segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Empresa Cria Guia de Saúde Mental Para Funcionários Durante a Pandemia


 As incertezas provocadas pela pandemia de Covid-19, os riscos de contaminação e a necessidade de isolamento social podem causar pressão psicológica e estresse na população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atenta a este alerta, a empresa de educação digital DOT digital group elaborou um Guia Para Cuidar da Saúde Mental de seus mais de 250 colaboradores. A maior parte, incluindo os grupos de risco, trabalha em regime de home office há mais de dois meses.

O objetivo do documento, compartilhado com os funcionários, é trazer um olhar positivo sobre o combate ao coronavírus, sem deixar de lado os desafios deste período. 

Estimulá-los a exercer a empatia, a compaixão, a distribuir feedbacks positivos aos colegas - por meio de uma plataforma de engajamento que já era utilizada na empresa -, focar nas entregas que seguem sendo necessárias realizar e no autocuidado.

O guia vem ao encontro de uma necessidade real dos colaboradores. Com ajuda do Termômetro de Crise, uma ferramenta de gestão de pessoas da startup Pulses, feita para medir os impactos da crise, o DOT digital group identificou que o nível de ansiedade de seus funcionários está alto (chegou ao nível 4, numa escala  que vai de 1 a 5). 

Principalmente por conta de preocupações relacionadas à saúde de familiares e pela falta de perspectiva de volta à normalidade:

“Nosso papel, neste momento, é ajudar nossos colaboradores a terem uma visão positiva de futuro e diminuir a ansiedade. Fazemos isso por meio de uma comunicação transparente, fortalecendo nossa cultura, apoiando a liderança e a proximidade dos gestores com os colaboradores, para que percebam que todos estamos juntos e que podemos contar uns com os outros”, explica Ana Paula Baseggio Lehmkuhl, gerente de Pessoas & Cultura da empresa.

O plano de saúde empresarial possibilita que os funcionários tenham atendimento psicológico remoto, benefício importante neste momento de ansiedade elevada. As aulas de alongamento laboral agora também são feitas remotamente e os funcionários têm acesso a vídeos com dicas de exercícios de ergonomia e atividades físicas para serem feitas em casa. “Desenvolvemos várias ações de interação neste momento, fortalecendo a cultura e a troca entre todos. Há um engajamento alto nessas ações, permitindo a socialização mesmo que à distância”, explica Ana Paula.

As ações já vêm dando resultados. A mesma ferramenta que ajuda a medir o nível de estresse da equipe mostra que, quando questionados se a empresa tem tomado as melhores medidas para o enfrentamento da pandemia, a nota dos funcionários é a máxima (5). 

Desde o início da quarentena,  o DOT digital group já contratou mais de 30 pessoas, com todo o recrutamento e onboarding sendo realizado pela internet, e segue com perto de 20 vagas abertas. Sua sede fica no Corporate Park, em Florianópolis, mas neste momento todos os novos contratados iniciam o trabalho em home office. 

A empresa também já havia adaptado o seu guia de boas práticas de trabalho remoto  para este momento de necessidade de reclusão da população. Empresas de tecnologia, como o DOT digital group, já têm o teletrabalho em suas rotinas. Porém, muitos profissionais passam pela primeira vez por esta experiência. 

"No cenário de isolamento, ouvir o colaborador é um gesto de acolhimento e de preocupação, além de ser uma forma de reduzir o distanciamento e criar conexão. A empresa demonstra que os trabalhadores importam, e que parar alguns minutos para dar um feedback é tão importante quanto manter a rotina de trabalho andando. Quando o colaborador sente que está sendo ouvido, os níveis de ansiedade tendem a reduzir, e soluções inovadoras podem aparecer. Essa confiança construída dos dois lados é fundamental nesse momento de crise", comenta Cesar Nanci, CEO da Pulses.

A seguir, confira algumas dicas do DOT digital group para preservar a saúde mental, neste momento de alta carga de estresse e preocupações.


O que evitar

Excesso de informações: excesso de informações gera ansiedade. Assista ao noticiário apenas uma vez ao dia. Não é necessário vivenciar o problema o tempo todo.

Pensamentos vitimistas: estar em distanciamento social não é uma punição, mas uma prevenção e contribuição para o bem comum.

