sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Gestão de Processos: A Linha de Produção da Qualidade.

Como as abordagens e conceitos gerenciais podem ser amplificados e expandidos à diversas corporações, na busca da qualidade.

Diversos conceitos gerenciais, especificamente de mercadologia, têm a sua aplicação restringida ao setor de negócios de uma empresa e, principalmente, às entidades da iniciativa privada. Assim, acabam vilipendiados, sendo que poderiam ser perfeita e positivamente incorporados a vários contextos, se tivessem seus significados amplificados e adaptados a outras circunstâncias e ângulos de visão. É o que acontece com os termos “produto”, “cliente”, “fornecedor” e outros que podem decorrer dessa colocação, como será visto.
Muito já se evolui quando estendemos os conceitos aplicados a “produto” também a “serviço”. Daí, por exemplo, entendemos a “embalagem” como tudo que se referir a “apresentação” do serviço, com os mesmos apelos e importâncias que a embalagem de um produto físico, material, palpável; idem para “distribuição”, que no caso do serviço aplica-se à facilidade na sua obtenção. E por aí vai. Com essa a adaptação, já partimos para o campo dos valores imateriais, impalpáveis. Melhor ainda quando evoluímos para o conceito de “informação”
Produzir não apenas bens materiais, mas produzir “informação”. E isso é feito por todos dentro de uma corporação, a todo instante, desde a recepcionista até o vendedor, desde a telefonista até o fiscal. Todos acrescentam mais que componentes materiais a um produto, mais que peças a um automóvel, ou farinha a um biscoito, acrescentam valor, produzem informação.
E que tal se, num exercício de amplificação, os diversos setores de uma corporação fossem entendidos como “clientes” e “fornecedores”?  Se cada setor e personagem dessa cadeia interna entendesse também a necessidade do consumidor final, lá fora (aquele que vai receber o “produto/serviço/informação” pronto)? 
É identicamente importante, ao recebermos uma demanda de um setor, que entendamos a sua necessidade, exatamente como se deve tratar um cliente, para acrescentarmos ali o valor que for de nossa responsabilidade, nesta cadeia que produz qualidade. Idem em relação a quem nos antecede, se os provermos de todos os detalhes de nossa necessidade, como a um fornecedor, para que seja acrescentado o valor adequado à perfeita fluência do processo, com todos os valores possíveis e necessários à sua resolução. 
Com esse exercício, fizemos, nada mais, nada menos, que aplicar a mercadologia nas relações internas. Somos, a todo instante, clientes e fornecedores. Transformamos um “processo” em uma “cadeia de produção”. E são várias, como verdadeiras artérias, a entremear uma organização, seja lá qual for sua característica jurídica. 
Assim desenvolvemos um “produto/informação” cheio de valores, com reais possibilidades de alcançar a qualidade final.
Esta é uma forma muito sintetizada de analisar a gestão de processos. 
O seu aprofundamento crítico requer o entendimento de como as informações fluem e entremeiam-se pelas diversas subdivisões de uma entidade; o diagnóstico dos gargalos e deficiências em pontos dos fluxos de informações; a proposição de melhorias, sejam elas de ordem humanas ou materiais. E não deixando de amplificar conceitos, vale lembrar que tudo o que foi dito aplica-se tanto à iniciativa privada como às organizações públicas, onde os clientes são os usuários e cidadãos, que, como clientes, também pagam pelo que recebem.
Por Mirian Rosa Riera - http://www.cfa.org.br/

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