sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O Paradoxo da Tolerância nas Redes Sociais

Desde o início, quando me propus a escrever o livro Stimulacron, fui pautado pela maneira como as redes sociais têm lidado com a forma que estamos nos relacionando com os outros, sejam conhecidos ou desconhecidos. 
Muitas vezes, diante de uma série de questões, parece que o indivíduo que age na rede não é o mesmo indivíduo que lida no mundo real. A rede tem um papel que sobrepõe o “eu real” em detrimento do “eu virtual”. A rede, portanto, modula comportamentos, boa parte deste tendendo a ser agressivo.
Eu mesmo já lidei de diversas formas na rede, muitas delas que não correspondiam com valores que eu acredito. Mas lidei. E depois o estrago já estava feito.
Creio que a palavra chave que deve ser usada para resumir este texto seja “tolerância”. Karl Popper definiu no livro The Open Society and Its Enemies o que chamou de “Paradoxo da Tolerância”, dizendo: Menos conhecido é o paradoxo da tolerância: tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos tolerância ilimitada até mesmo para aqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante contra a investida dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância junto destes”. 
Resumidamente, o que estava sendo dito é: Como ser tolerante com alguém que está querendo te matar? Obviamente, quando Karl Popper escreveu sobre este tema, vivia um contexto da guerra. 
Hoje as guerras não estão sendo mais travadas em campos de batalha, mas sim no mundo digital, na Internet. E as redes sociais tem fator preponderante neste momento.
Todo mundo parece intolerante aos nossos olhos. E nos tornamos intolerantes a medida que os outros assim parecem para nós.
O problema é que devido ao fato das redes sociais modularem muitos aspectos de nossa vida, tendemos então a ser muito mais intolerantes, todos parecem inimigos a serem combatidos ou convertidos pelo nosso discurso. Muitas vezes travamos um debate com alguém que não esteja de fato querendo nos destruir, mas sim apenas debater. Eliminamos o fator “humano”, imperfeito, que trilha um caminho e que quer aprender como se estivéssemos lidando com uma espécie de “robô”.
Empatia é algo quase inexistente, não enxergamos “o outro”, também reflexo da mente do TODO.

Todo cuidado é pouco, claro, devemos estar sempre em alerta, mas a dúvida é: a pessoa está sendo quem ela é de fato ou está apenas respondendo aos estímulos que a rede social conduziu?
Defender a tolerância exige não tolerar o intolerante”, no entanto, este “intolerante” é assim de fato ou apenas reage ao que é construído através de algoritmos do Facebook?
Copiado: https://gaysliberais.com

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Invasão de Sites: Saiba Quais os Impactos de Ser Hackeado

Invasões de sites acontecem diariamente em todo o mundo e a todo instante. Pensando nisso, quero te fazer uma pergunta: como estão as políticas de segurança da sua empresa? O que você tem feito para evitar os ataques cibernéticos? Sua senha é segura?
Ainda não pensou sobre o assunto? Tudo bem, hoje vou falar sobre os impactos de ser hackeado, os prejuízos que as falhas de segurança podem trazer para o seu negócio e, claro, o que você precisa fazer para proteger sua empresa. Vamos lá?

  • Nenhum negócio está imune aos ataques virtuais

Há muita gente que pensa que basta manter o antivírus atualizado para garantir a segurança das informações, mas não é bem assim. Prova disso é a longa lista de grandes empresas que perderam fortunas por causa de ataques hackers.
A CSO, que fornece consultoria para profissionais de segurança em TI, lançou uma lista com os 17 maiores roubos de dados que aconteceram até agora. O ranking não se baseia na quantidade de dados roubados, mas nos riscos e prejuízos que as invasões a sites causaram às empresas. E o mais surpreendente é que, na maioria dos casos, mesmo as senhas protegidas por criptografia não foram o bastante para evitar os ataques.
No primeiro lugar da lista está o Yahoo! (hoje, Altaba), que em 2016 anunciou ter sido vítima do maior roubo de dados da história. Entre 2013 e 2014 a empresa sofreu ataques que afetaram 3 bilhões de contas de usuários, expondo informações como nome, datas de nascimento, endereços e até senhas.
Já em 2014, o banco JPMorgan Chase teve dados violados de 76 milhões de contas domésticas e de 7 milhões de contas de pequenas empresas. Ao invadirem o site, além de ter acesso aos dados dos correntistas, os hackers conseguiram realizar algumas operações, como transferência de fundos e fechamento de contas. E sabe qual o valor investido pela empresa em segurança? US$250 milhões ao ano!
Não se engane pensando que o seu negócio não deve ser tão visado quanto os grandes. Nenhuma empresa está protegida dos ataques cibernéticos e, portanto, todo cuidado é pouco.