Solidão: Use a tecnologia disponível e suas facilidades para se manter conectado com a vida e com as pessoas que ama.

Falta de rotina: estabeleça uma rotina diária. Respeite intervalos como o almoço, pausas para o café e o término de expediente. 

Não tenha receio

De ser vulnerável: aceite suas emoções e permita-se a senti-las. Pesquisas mostram que evitar sentimentos e reprimir emoções os tornam mais fortes e duradouros.

De ficar ansioso: a aceitação da ansiedade ajuda a lidar com ela. Isso não significa acomodar-se, desistir ou não fazer nada. Ao reconhecer sentimentos, é possível buscar formas de lidar melhor com eles. Procure permanecer no presente. Quando ansiosos, vivemos com o pensamento no futuro e descuidados do presente. Estamos sempre pensando: “e se isto vier a ocorrer?”, “e seu não conseguir?”, e “como tudo será?”.

Cuide de si e dos mais próximos

Ansiedade: yoga e meditação são boas alternativas para aliviar esse sintoma. Mas, se ainda assim sentir que precisa de ajuda, procure um profissional. O Conselho Regional de Psicologia autorizou o tratamento psicológico online e vários profissionais estão disponibilizando esse serviço gratuitamente.

Descanse: encontre atividades restaurativas, como jardinagem, arrumação de armários e da casa, mudar os móveis de lugar, arrumar o álbum de fotos, etc.

Dê mais atenção às crianças: para quem tem, é um momento para acompanhar o filho mais de perto, contar histórias, participar das brincadeiras e interagir mais. Tenha paciência com eles! As crianças também desenvolvem ansiedade. Converse com seus filhos e explique o momento que estamos vivendo, mas sem assustar. 

Dê suporte às pessoas em risco: ofereça ajuda aos vizinhos mais idosos. Diga a eles que está por perto. Ofereça para ir buscar uma prescrição de remédio ou alimentos no supermercado.

Aprenda a respirar

  • A respiração tem um papel muito importante para os circuitos cerebrais e controle de emoções e pensamentos.
  • Respire devagar, calmamente, inspirando o ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca.
  • Ao inspirar, conte até três bem devagar; e ao expirar conte até seis devagar também.
  • Outra forma de relaxamento pela respiração é sentar no chão com as pernas cruzadas e a coluna ereta. Coloque a mão direita sobre o peito e a mão esquerda sobre a barriga. Sinta nas palmas das mãos o movimento da respiração. Deixe-a acontecer, observando como o ar entra e sai.
  • A respiração atenta e controlada ajuda a acalmar, relaxar e encontrar a força e paz interior. 

Mantenha hábitos saudáveis

Cuide de seu corpo: fazer atividade física ajuda a aumentar a imunidade. Profissionais estão disponibilizando aulas online gratuitas das mais diversas modalidades. Procure vídeos no Youtube e nas redes sociais.

Alimente-se bem: resgate aquela receita salva há tempos e coloque a mão na massa. Descubra novos temperos e a arte de organizar as refeições da semana.

Cuide da sua higiene: além de lavar as mãos com frequência, cuide da sua higiene corporal. Tome banho regularmente, evite ficar de pijama o dia inteiro no home office, troque sua roupa de cama e mantenha a higiene de sua casa.

Vigie seus pensamentos

  • Você pode estar antecipando coisas catastróficas que podem nem se realizar.
  • Examine o que você está dizendo para si mesmo e reflita racionalmente.
  • Leia sobre aquilo que você acredita, participe de encontros online, reze ou ore à sua maneira. O importante é conectar-se com o que você acredita e que lhe dê esperança.
  • Conecte-se com a sua espiritualidade e uma boa opção é praticar a meditação. Têm vários aplicativos que ensinam como fazer.
  • Tente não ficar imerso aos meios eletrônicos. Leia um livro. A leitura convoca uma reestruturação da atenção e permite uma abstração maior.
  • Converse com seus pais, amigos, avô, avós e parentes. Mantenha contato com as pessoas que você ama.
  • Cuidado com as fake news, informações infundadas e de fontes não confiáveis de informação. Elas podem gerar ainda mais pânico entre as pessoas. Só compartilhe informações confiáveis e necessárias ao bem de todos.

