos responsáveis pela saúde da mãe e do bebê. 

Esturpor Depressivo
Nesse tipo grave de depressão, o paciente pode permanecer dias acamado, sem querer se movimentar, não quer falar com pessoas ou fazer qualquer atividade cotidiana, não tem vontade de se alimentar, e em casos mais complexos não consegue nem controlar a evacuação de urina ou fezes, o que pode gerar agravos clínicos e evoluir à óbito. 

Depressão Agitada ou Ansiosa

Possui grande agitação psicomotora com queixas de angústia intensa que se soma aos sintomas depressivos, aumentando a possibilidade de suicídio. 

Depressão Secundária
É um tipo de depressão que está associada a outro quadro clínico como fator agravante, como hipo/hipertireoidismo, doença de Parkinson, acidentes vasculares cerebrais (AVC). 


Fonte: http://www.espacovidaclinica.com.br/tratamentos/depressao-tristeza-apatia-stress-como-tratar-entenda.asp

Um comentário:

  1. Medo...


    Vontade de dar um grito,
    ou calar-se para sempre
    De ficar parado, ou correr
    De não ter existido
    ou deixar de existir (morrer)
    Não há razão quando a mente não funciona
    (redundante, não?)
    Vão extinguindo-se as questões
    mesmo sem respostas
    Perde-se, neste estágio,
    a vontade de saber.
    O futuro é como o presente:
    É coisa nenhuma, é lugar nenhum.
    Morreu a curiosidade
    Morreu o sabor
    Morreu o paladar
    parece que a vida está vencida
    Tenho medo de não ter mais medo.
    Queria encontrar minhas convicções...
    Deus está em um lugar firme, inabalável,
    não pode ser tocado pela nossa falta de confiança
    Até porque, na verdade, confio nele
    O problema é que já não confio em mim mesmo
    Não existe equilíbrio para mentes sem governo
    A química disfarça, retarda a degradação
    mas não cura a mente completamente
    E não existem, em Deus, obrigações:
    já nos deu a vida, o que não é pouco,
    a chuva, o ar, os dias e noites
    Curar está nele, mas, apenas retardaria a morte
    já que seremos vencidos pelo tempo
    (este é o destino dos homens)
    e seremos ceifados num dia que não sabemos
    num instante que mira nossa vida
    e corre rápido ao nosso encontro lentamente
    (ou rasteja lento ao nosso encontro rapidamente?)
    Sei lá...
    Mas não sei se quero estar aqui
    para assistir o meu fim
    Queria estar enclausurado, escondido...
    As amizades que restam vão se extinguindo
    e os que insistem na proximidade
    são os mesmos que insistirão na distância,
    o máximo de distância possível.
    A vida continua o seu ciclo
    É necessário bom senso
    não caia uma árvore velha, podre, sobre as que ainda estão nascendo.
    Os que querem morrer deixem em paz os que vão vivendo
    Os que querem viver deixem em paz os que vão morrendo
    Eu disse bom senso?
    Ora, em estado de pânico não se encontra bom senso
    nem princípios, nem razão, nem discernimento,
    nem força alguma
    Torna-se um alvo fácil
    condenável pelos que estão em são juízo
    E questionam: onde está sua fé?
    e respondo: ela estava aqui agora mesmo...
    ela não se extingui, mas parece que as vezes se esconde de mim...
    o problema é que, quando a mente está sem governo
    (falo de um homem enfermo)
    é como um caminhão que perde o freio
    descendo a serra do mar...
    perde-se o contato com a fé e com tudo o que há...
    e por alguns instantes (angustiantes)
    não encontramos apoio, nem arrimo, nem chão, nem parede, nem mão...
    ah... quem dera, quem dera...
    que a mão de Deus me sustente neste instante...
    em que viver é tão ou mais difícil que conjulgar todos os verbos...
    porque sou, neste momento
    a pessoa menos confiável para cuidar de mim mesmo...
    tenho medo, medo...
    medo de perder o medo
    de sair da vida pela porta de saída...
    medo de perder o medo
    de apertar o botão "Desliga"...

    http://progcomdoisneuronios.blogspot.com/

    .

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