  • As 4 invasões de sites mais comuns

Agora que você já sabe da importância de pensar na segurança dos dados de sua empresa, vou mostrar os 4 ataques mais comuns. Fique atento e evite cair em ciladas.

  • 1. Ataques silenciosos

Os dispositivos de segurança têm se tornado mais resistentes aos malwares e vírus. Por outro lado, isso fez com que os hackers também aprimorassem os ataques. Para você ter uma ideia, esses criminosos conseguem modificar os arquivos maliciosos para evitar a detecção dos sistemas de segurança.
Esse recurso é utilizado pelos invasores para descobrir as vulnerabilidades do site. Eles entram na rede e, a partir daí, podem acessar todas as informações do negócio.

  • 2. Ataques ao SSL/TLS

Talvez você não saiba, mas o Secure Socket Layer (SSL) e o Transport Layer Security (TLS) são protocolos de segurança que criam um canal criptografado entre o servidor e o navegador para garantir que todos os dados transmitidos sejam protegidos.
Proteção que os hackers se empenham em quebrar para atacar os dados das empresas. Eles conseguem se esconder no meio desse tráfego criptografado porque sabem que muitos negócios não contam com os recursos necessários para inspecionar o SSL e o TLS.

  • 3. Ataques ao DNS

Você e eu utilizamos o DNS o tempo inteiro. Quando você digita “Guia Empreendedor” em seu navegador, é o servidor DNS que faz a associação entre o nome digitado e o endereço da página. Mas você sabia que os criminosos conseguem “envenenar” os servidores e que isso pode trazer muitos prejuízos?
Os hackers invadem os dados de acesso do usuário e começam a redirecionar as páginas e as informações que ele mantém na internet para um outro endereço. O problema é que muitas vezes a pessoa nem sabe que o DNS está infectado e continua a usar a internet e seu site sem problemas.

  • 4. Ataque com sequestro

Esse tipo de ataque criminoso ocorre por meio do ransomware, um tipo de vírus que se infiltra na rede, encontra todos os dados importantes da empresa e cria um bloqueio de acesso por meio de códigos de criptografia, sequestrando esses dados.
Os criminosos colocam um valor de resgate, normalmente em criptomoeda, a fim de que o usuário possa recuperar seus dados. Para se ter uma ideia, Crysys é o nome do novo ransomware que tem atacado as empresas aqui no Brasil — ele se espalha via mensagem eletrônica.

  • 5 melhores práticas para proteger seu negócio dos hackers

Eu sei que o cenário parece um pouco assustador e que os prejuízos podem ser irreversíveis. Ainda assim, existem cuidados básicos para proteger seu negócio dos crimes virtuais. Selecionei aqui 5 deles. Confira!

  • 1. Suspeite de aplicativos, sites e e-mails

Sempre desconfie de tudo que você acessar ou receber pela internet, porque uma das maneiras utilizadas pelos criminosos para invadir sites é o phishing. Ele aparece em mensagens de e-mails, em anúncios virtuais e até em alguns programas.
Por isso, tenha muita atenção ao abrir mensagens ou sites que não são tão conhecidos. Além disso, evite fazer o download de links não verificados.