 Copiado: https://www.revistahsm.com.br/

terça-feira, 24 de agosto de 2021

NÃO ESQUEÇA DO PRINCIPAL


A lenda conta que certa mulher pobre, com uma criança ao colo, passando diante de uma caverna, escutou uma voz misteriosa que dizia lá de dentro:

🍃🌻🍃
Entra e apanha tudo o que desejares, mas não te esqueças do principal !!
🍃🌻🍃
Lembra-te, porém, de uma coisa: Depois de saíres, a porta
fechar-se-á para sempre.

Portanto, aproveita a oportunidade, não te esqueças do principal !!
🍃🌻🍃
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas.
Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no avental.

🍃🌻🍃
A voz misteriosa falou novamente: 
- ' Já?, vc só tem oito minutos.
Esgotados os oito minutos, a mulher, carregada de ouro e de pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou,.
🍃🌻🍃
Lembrou-se então de que a criança ficara lá dentro.
Mas a porta já estava fechada...para sempre!
🍃🌻🍃
A riqueza durou pouco e o desespero, sempre.
🍃🌻🍃
Temos uma média de 80 a 100 anos para viver, neste mundo, e há uma voz que sempre nos adverte:
Não te esqueças do principal.
🍃🌻🍃
O principal são os valores espirituais, a família, os amigos, a vida.

Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais fascinam-nos tanto que o principal vai ficando sempre de lado...
🍃🌻🍃
Assim, esgotamos o nosso tempo aqui e deixamos de lado o essencial: 
Os tesouros da alma.

🍃🌻🍃
Quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações... e as riquezas
🍃🌻🍃
Não te esqueças do principal...

Esta é uma mensagem de um amigo, que a recebeu de outro amigo, e que a enviará a outro... Se tu não esqueceres do principal envia essa mensagem a todos teus amigos, irmãos e família.🍃🌻```

Autor Desconhecido

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Razões para Contratar Profissionais Sem Experiência

 

Entenda como driblar o dilema entre oportunidade e falta de experiência

É comum ouvir candidatos ao primeiro emprego relatando o círculo vicioso que vivem: não conseguem emprego por não ter experiência, mas não podem se desenvolver sem uma oportunidade

Essa dificuldade é reflexo da resistência que muitos empregadores têm de contratar profissionais sem experiência.

Uma pesquisa realizada pelo Career Builter aponta que 82% dos recrutadores consideram importante ou extremamente importante as vivências profissionais anteriores no momento da contratação.

É fato que as empresas dão preferência a quem já está inserido no mercado, pois acham que será mais fácil passar as tarefas para quem já as desenvolve. Junte a isso o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que aponta os jovens entre 14 e 24 anos como os mais atingidos pelo desemprego. 

Com tais fatos, fica claro que o mercado se fecha para quem busca ingressar nele.

Porém, contratar pessoas sem experiência pode ser uma forma inteligente e efetiva de treinar e qualificar equipes da empresa do jeitinho que você quer. Continue lendo e saiba mais.

5 razões para contratar profissionais sem experiência

  • Responsabilidade social

Muito além da execução das tarefas, a empresa deve se atentar também aos problemas sociais em cascata que a continuidade do não primeiro emprego pode causar.

Dentre eles, estão famílias com rendas reduzidas, jovens que não conseguem bancar seus estudos e, além disso, por demorarem mais para ingressar no mercado de trabalho, se aposentarão mais tarde.

A mesma lógica vale para o início da contribuição para a previdência, seja ela pública ou privada, por falta de dinheiro. Assim, o futuro desses jovens fica comprometido desde antes de seu primeiro emprego.

  • Aprendizado para os dois lados

Não são só os candidatos ao primeiro emprego podem aprender com a experiência, mas a empresa e seus colaboradores também.

Estar em contato com alguém que nunca passou por uma organização antes pode ser construtivo para quem está próximo. O background da pessoa, o que ela traz de outras esferas da vida que podem agregar ao trabalho, os pontos de sua personalidade que podem ser desenvolvidos e aplicados no dia a dia.

Além de tudo, a convivência demandar o desenvolvimento do olhar analítico de quem tiver contato direto com o novo colaborador.

