Nas últimas décadas, as empresas passaram por grandes transformações econômicas e tecnológicas. Na Revolução Industrial, iniciada no século XVII na Inglaterra, por exemplo, iniciou-se um processo de mudanças com a entrada de máquinas que aceleraram a produção, mudando o cenário econômico e social.
Por um longo tempo, a única coisa que interessava era a produção e o lucro. Não havia muito investimento no ser humano e os trabalhadores enfrentavam longas jornadas em troca de baixos salários. Com a entrada da tecnologia, veio o que muitos chamam de Revolução Tecnológica. A produção aumentou ainda mais, exigindo mão-de-obra qualificada.
Hoje, as empresas possuem produtos e serviços de alto padrão. A maioria tem tecnologia avançada, preço atraente e muita qualidade. Contudo, todas essas vantagens não existem sem o ser humano. Para conseguir, de fato, se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso algo mais: as pessoas.
Não dá para falar em crescimento sem deixar de lado o ser humano. O gestor que deseja aumentar o lucro do seu negócio precisa entender que são as pessoas de sua equipe que o ajudarão a alcançar as metas desejadas. As máquinas com alta tecnologia continuam importantes e necessárias no processo, mas a empresa que investe apenas nisso corre o risco de ter prejuízos.
A prosperidade de um negócio está ligada diretamente ao capital humano. São as pessoas que idealizam e realizam as atividades que impulsionarão o crescimento da companhia. Por isso, o ser humano é fundamental no processo e indispensável, mesmo com as mais altas tecnologias à disposição no mercado.
Pensando nessa realidade, muitas empresas investem em programas de treinamento e aperfeiçoamento de seus funcionários. Mais do que um simples custo, a medida é considerada um grande investimento. Muitas organizações, contudo, ainda são resistentes a treinarem seus funcionários por medo de perdê-los após estarem mais preparados antes que dêem o retorno desejado. Por outro lado, os gestores que apostaram na capacitação dos seus colaboradores conseguiram formar equipes mais motivadas.
As mudanças são perceptíveis. Há um aumento, por exemplo, na qualidade dos serviços, pois os colaboradores ficam mais seguros e satisfeitos por saberem que são valorizados. Além dos treinamentos, o gestor precisa aprender a gerenciar habilidades e competências. É preciso conhecer a personalidade dos colaboradores para, então, colocá-lo para realizar tarefas com as quais tem aptidão e afinidade.
É preciso, portanto, um esforço no sentido de tentar identificar os pontos fortes de cada funcionário e motivá-lo a desenvolver suas habilidades. Há gestores que tentam montar uma equipe dos sonhos e vão buscar pessoas fora da empresa quando, na maioria das vezes, os talentos estão ao lado, bastando apenas de incentivo e aprimoramento. Afinal, o ser humano, hoje, faz toda a diferença no mundo dos negócios.
Sebastião Luiz de Mello - Adiministrador - Presidente do CFA-Conselho Federal de Administração
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