  • 2. Aumente o nível de segurança da rede interna

As redes Wi-Fi se tornaram outro ponto de entrada para os criminosos acessarem computadores, contas e sites.
Se você oferece Wi-Fi para os clientes, o ideal é manter uma rede apenas para uso da empresa. Também é fundamental usar serviços de gestão e segurança da internet e instalar servidores de firewall para proteger o acesso da rede interna.

  • 3. Use um bom programa antivírus

Eu disse que nem mesmo esses programas estão imunes às invasões, certo? Imagine, então, a vulnerabilidade da empresa que nem ao menos conta com um antivírus?
A maioria dos bons programas tem conseguido identificar a existência de vírus antes mesmo de um download. Além disso, os antivírus ajudam a bloquear a instalação de arquivos desconhecidos que podem roubar os dados do negócio.



  • 4. Realize o backup dos seus arquivos periodicamente

Faça um levantamento das informações mais importantes do seu negócio e não deixe esses arquivos apenas no computador da empresa.
Uma ótima opção é a computação em nuvem, que garante a segurança no armazenamento de dados e é uma excelente maneira de evitar comprometer seus dados em casos de ataques cibernéticos. E não se esqueça de manter a atualização dos softwares em dia!

  • 5. Alerte a equipe

Você sabia que o fator humano é apontado como uma das maiores brechas para os ataques virtuais? Afinal, não adianta instalar os sistemas de segurança mais sofisticados, se as pessoas que lidam com as ferramentas não estiverem atentas aos possíveis riscos.
Por isso, reúna a equipe e deixe claro os perigos do mau uso da internet e dos equipamentos. Oriente, ainda, sobre a importância de não compartilhar informações confidenciais ou trocar e-mails suspeitos.
Invasões de sites é um assunto sério e merece muita atenção, não é mesmo? Então, se você quiser saber um pouco mais sobre o assunto, dê uma olhada nos riscos e consequências dos crimes virtuais para as PMEs? Boa leitura e até a próxima!
Copiado:https://guiaempreendedor.com/

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O QUE É GESTÃO DE MUDANÇAS?


ORGANIZAÇÕES NÃO MUDAM. PESSOAS SIM! 

Quando sua organização cria projetos ou iniciativas para melhorar o desempenho, resultados ou aproveitar oportunidades, acaba gerando mudanças em processos, funções de trabalho, estruturas organizacionais e usos de novas tecnologias. No entanto, são realmente as pessoas da sua empresa que, em última instância, precisam mudar a maneira como elas trabalham. Se esses indivíduos não tiverem êxito em suas transições pessoais, se não abraçarem e aprenderem uma nova maneira de agir, pensar e fazer, ou seja, se não usarem e adotarem o novo, as mudanças falharão e os resultados esperados não serão alcançados.

O QUE É GESTÃO DE MUDANÇAS

Gestão de Mudanças é a disciplina que orienta a forma como preparamos, equipamos e apoiamos indivíduos para adotarem mudanças com sucesso, a fim de impulsionar os objetivos e os resultados organizacionais.
Embora todas as mudanças e todas as pessoas sejam únicas, décadas de pesquisas em melhores práticas da Prosci mostram que existem ações que podemos tomar para influenciar as transições individuais.
A Gestão de Mudanças fornece uma abordagem estruturada para apoiar os indivíduos em organizações a passarem de seus próprios estados atuais para seus próprios estados futuros.

TRÊS NÍVEIS DE GESTÃO DE MUDANÇAS

Gestão de Mudanças Individual

A reação psicológica e fisiológica natural dos seres humanos à mudança é a resistência. Porém isso pode mudar drasticamente se as transições forem bem suportadas.

A Gestão de Mudanças Individual exige entender como as pessoas experimentam mudanças e o que precisam adequar. Também requer saber o que ajudará os indivíduos a fazerem uma transição bem- sucedida: quais mensagens precisam ouvir, quando e de quem, qual o melhor momento para ensinar uma nova habilidade, como treinar as pessoas para demonstrarem novos comportamentos e o que faz as mudanças “permanecerem”. A Gestão de Mudanças Individual baseia-se em disciplinas como a psicologia e a neurociência para atuar na mudança individual.
Após anos de estudo sobre como os indivíduos experimentam e são influenciados em tempos de mudança, a Prosci desenvolveu o modelo ADKAR® para mudanças individuais. Hoje, é um dos modelos mais utilizados no mundo.

