sexta-feira, 29 de abril de 2022

Como Superar uma Paixonite pelo Seu Colega de Trabalho


 Não é nada fácil superar uma paixonite aguda, principalmente se você for obrigado a ver a pessoa todo santo dia, pois ela é sua colega de trabalho! Esse tipo de sentimento pode gerar muito estresse e complicar as coisas na empresa. Porém, você pode superar o seu crush ao entender os riscos de se aproximar dele, ao encontrar apoio e ao assumir o que sente.

Levando os riscos em conta

Verifique a política da empresa.  Algumas empresas não incentivam ou até proíbem relacionamentos pessoais entre colegas de trabalho. Se você não quiser arriscar a sua vaga, não se esqueça das prioridades. Muito provavelmente, não vale a pena correr esse risco por alguém.

·         Leia as regras da empresa (que podem estar disponíveis no setor de recursos humanos, se houver) relativas a relacionamentos interpessoais. Ver a proibição e as consequências expressas com todas as letras pode ser o suficiente para colocar um fim aos seus sentimentos.

·          Às vezes, há implicações legais de ter um romance no ambiente de trabalho ou de flertar com alguém (você pode ser acusado de assédio sexual).

 

Pense nos riscos da fofoca.  

Outras pessoas podem descobrir que você está de olho no fulano e começarem a espalhar fofocas, até mesmo se você não tomar nenhuma iniciativa, apenas comentar sobre o assunto. A fofoca pode deixá-lo com fama de não ser profissional, além de atrapalhar a sua produtividade e minar a sua confiança. Tem receio desses riscos? Então é melhor nem mencionar o seu crush com nenhum colega de trabalho, seja dentro ou fora da empresa.


 

Considere todos os riscos de tomar uma iniciativa e se declarar para a pessoa. 

Caso você decida tomar uma atitude, pode haver várias implicações sociais, independentemente da reação do paquera. Só de reconhecer tais riscos, talvez você já queira abrir mão desse sentimento. Alguns problemas que podem ocorrer são:

·         Ser rejeitado pela pessoa.

·         Ficar sem graça com a pessoa se ela não o corresponder ou se corresponder no início, mas a relação não vingar.

·         Pressionar a pessoa mesmo sem intenção só pelo fato de estar em uma posição superior.

·         Perder a credibilidade entre os colegas, que podem achar a sua atitude pouco profissional ou pensar que você favorece a pessoa.

 

Pense nas implicações de uma relação malfadada.  

Mesmo que você queira investir no seu colega, pense em todos os cenários possíveis, sejam eles positivos e negativos. É possível que vocês acabem em um relacionamento duradouro, mas também podem ocorrer outras coisas:

·         O namoro pode dar certo no começo, mas depois ir se desgastando.

·         Se o relacionamento não vingar ou se vocês terminarem, será preciso lidar com o fato de ver o seu ex trabalhando, sendo promovido etc. Tudo isso pode ser muito estressante.

·         Se vocês não derem certo e a pessoa se sentir pressionada a pedir demissão, a situação pode gerar muitos outros problemas.

 Buscando apoio para tirar a pessoa da cabeça      

Abra o coração com um amigo.

 Desabafar com alguém sobre o seu dilema pode aliviar um pouco o peso de gostar de alguém sem poder agir. Além de ter o apoio de um ombro amigo, você também pode ouvir bons conselhos.

·         Prefira conversar com um amigo de outro local se não se sentir à vontade para falar com alguém do trabalho ou se tiver medo de fofoca. 

Interaja mais com pessoas de outros ambientes.

 É fácil acabar se afeiçoando a alguém do trabalho se você não frequentar muitos círculos sociais, onde teria a chance de conhecer outras pessoas interessantes. Está trabalhando demais ou evitando interações fora do ambiente corporativo? Estipule a meta de abrir um espaço na agenda para sair com amigos de outros ambientes ou fazer atividades legais. Procure oportunidades de conhecer pessoas fora do trabalho, esquecendo do seu crush.


