terça-feira, 29 de junho de 2010

O que é Empowerment e como ele funciona?

Por Empowerment, podemos entender de maneira simplificada, a delegação de poder aos nossos colaboradores. Com esta atitude a empresa descentraliza suas decisões e estabelece um estilo de gestão extremamente mais participativa, dando maior autonomia a seus colaboradores. As vantagens são maior motivação, maior satisfação das pessoas, maior agilidade e flexibilidade, portanto, maior potencial de competitividade.
A prática do empowerment é fundamental para libertar a empresa do vício da centralização que a torna lenta e burocrática!
Empowerment corresponde a uma relação que envolve poder e responsabilidade, como duas faces de uma mesma moeda. Para desenvolvê-lo não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de “ownership”, ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem “proprietárias” do negócio, pensando como empresários. Para isso é necessário:
1. Um profundo compartilhamento das informações com todos os envolvidos. A informação é o objeto que destrói a incerteza. Ela é fundamental para a correta tomada de decisões.

2. A abertura para uma real autonomia, dando às pessoas não somente as informações, mas o apoio e a liberdade necessária para agirem. É preciso confiar nestes profissionais e incentivá-los a liderar os processos em que estão envolvidos, e sob os quais assumiram responsabilidades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; erros devem ser corrigidos, não punidos.

3. A redução dos níveis hierárquicos e da burocracia que tornam as empresas lentas e rígidas. A prática de empowerment aumenta exponencialmente as condições para que todos possam atingir a alta performance e buscar continuamente a excelência.

Esta prática desperta o que há de melhor nas pessoas e estimula o aparecimento e a formação de novos líderes. Na ausência de empowerment, o comprometimento nunca será máximo, as equipes jamais atingirão alta performance e a liderança jamais será efetiva
.
Em muitas empresas, a implantação do empowerment é prejudicada por empresários, gerentes e gestores temerosos de perderem sua importância, status e poder. Isso é uma grave miopia porque as equipes e líderes continuarão necessitando de uma administração competente e atuante.
A adoção do empowerment demonstra um amadurecimento da cultura organizacional, independentemente do tamanho da empresa. Ele favorece a autorrealização das pessoas e é um dos grandes atrativos para reter os melhores talentos, já que estes não desejam trabalhar em empresas o­nde não possam atuar com autonomia e possibilidades de construir uma carreira de sucesso!
Empresas que pretendem aprender e agir mais rápido que seus concorrentes precisam aprender a delegar autonomia a seus talentos. A centralização é um risco muito elevado à sustentabilidade dos negócios. Sucesso é um esporte coletivo. Ninguém quer fazer parte de um time o­nde não se pode jogar, mostrar seu valor e fazer a diferença.
Um dos maiores erros em organizações consiste em tolher a autonomia das pessoas. É preciso acreditar em nossos talentos e deixá-los sentir a motivação e o prazer de ajudarem a construir o sucesso dos negócios. Empresas que delegam autonomia a seus colaboradores fazem com que eles se sintam co-autores do sucesso, elevam sua autoestima e, com ela, a lucratividade dos negócios.
Mantenha sua empresa aprendendo constantemente, dedique-se a treinamento e capacitação constante. O medo de investir nas pessoas alegando que elas possam deixar o negócio deve ser superado pela certeza de que se não as capacitarmos e elas continuarem trabalhando conosco, o custo será incrivelmente maior! Quem não investe em seu negócio e em seus colaboradores, investe na concorrência...
Acredite nas pessoas, invista nas pessoas, elas são o seu negócio, o restante é só cenário!
Carlos Hilsdorf
Economista, Pós-Graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México).

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Da Garagem ao Sucesso


“Existem três fases: impossível, difícil e feito.”
                                                                    (Frank Crane)

O ano é 1975. A cidade é Cambridge. Dois jovens estudantes egressos de Harvard desenvolvem um sistema operacional para microcomputadores. Seus nomes são Paul Allen e William Gates, mais conhecido como Bill Gates. Anos depois fundariam uma empresa chamada Microsoft que viria, em 1981, a ser contratada pela IBM como fornecedora de software para seus computadores pessoais.

O ano agora é 1978. A cidade é Brasília. O país vive o início da abertura política com a revogação do AI-5. Ao som de Sex Pistols, Ramones e The Clash, dois jovens se conhecem e descobrem imediatamente suas afinidades. Um é baterista e atende pelo nome de Felipe Lemos, ou simplesmente, Fê Lemos. O outro é baixista e guitarrista, e mais ainda, um grande compositor e vocalista. Trata-se de Renato Russo e a banda que viria a ser formada tempos depois se consagraria pelo nome de “Aborto Elétrico”.
A Microsoft tornou-se uma das empresas mais valorizadas e lucrativas. Numa época em que todos apostavam suas fichas no hardware, Gates vislumbrou a hegemonia futura do software. O serviço em lugar do produto. A inteligência acima da máquina. O Aborto Elétrico foi extinto em 1982, mas aquela banda de punk rock viria a influenciar toda uma geração de músicos brasileiros. Fê Lemos e o Capital Inicial, Renato Russo e a Legião Urbana. Da garagem para o mundo. Do mundo, para a história.
Visto sob este prisma parece que tudo aconteceu de maneira linear, harmoniosa e previsível. Da simplicidade da garagem, onde aconteciam os ensaios da banda e onde, madrugadas adentro, códigos binários eram combinados, ao sucesso, há certamente uma instigante ocorrência de eventos revestidos por angústias e frustrações, alegrias e conquistas.
Escrever composições difíceis de serem ritmadas. Constituir uma banda que não será agenciada por qualquer empresário. Fazer uma fita demo que não será ouvida por qualquer gravadora. Tocar para platéias apáticas, talvez apenas desinteressadas, talvez até mesmo hostis, talvez simplesmente ausentes.
Empreender em um negócio incerto, intangível, talvez apenas um sonho que pode se transmutar em pesadelo. Enfrentar a falta de crédito e a descrença alheia. Errar, insistir, persistir, apostar. Saborear as pequenas vitórias.
A estrada para o sucesso é uma via não pavimentada. Carece também de sinalização e iluminação. Botinas nos pés, uma bússola, uma lanterna e um guarda-chuva nas mãos, são poucos aqueles dotados da capacidade de se embrenhar por um terreno árido, pisar as pedras, queimar a face no calor do sol e permanecer na mesma trilha com determinação.
Pasteur dizia que a diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana. Que esta vontade se manifeste em você pela iniciativa, pela perseverança, pelo comprometimento e pela autoconfiança. Que seus desejos ganhem asas; seus olhos, brilho; seu rosto, sorriso. E que seus projetos se ampliem de poucos metros quadrados de uma garagem para as dimensões que o sucesso almejado demandar.
agosto/2005 

Tom Coelho,
Formação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP, especialização em Marketing pela MMS/SP

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A seleção canarinho e as marcas corporativas

Como no caso da Seleção, as marcas corporativas foram feitas para durar muito. Se possível, quase para sempre. Pode parecer apenas uma metáfora ingênua e oportunista. Afinal, não se fala de outra coisa nestes meses. Mas não é nem oportunista e muito menos ingênua. A relação entre a nossa Seleção e as marcas corporativas é total.
Nós sabemos como as marcas corporativas, transcendendo as marcas de produto, deixaram de ser somente figurantes, passaram a ser fortes coadjuvantes e hoje são protagonistas nas comunicações e relações das organizações com seu mercado e stakeholders.
Aí vão algumas razões para demonstrar a autencidade desse paralelo entre as marcas corporativas e nossa Seleção.