Gestão de Mudanças Organizacional

Embora a mudança ocorra no nível individual, muitas vezes é impossível para uma equipe de projetos gerenciar pessoa a pessoa. A Gestão de Mudanças Organizacional nos fornece as etapas e as ações a serem tomadas no nível de projeto para suportar centenas ou milhares de indivíduos afetados pela iniciativa de mudança.
A Gestão de Mudanças Organizacional envolve primeiro identificar os grupos e as pessoas que precisarão mudar como resultado do projeto e de quais maneiras. Envolve a criação de um plano personalizado para assegurar que os empregados afetados recebam a conscientização, liderança, treinamento e patrocínio necessários para mudarem com sucesso. Conduzir transições individuais bem-sucedidas deve ser o foco central das atividades na Gestão de Mudanças Organizacional.
A Gestão de Mudanças Organizacional é complementar à Gestão de Projetos. O gerenciamento de projetos garante que a solução do seu projeto seja projetada, desenvolvida e entregue, enquanto a Gestão de Mudanças garante que a solução seja efetivamente adotada e utilizada pelos indivíduos.
Saiba mais sobre o Prosci 3-Phase Process, que fornece uma abordagem baseada em pesquisa e um conjunto completo de ferramentas para aplicar a gestão de mudanças em uma iniciativa específica.

Capacidade de Gestão de Mudanças – Competência

A Gestão de Mudanças também é uma competência central organizacional que oferece diferenciação competitiva. É a capacidade de se adaptar efetivamente ao mundo em constantes mudanças. A capacidade de gestão de mudanças significa que a competência de mudança é incorporada nas funções, estruturas, processos, projetos e atividades de liderança da sua organização. Os processos de gestão de mudanças são consistentes e efetivamente aplicados em iniciativas, os líderes têm habilidades para orientar suas equipes e os empregados sabem o que pedir para ter sucesso.
O resultado final do desenvolvimento da capacidade de gestão de mudanças é os indivíduos adotando mudanças de forma mais rápida e eficaz e as organizações respondendo rapidamente às mudanças do mercado, abraçando iniciativas estratégicas e adotando novas tecnologias com maior agilidade e menor impacto sobre a produtividade. Essa capacidade não acontece por acaso e requer uma abordagem estratégica para incorporar a gestão de mudanças em uma organização.
Copiado: https://peoplechange.com.br

Positividade e Produtividade na Gestão de Talentos são vitais em momentos difíceis

Muito se tem falado sobre o período de retração da atividade econômica experimentada nos últimos dois anos no País. Neste cenário, é fundamental que a cultura organizacional e a gestão de pessoas da empresa trabalhem de maneira conjunta a fim de engajar os talentos na superação de cenários desafiadores e na rápida e eficiente alavancagem das operações quando essa fase passar.
É importante que, principalmente, as lideranças da empresa se posicionem de maneira positiva e transparente com relação aos desafios e iniciativas que devem ser colocadas em prática em momentos como esse. É preciso ter em mente que a crise é passageira e o estágio posterior – de retomada da atividade econômica – deve ser bem planejado. Ou seja, o pensamento a curto prazo não pode determinar os rumos do trabalho ao longo do período.
A gestão dos talentos humanos deve ter um mix de pensamento a curto e a longo prazo e refletir sobre as necessidades da companhia. Em um momento de bonança, de crescimento econômico, às vezes ela cresce desordenadamente e acaba não se preocupando tanto com a produtividade. Em um momento de dificuldade a empresa, então, passa a discutir mais sobre a produtividade e performance. Essa é uma grande oportunidade para criar ou aprimorar programas que elevem o nível de engajamento dos colaboradores, a fim de eles conseguirem atingir o máximo nível de produtividade e de capacidade de inovação. Neste sentido, aplicar reconhecimentos aos esforços dos colaboradores da empresa é fundamental e pode trazer resultados muito expressivos.
A visão a curto prazo é mais no sentido de adequar a organização ao cenário que está em volta. Mas a empresa não pode deixar de olhar para o médio e longo prazo, pois, muitas vezes, ela “corta músculo ao invés de cortar gordura”.







