A primeira década do século 21 foi uma sucessão de alertas sobre um único tema: a realidade de uma integração global. Um mundo altamente conectado trouxe à tona uma série de questões importantes: os problemas das mudanças climáticas globais, a questão da energia, as cadeias globais de suprimento de alimentos e medicamentos e as novas preocupações com segurança, que vão do roubo de identidade ao terrorismo.
O mundo continua a se tornar “menor” e “mais plano”. Mas, hoje em dia, vê-se que estar conectado não é o suficiente. Felizmente, algo mais está acontecendo e fazendo surgir um novo potencial: o planeta está se tornando mais inteligente.
Mas o que significa ser inteligente?
Significa que a inteligência está sendo infundida em sistemas e processos que fazem o mundo trabalhar em coisas que ninguém reconheceria como um computador: carros, dispositivos, rodovias, redes elétricas, roupas, e até mesmo sistemas naturais, como agricultura e vias fluviais.
Hoje, não se trata de discutir se a tecnologia que construirá o planeta inteligente é real. O que precisamos agora é saber o que fazer a seguir.
- Como infundir inteligência a um sistema pelo qual nenhuma empresa ou autoridade administrativa é responsável?
- Como juntar todos os constituintes necessários?
- Como argumentar em relação ao orçamento?
- Por onde começar?
Se cercar de informações qualitativas é de extrema importância para tomadas de decisão inteligentes, justas, assertivas e eficientes. Toda a empresa necessita de, pelo menos, um profissional analítico que tenha total domínio de Inteligência de Negócio -Business Intelligence (BI) - , ou então, contratar uma empresa que tenha esse Know-How.
As empresas, as cidades e o mundo são sistemas realmente complexos, sistemas de sistemas que exigem novas coisas dos líderes, dos trabalhadores e dos cidadãos. A construção de um planeta inteligente exigirá uma mudança profunda em gerenciamento e governança, em direção a abordagens muito mais colaborativas. Uma demanda por mudança é uma demanda por inteligência. Líderes de empresas e instituições em toda parte têm em suas mãos a oportunidade única de transformar a maneira como o mundo funciona.
A inteligência está sendo inserida nos sistemas, nos processos e infraestruturas que permitem mercadorias serem desenvolvidas, manufaturadas, compradas e vendidas. Ou seja, na maneira como o mundo literalmente funciona. Uma inteligência que permite que serviços sejam colocados em prática, que facilita o transporte de tudo, do dinheiro e do petróleo à água e elétrons e que ajuda bilhões de pessoas a trabalhar e viver.
Como isso é possível?
Em primeiro lugar, o mundo está se equipando. Se você puder, tente imaginar um bilhão de transistores para cada ser humano. Sensores estão sendo colocados em toda parte: em carros, eletrodomésticos, câmeras, estradas, oleodutos... Até mesmo nos medicamentos e nos animais em granjas e fazendas.
Em segundo lugar, o mundo está se tornando interconectado. Imagine um trilhão de coisas inteligentes e conectadas e as gigantescas quantidades de dados que elas vão produzir.
Em terceiro, todas essas coisas equipadas e interconectadas estão se tornando inteligentes. Elas estão sendo conectadas a novos e poderosos sistemas de apoio que podem processar todos esses dados e também alimentar métodos analíticos avançados capazes de transformar tudo em insights reais, em tempo real.
Atualmente, a capacidade computacional está sendo acrescentada a coisas que normalmente não se consideraria computadores, e qualquer pessoa, objeto, processo ou serviço de qualquer empresa – pequena ou grande – pode participar da digitalização, se conectar e se tornar “inteligente”.
Cada segmento de mercado tem seus próprios desafios. Os fabricantes precisam aperfeiçoar a cadeia de fornecimento, os varejistas precisam criar a lealdade dos clientes, os provedores de serviços de comunicações precisam minimizar a rotatividade de clientes, etc.. Obter uma visão aprofundada de cada cliente pode ser um diferencial para a empresa, pois conhecendo melhor seus clientes pode-se trabalhar para aumentar a base de clientes e, ainda reter, os clientes mais rentáveis. Para isso, é preciso conhecer melhor as necessidades do consumidor e descobrir como fidelizá-lo, aumentando a satisfação com os produtos e serviços.