1. Longevidade - Como no caso da Seleção, as marcas corporativas foram feitas para durar muito. Se possível, quase para sempre. Elas presenciam a entrada e saída de marcas de produto, que têm uma existência normalmente muito mais curta. Nossos craques também. Há muito tempo o Bellini levantou nossa primeira taça. Depois Mauro, Carlos Alberto, Dunga e Cafú. Ao longo desse período, a Seleção continuou nos orgulhando com outros craques.
2. Paternidade - As marcas corporativas dão “paternidade” e orgulho para os produtos que operam sua bandeira. Não é à toa que cresceu tanto a expressão das marcas corporativas nas comunicações de produto. Há muitos exemplos disso. Talvez o da Unilever seja o mais paradigmático nos últimos tempos. Como um produto que recebe o U corporativo em sua embalagem, os jogadores que são chamados para a seleção também são apadrinhados pela camiseta canarinho. Quando perguntaram uma vez a um jogador menos conhecido na época se gostaria de jogar na seleção, ele respondeu: “Mas quanto eu vou ter que pagar?”
3. Individualidade - As marcas corporativas não eliminam a individualidade das marcas de produto. Em qualquer portfólio de produtos, dentro de uma empresa, é a coisa mais natural e desejável do mundo que os produtos tenham sua própria personalidade e contribuam de forma planejada para os resultados do conjunto. A última coisa que se espera de um portfólio de produtos e marcas é uma desastrosa canibalização entre eles. Com a nossa Seleção é exatamente a mesma coisa. Robinho e Lúcio sabem que um não é capaz de fazer tão bem o que o outro faz. Acomodar as habilidades desses garotos num todo harmônico sempre foi a principal virtude dos grandes técnicos. O saudoso Telê Santana talvez tenha sido o grande mestre nessa virtude, mesmo sem ter ganho a Copa de 82.
4. Qualidade - Alguém conhece alguma marca corporativa que desfrute de prestígio, porém com um portfólio de produtos de qualidade questionável ou ruim? Eu não! É uma contradição em termos. Nos estudos que realizamos anualmente para a revista Época Negócios, as marcas corporativas de maior prestígio têm sido: Nestlé, Natura, Correios, Petrobrás, J&J, Volkswagen entre outras. A qualidade dos produtos e serviços é o pressuposto de empresas com marcas corporativas com reputação. Seleções não vão a lugar nenhum com jogadores pernas-de-pau. Mesmo grandes técnicos não conseguem essa milagrosa transmutação. Ou seja, qualidade é o price-of-entry de qualquer marca corporativa respeitada. Não há comunicação que cure a falta de qualidade de seus produtos.
5. Humildade - Quantas e quantas organizações não têm caído na armadilha das disputas internas entre unidades de negócios, entre as marcas de mais brilho versus as menos expressivas no mercado? Não é nada estranho que batalhas internas drenem a força do conjunto e o resultado final da empresa, representada pela marca corporativa como um todo. Isso os faz lembrar de algo semelhante em nossa Seleção? Quantas e quantas vezes não ouvimos coisas do tipo: temos um grupo de grandes craques, mas eles não constituem uma equipe. As “marcas” individuais, os jogadores manifestam seu brilho próprio mas precisam se submeter a estratégia do portfólio, isto é, da Seleção.
Longe de mim ignorar o peso fundamental das marcas de produto! Aliás, há dois meses, eu discuti nesta coluna como elas não podem ser substituídas pelas marcas corporativas. Todavia, mais importante do que qualquer uma das duas instâncias (marca de produto e marca corporativa) individualmente é a química entre elas. Como no caso da Seleção, somente a camiseta canarinho não ganha o jogo. Assusta o adversário, mas não ganha. E o inverso também: só um amontoado de craques não cria uma Seleção e nem levanta a taça.

Por Jaime Troiano (Presidente do Grupo Troiano de Branding e autor do livro “As marcas no divã” - www.grupotroiano.com.br)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quais as profissões sustentáveis do futuro?

Auditor de Energia, Professor de Sustentabilidade e Engenheiros estão entre as oportunidades futuras. Confira!