Outro fator importante a ser levado em conta, principalmente, pela grande empresa, é o investimento em tecnologia, que faz com que ela esteja mais preparada para responder às necessidades dos clientes e para se reinventar, inovar. Muitas vezes, as empresas não investem em tecnologia, achando que, assim, reduzirão em muito os custos totais. Esta é uma visão “míope”, porque, em um contexto de diminuição de custos, aportar tecnologia pode deslocar os esforços de um trabalho mais operacional e adicionar mais inteligência, trazendo eficácia e eficiência.
Falando um pouco sobre as PMEs, neste momento, para a sustentabilidade nos negócios, com um quadro de funcionários mais enxuto, a empresa de menor porte precisa estar bem próxima das pessoas ou buscar essa proximidade e ter um turnover mais reduzido. É essencial, neste sentido, trabalharem na retenção dos colaboradores, principalmente daqueles que possuem maior conhecimento do negócio e reconhecer as competências individuais.

Aos líderes corporativos, fundamentalmente, aos gestores de talentos é preciso, acima de tudo, acreditar na retomada econômica. Uma má fase é, em maior parte, passageira. As empresas que estiverem visualizando, apenas, crise e cortes, como um todo, terão problemas futuros na hora de retomarem aos patamares anteriores em que havia condições de crescimento mais favoráveis.
Por: Marineide Peres - http://www.administradores.com.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

6 Hábitos das Pessoas Altamente Empáticas

Aprenda o que diferencia as pessoas empáticas de todo o resto e, coloque essas atitudes em prática no dia-a-dia

Se você acha que está ouvindo a palavra empatia por toda parte, você está certo. E agora, o termo está na boca de cientistas e líderes empresariais, especialistas em educação e ativistas políticos.
Mas há uma questão vital que poucas pessoas perguntam: como posso expandir o meu próprio potencial empático?
A empatia não é apenas uma maneira de estender os limites do seu universo moral. Segundo pesquisa, essa é um hábito que se pode cultivar para melhorar a qualidade de nossas próprias vidas.
Mas o que é empatia? É a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, com o objetivo de entender seus sentimentos e perspectivas, e usar esse conhecimento para orientar nossas ações.
Isso a torna diferente da bondade ou compaixão. E não confunda isso com a regra de ouro faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem com você, como George Bernard Shaw apontou.
Na verdade, devemos seguir para o lado não faça aos outros o que gostaria que eles fizessem a você, eles podem ter gostos diferentes”.
E a empatia é sobre a descoberta desses gostos.
A grande questão sobre empatia resulta de uma mudança revolucionária na ciência de como entendemos a natureza humana.
A antiga visão de que somos criaturas essencialmente egoístas está sendo empurrada com firmeza para o lado a evidência de que nós também somos animais empáticos.
Durante a última década, os neurocientistas identificaram circuitos empáticos em nossos cérebros que, se danificados podem limitar nossa capacidade de entender o que as outras pessoas estão sentido.
Os biólogos evolucionistas, como Frans de Waal, têm mostrado que somos animais sociais que naturalmente evoluem para cuidar uns dos outros, assim como nossos primos primatas.
Mas a empatia não para de se desenvolver na infância. Podemos nutrir seu crescimento ao longo de nossas vidas, e podemos usá-la como uma força radical de transformação social.
Aqui estão 6 hábitos das pessoas altamente empáticas.