 

Concentre-se em distrações positivas. 

Em geral, somos nós que deixamos o crush tomar conta da nossa mente. Porém, se você focar a cabeça em outras coisas, é mais fácil superá-lo e seguir em frente.

·         No trabalho, concentre-se nas obrigações e nas interações profissionais com os colegas. Mesmo algumas tarefas simples, como decorar a sua mesa, cuidar de uma plantinha ou ouvir uma playlist bacana (se for permitido) podem distrair a sua cabeça durante o expediente.

·         Fora do trabalho, é possível canalizar a energia para as atividades que sempre quis fazer, mas nunca conseguiu, como ir mais à academia, dedicar mais tempo a um hobby ou até mesmo limpar a casa (se você estava adiando a faxina).

 Lidando com as emoções de ter um crush no trabalho


 

Diferencie a fantasia da realidade. 

É claro que você está atraído pela pessoa, mas não se deixe levar por sonhos de uma vida juntos. Separe a imaginação da atração para não supervalorizar o sentimento.

·         A fantasia mira no passado e no futuro. A realidade tem o presente como base.

·         Concentre-se na vida que você tem nesse momento e não na que gostaria de ter. 

Saiba que não é preciso deixar os seus sentimentos guiarem as suas ações  

É possível gostar de uma pessoa, até mesmo de um colega de trabalho, sem fazer nada a respeito. Tem certeza de que é capaz de manter o seu trabalho e a sua vida amorosa separados? Então, é possível conviver com o fato de estar apaixonado por um colega ao admitir a realidade dos seus sentimentos e, ao mesmo tempo, comprometer-se a não tomar nenhuma atitude.

·         Às vezes, um crush no ambiente de trabalho pode até ter as suas vantagens. Por exemplo, você pode ter vontade de se vestir melhor, empenhar-se mais ou participar mais na empresa.


Cuidado com as suas projeções. 

 Muitas vezes, fantasiamos e projetamos qualidades em uma pessoa que nos interessa. Talvez você sinta a urgência de se declarar e investir nela, mas será que todo esse encanto não vem de saber que a pessoa não está disponível ou é “proibida”? Talvez você consiga seguir em frente só ao pensar que é feliz com a sua vida no momento e que ter essa pessoa não seria exatamente a concretização de um sonho.


Imponha limites. 

Se você está firme na decisão de não ter um romance no escritório (para não prejudicar o seu trabalho ou por qualquer outra razão), estipule algumas regras para se controlar melhor. Um exemplo é interagir com o seu crush apenas quando houver outras pessoas por perto, pois assim você não corre o risco de ultrapassar nenhum limite. Em geral, é mais fácil se livrar do estresse e dos sentimentos incontroláveis ao impor limites claros.


 

Dê um tempo para si mesmo. 

Não espere conseguir esquecer alguém do nada. Todo mundo precisa de tempo para processar as emoções e decidir como seguir em frente. Não desanime se você demorar um pouco para superar a paixão.

Dicas

 Uma mudança mais abrupta pode funcionar caso você realmente não consiga superar a pessoa. Se for possível, você pode pedir para mudar de setor ou até pedir uma transferência para outra filial para se afastar.

Copiado: https://pt.wikihow.com

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Conhece a Regra das 10000 horas? Entenda o Segredo do Sucesso


 
“Ninguém é bem sucedido em atividades de alto nível sem um talento nato, ou seja, conquista é talento mais preparo”. Essa frase é do próprio criador da tese das 10.000 horas. 

A grosso modo, ele afirma que a prática leva à perfeição. Aqui, não vamos negar a existência de talentos naturais como Mozart que, aos 6 anos, apresentou-se com os olhos vendados ao rei da Bavária. Mas será que o segredo do sucesso é apenas talento? Será que as pessoas já nascem boas em algo? 

Na verdade, não! Estima-se que o próprio Mozart teve quase 4 mil horas de treino árduo antes dos 6 anos de idade, de fato, um gênio dedicado.