Um estudo divulgado pelo Green Building Council dos EUA, estima que os projetos de construção ambientalmente corretos acrescentarão 7,9 milhões de empregos verdes e US$ 554 milhões para a economia americana até 2012. Além disso, o governo federal destinou US$ 750 milhões em bolsas de formação de postos de trabalho verdes como parte do American Recovery and Reinvestment Act, aprovado em fevereiro de 2009.
"Ultimamente, estão surgindo novas ocupações para as carreiras verdes", afirma Ezra Drissman, gestora de conteúdo do GreenCareersGuide.com, um site voltado a empregos verdes. Por exemplo, o Auditor de Energia é um profissional responsável por avaliar e determinar quais são as melhorias que devem ser feitas para aumentar a eficiência energética de casas, como o isolamento ou a substituição das janelas.
A Reeis Inc., empresa de serviços de eficiência energética, com sede em Scottsdale, Arizona, tem uma equipe de auditores de energia para atender os clientes.  “A maioria dos profissionais teve uma carreira na indústria da construção residencial e assim estava familiarizado com o modo de construir casas", afirma Todd Reeis Russo, presidente da empresa. "Por causa do colapso financeiro e do estado da economia, não há mercado para a construção de novas casas, assim o seu trabalho normal não está disponível para eles." 
Segundo Russo, um dos programas de formação mais amplamente reconhecido por auditores de energia é voltado para a obtenção de certificação do analista, oferecido pelo Building Performance Institute, um grupo de Malta. Os cursos do BPI são oferecidos em faculdades, empresas de serviços públicos e centros de formação nos EUA.
Uma outra oportunidade será na área da Educação para os Professores de Sustentabilidade. Quanto mais atenção é dispensada aos empregos verdes, mais centros de formação voltados ao segmento estão surgindo, como o Green Education Services, uma empresa sediada em Nova York, que oferece formação em tecnologia de construção verde e auditorias energéticas.
Zach Rose, CEO do centro, possui 11 funcionários, incluindo os instrutores que ministram os cursos. Rose diz que os professores não possuem graduação em Educação, mas possuem a experiência da vida real relacionada com a indústria da construção, como design de interiores e arquitetura. Se você estiver interessado em se tornar um Professor do verde, um primeiro passo é tornar-se credenciado LEED ou ter experiência em outros aspectos das construções sustentáveis. LEED, ou Liderança em Energia e Design Ambiental é uma certificação de edifícios verdes que confirma que a construção utilizou técnicas ambientalmente amigáveis. Os profissionais podem obter vários níveis de credenciais LEED por meio de uma série de exames. Mais informações podem ser encontrados no Green Building EUA.
Oportunidades também surgirão para os Engenheiros, tanto civis quanto mecânicos. Estes profissionais são necessários em projetos de construções "verdes", diz Tad Radzinski, presidente da Sustainable Solutions Corp, uma empresa de consultoria verde em Royersford. Os engenheiros civis podem ajudar a determinar o melhor local para um prédio verde e projetar sistemas para lidar com o escoamento da água, um fator importante em design ecológico. "Eles são as pessoas que vão começar a fazer o ordenamento do território", diz Radzinski. "Eles também têm que fazer a gestão de águas pluviais, porque, muitos dos trabalhos de construção verde, consideram a forma como gerimos a água da chuva e como a tratamos."
Enquanto isso, os engenheiros mecânicos podem ajudar o design do aquecimento, arrefecimento e sistemas de ventilação que são compatíveis com os padrões LEED e outras construções verdes. Para garantir empregos verdes em engenharia, a certificação LEED é sempre útil, afirma Radzinski. Algumas escolas, como Villanova University, e Stevens Institute of Technology em Hoboken, New Jersey, mantêm cursos de pós-graduação em engenharia sustentável.
Vendedor de equipamentos para energia eólica é mais um emprego do futuro. Com o IRS fornecendo créditos fiscais de até 30% do custo de sistemas de energia renováveis, tais como turbinas eólicas, não é nenhuma surpresa que muitas pessoas estão encontrando empregos verdes. Loree Long, co-proprietário da empresa de turbinas eólicas Win-Gen Power,  em Weatherford, Texas, diz que ela e seu marido Ted, vendem em média um sistema por mês, principalmente para clientes interessados em questões ambientais e de responsabilidade fiscal. “A maioria das pessoas querem ser verdes. Mas se você está economizando dinheiro ao mesmo tempo, é um incentivo muito bom", diz Long.
Para lançar seu negócio, Long entrou em contato com a Southwest Windpower, fabricante de turbinas eólicas em Flagstaff-Arizona, e participou da formação disponibilizada pela fabricante. Depois de instalar uma turbina em sua propriedade para garantir que era um produto de qualidade, eles começaram a vender em Dallas-Fort Worth, disse. A vendedora afirma que os interessados em se tornar vendedores de energia eólica deverão encontrar um sistema que eles gostam e entrar em contato com o fabricante. Grande parte do negócio é aumentar a conscientização sobre de turbinas eólicas.
Já os Especialistas em Climatização, realizam a readequação das casas com janelas novas, isolamento e outros produtos para aumentar sua eficiência energética. A climatização residencial é tão importante que recebeu US$ 5 bilhões do American Recovery and Reinvestment Act,disse Fred Humphreys, presidente do Home Builders Institute, o braço de desenvolvimento de força de trabalho da National Association of Home Builders. No entanto, faltam técnicos qualificados para realizar a atividade, o que está tornando o campo potencialmente lucrativo.  "É por isso que a formação é muito importante", diz Humphreys. "Não há empreiteiros qualificados o suficiente para fazer estes trabalhos, conclui."
Fonte: Agenda Sustentável (www.agendasustentavel.com.br)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SINTO VERGONHA DE MIM - Poema de Rui Barbosa

Escrito há bastante tempo, mas de uma atualidade impressionante.

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!


"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".

sábado, 19 de junho de 2010

Dez dicas para micro e pequenos empreendedores

Planejamento é fundamental para evitar a falência

:
As micro e pequenas empresas, embora encontrem-se em uma tendência de melhora, amargam altos índices de falência no Brasil. Dados da Serasa divulgados em janeiro deste ano apontam que os pedidos no setor, em 2009, totalizaram 831 ocorrências.

De acordo com o assessor financeiro e contábil Klaudius de Mallizi Faria, coisas básicas, como a escolha errada de um nome e da localização, podem contribuir muito para a quebra de uma empresa. Além disso, a carga tributária e a falta de planejamento, normalmente, estão entre as causas para as falências.

Pensando nisso, Faria preparou dez dicas que podem ajudar o empreendedor a abrir e manter um negócio. Veja:

1 – Quem vai administrar? O sócio vai trabalhar? Tem outro rendimento? Precisa de um resultado imediato para sustentar sua família?

É importante ficar definido quem vai ser o "cabeça" do negócio, quantas pessoas estarão dispostas ao trabalho, se o dono tem outra renda ou vai depender exclusivamente da nova empresa, se precisa do retorno rápido para o sustento.

2 – Ter um bom contador, que apresente uma planilha com a demonstração financeira e o fluxo de caixa para saber qual o fôlego mínimo do negócio.

O contador pode dizer o tempo e o planejamento para o futuro da empresa. Ele também pode prever em quanto tempo o investidor pode ter retorno financeiro.

3 – O nome do negócio/da empresa

O nome traduz o significado da empresa. Por isso, deve ser escolhido com cuidado, para que as pessoas o associem facilmente ao que será negociado.

4 – O ponto certo

Isso é muito importante. Deve ser feita uma pesquisa, para verificar se o local está apto a receber este tipo de microempresa, se tem concorrência na área (se for o caso) e se a vizinhança faz parte do público alvo a ser atendido.

5 – Saber se o local é autorizado pela prefeitura

É de extrema importância verificar as possibilidades para não se perder tempo, nem dinheiro.

6 – Documentação

Muitas empresas acabam fechando depois da inauguração pela falta de documentos, como o Alvará, por exemplo.

7 – A contratação de uma assessoria de imprensa (divulgação antes do início da atividade é fundamental)

Uma Assessoria de Imprensa verá a melhor forma de divulgar o negócio, montando uma estratégia de acordo com o público alvo do produto.

8 – A contratação de sua equipe de trabalho

A equipe deve ser escolhida com muita calma e cautela. Bons profissionais podem fazer uma empresa deslanchar em pouco tempo.

9 – O treinamento da equipe

Cada pessoa deve ficar ciente de sua função na empresa e saber que deverá exercê-la com prazer e boa vontade. O cliente sempre deve ficar satisfeito com o resultado final.

10 – O sucesso das vendas/serviços e a manutenção de seus clientes, a distribuição de resultados entre seus funcionários, gerando maior satisfação de todos

O sucesso depende de cada passo dado acima. Com cuidado, atenção e trabalho, a empresa tem tudo para triunfar e se tornar referência no mercado.
Redação Administradores / www.administradores.com.br

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Participar de uma Empresa Júnior é garantia de emprego no futuro?