#1. Cultive a curiosidade sobre o desconhecido

As pessoas altamente empáticas têm uma curiosidade insaciável sobre os desconhecidos. Elas vão falar com a pessoa sentada ao seu lado no metrô, por exemplo, apenas por curiosidade.
Eles acham as outras pessoas mais interessantes do que a eles mesmos, mas não para interroga-las, apenas para investiga-las e admirá-las.
A curiosidade expande nossa empatia quando falamos com pessoas fora do nosso círculo social habitual, encontrando vida e visões de mundo muito diferentes da nossa.
A curiosidade é bom para aumentarmos a satisfação de nossas vidas. E é uma cura útil para a solidão crônica.
Cultivar a curiosidade exige mais do que ter apenas uma breve conversa sobre se o tempo vai virar.
Fundamentalmente, a conversa tenta entender o mundo dentro da cabeça da outra pessoa. Somos confrontados por estranhos todos os dias. Defina o desafio de ter uma conversa com um estranho semanalmente.
A única coisa que você precisa é ter coragem.

#2. Desafiar o preconceito e descubra pontos em comum

Todos nós temos suposições sobre os outros e usamos rótulos para nos referirmos às outras pessoas que nos impedem de apreciar a sua individualidade.
As pessoas altamente empáticas desafiam seus próprios preconceitos, procurando o que compartilhar com as pessoas, e não o que os separa. Muitas vezes, o preconceito é que nos impede de ver maravilhas que acontecem à nossa frente.

#3. Experimente a vida de outra pessoa

Você acha que escalar e voar de asa delta são esportes radicais? Então você precisa experimentar a empatia experiencial, a mais desafiadora e gratificante de todas elas.
Pessoas altamente empáticas expandem sua empatia para ganhar experiência diretamente pela vida de outras pessoas, colocando em prática o provérbio: caminhe alguns quilômetros nos sapatos de outra pessoa antes de criticá-la.
George Orwell é um modelo inspirador.
Depois de vários anos como oficial de polícia colonial britânica em Burma, em 1920, Orwell voltou para a Grã-Bretanha determinado a descobrir como era a vida daqueles que viviam à margem da sociedade.
Assim, ele se vestiu como um mendigo, e viveu nas ruas de East London com os mendigos e vagabundos.
O resultado foi registrado em um livro e, mudou radicalmente suas crenças, prioridades e relacionamentos.
Ele não apenas percebeu que as pessoas não são canalhas e bêbados, como fez amizades, mudou sua visão sobre a desigualdade e reuniu material literário ilimitado.

#4. Escute abertamente

Há duas características para uma conversa empática. Uma delas é dominar a arte da escuta radical.
Essa é a nossa capacidade de estar presente para o que realmente está acontecendo dentro do sentimento das pessoas, e que elas estão experimentando, nesse momento.
Pessoas altamente empáticas ouvem os outros e fazem todo o possível para compreender o seu estado emocional e necessidades, seja um amigo com problemas, ou um familiar que está chateado com alguma conduta.
Mas ouvir nunca é suficiente. A segunda característica é nos fazer vulneráveis. Remover nossas máscaras e revelar nossos sentimentos a alguém é vital para a criação de um forte vínculo empático.
Empatia é uma via de mão dupla que, no seu melhor, é construída sobre entendimento mútuo, troca de crenças e experiências importantes.

#5. Inspire a ação

Nós normalmente assumimos que a empatia acontece no nível da individualidade, mas as pessoas altamente empáticas entendem que a empatia também pode ser um fenômeno de massa que traz uma mudança fundamental.
A resposta esmagadora para o tsunami asiático de 2004 surgiu a partir de um sentimento de preocupação empática para as vítimas, cuja situação foi drasticamente exposta em imagens chocantes.
O grande desafio é descobrir como a tecnologia e as mídias sociais podem aproveitar o poder da empatia para cria uma ação política de massa.
O futuro das mídias sociais é não apenas divulgar informações, mas criar uma conexão empática.

#6. Desenvolva uma imaginação ambiciosa

Um traço final das pessoas altamente empáticas é que elas fazem muito mais do que ter empatia com as pessoas de costume.
Nós também precisamos sentir empatia com pessoas cujas crenças não compartilhamos ou que possam ser inimigas, de alguma forma.
A empatia com os adversários também é um caminho para a tolerância social.
Esse foi o pensamento de Gandhi durante os conflitos entre muçulmanos e hindus que antecederam a independência da Índia, quando ele declarou: “eu sou um muçulmano! E um hindu, e um cristão e um judeu”.