Para manter-se na liderança em um mercado competitivo, as empresas precisam identificar tendências, entender seus clientes e tomar decisões bem informadas rapidamente. Com a Inteligência Analítica de Negócios, os varejistas e as organizações de bens de consumo ganham acesso a informações confiáveis e oportunas que orientam decisões melhores. Um sistema de inteligência de negócio pode aumentar a eficiência dos processos, detectar oportunidades e diminuir riscos e custos na empresa.
O conhecimento humano dobra a cada dez anos e o volume de informações novas é muito maior da década de 1970 até hoje, do que foi produzido nos 5.000 anos precedentes. Essa realidade é o ambiente competitivo em que as empresas estão inseridas. Nesse ambiente, as mudanças são constantes e a globalização vem derrubando barreiras comerciais em todo o mundo, permitindo a integração de negócios e aumentando a velocidade das transformações nos processos produtivos.
A economia mundial está migrando de uma economia industrial, em que os bens manufaturados são a principal característica, para uma economia baseada na informação e no conhecimento. Nesse novo paradigma, conhecido como economia da informação, quem detém a informação e sabe utilizá-la estrategicamente ganha em eficiência e competitividade.
Com esse novo panorama da economia mundial é fundamental, para as empresas, saber administrar as informações de forma adequada, e que elas estejam alinhadas com a estratégia do negócio. A nova economia exige das organizações a implantação de uma gestão direcionada ao mercado, à informação e ao conhecimento. Antecipar-se às mudanças tecnológicas e de mercado determina o sucesso ou o fracasso da organização. A empresa deve estar continuadamente focada na obtenção de vantagens competitivas sustentáveis.
A nova economia está criando condições favoráveis para o estabelecimento de um ambiente acelerado de criação de riqueza, cada vez mais, baseado na informação e no conhecimento.
O ambiente de tecnologia da informação (TI) está repleto de oportunidades e desafios, como diversas opções tecnológicas, redução nos custos, usuários mais exigentes e esclarecidos, e maior nível de produtividade. Porém, como “ninguém janta de graça”, a TI sofre com as mudanças rápidas e continuas, com a descrença no próprio pessoal de TI, com a compreensão limitada dos executivos e, sem dúvida nenhuma, com a crescente complexidade das aplicações.
As organizações necessitam dar uma resposta rápida e eficiente às mudanças que estão ocorrendo a cada instante. As empresas precisam ser flexíveis para reestruturar as suas atividades sem desgastes desnecessários e adaptar-se rapidamente às tensões do mercado. Nesse contexto, a utilização de tecnologias da informação tem sido de fundamental importância no sentido de conseguir vantagens competitivas sustentáveis. Hoje, as organizações possuem muitos dados, porém pouca informação, e necessitam muito rapidamente reverter esta necessidade.
O conhecimento armazenado ao longo dos anos nas bases de dados organizacionais é um bem vital para a sobrevivência de uma empresa neste mercado competitivo. Para a sua efetiva utilização como apoio ao processo decisório de uma organização, os dados precisam ser organizados de uma forma que possibilite o seu acesso rápido e de fácil entendimento. Muitos desses dados são desestruturados, muitos estão na rede, em vários formatos diferentes e o profissional de Inteligência Analítica de Negócio precisa ter a habilidade de ver sentido nesses dados, de usar sua disponibilidade para fornecer informações precisas que possam tornar a empresa competitiva de forma inteligente.
A inteligência competitiva é a capacidade que se tem de, com base naquilo que já se sabe, resolver novos problemas e se tornar competitivo. É uma maneira especial de observar especialmente os concorrentes, mas, também, os clientes, o mercado, o cenário e se antecipar aos movimentos das tendências do cenário e principalmente dos seus concorrentes. O principal objetivo da inteligência competitiva é criar unicidade parando de imitar os concorrentes e fazendo o que os concorrentes não fazem.