No mercado de trabalho, se o profissional não tiver o que dizer sobre o que fez durante a passagem pelo MEJ, de nada vai adiantar tê-la no currículo

"Participar de uma Empresa Júnior é considerado um diferencial para o currículo. Mas o que você faz dentro da empresa é o mais importante". Quem afirma é Garibalde Martins Moura Neto, diretor de consultoria da Esag Jr, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), gestão 2006, e, atualmente, participante do programa de talentos em Planejamento e Controle Financeiro da Editora Abril.
Para Moura Neto, a Empresa Júnior é um laboratório de formação de profissionais, um ambiente que contribui para o amadurecimento dos empresários juniores. "Participando do movimento, o estudante tem a oportunidade de se espelhar em líderes que ainda são universitários, o que é um fator de motivação a mais, devido à proximidade. E isso faz com que o empresário júnior acredite que também pode se tornar um líder e levar a empresa mais longe do que ela já foi, deixando a sua marca e fazendo a diferença. É um processo de retroalimentação, em que o empresário júnior contribui para a empresa e adquire experiência e conhecimento", ressalta o diretor.
Possuir no currículo uma passagem pelo Movimento Empresa Júnior pode contar pontos, sim, em um processo de seleção, mas não é garantia de emprego. O movimento é uma oportunidade de crescimento e, se for aproveitado da melhor forma, será um diferencial. Porém, não adianta simplesmente passar por uma Empresa Júnior. "As grandes corporações, quando contratam jovens profissionais – normalmente sem experiência – querem conhecer o candidato, e tomam decisões a partir do que ele realizou em sua vida. Se ele não tiver o que dizer sobre o que fez na Empresa Júnior, aprendizados que teve, projetos que realizou, planos que participou, de nada vai valer sua passagem pelo movimento", explica Moura Neto.
Uma das atitudes que fazem a diferença nas experiências adquiridas durante a participação no movimento é a busca por capacitação. "Durante minha passagem pela Esag Jr, estudei muito para poder exercer a função de líder de projetos, uma vez que eu não estava nem na metade do curso de Administração. Entrar para uma Empresa Júnior é uma grande oportunidade. Uma vez lá dentro, o empresário júnior deve dar o seu máximo para construir a empresa, que está sempre em transformação. O trabalho é sempre de empreendedorismo e, portanto, são as pessoas que fazem o movimento algo tão legal e satisfatório", afirma Moura Neto.
Outro ponto importante na participação no movimento é a aproximação entre Empresas Juniores, em encontros locais ou regionais, por serem uma situação propícia para realização de benchmarking, instrumento de gestão que busca melhorar o desempenho das empresas por meio da troca de informações sobre práticas empresariais entre empresas similares.
Além disso, os empresários juniores devem lembrar que um dos objetivos da empresa é prestar serviço para o mercado. Portanto, devem possuir sempre uma visão mercadológica do trabalho que realizam e ter consciência de que este posicionamento pode levar a empresa a um salto de qualidade. "Quando participei do movimento, sempre pensei dessa forma, e isso ajudou a Esag Jr a realizar projetos cada vez mais complexos para pessoas físicas, micro-empresários e, também, para instituições governamentais", lembra Moura Neto.
"Se as pessoas não entrarem motivadas a fazer a diferença, o rendimento da empresa fica ameaçado e, portanto, o futuro dela também. Se os empresários juniores trabalharem dessa forma, receberão em troca o que o movimento propõe: aprendizado contínuo e crescimento profissional", conclui Moura Neto.
www.administradores.com.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

Marketing de Guerrilha para Pequenas e Médias Empresas

Empreendedores buscam cada vez mais, técnicas de marketing adaptáveis às características de seu mercado por razões muito simples: concorrência feroz, queda na margem de lucro, globalização, entre outras situações que tiram o sono dos empresários. E neste mercado cada vez mais concorrido, a empresa que estabelece meios de comunicação com seus clientes, melhora sua exposição e imagem, amplia seu mercado e aumenta seu faturamento.
Sendo assim, descrevemos abaixo 10 dicas de como o pequeno e médio empreendedor poderá se diferenciar da concorrência adotando técnicas que denominamos marketing de guerrilha.
1 - Mercado
O sucesso da pequena e média empresa está diretamente relacionado ao desempenho do empresário. Manter-se atualizado, “antenado” com o seu mercado, monitorar a concorrência, acompanhar tendências e lançamento de novas tecnologias e produtos, são regras básicas para o bom desempenho de sua empresa;
2 - Marketing em casa
Monte um pequeno grupo de marketing com os funcionários da empresa. Faça reuniões para colher idéias, discutir lançamentos de produtos, enfim definir ações rápidas e que possam ser conduzidas internamente. Outra alternativa interessante é terceirizar o seu “departamento” de marketing, da mesma forma que você terceiriza sua contabilidade.
3 - Consumidor Oculto
Ação interessante e de baixo custo. Simule uma compra tanto com a sua equipe de vendas quanto com a de seus concorrentes. E depois compare os desempenhos. Além de você conhecer um pouco mais como seu concorrente se comporta, terá grandes surpresas que poderão fazer diferença no seu faturamento;
4 - Imagem da Empresa
Procure perceber o que o seu logotipo, o seu papel timbrado, o envelope de correspondência transmitem aos seus clientes. Muitas vezes, pequenas mudanças como alteração no logotipo, podem indicar ao mercado que a sua empresa está se modernizando e crescendo;
5-Canal direto com os seus clientes, fornecedores e formadores de opiniões
Utilize meios de baixo custo como telefone e correios para aumentar o contato com os seus públicos. Amplie seu relacionamento, mantenha contatos freqüentes com os seus clientes mais rentáveis e com seus principais fornecedores. Procure aumentar seus contatos destacando-se na qualidade da prestação de serviço com os públicos que interferem diretamente no seu negócio. Faça parte de Associações de Classe;
6-Crie um pequeno jornal
Este jornal é o que mercado chama de “newsletter”. Este “newsletter” pode ser tanto impresso, em uma folha A4, quanto digital que poderá ser enviado por e-mail. Deverá conter informações relevantes aos seus públicos-alvo, como tendências, inovações, dicas de uso de produtos e atualizando também informações sobre sua empresa;
7-Forme associações e parcerias
Uma pequena e média empresa, em um mercado cada vez mais competitivo, dificilmente crescerá de forma isolada. Um dos grandes gurus de estratégia competitiva, Michael Porter afirma que hoje uma empresa precisa cooperar e competir, competir e cooperar. Este é o grande desafio da década atual. Por exemplo, através de parcerias você poderá realizar eventos cooperados onde os custos serão rateados entre os parceiros.
8-Construa um site
Um bom site pode ser um grande gerador de negócios e muito mais do que um cartão de visitas eletrônico. Deve transmitir de forma muito clara quem é a empresa, o que ela faz e para quem. Pode ser também um folder eletrônico para sua equipe de vendas. É importante ressaltar que um bom site é tão importante para a formação da imagem da sua empresa quanto a localização do seu ponto de venda ou a fachada da sua loja.
9 - Participe de feiras
Estar presente em feiras, na área de atuação da sua empresa, pode render novos negócios e oportunidades. Mas para obter bons resultados é preciso pensar no antes, durante e após o evento. Antes: comunique aos seus principais clientes a sua participação, crie um material de comunicação e treine sua equipe. Durante: procure manter sua equipe motivada, mantenha seu stand arrumado e procure ter idéias que o diferenciem dos demais. Após: organize os cartões de visitas recebidos, agradeça todos que o visitaram e por fim, agende visitas.
10 - Ações Sociais
Participe de ações que sejam benéficas a sua comunidade. Você pode, por exemplo, oferecer o seu espaço, equipamentos e equipe. Procure atrelar sua marca à ações positivas e apoiadas pela comunidade local. Esse tipo de ação, além de proporcionar benefícios a todos podem gerar notícias que divulgarão a sua marca contribuindo para a consolidação de sua imagem no mercado.
Utilizando essas dicas como um guia, torna-se prático o desenvolvimento de caminhos efetivos e rápidos para o sucesso de sua empresa. As ações podem acontecer atreladas ou independentes, mas o segredo está em manter o foco no objetivo traçado e principalmente foco no seu cliente. Essa trajetória alinha metas, fortalece expectativas e motiva os envolvidos na busca do crescimento do seu negócio.