Desenvolva a empatia diariamente

O século XX foi a era da introspecção, quando a auto-ajuda e a terapia nos encorajou a acreditar que a melhor maneira de entender quem somos e como vivemos é olhar para dentro de nós mesmos.
Mas, começamos a olhar apenas para nós mesmos. O século XXI deve se tornar a Era da Empatia, quando não simplesmente descobrirmos nós mesmos através da auto-reflexão, mas também criando interesse pela vida dos outros.
Precisamos de empatia para criar um novo tipo de revolução radical da maneira com que nos relacionamos com as pessoas que estão ao nosso redor.
Copiado: https://www.agendor.com.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Como Resolver Conflitos em Empresas Familiares




No Brasil, a maioria das empresas é familiar. Geralmente, a história começa assim: um casal inicia um pequeno negócio e os filhos crescem observando o esforço dos pais e aos poucos vão sendo inseridos na empresa.
Ao passo que família e empresa crescem, aumentam as chances de sucesso e os conflitos são parte inquestionável das relações humanas e empresariais. Mas como resolvê-los com sabedoria e até tirar proveito dos conflitos na empresa?
Este conteúdo da série Negócio na prática traz algumas sugestões para você solucionar esse tipo de problema. A especialista em negócios Michele Andreza de Freitas Carvalho, com colaboração de Antonio Carlos de Matos e Armando Lourenzo Moreira Junior, explica como colocar em prática ações para deixar a sua empresa e a sua família em perfeita harmonia.  
O que é empresa familiar 
A empresa familiar é um empreendimento que pertence a uma ou mais famílias, que é administrado por membros familiares e que geralmente emprega outros parentes no negócio.
Podemos destacar ainda outras características da empresa familiar, como:
Centralização na tomada de decisões.
Decisões baseadas na emoção em vez da razão.
Os problemas da empresa podem impactar na relação familiar e vice-versa.
Superproteção de funcionários que trabalham na empresa desde o início do negócio.
Dificuldade em se preparar para resolver conflitos.
Como surgem os conflitos 
A maioria dos problemas na empresa familiar envolve disputas por dinheiro ou poder e está diretamente ligada à relação entre os membros da família.
Os tipos mais comuns de conflitos surgem quando:
Os pais acreditam que todos os filhos devem trabalhar na empresa e um ou mais dos filhos não têm interesse nem aptidão para o negócio.
Um dos irmãos se sente preterido nas decisões da empresa em relação aos demais ou sente que trabalha mais que os demais e deveria ser mais valorizado.
Filhos que não trabalham na empresa desejam opinar nos negócios e outros membros da família discordam.
Os filhos constituem suas próprias famílias, agregando novos membros na relação empresa x família, os quais começam a opinar ou trabalhar na empresa.
As novas gerações desejam alterar a forma como a empresa é administrada e implantar inovações, mas os mais velhos acreditam que “em time que está ganhando não se mexe”.
Parentes (tios, primos, sobrinhos) são escolhidos para trabalhar na empresa por causa do grau de parentesco, e não pela competência em contribuir com o negócio.
Há divergência na escolha do sucessor do fundador da empresa.

Como resolver conflitos

Ao aceitar os conflitos (familiares ou não) como parte do dia a dia dos negócios e tirar o melhor proveito deles, as empresas tendem a crescer e se perpetuar. Veja algumas dicas sobre como resolver os conflitos nas empresas familiares.

1. Achar o ponto em comum

Toda empresa tem uma razão de existir, na maioria das vezes é gerar dinheiro e lucro para os sócios (excetuando-se aqui as que têm finalidade social).
Se todos estiverem interessados em fazer a empresa ganhar mais dinheiro, os problemas serão analisados a partir do resultado final que se espera.
Por exemplo: a discussão sobre empregar ou não parentes, ao passar pelo crivo “gerar mais dinheiro e lucro”, auxilia a decidir que parentes podem ser contratados em função do que deverão produzir e contribuir para que a empresa cresça e ganhe mais dinheiro -- caso contrário, serão demitidos, como qualquer outro empregado.