  • Profissionais sem vícios

Como o candidato não trabalhou anteriormente, não tem vícios na maneira de executar as tarefas. Também é menos provável que tenha algum pré-conceito sobre determinado software ou maneira de condução das tarefas. Some a isso o fato de que ele deve ser mais aberto a receber dicas e feedbacks por estar começando sua jornada profissional.

É importante ressaltar que a cultura de feedback deve ser desenvolvida pela organização e colocada para todos os colaboradores, caso ainda não seja familiar.

  • Estímulo aos estudos

Ao contratar candidatos ao primeiro emprego, a empresa estimula a continuidade dos estudos deles. Isso porque, a depender da modalidade de contratação, é pré-requisito estar cursando o ensino fundamental, médio ou superior.

A empresa pode contratar um jovem aprendiz ou um estagiário, caso queira estimular jovens dessas categorias de estudo.

Outra possibilidade é a contratação de juniors ou trainees que estão em vias de se formar ou que se formaram há pouco tempo. Inseri-los no mercado de trabalho é também um estímulo para que continuem se aprimorando tecnicamente para conseguir cada vez mais destaque na organização.

Assim, tanto empresa quanto candidatos ao primeiro emprego têm a chance de se desenvolver com a contratação. Isso ainda estimula o mercado de trabalho e contribui diretamente com questões sociais.

  • Chance ao caráter

Contratar profissionais sem experiência significa dar chance ao caráter deles, ou seja, dar oportunidade ao aprimoramento de suas soft skills, que são as características voltadas ao relacionamento interpessoal, que não podem ser medidas.

Quando o candidato não tem experiência profissional alguma, o que falará mais alto na contratação é sua personalidade e habilidades

Por exemplo, uma pessoa que se destaca pela desenvoltura da fala e tem um discurso acolhedor e empático pode se dar bem no trato direto com o cliente. Já alguém mais tímido e com o traço mais metódico pode ser se destacar na organização de processos e fluxos da empresa.

Contratar alguém requer, do recrutador, muito mais que a análise de hard skills – ou seja, habilidades técnicas que podem ser verificadas e calculadas -, já que podem ser ensinadas ao profissional.

É imprescindível que se olhe também para a trajetória da pessoa, que se queira saber o que formou sua personalidade e quais experiências a vida cotidiana lhe trouxe.

Assim, é muito mais assertiva a escolha de alguém que tenha fit cultural com a empresa.

  • Quais são os riscos e como evitá-los?

Contratar profissionais sem experiência pode trazer desafios para a empresa e para os colaboradores. Contudo, essas questões podem ser trabalhadas para contribuírem para o desenvolvimento e para o engajamento de todos.

  • Confira abaixo algumas questões e antecipe suas soluções:

Falta de experiência dos profissionais sem experiência

Esse, com certeza, é o primeiro tópico a ser pensado. Os gestores pensam na energia e no tempo que serão demandados para ensinar tudo para alguém que nunca teve vivência em ambiente empresarial.

Tome isso como uma oportunidade de montar seu time dos sonhos! Será um investimento, tanto nos profissionais sem experiência quanto nos colaboradores que já atuam na empresa. A falta de experiência pode ser suprida com treinamentos e com um líder atencioso que saiba conduzir o processo de aprendizagem.

Durante o desenvolvimento, a empresa passa a contar com pessoas mais observadoras e empáticas, uma vez que será necessária muita atenção para ajudar a desenvolver aquele que não tem experiência, além de solidariedade para entender todas as dificuldades que surgirem pelo caminho.

Além disso, o jovem contratado se sentirá acolhido e poderá lapidar suas habilidades em uma atmosfera muito mais amigável, fazendo com que se sinta à vontade e se desenvolva de modo mais efetivo.

  • Possibilidade de erros aumentada

Como o novo contratado nunca viveu o dia a dia de uma empresa, é muito provável que cometa erros nas primeiras tarefas executadas.

Isso não deve ser visto como algo negativo, e sim como o caminho que está sendo construído pelos profissionais sem experiência.

Lembre-se de delegar tarefas que sejam condizentes com o grau de senioridade do contratado. Mais uma vez, tenha certeza que o líder designado esteja presente em momentos que pedem decisões estratégicas.