Alessandro Basile é publicitário, pós-graduado em Marketing pela ESPM

segunda-feira, 14 de junho de 2010

“Você está demitido"!

Não importa o motivo, a hora da demissão é muito traumática tanto para quem dá a notícia quanto para quem recebe. O desligamento pode se dever a problemas de desempenho ou conduta, deméritos óbvios do funcionário, ou reestruturações corporativas, demérito da instituição: a notícia sempre causa alguma indisposição entre o empregador e o empregado. Entretanto, as demissões são parte inevitável da rotina de uma empresa. Como executá-las, então, de uma maneira mais natural?

Segundo Daniela do Lago, especialista em comportamento corporativo, o grande segredo é nunca permitir que a demissão ocorra de supetão. Tanto em casos de reestruturação quanto em problemas de conduta, os feedbacks são imprescindíveis. "É fundamental que o processo demissional se dê após alguns alertas preliminares.

Feedbacks bem feitos facilitam e evitam surpresas na hora da demissão", afirma.

Para a especialista, é importante também que o líder dê a notícia, e não terceiros. Assim como é o líder quem contrata e desafia o liderado em sua trajetória na empresa, é também ele quem deve conduzir o processo de demissão. "Pesquisas indicam que 80% das ações trabalhistas são geradas pela falta de respeito na forma como o líder conduz o processo de demissão", salienta Daniela.

Cuidados essenciais

• A empresa deve construir uma política clara para as demissões, para evitar situações arbitrárias.
• Evite problemas legais, a empresa pode ser processada
• Atenção para decisões que possam ser consideradas discriminatórias.
• Nunca comunique a demissão por telefone, carta, "lista" ou através do pessoal do RH. Ela deve acontecer olho no olho, assim como a admissão.
• Nunca tome medidas precipitadas antes da demissão oficial.
• Desrespeito no momento da demissão pode trazer retaliações e denegrir a imagem da empresa no mercado.
Sem traumas: a demissão passo a passo

1. O processo da demissão deve ser planejado detalhadamente, e neste ponto o suporte da área de RH é fundamental. Defina claramente quem deve ser desligado e tenha em mente, com clareza, o real motivo da demissão.

2. Dê a notícia na parte da manhã. Convoque o demitido para uma reunião (curta, cerca de 10 minutos) e tenha sempre em mãos os dados necessários para informar os porquês da demissão.

3. Prepare-se para administrar a reação emocional do demitido. Se ele se descontrolar, mantenha-se calmo e não tente discutir. Saiba controlar seus próprios sentimentos, que podem ser semelhantes aos do demitido. Demonstre que a empresa não o está deixando na mão e reconhece seu esforço e dedicação durante o tempo de empresa.

4. Esteja pronto para responder perguntas como "Posso voltar para minha sala?" Faça um roteiro do que ele deve fazer assim que deixar a sala e explique claramente o que precisa ser devolvido e o que pode ficar com o demitido. Faça-o assinar a documentação antes de deixar a sala.

5. Quando possível, ajude o demitido a se recolocar e diga sim se ele perguntar se pode dar seu nome como referência.

6. Cuide da comunicação interna e externa. Prepare e informe as pessoas da equipe, comunicando se haverá mais demissões. Dê o exemplo, comunique o tratamento justo dado aos demitidos.

http://administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Como fazer coaching com sua equipe

Direção, correção e ajuste são palavras diretamente relacionadas a uma ferramenta cada vez mais utilizada por líderes de equipes no desenvolvimento de competências, Jorge: o coaching. Ele é um elo de ligação entre o estado atual e o estado desejado, a ponte entre as competências atuais e as expectativas da empresa.
O processo de coaching pode ser realizado sempre que um integrante de sua equipe manifestar desejo ou necessidade de aprimoramento, passar por alguma mudança na carreira, apresentar dificuldades de relacionamento ou desempenho, etc. Acontece por meio de sessões periódicas de atendimento individual, que podem ser semanais, quinzenais ou mensais, de acordo com a disponibilidade de horário do líder e do profissional.
Um dos aspectos mais interessantes do coaching é que você, líder, pode desenvolver o trabalho com seus colaboradores. No entanto, é preciso preparação para isso. Como existem dezenas de técnicas, é recomendado que você faça um curso completo, de modo que se torne apto a aplicar o coaching da forma mais correta e eficaz.
Se você já está capacitado para orientar o processo, o próximo passo é identificar quais integrantes da equipe necessitam dele. A resposta é muito simples: todos! Mesmo aqueles que aparentemente não precisam de apoio e apresentam boa performance.
Uma das condições para um processo eficiente de coaching é a relação de confiança. A confidencialidade e o sigilo são também importantes, bem como a identificação entre as pessoas envolvidas. A famosa “química” tem de acontecer, pois o coaching só funciona quando a dupla dá certo.
Mas atenção! Em uma sessão de coaching, o líder deve ouvir mais que falar. Líder não fala, pergunta. Se não souber perguntar, jamais será bom nisso.
Você deve estar se perguntando, Jorge, como identificar se o coaching está dando resultado ou não. Embora não seja fácil medir um comportamento, preste atenção se o liderado tem apresentado alguma mudança em suas atitudes. Com isso, você já saberá se os resultados estão acontecendo ou não.

Cleverson Uliana
Editor da revista Liderança

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mito ou verdade: nome da universidade pesa no currículo?