Porém, engana-se quem pensa que qualquer tipo de prática nos levará a “perfeição” e qualquer um pode atingi-la. Segundo o psiquiatra e professor da Universidade da Califórnia, George Bartzokis, o que faz alguém ser bom é treino duro e no limite do executável. 

Esse tipo de rotina é tão complicada que aumenta a precisão dos nossos impulsos elétricos. Deste modo, os sinais entre as sinapses tornam-se mais eficientes. Em outras palavras, a chave do sucesso está, para variar, no nosso cérebro. Ok, mas chega de biologia, vamos exemplificar.

Uma boa demonstração de que dedicação é necessária para o sucesso, são os Beatles. No início da década de 60, eles eram apenas mais uma banda de adolescentes que foram à Hamburgo, Alemanha tentar a sorte. O grupo não recebia, a acústica era horrível e a plateia não se importava, talvez a fórmula do fracasso. Mas isso os rendeu horas e horas de treino: 8 horas por dia, 7 dias por semana. Assim, em 1964, ano do sucesso estrondoso, os Beatles já tinham feito cerca de 1200 shows. 

Claro que diversos outros fatores contribuíram para que eles se tornassem a maior banda da história, mas o fato de terem sido assustadoramente dedicados foi um fator crítico para o sucesso e para o desenvolvimento como músicos.

Mas como a regra das dez mil horas pode te ajudar? 

Ela lhe dará prática e, com ela, o aperfeiçoamento constante de suas habilidades, o que será fundamental para alcançar o sucesso em qualquer atividade que você se designa a fazer. De acordo com a realização da atividade, pode-se verificar erros na execução e corrigi-los até chegar a um resultado ideal.

Dez mil horas correspondem a quatro horas por dia, todos os dias em um período de sete anos. 

Pode até parecer um esforço muito grande, mas personalidades como Beatles, Bill Gates, Mozart e outros nomes de conhecidos, tiveram que passar por fases de treino e dedicação contínuas para chegar à notoriedade que têm hoje. Assim, o desempenho da atividade de forma constante durante muito tempo te leva a “perfeição” desejada.

O equilíbrio entre a teoria e a prática mostra o essencial para desenvolver um aprendizado aprofundado e sólido. Faculdades, de maneira geral, têm um máximo de cinco mil horas de aulas. Isso mostra que a outra metade das dez mil horas deve ser feita de prática na atividade em questão.

Portanto qualquer habilidade ou estudo que você queira desenvolver depende de um esforço equivalente a aproximadamente dez mil horas, que o possibilitará ser um “especialista” em determinado assunto. Em suma, o que queremos dizer é: sem esforço não há conquista.

Copiado: https://www.metaconsultoria.com/

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Afinal Inovadores, o Que Significa DISRUPÇÃO ?


 O termo tem sido visto com cada vez mais frequência no ambiente de negócios e você provavelmente vê o uso do termo disrupção para descrever algo surpreendente ou inovador em modelos de negócios, em produtos ou até mesmo em serviços e provavelmente tem sido usado incorretamente nas organizações.

Desde que Clayton Christensen, professor da Harvard Business School, propôs pela primeira vez sua teoria da Inovação Disruptiva em 1995, o termo tem sido amplamente cooptado e desviado pela comunidade empresarial. 

O resultado é o que acontece quando as palavras são mal utilizadas pelas massas: a palavra assume o significado mal utilizado.

Disrupção no jargão empresarial comumente significa inovar de uma maneira nova ou surpreendente ou até mesmo romper com o paradigma atual. 

Mas recentemente, em publicação na Harvard Business Review, o próprio Christensen acrescentou clareza ao termo, juntamente com os co-autores Michael E. Raynor (diretor da Deloitte Consulting) e Rory MacDonald (professor da HBS). 

Muitas pessoas, escrevem eles, “usam o termo livremente para invocar o conceito de inovação em apoio de qualquer coisa que desejem fazer”.