Apenas assim, com a vivência do dia a dia e com o aprendizado dos erros, os profissionais sem experiência conseguirão adquiri-la.

  • Chances de frustração também crescem

A falta de conhecimento do ambiente corporativo pode fazer com que o novato tenha expectativas erradas sobre a vida profissional a o o que a sua empresa pode proporcionar.

Por isso, é de suma importância que os valores culturais da organização estejam muito claros. Também é importante que o profissional saiba exatamente quais tarefas desenvolverá, quais habilidades serão trabalhadas e o que a posição demandará.

Sabendo se há ou não fit cultural, se ele está disposto a trabalhar sabendo das expectativas da empresa e, da mesma forma, se a empresa está disposta a desenvolver esse colaborador, as expectativas já estão alinhadas para os dois lados e as chances de frustração no meio de processo são minimizadas.

Com a consciência de tais questões, é possível antevê-las e minimizar seus efeitos. Colocando na balança os argumentos, o lado positivo da contratação de profissionais sem experiência é muito mais relevante que os percalços no caminho.

Dar a chance para pessoas crescerem também contribui para o fortalecimento da imagem da empresa. Ela passa a ser relevante como marca empregadora que desenvolve pessoas para o mercado.

Copiado: https://forbusiness.vagas.com.br/

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Como Garantir Um Atendimento Inclusivo no Seu Negócio

 


Após se estruturar fisicamente para receber os colaboradores e clientes com deficiência, transformar a sua cultura para que acolha a todos, uma empresa deve dar o próximo passo e pensar no atendimento inclusivo.

Nessa etapa, será preciso entender quais são as necessidades dos consumidores com deficiência, qual a melhor maneira de se relacionar com eles sem que cause constrangimento, quais objetivos se pretende atingir e como aplicar isso no atendimento nos mais diferentes tipos de negócio.

Cada segmento ou empresa pode atuar de uma maneira e isso exigirá atenção, pois, apesar de haver “um padrão” no atendimento inclusivo, esse deve ser personalizado e adequado a cada negócio.

Tenha um atendimento inclusivo

Vale relembrar que para garantir um atendimento inclusivo é preciso considerar os diferentes tipos de deficiência, como a visual, física, auditiva, intelectual. Veja como lidar com cada tipo de cliente de acordo com suas características e como adequar o seu negócio.

Deficiência visual

Se se coloque a disposição, questione até que ponto a pessoa precisa de ajuda. Se estiver com um cão guia, não distraia o animal, pois ele é responsável por guiar a pessoa e evitar que ela se acidente.

Não importa se a pessoa é cega ou tem baixa visão, sempre fique disponível para audiodescrever ambientes e produtos, a informação passada a pessoa sempre deve ser dita de forma neutra, sem levar em consideração aos gostos pessoais, assim desta maneira o cliente com deficiência terá mais assertividade para escolher um produto de acordo com seu estilo.

Ao se comunicar, seja claro e deixe que a pessoa perceba onde está de acordo com a sua comunicação. Se for preciso se locomover pelo local, ofereça o seu antebraço ou seu ombro para que o outro apoio e se guie.


No caso de um hotel, o atendimento inclusivo deve ser feito guiando a pessoa até o quarto e indicado onde está cada item como toalha, cama, janela e banheiro. Já em uma loja de vestuário, pode ser necessário fazer um acompanhamento guiado, mostrando quais são as opções de roupas e fornecendo detalhes sobre cada uma, como cores, texturas e tamanhos.

Deficiência auditiva

É preciso pensar em maneiras diferentes de garantir a comunicação, seja para o cliente surdo ou aquele tem quem baixa audição.

É indicado que pelo menos um colaborador tenha o conhecimento de Libras  (Língua Brasileira de Sinais), caso isso ainda não seja a realidade no seu negócio, hoje é possível utilizar de mimicas, escritas e aplicativos com avatar.

Em um supermercado, por exemplo, se a pessoa estiver à procura de um item, ela irá questionar por meio de gestos. O colaborador deverá acompanhar a pessoa até o local para garantir que entendeu a demanda e que ela encontre o que precisa.