Muito se fala sobre o peso do “nome da universidade” no currículo dos profissionais. Mas até onde esta história é verdadeira? Tire suas dúvidas aqui

É muito provável que você já tenha escutado que aqueles que estudam em renomadas instituições de ensino superior terão mais facilidade de conseguir um emprego do que aqueles que estudam em instituições menos conceituadas. Mas será que isso é verdade? Até que ponto o nome da intituição de ensino influência a escolha dos recrutadores em uma entrevista?
Entrar e concluir uma instituição de ensino superior no Brasil, de fato, não é tarefa para todos. Segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 8% da população brasileira possuem esse diploma acadêmico. Mas quando se trata das universidades mais conceituadas, esse número de pessoas que conseguem o diploma é ainda menor.
A coach Reginah Araújo, da Escola de Executivos e Negócios Master Mind, revela que o nome da universidade influência sim e, em determinados casos, é determinante na decisão dos recrutadores em uma entrevista de emprego. "Existem universidades que são realmente referência em algumas áreas e aí, o diploma de uma dessas renomadas universidades faz a diferença na análise do currículo".
Para os olhos do mundo corporativo, o aluno de uma boa faculdade já foi aprovado duas vezes: uma quando passou no vestibular e outra quando se formou, já que o grau de exigência nestas instituições costuma ser bem maior.
Quando se trata de candidatos para estágio, trainee ou recém formados que, geralmente, não possuem ainda uma grande bagagem profissional, o peso dessa escolha é mais acentuado. Claudia Monari, consultora da Career Center, consultoria especializada em gestão estratégica de carreiras e recursos humanos revela que "muitas empresas fazem seus processos seletivos para programas de estágio e trainee e já na pré-seleção definem de quais universidades devem vir os candidatos, antes mesmo de chamá-los para uma entrevista."
Mas afinal, como saber se uma universidade é bem conceituada? Uma dessa forma é conferir a avaliação do MEC (Ministério da Educação) sobre a instituição. Para isso existe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Além disso, é possível encontrar ajuda em revistas e jornais que produzem rankings de qualidade e contato com pessoas que já passaram pelas instituições.

"Nome de universidade" - diferencial até quando?
Mas quem acha que apenas estudar em uma universidade renomada terá sempre um diferencial para concorrer no mercado está profundamente enganado. Especialistas em recursos humanos entrevistados pelo Portal Administradores são unânimes em dizer que a experiência profissional anterior conta mais na hora da escolha dos candidatos.
A consultora Claudia Monari analisa como importante o conceito da universidade na decisão dos recrutadores, mas faz uma ressalva sobre o tema. "Existe a possibilidade do candidato ser escolhido por conta da universidade que fez, porém quanto mais maduro, ou seja, quanto maior a maturidade do candidato, o fator universitário vai ficando mais distante, dando espaço para experiência, que conta muito mais." Para Cláudia Monari "nada substitui a prática do dia a dia e o perfil de competências que o profissional adquire com a maturidade".
Teresa Gama, diretora e consulta do Projeto RH, empresa especializada em recrutamento e gestão pessoal, compartilha da mesma opinião. Para ela "quando a vaga requer uma experiência específica, uma maturidade profissional, o que geralmente pesa mais é a bagagem do candidato e o seu perfil. E, não apenas isso, mas também se ele buscou ampliar seus conhecimentos, teve experiências, mesmo que com projetos que possam ter propiciado uma visão crítica, analítica, postura empreendedora etc.

Outros diferencias
Na busca de um "lugar ao sol" no mercado, outro fator que colabora na conquista para uma vaga é o constante aprimoramento. Para isso, aquele que busca manter-se atualizado através de, por exemplo, cursos, palestras, intercâmbio, leituras ou um novo idioma, é um profissional mais valorizado no mercado. "A pessoa também pode fazer uma pós-graduação boa e isso também dá um peso maior à sua formação", acrescenta a diretora do Projeto RH, Teresa Gama.
Teresa salienta que "a formação é apenas um dos itens avaliados em um processo seletivo. O perfil e as competências que a posição requer têm um peso muito grande na decisão sobre a contratação. O mercado muda muito e requer um profissional atualizado e com as tendências que o cargo exige".
Mas para aqueles que ainda não possuem um currículo diferenciado e querem conquistar uma oportunidade, a especialista Reginah Araújo revela uma dica. "Quando o candidato não possui um belo currículo deve possuir um ótimo desempenho na entrevista com um bom marketing pessoal e surpreender o entrevistador".
Por tanto, independende se você possui um bom currículo ou um ainda não tão bom assim, demontrar sempre determinação, vontade e personalidade nas tarefas exigidas são trunfos para te ajudar a ter mais sucesso no futuro e no presente da sua carreira.

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

sábado, 5 de junho de 2010

Entenda como funciona o cadastro de reserva de concursos públicos

Apesar de aprovado, candidato pode não ser contratado

Estão abertas, até o dia 20, as inscrições para a formação de cadastro de reserva para as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), para cargos de Ensino Superior. O salário inicial é de R$ 3.975,10, para jornada de 40 horas semanais.
Apesar de apresentar um salário atraente, o candidato aprovado somente fará jus a ele quando efetivamente for nomeado para a função, o que pode não acontecer, uma vez que ele é reserva. A classificação gera apenas uma "expectativa de direito", por isso, nos concursos de cadastro, é importante conseguir uma boa classificação: isso aumenta muito as chances de nomeação.
Repescagem - Esse tipo de cadastro existe para que quando sejam abertas vagas em determinado órgão, este não perca muito tempo organizando um novo concurso. Os aprovados no cadastro estão lá, à espera de uma nomeação.
“Todas as informações devem estar no edital. Pela lei, o cadastro de reserva é válido por dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois. Enquanto o aprovado não é chamado para ocupar a vaga, ele pode trabalhar em outros lugares, não há vínculo”, explica Ernani Pimentel, presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac).
Para o professor Ricardo Ferreira, especialista em concurso público e autor do livro "Manual dos concurseiros - Dicas e estratégias para passar em concursos", da Editora Ferreira, em tese, o cadastro de reserva serve para preencher as vagas que se tornem disponíveis durante o prazo de validade do concurso.

“Na prática, porém, algumas entidades usam o cadastro de reserva como forma de não se obrigarem a chamar os candidatos aprovados dentro do número de vagas do edital. Isso porque o entendimento da Justiça passou a ser o de que os candidatos aprovados dentro do número de vagas oferecidas têm direito à convocação dentro do prazo de validade do concurso” aponta.
Ressalvas - Ferreira acrescenta ainda que já existem estudos e projetos destinados a limitar ou mesmo a proibir o uso de cadastro de reserva em concurso. Mesmo assim, o professor afirma que vale a pena prestar esse tipo de concurso, com algumas ressalvas.
“Ele deve avaliar se a entidade que promove o concurso tem tradição em convocar um número expressivo de candidatos aprovados em seus concursos. Se em concurso anterior ela não chamou ninguém ou quase ninguém, é melhor não arriscar.”
Instituições conhecidas, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), tribunais e a Petrobras, realizam o cadastro tradicionalmente e costumam convocar muitos dos aprovados. 