2. Melhorar a comunicação

Podemos dizer que a melhor maneira de a família se preparar para resolver conflitos é conversar e discutir com racionalidade sobre como resolvê-los antes que aconteçam.
Infelizmente, o cérebro humano parece programado para adotar a postura do “sempre fiz assim e sempre deu certo” ou “não vou discutir sobre isso porque não vai levar a lugar nenhum”. Mas essa falta de disposição em ouvir opiniões diferentes e julgá-las sem preconceitos pode levar a empresa a não reinventar seu modelo de negócio e, muitas vezes, quebrar.
Melhorar a comunicação na empresa é fundamental. As pessoas precisam saber que podem se expressar e confiar umas nas outras. É preciso estabelecer momentos específicos para conversar; a periodicidade e a forma de registrar os combinados depende do tamanho e da estrutura da empresa.

3. Fazer um Acordo Familiar

O Acordo Familiar é um conjunto de regras e normas que determina como será a relação entre a família, os sócios e a empresa.
Cada família deve definir os itens que constarão em seu Acordo Familiar.
Por exemplo:
  • Estabelecer quem vai trabalhar ou não na empresa.
  • Definir a responsabilidade de cada um – inclusive na resolução dos problemas.
  • Esclarecer o nível de autonomia dos membros.
  • Saber como será a utilização dos bens da empresa.
  • Definir remuneração em caso de doença ou pensão em caso de falecimento.
  • Estabelecer um processo de sucessão.
  • Outros quaisquer que os membros julgarem necessários constar em seu acordo familiar.
É importante que:
  • A família discuta cada problema que pode surgir ao longo da existência da empresa e defina em conjunto como resolvê-los.
  • Documente por escrito essas decisões prévias para consultá-las sempre que preciso.
  • Que todos os membros da família assinem o acordo familiar.
É importante lembrar que os familiares que não trabalham na empresa não recebem salário (pró-labore), mas legalmente têm direitos sobre a empresa. Por isso pode ser importante incluí-los nas grandes decisões do negócio, tanto nas definições do Acordo Familiar quanto do Conselho Familiar.

4. Constituir um Conselho Familiar

O Conselho Familiar é um grupo de pessoas se reúnem periodicamente para tomada de decisões sobre determinados assuntos. O conselho pode conter ainda pessoas externas à empresa, como outros empresários e consultores terceirizados.
  • Participantes do conselho: podem ser incluídos todos os membros da família ou alguns que representam o interesse de todos e pessoas externas à empresa, como outros empresários e consultores, visando transpassar a visão familiar sobre os assuntos em discussão.
  • Periodicidade: é importante decidir quando o conselho vai se reunir e por quanto tempo, levando em consideração o objetivo dessas reuniões.
  • Objetivo: através do conselho, muitas empresas familiares decidem o código de ética da empresa, fazem o planejamento estratégico (definindo metas de curto, médio e longo prazo), avaliam como está o cumprimento das metas estabelecidas, definem os critérios para ingresso de membros da família na empresa, decidem o processo de preparação de herdeiros e de sucessão na gestão da empresa. É também o momento de resolver problemas, conflitos e crises da empresa.

5. Incluir terceiros na resolução de conflitos

Ao surgirem conflitos, é possível optar por buscar ajuda de terceiros, ou seja, pessoas que não são membros da família e não fazem parte da gestão do negócio para mediar os conflitos, como consultores terceirizados, empresários parceiros, coachs em liderança.
O papel desses mediadores é auxiliar as partes interessadas a chegar a um consenso.

6. Coloque em prática

Para colocar as dicas em prática, pode ser interessante que a empresa faça um diagnóstico da origem dos conflitos e pense, em conjunto, sobre como resolvê-los. Inspire-se no quadro abaixo e aplique a metodologia à sua empresa.
Como prevenir e resolver conflitos familiares
Características da empresa familiar 
Como surgem os conflitos 
Como resolvê-los 


Copiado: http://www.sebrae.com.br