Embora sejam muitas as decisões a tomar, os tomadores de decisão dependem das respostas de três perguntas fundamentais:
- Como estamos fazendo?
- Por quê estamos fazendo?
- O que deveríamos estar fazendo?
A análise de dados é o grande assunto do momento e os gestores, líderes e tomadores de decisão estão começando a entender isso. Eles estão começando a perceber que para serem realmente competitivos, eles precisam tirar vantagens de seus dados, alavancarem esses dados e transformá-los em conhecimento. Para isso, eles estão buscando o auxílio das tecnologias de informação para compreender quais são as possibilidades. É neste momento que, utilizando o poder de análise, pode-se pegar as informações existentes, levar essas informações que estão disponíveis lá fora e ajudá-los a entender plenamente o seu potencial.
Quando se olha para uma indústria específica, o problema torna-se um pouco mais, bem específico para essa indústria. Por exemplo, em uma grande parte do setor de telecomunicações, a análise de dados é sobre o gerenciamento da movimentação, é sobre compreender os clientes e encontrar novas e interessantes maneiras de mantê-los engajados com a indústria, para impedi-los de se afastar. Se for para o varejo, é tudo sobre o produto, começando do design do produto, como ele é comercializado, até mesmo sobre o posicionamento dele na prateleira. No setor público, uma das áreas que se está aplicando a análise é no tráfego. Como prever onde o congestionamento vai acontecer e, em seguida, usar esse conhecimento, a fim de evitar que aconteça o congestionamento.
As organizações que se transformaram em negócios focados em análises estão atingindo um rendimento três vezes maior e um desempenho 12 vezes melhor do que aqueles que não usam Inteligência Analítica de Negócio. Mas, para obter esse crescimento, os clientes tem que entender o que a análise pode fazer, compreender como a análise pode ser usada em seus negócios e, ao mesmo tempo, eles têm que construir uma base sólida de dados para aplicar as análises.
Com recursos centrais que incluem elaboração de relatório, análise, dashboards, planejamento, relatórios e muito mais, as empresas conseguem entender o desempenho e tomar decisões melhores. Se os tomadores de decisão certos tiverem informações confiáveis e exatas na hora certa, poderão otimizar o desempenho dos negócios. E, com insights críticos do negócio, eles poderão melhorar a experiência do cliente, aumentar a eficácia do marketing, adquirir visibilidade do desempenho de receita e lucratividade, e administrar melhor suas cadeias de suprimentos estendidas e complexas.
Para responder a pergunta “Como estamos fazendo?”, um sistema de Inteligência de Negócioprecisa fornecer aos tomadores de decisões relatórios e dashboards com as informações de que precisam sobre o seu desempenho. Para que, a partir disso, eles possam ter visibilidade da estratégia, compreensão do papel que desempenham para assegurar o sucesso da estratégia e as métricas para avaliar seu sucesso. O relatórios e dashboards podem conter informações que possibilitem:
- Monitorar o desempenho de vendas e margens por canal, divisão, região, depósito, linha de produção, categoria ou vendedor.
- Administrar as vendas, margens e níveis de estoque de mercadorias em todos os canais e locais.
- Acompanhar as metas financeiras em termos de crescimento, lucratividade, despesas-chave controláveis e retorno sobre ativos líquidos.
- Avaliar a efetividade do marketing.
- Avaliar as atividades da cadeia de suprimentos, desempenho do fornecedor ou cliente e operações de logística com uma série de métricas.
Consolidar os grandes volumes de dados que a organização acumula é um desafio enorme. Isso é particularmente difícil porque são muitas as ferramentas usadas para analisar os dados e colocá-los em relatórios, o que cria mais ilhas de informação.
A elaboração de relatórios e a análise de dados consolidam os dados críticos transformando-os em informações e relatórios com dados significativos. Através deles, é possível identificar tendências rapidamente e detalhá-las para descobrir as causas e problemas subjacentes.
Por meio da elaboração flexível e descomplicada de relatórios, todos recebem as informações certas da maneira certa, em todos os departamentos, locais, funções e papéis.