Maria Carolina Nomura, iG São Paulo


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Confira os 10 principais erros que profissionais cometem em entrevistas e dinâmicas

Quando se participa de uma entrevista de emprego ou dinâmica de grupo, o profissional deve estar ciente que os recrutadores estão avaliando muito mais do que seu currículo ou experiência profissional. Nesses processos seletivos são avaliados também a postura, o comportamento e as atitudes de cada candidato.

Principalmente quando existem semelhanças sobre as habilidades e as experiências profissionais entre candidatos concorrentes, o desempenho de cada um nessas avaliações torna-se fator decisivo na escolha do recrutador.

Por isso, é muito importante que o candidato treine o que deseja falar e se prepare adequadamente para esses processos seletivos. Contudo, é muito comum ainda, que candidatos cometam erros e falhas nessas entrevistas ou dinâmicas de grupo. Há casos de que esses profissionais saem da avaliação ou de uma entrevista, sem ao menos saber que cometeram alguma falha durante o processo.

Como uma forma de colaborar para os profissionais que estão enfrentando a maratona de algum processo seletivo, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) selecionou os 10 principais erros que candidatos cometem nessas avaliações e revela dicas de como evitar cada situação. Confira:

1. Português Inadequado: Esse é um ponto muito importante. Falar e escrever corretamente, sem o uso de gírias, conta muitos pontos para o candidato. Procure não utilizar vícios de linguagem como "né" e "tipo". Fale com calma para sua pronúncia ser correta e não soltar, por exemplo, um "tamém" ao invés de também. Caso perceba o seu erro, corrija-se, pois dessa forma o entrevistador sabe de seus conhecimentos.

2. Vestimenta: Saber se vestir é primordial. Decotes, roupas curtas ou justas, calças muito baixas mostrando as roupas íntimas e camisetas de times devem ficar guardadas para outras ocasiões. Evite roupas sujas e amassadas e aposte em cores neutras como preto, marrom, bege e branco. Quando receber a ligação sobre a vaga, pergunte qual o tipo de traje adequado. Nem todas as vagas exigem o uso de roupas sociais. Na dúvida é melhor estar bem trajado, pois demonstra sua preocupação com o momento. Os sapatos devem estar limpos e não muito velhos.

3. Falta de Ética: Falar mal sobre pessoas e empresas pelas quais você passou não é bom para sua imagem. É antiético citar exemplos negativos, principalmente quando o candidato não está envolvido no episódio. A história pode soar como fofoca e esse não é um comportamento esperado no ambiente corporativo.

4. Postura corporal: Sentar-se com postura "largada", ombros caídos, pés inquietos e batendo no chão, olhar disperso e mãos segurando a cabeça demonstrando tédio podem fazer você ser desclassificado. O corpo transmite muitas mensagens e os entrevistadores estão prontos para entendê-las. Então, tenha postura correta, mas não force gestos e expressões faciais.

5. Conversas: Evite conversas paralelas quando o facilitador ou os candidatos estiverem falando. Isso denota falta de respeito com o outro e você pode perder explicações importantes sobre o processo seletivo. Tome cuidado quando for responder uma pergunta. Seja claro e objetivo, porém saliente como pode contribuir caso seja o escolhido.

6. Mentiras: Jamais invente cursos ou experiências em seu currículo ou entrevistas. Você poderá ser testado e, caso a empresa perceba a informação incorreta, pode finalizar a participação do candidato tanto na dinâmica, quanto após a contratação. Se não tiver conhecimentos nas áreas solicitadas, mostre seu interesse em aprender.

7. Falta de conhecimento: Procure saber sobre a empresa e o ramo na qual ela atua. Visite sites e faça buscas na Internet. Assim você poderá ter mais idéias de como ela se posiciona no mercado e mostrará interesse ao entrevistador. Não pergunte sobre salários e benefícios no início da conversa. Isso demonstra o interesse maior no dinheiro e não na oportunidade. Porém, se não ficar claro, aborde o assunto antes de finalizar o encontro.

8. Atrasos: Chegar depois do horário não é bom para sua imagem. Calcule o tempo necessário para chegar ao local e conte com os imprevistos. Pesquise se na região há obras ou previsão de chuvas e saia mais cedo nesses casos. A impressão dos candidatos que se atrasam é de falta de comprometimento. Comparecer com 15 minutos de antecedência é o indicado para relaxar antes do início da entrevista.

9. Falta de postura corporativa: As dinâmicas são um momento de avaliação. Evite conversas não relacionadas com a atividade executada. Dar gargalhadas, criticar os demais participantes ou fazer piadas em excesso não são comportamentos esperados pelo selecionador. Também não queira sempre impor suas idéias, mostre sua capacidade de compreensão quando necessário.

10. Falta de participação: Você foi chamado para uma dinâmica de grupo e quer a vaga? Então participe ativamente de todas as atividades. Apenas tome cuidado para não falar demais e deixar os outros candidatos sem espaço. Mostre que você sabe trabalhar em equipe e dê a oportunidade de outras pessoas também se expressarem.

Por Redação Administradores, www.administradores.com.br

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Você sabia que volta e meia as imitações bem feitas superam as invenções?

A empresa de restaurantes White Castle foi à primeira organizar o segmento de fast foods, mas um tempo depois, a rede MCDonald's copiou a idéia, melhorou o serviço e se transformou em uma das principais multinacionais do mundo. O Dinner Club, por exemplo, foi o primeiro a disponibilizar cartões de créditos, mas foi superada pelos "imitadores" do segmento Visa, Mastercard e American Express.
Até o próprio Ipod da Apple é uma versão melhorada do aparelho Saehan Mpman, que não fez muito sucesso no mercado, mas trouxe o formato de mais capacidade nos MP3 já existentes.
Em todos os setores, nota-se a existência cada vez maior no número de empresas que oferecem serviços ou produtos semelhantes ao consumidor. Nesse aspecto, é evidente que a competitividade entre as organizações está em uma verdadeira crescente, por isso, as empresas que procuram e oferecem algum diferencial ao seu cliente aparecem na dianteira de seus concorrentes. Mas o que significa esse diferencial? É inventar algo, aperfeiçoar uma invenção já existente (inovar), ou copiar um produto e fazer pequenos ajustes?

Pontos de vista

Um estudo realizado pelo professor Oded Shenkar, da instituição Fisher College Business nos EUA, sobre o impacto de invenções em modelos de negócios e suas imitações posteriores revelou que as imitações são importantes fontes de avanço para a evolução dos produtos. No estudo foi revelado que 97,8% do valor gerado por invenções vão para os "imitadores".

Mas o que seriam exatamente essas imitações?