Já para a pessoa que tem a perda parcial da audição pergunte se faz leitura labial e sempre se coloque no campo de visão da pessoa para que esta possa ler os lábios, não é necessário gritar!

Deficiência física

Sempre questione se a pessoa precisa de ajuda, não saia empurrando a cadeira ou dê o braço para quem está de muleta sem que seja solicitado. Deve-se sempre ficar de frente, quando estiver atendendo com uma pessoa que usa cadeira de rodas ou que tem nanismo e o atendimento for mais longo, procure se sentar para que a pessoa não tenha que ficar em uma posição desconfortável olhando para cima o tempo todo. Ao acompanhar uma pessoa que tem mobilidade reduzida, siga o ritmo dela. Se estiver com qualquer tipo de dúvida sobre como ajudar, pergunte. Isso não gera constrangimento e evita que erros sejam cometidos.

Em um restaurante, é preciso garantir que as mesas tenham altura adequada para que a cadeira de rodas se encaixe de forma que seja possível ficar próximo à mesa. Se a pessoa estiver de muletas, quando solicitado, ajude para que ela se sente e sempre deixe as muletas próximas para que ela possa ter mais autonomia.

Para lojas de roupas, mantenha provador acessível sempre disponível e limpo, ali não é lugar para guardar caixas e materiais de limpeza!

Deficiência intelectual

Pessoas com deficiência intelectual possuem diferentes graus de autonomia, umas mais outras menos, o atendimento deve ser conduzido com calma, mostre os produtos de forma que a pessoa não tenha que ficar imaginando como seria, coloque à disposição as opções para que a própria pessoa decida.


O ideal é que se siga o ritmo da pessoa para que ela não fique nervosa nem se confunda ainda mais no que está fazendo; nunca tente acelerá-la. Quando for conversar, não a trate como criança, apenas busque ser objetivo e direto para que ela o compreenda com facilidade e aguarde a resposta sem interromper.

Se a pessoa for a um salão fazer o cabelo, por exemplo, deixe que ela explique como quer cortar e pentear, sempre orientando o que será feito a seguir. No setor de turismo, explique de forma simples cada uma das atrações.

É possível garantir um atendimento inclusivo em qualquer tipo de negócio, independentemente de qual seja a deficiência. Para isso, é preciso ter esse valor na cultura organizacional e treinar os colaboradores para as mais diferentes situações.

Simpatia e um atendimento personalizado não substituem a falta de acessibilidade, porém o interesse em atender os clientes como eles merecem e ter uma equipe qualificada para isso já meio caminho andado.

Copiado: https://talentoincluir.com.br

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Ética X Inteligência Artificial: até onde o ser humano pode chegar?


 Ética e Inteligência Artificial (IA), palavras que podem parecer desconexas, mas que a cada dia que passa necessitam estar cada vez mais juntas. A transformação e revolução tecnológica que vem ocorrendo fez com que o gerenciamento de informações se tornasse prioridade. 

Seja através de dispositivos de Internet das Coisas ou de um sistema com Machine Learning. Com isso, a atenção para questões relacionadas a regras concorrenciais e de acesso à informação cresceu junto. 

Querendo ou não, algoritmos que resultam em uma Inteligência Artificial foram escritos por um humano, um ser de carne, osso, sentimentos e ideologias. Aquelas linhas de código são sua visão de mundo e isso pode – e já fez- com que máquinas interpretem a realidade de uma forma errônea, mais precisamente, preconceituosa.  

Com isso, a necessidade de regulamentação passou a ser uma realidade.

A necessidade de uma regulamentação

Fato é, a tecnologia avança mais rápido a cada dia que passa. Se há dez anos alguém falasse para nós que seria possível comprar um carro que possui piloto automático utilizando criptomoeda (tendo em vista a possibilidade da Tesla voltar a aceitar a principal criptomoeda como pagamento), talvez você não acreditaria.

Hoje o Instagram sabe mais de você do que membros da sua família. Ele sabe o que você gosta de comer, ler, assistir, sabe até quem são as pessoas mais próximas a você. Tudo isso graças ao Machine Learning, algo que em 2010 (ano de lançamento do Instagram) não era nem projetado na empresa. 