As dúvidas partem do próprio significado da palavra disrupção, mesmo sem associação com inovação. 

Em português, no dicionário, seu significado está associado ao ato de romper, de interromper o curso natural, de gerar uma ruptura. 

A etimologia da palavra disrupção vem do latim disruptio.onis, ou seja, fratura ou quebra. Adicionalmente, o fato de existirem diversas definições de inovação aumentam o desafio para correta interpretação do termo inclusive com a conclusão que inovação disruptiva é o mesmo que subir para cima, ou seja, um pleonasmo.

De acordo com o artigo da HBS, inovação disruptiva não se aplica necessariamente para todo o mercado onde os os entrantes fizeram as empresas históricas tropeçarem. 

Em outras palavras, só porque uma startup conquistou clientes com um avanço de alta tecnologia, isso não significa que você de fato atrapalhou a velha guarda.

Disrupção só acontece quando as empresas de mercado estão tão focadas em agradar seus clientes mais lucrativos que negligenciam ou julgam mal as necessidades de seus outros segmentos. Se uma empresa aparecer e conquistar os segmentos negligenciados – com melhor preço ou funcionalidade sua inovação é potencialmente disruptiva. 

Mas a razão não é necessariamente porque o que você está fazendo é tão novo ou de alta tecnologia. É porque as grandes empresas que estão focando nos segmentos de alto lucro ainda não responderam adequadamente à sua entrada.

A verdadeira disrupção acontece quando o recém-chegado, já tendo conquistado os clientes que os líderes de mercado estão negligenciando, começam a conquistar também os clientes de alta margem até o ponto de tirá-los do mercado. Ou seja, a chave para os recém-chegados é entregar o nível de serviço e desempenho atualmente exigido pelo mercado, preservando as vantagens que levaram ao seu sucesso inicial.

De acordo com Christensen, por exemplo, o Uber não está atrapalhando o negócio de táxi e é bem provável que os serviços coexistam por algum tempo. Segundo ele, é difícil afirmar que a empresa encontrou uma oportunidade realmente de baixo custo. Ou seja, apesar das diferenças no modelo de negócios, a estrutura de custos do Uber é muito similar a dos táxis em grande parte do mundo com preços na mesma ordem de grandeza. Além disso, o Uber também não visava principalmente os usuários contínuos de táxi, pessoas que achavam as alternativas existentes tão caras ou inconvenientes que pegavam o transporte público ou dirigiam. Afinal, o serviço foi lançado em São Francisco (um mercado de táxis bem servido) e os seus clientes já eram pessoas com o hábito de contratar caronas.

O que o Uber está fazendo é, sem dúvida e principalmente, aumentar a demanda total e não capturar os clientes de táxi. Boa parte dos usuários de Uber não usavam táxi assim como o usam em determinadas condições específicas como curtas distâncias e em função da lei seca para motoristas de carro . Esse fenômeno acontece quando uma empresa desenvolve uma solução melhor e ligeiramente menos dispendiosa para uma necessidade do cliente. As empresas que operam por baixo custo começam apelando para os consumidores de baixa renda ou não atendidos e depois migram para o mercado mainstream. O Uber foi exatamente na direção oposta: construindo uma posição no mercado mainstream com foco em diferenciação e conveniência primeiramente e subsequentemente apelando para segmentos historicamente negligenciados.

De fato, no livro Inovação Disruptiva, Clayton Christensen define duas formas para que isso aconteça: a disrupção de baixo custo se refere às empresas que chegam ao mercado e atendem clientes com menor margem de uma maneira que seja boa o suficiente. Nesse caso, as empresas de mercado tendem a direcionar (ou já direcionaram) esforços para os clientes que geram maior lucro, abrindo mão daquela fatia de mercado.

