Mas,
quando o assunto é dificuldade de mobilidade a situação fica muito
complicada, pois as ruas não tem nenhum tipo de facilidade, quando
muito, tem uma rampa que é difícil de subir mesmo para quem não tem
dificuldades, isso quando não tem um carro estacionado na frente
impedindo seu acesso, sem citar que as calçadas, quando tem, são
irregulares. Já nas empresas, públicas e privadas, quando tem rampas são
muito inclinadas, de tal forma que, uma pessoa em cadeira de rodas ou
um idoso só consegue subir com auxilio de outra pessoal.
O
Processo tem sido lento, pois passa por uma transformação cultural de
cada indivíduo, que de modo geral, espera que o outro faça alguma coisa,
se colocando com espectador no processo de inclusão social.
Acessibilidade
significa facilidade de acesso a todos os serviços, lugares e
ambientes, de forma independente, respeitando a limitação de cada
indivíduo. Para que isto fosse possível, no Brasil foi aprovada a Lei 10.048,
de 8 de novembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida. Passaram-se 11 anos e muitas coisas foram realizadas, mas de modo geral, podemos considerar que esta lei só existe no Papel.
O lugar onde a acessibilidade tem funcionado é no mundo virtual. Pois os especialistas em TI tem
desenvolvido software para que os portadores de necessidade especiais
sintam-se verdadeiramente incluso na sociedade. Os sistemas operacionais
disponibilizam configurações para que pessoas de baixa visão possam
utilizar computadores sem nenhum tipo de auxilio, isto permite uma
interação social “livre de preconceitos” nas redes sociais e também para
estudos e leitura de vários livros digitais, didáticos e literários. A Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveu um software, disponível gratuitamente para download no site http://intervox.nce.ufrj.br/~upgrade/#dosvox_oficial, que permite ao deficiente visual a utilizar um computador sem nenhum tipo de auxilio.
Atravessar
uma rua é uma verdadeira “roleta russa”, existe poucos semáforos
exclusivos para pedestres. Estes poucos, em sua maioria, não têm alertas
sonoros para deficientes visuais, o botão para acionar o fechamento do
semáforo fica muito alto, o que impossibilita o uso para quem esteja em
cadeiras de rodas. Al[em disso, mesmo com dificuldades todos tem que
atravessar a rua em alta velocidade, pois os automóveis mal esperam o
sinal ficar verde.
Estudar é outro desafio,
já que as escolas e faculdades privadas e públicas, nem de longe,
conseguem ter acessibilidade, as bibliotecas não tem livros para
deficientes visuais; não tem rampas para acesso com cadeiras de rodas,
não tem portas preparadas para quem tem dificuldades de mobilidade.
Para
a acessibilidade sair do papel e funcionar precisa ser sustentada por
quatro pilares: Respeito as Necessidade, Cumprimento da Lei, Consciência
individual e Ações públicas. Quem é responsável em fiscalizar e
garantir que esta lei seja cumprida e as pessoas tenham acessibilidade? O
Ministério Público?
Neste
quesito de acessibilidade os Conselhos de Administração e a Ordem dos
Advogados têm atuado com firmeza no sentido de apontar irregularidades e
apresentar projetos de inclusão social, em como exigir que os
governantes façam investimento para que se tenha inclusão social através
de processo de acessibilidades?
Todos
nós somos responsáveis pela falta de acessibilidade, seja por não
exigir nossos direitos, seja por acreditar que nunca teremos algum tipo
dificuldades de acesso.
Administração em 4Vias