A título de curiosidade, o Instagram divulgou como funciona seu sistema de Inteligência Artificial apenas em 2019. A plataforma não é muito de contar os bastidores, são raros os momentos em que abre se abre ao público. 

Mas, através de uma publicação em seu blog, a plataforma revelou que utiliza um sistema conhecido como “incorporação de palavras”. A ideia consiste em uma IA que estuda as palavras que aparecem no texto e faz uma relação entre elas. 

Já na aba explorar, a plataforma usa um termo chamado de “contas iniciais”, para exemplificar vamos utilizar o perfil do Rapadura (@rapadura_tech). Se você está se interessando por tecnologia e busca por isso no instagram e o primeiro perfil a ser acessado é o do Rapadura, essa será sua conta inicial. A partir daí o instagram vai analisar perfis parecidos e adicioná-los na sua aba “explorar”.

Mas, nem tudo são flores quando se trata de tecnologia e, consequentemente, Inteligência Artificial. Os problemas chegaram e com eles consequências graves. 

É possível analisar este acontecimento através do documentário americano produzido por Shalina Kantayya chamado Coded Bias. A narrativa é baseada na vida pessoal e profissional de Joy Buolamwini, pesquisadora ganense-americana do MIT (Massachusetts Institute of Technology).


 Apesar do seu extenso trabalho de pesquisa, Joy ficou conhecida por comprovar que sistemas de Inteligência Artificial não são precisos, principalmente na identificação de mulheres negras. 

O caso de Joy está nos holofotes desde o lançamento do documentário no Festival de Cinema de Sundance em 2020. Mas, há diversos casos que não aparecem no radar do grande público. 

Hoje os softwares baseados em Inteligência Artificial estão presentes nas mais diversas áreas, imagine programas de computador que comecem a analisar dados de crimes de determinada cidade e comece a tomar decisões do tipo de pessoas que está mais propensa a cometer um crime ou qual região da cidade é mais perigosa. Essa situação poderia ser catastrófica se não houvesse um monitoramento humano competente. 

ONU e sua luta para unir ética e Inteligência Artificial

Em novembro de 2019, durante a 40ª sessão da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), iniciou-se um processo de dois anos para criação do primeiro instrumento mundial de definição de padrões sobre ética da Inteligência Artificial. 

Nesses dois anos a instituição realizou uma série de estudos e consultas em comunidades acadêmicas, científicas e técnicas ao redor do mundo. A intenção foi reunir as mais diversas e plurais interpretações sobre o assunto. Para inflamar o debate sobre a regulamentação da IA é preciso de muito estudo e, principalmente, dados. 

Hoje essa pesquisa conta com a participação de experts multifacetados de mais de 155 países. Empresas como Google, Facebook e Microsoft junto a estudiosos de universidades como Stanford, Harvard e Academia Chinesa de Ciências fazem colaboração em busca de um bom resultado. A ideia é apresentar tudo o que foi coletado no final de 2021. 

No final de 2020 foram divulgados alguns resultados, os temas variavam de, aplicação de Inteligência Artificial durante a pandemia da Covid-19 até o medo de que as máquinas “roubem” as decisões da humanidade.

As maiores mentes junto as maiores empresas unidas em prol de um objetivo. Porém, a tecnologia avança de uma forma que não se pode projetar o que virá daqui a 5 anos. A pergunta que deixamos é, o que você projeta para 2026? Onde as inteligências artificias mais atuarão?

Estamos chegando ao final do prazo de dois anos para criação de uma legislação envolvendo a união de ética e Inteligência Artificial. No Brasil o Projeto de Lei 20/21 conhecido como Marco Legal da Inteligência Artificial já está em tramitação. 

Com certeza temos um futuro brilhante pela frente. Basta olhar para internet, apesar de muitos ainda acharem que é “Terra de Ninguém”, hoje algumas leis relacionadas a tratamento de dados atuam firme no mundo virtual, as principais que já estão em vigor são: GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) na União Europeia e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) aqui no Brasil. 

Não será diferente com a Inteligência Artificial. Com boas regras junto a uma uma legislação firme e justa, tudo funcionará perfeitamente para a humanidade evoluir ainda mais. O céu não é o limite para o ser humano.

Copiado: https://rapaduratech.com.br/