Ao outra forma de inovação disruptiva é a criação de um novo mercado e que se refere às empresas que competem naqueles clientes não atendidos pelos grandes players. Semelhante a uma interrupção de baixo custo, os produtos oferecidos são geralmente vistos como bons o suficiente, e os negócios emergentes podem ser lucrativos a preços mais baixos. 

A principal diferença entre os dois tipos de disrupção está no fato de que a de baixo custo se concentra em clientes que eram atendidos por uma estrutura muito custosa pelos líderes de mercado e a de novos mercados se concentra em clientes carentes que não eram atendidos.

Além disso, a inovação disruptiva é um processo, não um momento único ou uma introdução de produto isolado. Segundo os autores esse processo pode levar décadas e nem isso necessariamente resulta em um apagão do grande player.

Netflix é um exemplo de uma empresa inovadora e disruptiva que gradualmente conquistou o líder de mercado Blockbuster. Se a Netflix (como a Uber) tivesse começado lançando um serviço direcionado ao principal mercado de seu concorrente maior, a resposta da Blockbuster provavelmente teria sido um contra-ataque vigoroso e talvez bem-sucedido. Em vez disso, o Netflix começou na periferia. De fato, o serviço atraiu apenas alguns grupos de clientes e fãs de cinema que não se importavam com os novos lançamentos. Ou seja, não foram direcionados inicialmente esforços para os típicos clientes de locadoras de vídeos.

Assim, compreender a inovação disruptiva conforme proposta no livro é antes de mais nada fundamental para uma empresa entender a forma de operar seu modelo de negócios nas sombras dos grandes players tempo o suficiente para se tornarem grandes e dominarem todo mercado. 


Conforme dito, a verdadeira disrupção acontece quando o negócio atua em clientes negligenciados e, após algum tempo, começa a conquistar também os clientes de maior rentabilidade até que o concorrente mainstream não exista.


Copiado: https://setecnet.com.br/

segunda-feira, 25 de abril de 2022

O Que É Processo de Governança Corporativa e Quais os Seus Benefícios


 Nos últimos anos, o assunto de governança corporativa tem ganhado bastante destaque no país, devido ao crescimento de empresas, investimentos e uma maior preocupação com formas de se evitar a corrupção. 

Diante desse cenário, o mercado percebeu a importância e a necessidade de se ter práticas de governança, ou seja, uma boa administração da empresa de forma que a companhia seja totalmente transparente para todos seus interessados. 

Quando uma empresa tem uma boa governança, isso significa que todos os seus processos  e sua estrutura são organizados com responsabilidade, zelo e transparência. Além disso, quando se tem uma governança corporativa, as regras valem para todos sem exceção. 

Essa prática é uma porta aberta a investidores, e até mesmo a bons talentos e clientes, pois, uma boa governança faz com que a empresa seja bem vista no mercado. 

Nesse texto, vamos falar sobre governança corporativa em todos os seus aspectos, para que você possa entender o conceito e iniciar essa prática em sua empresa. Veja o que falaremos aqui:

Conceito de governança

A palavra governança tem como significado o ato de governar, de ter poder sobre algo. 

O seu conceito pode ser exemplificado como uma forma de governar, com maneiras e processos visando a integridade da corporação.

O que é governança corporativa?

A governança corporativa é o sistema que dirige e controla uma companhia, é uma estrutura com práticas, regras e processos que regem a empresa para que ela alcance os seus objetivos e seus negócios sejam bem sucedidos. 

O pilar da governança corporativa é o equilíbrio dos interesses de todas as partes, preservando o valor da empresa e sua longevidade.

Esse comportamento, resulta em uma maior transparência, garantindo a imagem de uma empresa estável, de pouco risco e de grande transparência. 

Engana-se quem pensa que a governança corporativa serve apenas para grandes companhias. 

Muito pelo contrário, esse modelo de governança não tem haver com número de faturamento ou colaboradores, esse conceito pode ser usado por diversas empresas, pois os seus princípios servem para todas. 

Como surgiu essa preocupação nas empresas?