Em entrevista à revista Harvard Business Review Brasil, o professor Shekar fala que a boa imitação é aquela que agrega novos valores à invenção. São aquelas pessoas que vêem algo já existente e conseguem transformar aquele produto ou serviço em algo ainda melhor.
"O problema é que muitos imitadores se deixam seduzir pelos elementos visíveis de uma invenção e não copiam aquilo que garante seu sucesso, as 'vigas estruturais'. Às vezes, imaginam equivocamente que o que deu certo num lugar vai dar certo em outro. Outros ficam tão presos ao original que acabam não fazendo ajustes que tornariam uma inovação melhor.", afirma o pesquisador Oded Shenkar para a revista HBR.
Marcos Morita, professor de estratégia e marketing da Universidade Mackenzie, comenta que os graus de imitação variam muito conforme os segmentos de mercado estudados. Em alguns como o farmacêutico, a imitação é impossível, haja vista as patentes.
"Vale salientar que há imitações positivas, quanto negativas. As primeiras são aquelas que agregam valor ao produto ou serviço inicial, conforme expectativas dos consumidores. Aqui se enquadram, por exemplo, os produtos japoneses e agora coreanos. Já as segundas (imitações negativas), fazem cópias puras e simples, sem que nenhum valor seja agregado, além do preço baixo", declara o professor Morita.
Para Felipe Scherer, sócio da Innoscience Consultoria de Gestão da Inovação e autor do livro Gestão da Inovação na Prática, essas imitações como cópias não podem ser consideradas estratégias de sucesso, mas faz uma observação. "Isso não significa que aqueles que apenas copiam não ganharão dinheiro também, porém o 'filé da rentabilidade' normalmente está associado à possibilidade de ser o diferencial do segmento e, consequentemente, não ter um parâmetro de comparação".
Ele ressalta que às vezes não é necessário ser o pioneiro, mas é necessário sempre buscar inovar em seu segmento. "Ford não inventou o carro, porém desenvolveu uma forma de fabricá-los mais barato. O Cirque de Soleil não inventou o circo, porém conseguiu criar uma combinação de atrações melhor. Empresas como a 3M, Microsoft, Apple, Disney conseguiram manter um histórico contínuo de inovações e sempre agregam valor a sua marca", ressalta Felipe Scherer.

Invenção: E como ficam as patentes?

As patentes são um modo do governo dar ao inventor a propriedade de sua criação. Por um determinado período, os portadores de patentes têm permissão de controlar como suas invenções são usadas, permitindo que obtenham recompensa financeira sobre seu trabalho.
O professor Marcos Morita explica "que o papel das patentes é proteger os investimentos realizados pelas empresas, tais com as indústrias de medicamentos, nas quais este prazo perdura por 20 anos. Mesmo nestes casos, há governos que acabam quebrando este direito em nome do bem comum. Em outras indústrias, patentear um produto ou serviço é tarefa bem mais difícil e onerosa".
Para Morita, o mundo caminha para um sistema de inovações abertas ou "open innovations", nas quais o papel dos consumidores na concepção dos produtos é cada vez maior. "A web 2.0 traz este conceito em sua natureza. Veja o exemplo da Creative Commons, organismo internacional que regula a questão da propriedade intelectual, criando diversas modalidades conforme o uso e autor. Outro exemplo inimaginável foi a FIAT através do projeto MIO – (meu carro em italiano), no qual mais de 3000 projetos foram recebidos".
O consultor Felipe Scherer é absolutamente a favor das patentes e diz que, dessa forma, incentiva o mercado de invenções. "Sempre haverá risco e incerteza quando as empresas estiverem desenvolvendo coisas novas, portanto parte da recompensa advém dessa possibilidade de haver a proteção pelas patentes. Por que uma empresa iria gastar milhões de dólares em pesquisas para desenvolver determinada vacina ou medicamento se esse investimento não pudesse ser recuperado e o prêmio pelo pioneirismo recebido? É claro que as patentes funcionam bem em alguns setores enquanto que em outros, o melhor mesmo é continuar inovando.", conclui o consultor.

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

terça-feira, 1 de junho de 2010

Você tem o costume de dizer “amanhã eu faço”?

Veja as implicações das pessoas que sempre deixam as tarefas para a última hora ou para o dia seguinte.

Por Pedro H.G. Lima & Luís C. Fernandes, www.administradores.com.br

Adiar a realização de uma tarefa é algo comum na vida das pessoas, para exemplificar esta questão basta responder a uma pergunta simples: quem nunca adiou o preenchimento da declaração de imposto de renda?
Embora pareça um traço da nossa cultura, deixar para amanhã não é uma exclusividade dos brasileiros, mas sim uma característica do ser humano que pode ser potencializada ou atenuada por fatores culturais e/ou educacionais.
Poucas pessoas podem dizer que nunca deixaram para depois alguma tarefa particularmente onerosa, seja física ou psíquica, mesmo tendo tempo de sobra para realizá-la.
Procrastinação é o adiamento de uma ação. É o deixar para outro dia ou para um tempo futuro. Os motivos desse adiamento podem ser justificados de diversas formas, como medo do fracasso, mentalidade autodestrutiva, perfeccionismo, etc. Até certo ponto, procrastinar pode ser considerado normal, mas exige uma atenção especial quando se torna crônico, pois pode ser sinal de alguma desordem psicológica ou fisiológica.
Existem dois tipos de procrastinadores, os relaxados e os tensos.
No grupo dos relaxados a questão é vista como uma situação que causaria desprazer. O indivíduo, diante da necessidade de realizar uma tarefa no momento em que esta é exigida, busca atividades mais prazerosas. Na pratica, acaba deixando de lado tarefas importantes para buscar um prazer (muitas vezes fugaz) para tentar fugir da realidade.
Quanto ao grupo dos tensos a procrastinação surge como uma ferramenta de relaxamento, porém pouco eficaz. Por regra, frente a uma atividade percebida como geradora de pressão, releva sua importância e adia sua realização e, conseqüentemente, seu peso para o dia seguinte.
A compreensão básica (ou desculpa) por trás da dinâmica é que adiando a realização é possível descansar e no dia seguinte estar mais relaxado e disposto para enfrentar o desafio. Acontece que no dia seguinte a história se repete deixando o prazo da conclusão da atividade cada vez mais curto. O circulo vicioso que se forma aumenta o estresse além dos sentimentos de ansiedade e frustração.
Estabelecido o ciclo, o que se encontra é uma sucessão de atrasos, perdas de prazos e fracassos, enquanto desejos, objetivos e até mesmo sonhos pessoais são deixados de lado, amontoados em uma pilha sob a etiqueta "amanhã eu faço".
Imaginar a quantidade de atividades e atitudes que acabamos deixando para amanhã durante os anos da nossa existência, dá uma noção do prejuízo que acumulamos.
Apenas para refletir melhor sobre a dimensão que o procrastinar pode adquirir, quando deixamos de olhar apenas para as tarefas e nos voltamos às pessoas, podemos também contabilizar o que deixamos de oferecer.
Por fim é preciso deixar claro que não é sensato confundir procrastinação (o adiar da realização) com preguiça. Esta pode ser interpretada também como aversão ao trabalho, negligência, indolência, morosidade, lentidão ou moleza. Um conceito bem diferente.
Mas nem tudo está perdido. Compreender melhor como reagimos aos desafios e, principalmente, agir de uma forma diferente quando eles se apresentam pode fazer a diferença.