Para avaliar com precisão o “Por quê?”, os tomadores de decisão precisam informações que possibilitem avaliar as atividades e o desempenho operacional. Através da elaboração de relatórios e dashboards pode-se:
- Relatar o desempenho por canal, divisão, região, depósito ou conta, categoria ou produto, a fim de maximizar os lucros.
- Analisar os dados de transações de venda para entender a demanda, otimizar os níveis dos funcionários e melhorar a posição do estoque.
- Entender as tendências de consumidor e mercado e reagir rapidamente com o objetivo de lançar promoções direcionadas e proporcionar uma experiência de compra mais positiva.
- Consolidar, analisar e relatar informações da cesta de compras.
Em uma empresa, os dados devem ser verdadeiros, devem ser usados proativamente e a infraestrutura de dados deve ser capaz de mudar agilmente para refletir as mudanças do mercado e nos negócios.
A definição dos principais indicadores de desempenho, análise dos processos organizacionais, definição das estratégias, a escolha de metas e referenciais comparativos são alguns dos pontos a serem considerados na hora da customização do de um sistema de Business Intelligence (BI). Esses pontos são as bases para obter uma resposta útil variável e que realmente complemente o conhecimento, além de ampliar os resultados corporativos. Mas, o BI não basta, é preciso incorporar Inteligência Analítica ao processo de negócio.
As organizações podem aplicar a análise de dados avançada e um conjunto integrado de informações e utilizar a Inteligência Analítica para ajudar a sua organização a prever o impacto provável de ações, para melhorar o processo de tomada de decisão e enxergar aquilo que não via antes.
Os insights (percepções) únicos derivados da análise preditiva podem, por exemplo, ajudar a responder perguntas-chave para o negócio:
- Como posso entender os padrões de venda de produtos e as preferências de compra a fim de aumentar as vendas e as margens?
- Quais produtos têm maior probabilidade de motivar os clientes a comprar?
Isso sugere que as empresas deveriam estar bem preparadas para educar os profissionais de Tecnologia de Informação (TI) quanto ao impacto daquilo que eles fazem sobre áreas específicas de negócios. Eles precisam adotar uma visão mais estratégica do que eles fazem, caso queiram impulsionar suas organizações para a condição de empresas alimentadas por análises de dados.
Sugere também que as empresas alimentadas por dados, não apenas entendam que uma estratégia de dados eficaz pode ser uma vantagem competitiva, mas que também é uma estratégia de dados eficaz em termos tangíveis e que deve estar vinculada a KPIs (indicadores-chave de desempenho) específicos dos negócios.
Melhorias contínuas são medidas de acordo com a avaliação da integridade atual dos dados e estabelecendo uma linha de base para a qualidade de dados.
Estabeleça e promova a atividade conjunta de TI e das áreas de negócios nos projetos. Contrate pessoas com experiência em análise de negócios para trabalhar na equipe de TI, para que a TI possa falar a linguagem da área de negócios.
Mude para um modelo em que o autoatendimento corporativo seja autorizado pela TI, o que pode garantir a adesão às políticas, habilitando ao mesmo tempo a área de negócios a agir com mais rapidez por si mesma (com segurança).
Se a sua arquitetura corporativa ainda estiver ancorada em aplicativos de negócios, considere reorientá-la para dados. Afinal, aplicativos vêm e vão. Dados perduram.
Cada vez mais e mais, é sobre como os dados são utilizados e o quanto desses dados são utilizados para ajudar nas decisões diárias.
Análises mais inteligentes estão ajudando empresas em todo o mundo a prever o futuro e agir no presente, pois daqui 15 anos não se falará mais sobre Inteligência Analítica de Negócio, será tão comum, tão normal que não será mais discutido sobre isso.
A Inteligência Analítica se trata de uma necessidade atual dos administradores, que demandam soluções inovadoras para seus processos decisórios e para a utilização otimizada de sua base de dados. Estamos na Era da Informação, e é certo que existe um potencial de incremento nos resultados operacionais, a partir da utilização dos dados de maneira mais qualificada. O tema precisa evoluir e, para isso, demandará maior debate entre os estudiosos mundiais.
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