A governança corporativa não é algo novo, apesar de ter se destacado ainda mais nos últimos anos. 

Seus primeiros passos foram dados com a descentralização da propriedade. Nesse cenário, começam a aparecer papéis diferentes dentro de uma mesma empresa e, com a entrada de mais pessoas em uma organização, começam a surgir alguns conflitos de interesses. 

Um pouco mais adiante, na década de 70,  é criada uma teoria chamada de “Teoria do Agente”, desenvolvida pelos economistas Michael C. Jensen e William H. Meckling, que focaram seus estudos em empresas britânicas e norte-americanas, analisando a relação entre propriedade e controle, e conflitos das partes interessadas. 

Nessa teoria, são estabelecidos papéis de um agente principal, que é o centro das relações de todos os interessados e um agente contratado, aquele que executa e toma decisões, porém, até mesmo nessa divisão conflitos aparecem, pois um agente tende a levar o negócio mais para os seus interesses. 

Com isso, os autores sugerem que as companhias implementem medidas que alinhem os interesses de todas as partes, como monitoramento, controle e troca de informações. O objetivo é alinhar interesses focando no sucesso da empresa, e então surge a governança corporativa. 

Mais tarde, na década de 90, os primeiros códigos de boas práticas de governança corporativa são criados e mais companhias passam a adotá-los. 

A governança corporativa no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, começa a surgir junto com o novo mercado, e na mesma época em que os primeiros códigos de GC passam a ser elaborados. 

No Brasil, esse movimento se dá principalmente pela onda de privatizações e abertura de mercado, e em 1999 o IBGC lança o seu seu primeiro Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa.

Ao longo do tempo, as empresas brasileiras perceberam que as boas práticas de governança atraem mais investidores, e as chances de uma empresa sobreviver por mais tempo aumenta quando se tem esse processo. 

O que envolve uma governança?

Uma governança corporativa envolve a criação de estratégias, análises, fiscalização, adequação, planejamento e diversos outros fatores que promovam um equilíbrio entre a geração de valor da corporação e os interesses de suas partes. 

Qual o objetivo da governança corporativa?

 Para explicar o objetivo de uma governança corporativa, vamos usar como exemplo um governo. 

Quando um governo se elege, ele faz uma série de promessas e objetivos a cumprir. Porém, para alcançar esses objetivos é necessário uma boa gestão. 

Então, quando esse governo adota boas práticas, se mantém transparente com a sua população, evita problemas de corrupção e faz uma boa gestão, a tendência é que os objetivos sejam alcançados. 

Que esse país cresça de forma saudável, que a população tenha seus direitos básicos garantidos, e o país se torne próspero. 

Trazendo para o mundo corporativo o objetivo é o mesmo, governar uma empresa com pilares e princípios, para garantir um crescimento saudável, longevidade, um bom valor econômico e atender a todos os interesses dos seus stakeholders.

Governança corporativa é a mesma coisa que compliance?

Não, governança corporativa e compliance são coisas diferentes, porém, elas se relacionam e ambas garantem à empresa uma maior chance de sucesso. 

Para entender a diferença, vamos ver o que é o compliance. 

compliance significa estar em conformidade com leis e regulamentos internos e externos, garantindo que todos estejam em sintonia com essas normas. Então, é bastante comum que exista sempre uma revisão de processos focado em verificar se tudo está dentro das regras ou, até mesmo, para prever possíveis problemas. 

No compliance, se desenvolve a cultura da ética, o  foco em respeitar as regras, a prevenção de riscos e também a transparência. 

Já a governança corporativa é a área responsável pela relação entre todos os interessados pela empresa, internamente e externamente, seu foco não é apenas seguir o que está nas leis e normas, é criar todo um ambiente para atingir uma boa reputação, garantindo a integridade e a longevidade do negócio.

Quais os princípios da governança corporativa?

De acordo com o IBGC, a governança corporativa se baseia em quatro princípios chaves: a transparência, a equidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa. Veja o que cada um significa:

Transparência

A transparência diz respeito a um relacionamento transparente entre todos os envolvidos naquele negócio, ou seja, seus stakeholders, gestão, sócios, colaboradores, fornecedores, etc. 

Quando se promove a transparência as decisões são claras e os objetivos também, o que acaba trazendo mais segurança e solidez para a empresa. 

Equidade  

O princípio da equidade, garante que todos tenham um tratamento justo naquela organização, olhando para todos com suas particularidades, necessidades e expectativas. 

Prestação de contas 

Esse é o maior dever de quem está à frente da empresa, na prestação de contas existe alguém que se responsabiliza por tudo, deixando claro suas decisões tomadas, omissões e suas responsabilidades.

Responsabilidade corporativa 

Esse pilar é aquele que zela pela sustentabilidade e longevidade da empresa, de acordo com seus propósitos e objetivos. 

Qual a estrutura de uma governança corporativa?

A estrutura de uma governança pode se modificar de país em país, pois a cultura de determinado local pode interferir bastante nessa estrutura. 

Então, a primeira coisa a se ressaltar é que não existe apenas uma estrutura a ser seguida por todas as empresas do mundo. 

E a segunda, é que a estrutura também pode ser modificada de acordo com a  cultura organizacional da empresa, sendo a mais básica a estrutura de cima para baixo, como a seguinte:

·        Assembleia Geral: Aqui concentram-se todos os sócios; 

·    Conselho de Administração: Parte responsável pela visão estratégica;

·  Conselho Consultivo: Presta apoio e suporte às decisões e estratégias;

·        Conselho Fiscal: Parte responsável por cuidar, fiscalizar e checar;

·        Comitês: Criam relatórios que auxiliam na tomada de decisões;

·    Ceo/ Presidente/ Diretorias: Parte que executa as estratégias definidas e segue o planejamento;

Quais os principais envolvidos no processo de governança?

Os principais envolvidos no processo de governança são os conselhos de administração e consultivos, a diretoria, os sócios e os stakeholders, ou seja, pessoas que possuem algum interesse naquela corporação, podem ser acionistas, investidores, fornecedores ou clientes. 

Benefícios de aplicar a governança corporativa

A governança corporativa transforma a empresa, e a deixa mais eficiente e perene, desenvolvendo habilidades, organizando a gestão, trazendo uma tomada de decisão mais robusta e agregando valor àquela companhia. 

O acesso ao crédito também melhora, a boas práticas de governança corporativa abre portas para empréstimos bancários, pois ela passa a ter maior credibilidade e segurança. 

Além disso, um dos principais benefícios da GC, é atrair investidores, por ter maior solidez, é bem mais provável que alguém queira investir naquela empresa. Pois, com uma estrutura de governança, os riscos do investimento ser ruim são bem baixos. 

Quais ferramentas podem auxiliar a uma melhor governança coporativa?

Para iniciar práticas de governança corporativa em uma companhia, o primeiro passo é conhecer o código desenvolvido pela IBGC, entender o assunto é primordial para implantar esse modelo de gestão. 

Depois, começam as partes mais práticas, como organizar a casa, rever suas estruturas, seus organogramas, responsabilidades e processos. 

Durante esse processo, é essencial também que a empresa contrate um conselho consultivo, alguém que tenha uma visão de fora e alinhe todas as expectativas das partes interessadas, direcionando e orientando a companhia rumo ao seu objetivo. 

Conclusão

A governança corporativa é um assunto bastante complexo, mas essencial para empresas que desejam crescer de forma sustentável, garantindo sua integridade ao longo dos anos. 

Nesse conteúdo entendemos os conceitos básicos de governança corporativa, como ela surgiu, o que a envolve e quais são seus pilares. Aqui vimos que um dos maiores desafios das corporações é alinhar os interesses de todos os stakeholders, mas com uma boa governança isso se torna um objetivo alcançável. 

Copiado: https://www.pontotel.com.br